Caminho pelo matagal, ouvindo os pássaros ao meu redor e o barulho das folhas sendo agitadas pelo forte vento. Tenho saudades desse lugar, onde eu podia brincar sem fazer questão do tempo que se passava diante dos meus olhos. Minha mão se agarra á uma árvore próxima e me faz perceber o quanto o tempo fez desse lugar amargo. Agora tudo o que consigo ver é um imenso lugar abandonado, as casas a minha frente todas se destruindo com o tempo. Ruínas. È assim que decido chamar.
Sento-me na árvore e começo a pensar se realmente foi uma boa ideia, por que minha bunda começa a ser pinicada como a grama alta. Retiro a comida e começo a relaxar, tanto que acabo tirando um cochilo.
-Ela tá viva?
-Não parece estar, mas está respirando pelo menos.
-Ufa!!!
Abro meus olhos e vejo dois garotos (que aparentavam ter a minha idade ou ser um ou dois anos mais velhos) me encarando. Levanto e encaro também.
-Oi? – o loirinho diz
-Oi
-Como se chama?
-Aika
-Aika? Rsrsrsrs... Diferente!
-E você? Quem é?
-Fuwa Mahiro. Você deveria me dizer o seu nome completo também.
-Fuwa também.
-WOW... sugoi. Esse daqui é Yoshino Takigawa. – olhei para o de cabelo castanho com presilhas coloridas.
-Prazer. – sorri.
Ele apenas deu um leve balanço de cabelos. E sincronizando com o vento, seu cabelo “voaram”.
Levantei-me e tirei os matos que ainda insistiam em ficar na minha calça.
-Para onde vai? – loirinho (Mahiro acho) disse. (achei-o muito curioso).
-Para casa.
-Mas já?
-Sim.
-E aonde fica?
-No outro lado da vida.
Ele riu alto e caiu na grama.
-Você é engraçada. – corei.
-Acho que a maioria das pessoas perdem um pouco do senso de humor quando morrem, acho que consegui manter o meu .- sorri.
Ele ficou me encarando serio.
-Você tá falando sério?
-Sim. – e caminhei em direção as ruínas á frente.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.