Dnangel - a Luz e as Trevas sempre Renascem
Capítulo 2 - Quando as coisas não saem como o esperado...
- Haaaaaaaaaaaaaaaa! - gritou o anjo negro e investiu contra o anjo branco. Encheu sua pena de magia. Desferiu então uma descarga de energia. O louro desviou-se.
- Você só está ficando mais e mais fraco... Patético! - disse lançando ele mesmo uma descarga de energia muito maior.
Dark por pouco consegue desviar-se. Os rivais se olham desejando a morte do outro.
E sua luta furiosa continua.
- Como pode? Como pode ser? - se perguntava a menina Mitsue observando-os.
- Papai, Dark não deveria estar aqui... Principalmente no corpo de Daisuke. - disse Emiko observando a luta entre os anjos.
- Eu sei Emiko. Deve haver algum desequilíbrio. Algo os despertou. Precisamos descobrir o que. - disse o velho senhor Daiki Niwa.
- Tia, anjos não deveriam estar no céu? - disse Mitsue assustada. - Eu não quero... Eu não quero estar aqui!!!!!!!!!!!!! - no grito da menina, uma luz semelhante àquela que a desacordara encheu o ambiente.
Krad olhou na direção da garota para ver o que havia. Dark aproveitou-se da distração dele:
- Olhe pra frente, oxigenado! - e com isso deu um forte soco na face do anjo branco desacordando-o, nessa hora, Satoshi conseguiu tomar o controle do corpo e voltou a ser ele mesmo.
Dark apanhou o garoto no ar e o colocou em segurança no chão.
E da luz que fora emanada de Mitsue, apenas restara a mesma, novamente desmaiada.
- Incidente estranho... - comentou Kosuke. - Afinal de contas, o que está acontecendo aqui?
Dark voltou para dentro da casa ainda com o jovem comandante em seus braços e o colocou na cama de Daisuke, sentado.
Ao ver o anjo negro chegar, Emiko o abraçou como se fosse um filho a quem não via há muito tempo.
Ele retribuiu o abraço e sorriu.
- Oi velho amigo! - disse Daiki ao ver aquele que já fora sua metade um dia.
- Oi... Estamos com um problema sério... - disse o anjo depois de soltar-se da mãe de Daisuke e fitar por alguns instantes seu antigo companheiro.
- Que tipo de problema? - disse o homem levando o para longe dos outros.
- Não consigo voltar... Seu neto está preso aqui dentro de mim...
- Entendo. - disse o senhor. - Bem tem alguma idéia de por que está aqui?
- A mínima... - disse o anjo.
- Isso é ainda pior... Teremos de fazer um ritual pra isso... Afinal se não sabe qual seu gatilho pra voltar...
Dark sacudiu a cabeça por um instante fazendo seus cabelos púrpura balançarem e emoldurarem seu lindo rosto ainda mais perfeitamente.
- Vamos então... Não há outra alternativa. - disse enfim
- Emiko, minha filha... Teremos trabalho a fazer... - disse Daiki olhando seriamente.
- Agora mesmo, papai. Kosuke, meu amor, pode olhar as crianças?
- Sra. Niwa não será preciso observar-me. Estou indo embora. - disse Satoshi já de pé e dirigindo-se à saída. Antes de sair olhou para Dark nada contente. - Então você voltou para me perturbar, hein? Ladrão fantasma...
- E eu nem fiz nada ainda, Sr. Comandante. - retrucou o anjo num deboche.
- À todos, uma boa noite. Desculpe-me o inconveniente provocado por este louco que jaz em meu interior novamente.
Levaram então a adormecida Mitsue para seu quarto, que fora preparado há algumas semanas.
Logo Dark, Emiko, Daiki e Kosuke desceram até o porão aonde costumavam lacrar as obras que o ladrão fantasma capturava.
- De repente, acho que me sentirei uma obra de arte... - disse num riso o anjo negro.
As pessoas ao redor deram um riso leve diante desse comentário e continuaram preparando o ritual que possivelmente o levaria novamente aos confins do corpo de Daisuke.
Dark sentou-se no centro deles e fechou os olhos lentamente. Kosuke ficou num cantinho, meio longe da cena apenas observando. Daiki e Emiko apanharam cetros mágicos e começaram seu ritual.
- \"Por todos os anjos e seres que governam a magia, assim como você acordou fora do tempo, deve voltar a dormir...\" - disseram ambos em coro.
Os apetrechos mágicos brilharam e encheram a sala.
- \"Já funcionou?\" - perguntou Daisuke esperançoso.
- SHHHH! Para um ritual tão forte preciso me concentrar. - disse Dark ainda de olhos fechados.
- \"Desculpe.\"
Depois de passarem algumas horas fazendo aquele ritual...
- Vamos parar... Isso não está funcionando... - disse Daiki
- \"Dark, não os deixe parar, eu quero voltar a ser eu!\" - gritou Daisuke do interior.
De súbito, no alto da escada, surgiu a prima de Daisuke. Mas parecia estar num estado de transe. Como que se fosse sonâmbula.
As pessoas do recinto arregalaram os olhos. Kosuke correu para a escada para que a menina não caísse, no entanto... Ela apenas desceu os degraus como se estivesse acordada.
Dark estava estático. Enxergava perfeitamente dessa vez. Tinha sem dúvida alguém dentro daquela menina.
Levantou-se do meio deles, mas antes que pudesse fazer qualquer coisa...
- Eu... Eu estou de volta! - gritou Daisuke pulando de alegria.
Nesse momento, a menina acordou. O susto de ter acordado ali quase a fez cair, mas para sua sorte, seu tio estava ali para apanhá-la.
- Ela? - perguntou-se o avô de Daisuke. - Ela é o novo gatilho?
- Bem, Dai-chan. Melhor você ir dormir, afinal, ainda vai para a escola amanhã. - disse Emiko paparicando um pouco o filho com alguns beijinhos.
- Sim, mamãe.
O menino então resolveu subir. Observou então por alguns instantes a prima conversando com seu pai.
- Você está bem, Mitsue-chan? - perguntou o homem à menina.
- Estou bem sim, tio... Mas não faço idéia de por que estou aqui... - disse ela confusa.
- Vamos dormir, Mitsue. Temos um dia cheio amanhã... - disse o primo ao passar por ela.
- Sim, sim. Vamos. - A garotinha foi seguindo-o.
Os três adultos observaram-se intrigados.
- Vocês viram o que acabou de acontecer? Isso deveria ter acontecido? - perguntou o pai de
Daisuke.
- Bom, nunca vi uma coisa dessas acontecer... Papai?
- Hum... - o velho senhor pensou durante um instante. - Acho que... Teremos problemas...
Ambos capotaram nessa hora.
- Papai, isso é um pouco óbvio...
Kosuke deu um grande bocejo:
- Bom, agora devemos tirar uma bela soneca. Posso sair para pesquisar amanhã. Ver se houve alguma alteração estranha.
- É uma ótima idéia, meu amor. Mas acho que dessa vez, irei com você. - disse a bela Emiko se aproximando do marido.
- Mas, como fica nosso filho? - perguntou o homem um tanto surpreso.
- Por que vocês não continuam discutindo isso no quarto de vocês? - disse o velho senhor meio sem graça.
- Oh, desculpe, papai... - disse a mulher um pouco envergonhada e saiu puxando seu amado pelo braço.
- Calma, Emiko... Calma... - dizia o homem que estava sendo carregado.
Daiki balançou a cabeça e deu um sorriso leve. E a noite terminara sem muito mais agitações na casa dos Niwa.
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