Lúcia sentia frio, muito frio, sentia-se perdida, onde ela está parecia ser estrada sem fim, cada passo que dava a temperatura diminua até ela não aguentar mais e desabar no meio da neve. Fechou seus olhos, tentou não derramar lagrimas, sabendo que iria piorar a situação, ela respirou um pouco, mas nem tanto com medo que seus pulmões congelassem, era um milagre não ter morrido ainda, abraçou-se e sua mente foi para as memórias de seus irmãos, eles devem estar tão preocupados.

Umas das suas lembranças favoritas era quando eles foram coroados reis e rainhas de Nárnia, após derrotaram a Feiticeira Branca, foi a última vez que ela viu Aslam pessoalmente,Quem é coroado rei ou rainha de Nárnia, será sempre rei ou rainha relembrou, Aslam foi quem deu esperança a ela em todos os tempos.

Reunido a sua determinação em saber o que aconteceu e onde estava, levantou-se, soltou um suspiro e continuou sua caminhada neste inferno congelante.

Lugar Desconhecido

Em algum lugar desconhecido por muitos, no meio das pequenas partículas dos universos, havia uma um lugar, um lugar cheio de tvs, e um único ser de uma aparência desconhecida sentando em uma poltrona saboreando uma taça do velho vinho do universo 82, e vendo os acontecimentos atuais do universo 1.885 com um sorriso satisfeito

Hermione Jean Weasley, a nova ministra da magia do ministério da Grã-Bretanha confirmou que os lobisomens poderem comp...”

De repente a tela apagou, o ser soltou a taça, que caiu no chão com um alto barulho. Ainda chocado a criatura conseguiu ouvir seu fiel ajudante entrar na sala.

O ajudante foi até seu senhor com papeis na mão, parecendo assustado.

—O que houve Merithan? - perguntou o senhor, ainda sentado na poltrona chocado.

—Não sabemos Senhor.. Simplesmente todas as realidades do universo 1.885 começaram a desaparecer, no ano deles, a partir de 1.995..- o ajudante olhou para o chão com medo da reação do seu senhor.

O senhor faz um gesto com a mão, e a taça quebrada no chão começou a conserta-se e voltar para sua mão junto com o vinho. O ser tomou um gole do vinho, colocou na mesinha de centro, levantou-se e olhou para o seu ajudante com um sorriso falso e amarelo.

—Creio que vocês vão resolver isto o mais rápido possível, porque se não... já sabe..- o senhor estava manso mas assustador ao mesmo tempo, ele se virou e saiu da sala.

O ajudante cheio de medo e desespero caiu de joelhos, ele não queria que seu chefe ficasse bravo, coisas ruins acontecem quando ele fica bravo.

Hospital NappoSão Paulo, SP, Brasil-América do Sul, América

Jin olhou um pouco assustado para a garota em coma, cada dia que se passava, mais fria ela ficava, fazia nove dias que seus irmãos mais novos a encontram, e cada dia que se passava eles ficavam sem tempo para salva-la.

Olhado para a jovem garota, agora que ele percebeu que não entendia o universo, muitos acreditavam em Deus, outros em deuses, alguns não acreditava em nada, mas Jin acreditava no universo, o simples e puro o universo, ele não acreditava em deuses ou Deus, não seguia nenhuma religião e era feliz assim, de acordo com ele “é menos um peso nos meus ombros”. Ele só ia para igreja aos domingos e terças por causa dos seus pais, que obriga todos seus filhos irem, sem importar a idade.

Hoje, é uma terça, faz dois dias que ele foi para a igreja que seus pais o obrigam a ir, “ minha casa, minhas regras” era o que eles diziam aos seus filhos, claro que Jin sabia que eles só eram assim porque eles querem o bem para o seu filho, mas ele não pode deixar que sentir vazio toda vez que ele sentava no banco ao lado da janela na terceira fileira, ouvindo o pastor dizer quase a mesma coisa todos os domingos e terças. Soltou um suspiro cansado e sentou na cadeira ao lado da cama da garota congelada.

Fechou os olhos e respirou fundo, colocou a mão na testa, ouvindo nada além das maquinas e o som da respiração da menina, com os pensamentos a mil na cabeça.

Escola Pública Mulheres do Louvor, São Paulo, SP, Brasil- América do Sul, América

—Sério mesmo? - Helena perguntou com uma sobrancelha levantada olhando para Ana nos olhos.

—Estou de dizendo, isso não é normal, nada é normal de um cara comum conseguir entrar na Área 51 sem ser visto – respondeu Ana com a boca cheia de arroz e feijão da merenda escolar.

—Isso é impossível, onde você viu isso?- Helena perguntou cutucando o peixe do seu prato.

—Internet- Helena revirou os olhos ao ouvir a resposta – O que? A internet pode ser confiável- argumentou Ana.

—Claro que é confiável, tanto que nenhum jovem é exposto diariamente nela- Helena disse sarcasticamente.

—Não precisa exagerar- Ana pegou mais um punhado de arroz com a colher de metal, desta vez com um pedaço esbranquiçado do peixe.

—Não acredito que vocês come a comida escola- uma voz familiar disse atrás de Helena, ela se virou com as bochechas cheia de arroz e acenou para o seu melhor amigo, Yoongi - é literalmente uma montanha de arroz com um tipo estranho de feijão e carnes que não pode confiar- disse ele indignado e sentando-se no lado de Helena colocando seus livros e cadernos na mesa do refeitório.

—Mas foda-se isso, continua bom- Ana disse amargamente para o Yoongi, que revirou os olhos.

—Enfim...Como está a garota congelada? - perguntou Helena querendo mudar o assunto antes que seus dois amigos começasse uma discussão. Ana se inclinou discretamente mais perto de Helena e Yoongi, não querendo perder nenhuma informação sobre a garota que foi informada alguns dias atrás.

—Piora a cada dia, é um milagre ela está viva, eu vi uma foto que Jin nos mostrou, ela parecia uma estátua!- sussurrou Yoongi, não querendo que ninguém ouvisse que ele sabia o estado atual da garota congelada, afinal a garota desconhecida era mistério no mundo inteiro- Jin disse que médicos do mundo inteiro estão vindo para o hospital para estudar a menina, eles só não mudam por causa da condição delas, eles não querem piorar.

Por um pequeno período, o trio ficou em silencio, isso era normal para eles, ficaram em silencio, depois de tantos anos de amizade, o silencio tornou sua outra forma que se comunicar.

Yoongi abriu um livro qualquer e começou a ler. Ana pegou o restante da sua merenda, enfiou na boca e começou a observar o refeitório com um olhar curioso e distante. Helena colocou seu prato de lado, encostou-se no braço de Yoongi e colocou suas pernas no banco escolar, pegou uns dos livros de Yoongi e leu o título “Máquina do Tempo por Hugo G. Wells” , ela abriu o livro e começou a ler, ignorando todos ao seu redor.

Hospital Nappo, São Paulo, SP, Brasil-América do Sul, América

Mente da Lúcia

Lúcia continuou sua caminhada sem direção ao nada, respirou fundo e ignorou a sensação de desespero que crescia a cada vez mais e continuou apesar de está fraca demais.

—Lúciaa voz de sua adorável de sua irmã mais velha a chamou, ela olhou em direção a voz e viu uma luz e um vulto em volta.

Cheia de esperança, ela seguiu a voz de sua irmã que a chamava constante.

Fora da Mente da Lúcia

Lúcia abriu seus olhos e sentou em um movimento rápido, ela olhou ao redor não reconhecendo o local, olhou para sua mãos e viu que ainda estavam congeladas mas pareciam mais humanas.

Jin entrou na sala da paciente, ao entrar a paciente olhou para ele, assustada, Jin em desespero e surpreso gritou as seguintes palavras:

—ELA ACORDOU!

Após gritar estas exatas palavras o clima do hospital caiu, as maquinas pararam de funcionar, a energia caiu, a porta do quarto da paciente fechou com um grande estalo. Duas criaturas com dedos longos e com aparência humanoide, mas sem rosto e completamente assustadoras, apareceram e foram até o Jin e a Lúcia.

Lúcia assustada e em choque, pós acabaram de sair daquele lugar frio e acordar em outro lugar completamente desconhecido, e desconfortável, olhou para a criatura desconhecida, suas principais emoções eram medo e desespero. A criatura segurou ela pelos pescoços com seus dedos longos e de repente ela se viu em sua pior lembrança.

Jin não foi diferente, pobre rapaz, ele nunca se sentiu tão desesperado como está agora, principalmente com esta criatura agarrado pelo seu pescoço e mostrando sua pior lembrança.

Tudo que ambos podiam fazer era fechar os olhos e esperar pelo pior.

Base da SHIELD, Washington D.C, EUA- América do Norte, América.

24-12-2011,3PM

Nick Fury estava tendo um ótimo dia, seu café estava no ponto, seus agentes cumprindo corretamente todas suas obrigações, um super soldado está começado a gostar do seu novo tempo, Tony Stark não faz nenhuma besteira, por enquanto e os problemas com o Thor foram resolvidos.

Ele não pode evitar em sorrir, colocar seus pés na mesa e toma uma xícara do seu delicioso café, mas tudo estava indo bem até demais.

Pois quinze minutos de sentar com os pés na mesa, a adorável Agente Carter – observe o sarcasmo- resolverá ligar avisado que Steve Rogers estava desaparecido por horas, Fury deve que respirar fundo ao ouvi a notícia para não quebrar sua preciosa xícara de porcelana , como eles, a SHIELD, conseguiram perder um super soldado que literalmente gritava liberdade?

Fury deve muito o que pensar, e a voz irritante da Carter não estava ajudado muito, deve ser por isso que ele desligou na cara dela após cinco minutos de ouvi ela falar, um tempo recorde devo comentar.

De acordo com a informações que ele ouvira de Carter, eles investigaram todo o apartamento, não há sinais de abandono ou de sequestro, apenas um copo de vitamina estragada. Ele colocou a mão na testa, massageando a mesma, será que ele terá paz um dia como diretor da SHIELD? A única coisa que ele poderia dizer no momento era:

—Filho da Puta.

Área 51, Condado de Lincoln, Nevada, EUA- América do Norte, América

Steve sempre foi se considerou um homem cristão, sempre ia á igreja aos domingos,e no seu tempo na guerra sempre leria um verso da bíblia antes de dormir e das missões. Ele sempre acreditou que tudo acontecia por um motivo, até mesmo a morte de seu melhor amigo, Bucky, ou o fato que ele ficou congelado por mais de 20 anos e sobreviveu, tudo acontecia por um motivo. Até o fato que ele está em uma dimensão onde ele não passa de um personagem de histórias em quadrinhos e filmes.

Ele soltou um suspiro ao folhear as revistas em quadrinhos que o Major Smith o deu, ele está preso nesta base faz dias, na verdade ele nem sabe, perguntou uma vez ao Major e ele apenas balançou a cabeça e disse “O tempo sempre é relativo meu caro Rogers” antes de sair para encontrar um plano que não envolva mata-lo, a qual Steve concordou com a decisão.

Major disse que iria demorar dias para isto, até conseguir uma audiência com o presidente atual- pelas pesquisas ao redor da base, ele aprendeu que o novo presidente, o Trump não é muito querido pelos os americanos e por quase o mundo todo, mas ele não se importava, não era o seu mundo, seu universo-.

Steve jogou a revista na mesa de centro, e pegou a carta que uma desconhecida - ou um desconhecido com uma letra bastante feminina – e releu pela quarta vez, como se relesse o levaria para de volta para casa, mas o que era casa? Pensou Steve com um olhar distante, no fundo ele sabia que a resposta não importava, ele não pertence a nenhum desses universos, o “seu” universo não era casa, não mais, e este muito menos, mas pelo menos neste ele poderia recomeçar.

Quarto de Helena, Casa #4, Rua do Limoeiro, São Paulo, SP- Brasil, América do Sul, América.

15:30

Com toda sinceridade possível, Helena não se importava com o som alto ecoando em seu quarto, ela não se importava com nada neste momento. Ela só deixou suas lagrimas cai em seu rosto moreno, ela sentia raiva, tristeza, tudo de ruim ao mesmo tempo.

Ela deitou sua cabeça no travesseiro, enquanto Linkin Park ecoava em toda a casa, ela ignorou as mensagens que seu celular recebia, provavelmente era de Ana mas ela não sentia vontade em falar com ela, na verdade, não sentia vontade com ninguém.

Ela fechou os olhos e respirou fundo, tentado contar até dez, mas quer saber? Estava pouco se importando para contagem de números. Simplesmente não aguentava mais, não aguentava mais os comentários, as comparações com seu irmão mais velho, as brincadeiras sem graças que todos parecem rir, mas ela sabia, ela sabia que todos estavam quebrados por dentro.

Sentou-se na cama após seu aleatório mudar para Avril Lavigne, com a música Nobody’s Home. Olhou para sua mesinha de estuda, nesta mesinha havia três coisas, sua lâmina de barbear nova para se depilar, seu diário e sua caneta. Ela se levantou após de pensar bem, mordeu seu lábio e pegou o objeto. Tudo o que ela sabia que ela não queria mais sentir o frio dentro dela, ela queria se sentir o quente do seu sangue bobeando em seu corpo.

Tudo o que ela queria, era ter o controle de sua vida.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.