Kian.

— Você tem cinco minutos para entrevistar cada garota. Aqui estão as suas perguntas. - informou Amber, entregando-me um bloquinho de anotações. - Boa sorte, Kian! E por favor, lembre-se, seja educado com as meninas.

— Obrigado, Amber! Mas não precisa se preocupar, vou ser o mais educado e afetuoso possível. - assenti de leve e desabando os ombros, caminho em direção onde as garotas estavam sentadas me encarando nervosas. Estava ainda mais apavorado, mas tentava de tudo para reprimir a timidez.

Johhana olhava absorta para os detalhes do lustre do teto. Naquele exato momento, eu me perguntará se a garota era acostumada com o luxo em sua vida, no entando, ao me recordar de que ela era a própria princesa da Noruega, me senti um perfeito idiota.

Vou me aproximando de vagar, e ela, percebendo a minha falta de tato, levanta-se com um ar decidido e se dirige a mim com confiança.

— Alteza. - fez uma reverencia com a cabeça.

— Princesa Johhana. - eu disse.

Olho nos olhos da loira e percebo a sua cor verde. Eles eram intensos, observadores, perspicazes, sonhadores.

—Sinto-me lisonjeada, vossa graça!- ela me disse com um sorriso discreto e espontâneo.

— É a princesa da Noruega, certo? Um país promissor! Uma belezura!

— Sim, sim, vossa graça! - a garota me respondeu.

Rolei os olhos em direção as anotações feitos Amber. - Quais foram as suas reais intenções quando se inscreveu para a Seleção?

— As melhores - respondeu em um único tom. - Na verdade eu me mudei para cá Suécia há alguns mêses, porque acho as leis daqui muito desiguais, então gostaria de ajudar os trabalhores e oprimidos. No meu país, a Noruega, costumamos defender o direito do trabalho humano.

A escutei com muito atenção, fito Johhana com uma expressão admirada no olhar.

— Isso é ótimo! - e então, reparo em algo desenhado no corpo da princesa.— Você tem uma tatuagens? - pergunto curioso.

— Duas, na verdade. Uma rosa dos ventos e outra das relíquias da morte. - respondeu lentamente.

— Harry Potter - nós dois falamos juntos.

— É a minha saga favorita! - justificou Johhana.

— A minha também. - abri um sorriso. - Então, o que você faria caso de tornasse a rainha da Suécia? - eu não conseguia conter o grande sorriso se estendendo entre os lábios.

— Acho que a resposta dessa está na primeira resposta da primeira pergunta. - ela me disse. - ajudar os trabalhadores e oprimidos pela sociedade.

Abri um sorriso, mas logo precisei me afastei da garota com os sinais que Amber fazia logo atrás.

— Obrigado. - disse por fim. Agora precisava conversar com as outras onze garotas. Decidi que a segunda deveria ser Alaska.

Ela estava sentada em uma cadeira, observando a festa.

— Você é Francesa, não é? - perguntei. Alaska me encarou incrédula. Ela corou fortemente.

Oui. — respondeu.

Abti um pequeno sorriso na tentativa de encoraja-la. - Alaska Roth, eu li algumas coisas na sua ficha, e vi que você mora em uma fazenda. Achei legal!

Moro com meu père eu una fazenda no Sul da France. Foi idée de Père eu ter querido parrticipar do concurse — respondeu com um sotaque francês fortíssimo. Achei charmoso e elegante. — Me mome morreu quando eu erra una bébé. Tenho una ótima relacion com Joe, é o nom do me père. Joe é Inglês.

— Minha mãe também é inglesa. - disse a ela.

A morena sorriu. Seu sorriso era doce e contagiante. Minha primeira impressão era de se tratar de uma garota muito carinhosa e meiga. Estar com Alaska me fazia esquecer de todo o resto.

Amber pigarreou e eu tive de se levantar da cadeira.

— Foi um prazer. - falei.

— Grata. - ela assentiu.

Me adiantei em direção à mesa repleta de comes e bebes. Sem perceber, acabo por tropeçar em um par de olhos cristalinos. Seus lábios se aproximaram e nós dois estavamos quase a ponto de se beijar.