Diário de um Khajiit

Diário de um Khajiit qualquer


Katrin e Bazzir começaram a atacar os muitos robôs, Laasalun e Midronlot entraram numa luta de espadas enquanto eu passei correndo pelos robôs e cheguei até Kinza.

– Eu me sinto tão rebaixada em ter você como inimigo, com todo o respeito, mas não acha que deveria crescer um pouco antes de pensar em virar Dragonborn – disse Kinza com a mão em seu cabelo

– Não vai pensar assim quando minha espada atravessar sua cabeça. – respondi, talvez mais confiante do que devia

Ela revirou os olhos bufando e fechando seus dedos fez minha espada ser jogada para trás, a lâmina entrou na parede com tanta facilidade que arregalei os olhos.

– Você falava...? – prosseguiu ela olhando suas unhas em forma de deboche

Eu estou morto, morto... passaram inúmeras coisas em minha mente, primeiro meus pais, eles nem sabiam onde eu estava, o que fazia, nem sabiam que eu era o Dragonborn e agora eu ia morrer sem contar nada disso a eles. Depois veio Katrin, Bazzir e Laasalun, os três me acompanharam e foram fiéis a mim para eu chegar até aqui, morrer, para eles serem mortos logo depois. Por ultimo veio toda a Skyrim, cada pessoa lá acreditava indiretamente em mim, acreditava que o Dragonborn era um herói que iria salva-los, e aqui estava eu, de frente para a pessoa mais poderosa de Skyrim que estava prestes a me matar, olhei em volta, me joguei de joelhos no chão e abaixei a cabeça esperando a morte iminente.

– Você é tão patético que vai desistir antes mesmo de tentar? – perguntou ela vindo a passos pequenos em minha direção

– Quero que acabe logo, deixe-os ir embora, e me mate logo. – respondi fechando os olhos

– Não achei que fosse ser tão fácil! – ela riu e ergueu a mão

Apertei as pálpebras, mas quando um raio saiu da mão de Kinza em minha direção, Laasalun saltou na frente e o raio o atingiu, os rostos de todos ficaram pálidos, corri na direção dele.

– Não! Não! O que você fez?! – exclamei com os olhos enchendo de lágrimas

– Meu objetivo de vida está completo, Dragonborn Tinnaff, já viajei a todas as cidades de Skyrim, já explorei cada buraco de lebre que você pode imaginar e agora, graças a você, Katrin e Bazzir, já treinei os próximos salvadores desse país e meus sucessores. – o velho bretão sorriu – cuide da minha Raiz de Nirn por mim.

Levantei o olhar até Kinza.

– Monstro! – gritei

– Nossa, não precisa ofender... – ela fez um movimento rápido e fui jogado contra a parede

Dessa vez Midronlot veio em minha direção com o machado erguido e pronto para atacar, rolei para o lado e desviei do ataque. Enquanto o Orc estava abaixado notei em suas costas uma pedra, a mesma que estava nos robôs Dwemers... é claro! Kinza está controlando ele! Desviei de outro ataque e gritei:

– Fus ro dah!

Midronlot voou para trás e caiu no chão amassando sua armadura.

– Midronlot, me ouça! Você não tem que servir a ela! – falei, mas minhas palavras foram inúteis quando o grande Orc me atacou de novo

Desviei e dessa vez saltei em suas costas e usando minhas garras tirei a pedra das costas dele, Kinza estalou os dedos e eu fui atirado na direção de Katrin e Bazzir, me levantei e todos ficamos ainda mais preocupados quando os robôs nos cercaram e Kinza com sua risada sarcástica de sempre estava em nossa frente.

– O que você achou que estava fazendo? Midronlot está sob meu controle a tanto tempo que nenhum de seus gritos de dragão, poderes da vampirinha ou do Lobisomem podem tira-lo... – antes que a Imperial terminasse a frase, sua cabeça foi cortada pelo machado de Midronlot

Nós três ficamos pasmos ao ver a cabeça da pessoa mais poderosa de Skyrim cair diante de nós jorrando sangue.

– Nunca mais você vai me maltratar, nunca mais me fará mal – o Orc nos olhou – obrigado.

– Acho que nós é que devemos agradecer – disse Katrin sorrindo

Bazzir voltou a forma humana.

– Muito bonito, muito legal! Mas agora que tal irmos embora daqui, eu preciso de algumas roupas... – exclamou Bazzir rindo

Saímos da ruína e logo vimos a sombra de Ahanu aparecer no céu e pousar ao nosso lado.

– Vocês conseguiram! Kinza foi morta, Alduin ficou fraco e todos os dragões seviraram contra ele! – o dragão parecia feliz, mais do que nunca

– Parece que conseguimos mesmo. – concordei, eu também não podia esconder minha felicidade

– Onde está Laasalun? – perguntou Ahanu olhando a nossa volta

Trocamos olhares e abaixamos nossas cabeças em respeito.

– Em Sovnguard, olhando para nós e comemorando ainda mais a queda de Kinza, ele foi atingido protegendo Tinnaff. – explicou Katrin

– Ele morreu com honra, mas agora, temos que celebrar a vida, de outra pessoa – Ahanu se virou, havia alguém montado em suas costas, quando vimos quem era, os olhos de Katrin se encheram de lágrimas

– Mãe...? – sussurrou a Imperial

Katrin e sua mãe se abraçaram.

– Parece que Alduin a fez de prisioneira a pedido de Kinza, para tentar faze-los desistir de derrota-la. – acrescentou Ahanu

O dragão nos levou para a cabana de Laasalun, Midronlot foi por outro caminho, para sua casa. Fizemos um funeral para o Bretão que me treinou, que foi um grande amigo, que nunca será esquecido, na frente do tumulo colocamos um pote de “chá do Dragonborn” ou chá normal, caso prefira chamar assim... eu, Bazzir e Katrin recitamos alguns poemas em nossa língua e depois Ahanu falou alguns em Dovah, todos tínhamos certeza que Laasalun estava agora ocupando um trono de Sovnguard.

Bem, depois disso dá para imaginar o que aconteceu, não dá? Acho que não, Katrin voltou a morar com seus pais, porém eles foram morar na cabana perto de Markarth, lá, por não ser no meio de uma cidade, Katrin podia agir como a vampira que ela era. Bazzir e eu voltamos al Colégio de Winterhold, devo admitir q fui obrigado a perdoar Âlara, mas com a condição que ela não mataria mais ninguém de uma raça sem motivo! Quanto a Bonery, bem, posso não gostar muito dela roubar os moradores de Riften, mas as vezes ela consegue uns itens legais! Bawh continua o mesmo Orc cabeça dura de sempre, e fico feliz com isso. Todas as tardes, quando a aula acaba, eu e Bazzir vamos para a cabana de Laasalun, onde Katrin e Ahanu geralmente já estão, treinamos juntos, lemos os livros que o velho Bretão escrever e cuidamos da Raiz de Nirn colocando água e ouvindo sua doce melodia, meus pais nunca descobriram o que passei, um dia conto a eles... Obrigado a você que leu o meu diário, o diário de um Khajiit qualquer tirado de sua terra e que acabou descobrindo ser o Dragonborn!

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.