Diário de um Khajiit
Canto e encanto
Chegando no quarto fomos dormir, no outro dia quando acordei Bazzir estava escrevendo com pressa em uma papel.
– Oque está fazendo? – perguntei
– Preparando as minhas colas, hoje é dia de prova! – respondeu ele
– Oh! – exclamei – preparando colas? Não vai nem tentar estudar?
Ele me olhou sarcasticamente como se eu já soubesse a resposta.
– Está bem! Foi uma pergunta idiota – falei pegando os livros – hoje é a prova é de que?
– Magia de Ilusão. – respondeu ele
Comecei a passar os livros até chegar no que tinha o símbolo de Ilusão na capa, o qual abri e comecei a folhear.
– OK, vamos lá, “magia de Ilusão é a arte de controlar a mente do inimigo a seu favor...” – comecei a ler o texto e tentar decorar o máximo possível – hoje é só de Ilusão?
– Sim... – respondeu ele
Suspirei aliviado
– Mas tem a parte escrita e a pratica. – completou ele
– Ah! Parte pratica?! Vamos ter que usar o feitiço? – perguntei
– Obviamente. – respondeu ele
Comecei a treinar alguns feitiços de Ilusão, mas não da para fazer isso sozinho, então tentei no Bazzir sem que ele soubesse.
– É hora de ir... – disse ele saindo do quarto
– Estou logo atrás de você. – falei sem tirar os olhos do livro
Saindo do quarto fomos para a sala, Katrin estava lá usando um pano vermelho na frente da boca.
– Bom dia, Katrin, por que isso? – perguntei apontando para o pano
– Como eu já te expliquei, se eu não beber o sangue de um humano todas as noites, minhas características de vampiro ficam mais visíveis, Bonery era esse humano, mas graças a nossa briga ela não deixou eu usar o sangue dela ontem, agora está assim... – respondeu ela tirando levemente o pano da frente
Não estava nada demais, apenas suas presas estavam maiores e dava para ver a ponta delas saindo da boca.
– Acha que alguém vai notar? – perguntei
– Talvez não, mas se alguém com conhecimento sobre vampiros me vir assim, não vai ser nada bom! – respondeu ela colocando o pano de volta na frente da boca
– Posso ajudar de alguma forma? Você quer usar o meu sangue? – perguntei
– O seu não serve, você é Khajiit, precisa ser de humano. – respondeu ela
– Que pena! – na verdade eu estava é mais tranquilo
O professor Vokun, de ilusão, entrou na sala cheio de livros e os colocou sobre a mesa.
– Prontos para a prova? – disse ele com um sorriso
Ninguém respondeu, apenas permaneceram em silencio.
– Vou considerar isso como um “sim” – disse ele folheando um bloco de folhas que também tinha trazido
Ele começou a entregar as provas.
– Façam com calma, não se importem com o fato de terem apenas 15 minutos! – disse ele andando em círculos em nossa frente
Não sei se ele percebeu, mas isso não estava ajudando! Ok, tente ignorar! Escrevi oque podia as pressas na folha e quando olhei havia acabado as perguntas. Passando-se os 15 minutos, o professor começou a pegar a prova de todos.
– Vamos a prova pratica agora! – disse o professor
Todos saíram da sala, tirando por um dos alunos, o resto ficou esperando do lado de fora, logo esse aluno saiu e chamou Âlara, acho que era por ordem alfabética, ela não deu sorte com esse nome. Tempo depois ela saiu e chamou outro aluno e por assim foi até chegar em mim, entrei na sala o professor estava na mesa sentado escrevendo algo numa folha. Ele me viu se levantou e ficou no meio da sala.
– Fique na minha frente, lance o feitiço “Invisibilidade” e depois fique em algum lugar da sala, se eu souber onde você está, você falhou, caso contrario, parabéns... – explicou ele
Parecia fácil, preparei o feitiço na mão e o lancei em mim mesmo, senti um formigamento subindo pelas minhas pernas até chegar na minha cabeça, olhei para minhas mãos e não dava para vê-las, andei pela esquerda do professor e parei em frente a mesa dele, ele ficou encarando o nada por alguns segundos.
– Muito bom! – disse ele
Realmente foi bem fácil, eu esperava mais, logo senti o formigamento novamente, porém dessa vez vindo da cabeça para os pés, o professor se virou para mim eu estava visível novamente.
– O efeito não dura muito porque é a primeira vez que você usa esse feitiço, quando estiver mais experiente você poderá ficar invisível por horas... já pode sair e diga para Ulna entrar por favor. – disse ele
Sai da sala e chamei o próximo aluno.
– E então... você foi bem? – perguntou Âlara vindo na minha direção
– Eu acho que sim, foi bem fácil! – respondi
Ela riu.
– As primeiras provas são assim mesmo, logo sua opinião irá mudar... – disse ela mexendo nas minhas orelhas – vem se sentar comigo!
Ela encostou numa parede e se sentou no chão, me puxou pelo braço e eu fiz o mesmo, tirei meu arco das costas porque ele me incomoda quando me sento, ela ficou observando.
– Sabe, você tem encantar esse arco, ele seria bem mais eficiente se tivesse algum encantamento, eu sou boa nisso, posso te ajudar! – disse ela animada
– Obrigado, talvez seja bom mesmo. – falei
Ela sorriu e deitou no meu ombro.
Ficamos sentados junto aos outros alunos o resto da aula, enquanto entrava e saia gente da sala, quando finalmente acabou Âlara me levou para o dormitório dela, onde me ensinaria a encantar meu arco. Ao entrar percebi que era um quarto bem decorado, bonito ela tinha bom gosto e pelo jeito sua parceira de quarto não interferia.
– Bem, o básico você já sabe, afinal já tivemos aula de encantamento... certo? – perguntou ela
– Sim, já sei que é preciso ter uma arma sem encantamento, uma pedra da alma cheia e um encantamento. – respondi
– Muito bom, então vamos começar! – disse ela estendendo a mão
Dei meu arco a ela, ela colocou em cima do encantador arcano.
– Você sabe algum encantamento? – perguntou ela
– Não... – respondi
– Ok, vou te ensinar um, só para usarmos no seu arco – ela pegou um livro em uma estante na frente de sua cama e me deu, a capa tinha uma espada encantada e se chamava “Canto e encanto”
– Leia esse livro, é bem pequeno, amanha você volta e me diz o encantamento, e vamos aplica-lo no seu arco está bem? – sugeriu ela
– Claro, obrigado. – respondi
– Oh! Eu que agradeço pelas aulas de arquearia! – disse ela beijando minha bochecha
Sai do quarto e voltei ao meu dormitório, me deitei e comecei a ler o livro.
Fale com o autor