Quinn olhava no relógio e sua preocupação aumentava a cada segundo, ela não sabia quanto tempo Jesse iria aguentar antes de dar seu sangue nojentos para Rachel .A espera era desagradável. Ela andava de um lado para outro.

_ Onde está essa maldita bruxa?! _ Ela resmungava antes de olhar para o sol se pôr e deixar que sua lembrança a relaxasse.

_Senhor Fabray!_ Chamou o Finggs o dono da galeria._ Onde está a pintura da senhora St James?

_É... Está lá dentro senhor. _ Falou Quinn desapontada por não ser Lea que estava ali desejando a imagem desenhada por suas mãos.

_ Traga-a, esse senhor vai levá-la. _Quinn vai até o cômodo onde esteve outro dia com Lea e pega o quadro lamentando por não poder ver novamente aqueles olhos brilhantes. Ela o leva para frente da galeria onde Finggs conversava com um dos criados de Jesse.

_ Aqui está. _ Quinn o entrega sentindo o remoço de perder sua melhor obra.

_ Diga ao senhor St James que agradecemos muito pela sua preferência. _Falou Finggs adorando a recompensa pela obra. O criado balançou a cabeça e sorriu para Quinn com um olhar impetuoso. Quinn fingiu não perceber e voltou para seu trabalho. A galeria fechava no por do sol e Quinn era a responsável por isso. Ela passava a tranca na porta quando uma voz a pegou de surpresa.

_Posso te ajudar? _ Uma voz desconhecida invadiu seus ouvidos.

_ Oi! _ Quinn respondeu vendo o criado de Jesse. _ O senhor esqueceu alguma coisa?_ Ela perguntou achando estranho vê-lo ali.

_ Não. Quer dizer. Talvez. _ Ele passa o olhar para Quinn analisando o corpo frágil do menino que lhe agradava os olhos._ Posso acompanhá-lo até em casa?_ Quinn tinha medo de aquele homem ter desconfiado de seu disfarce e o nervoso dilatava suas pupilas .

_ Não senhor. Acredito não precisar de companhia. Mas agradeço a cortesia. Com licença. _ Quinn passou por ele ajeitando o chapéu com medo de seus cabelos terem lhe entregado ao mar de monstros.

_ Vamos beber algo? Conheço um lugar bom para homens como você. _ Quinn sentiu o braço grande do homem no seu e não soube o que fazer. Ela não entendia direito o que ele estava pretendendo, aquilo lhe parecia confuso.

_ Não senhor Karofsky. Obrigado. _Ela respondeu torcendo para ter acertado o nome do homem.

_ Tem namorada?_ Quinn ignora o comentário e continua andando, o homem se aproxima com passos largos e fortes. _ Não me deixe falando sozinho senhor Fabray. _ Ele a segurou pelo braço novamente, dessa vez com mais força.

_ Solte meu braço. _ Quinn o tentou manter a voz firme sem transparecer nenhuma feminilidade, pois aquilo poderia acabar com sua carreira._ O que o senhor quer?_Ela tenta puxar o braço, mas ele ri achando divertido o desespero no rosto branco e delicado do garoto que lhe fazia ficar excitado com sua rejeição. _ Solte-me senhor.

_Não é homem o bastante para me fazer soltá-lo?_ Karofsky estava bem próximo de Quinn que tinha medo de gritar e colocar seu disfarce em risco. _ Quantos anos tem senhor Fabray?_ Ele o olhava com desejo e Quinn puxa seu braço com toda força, mas o Karofsky nem sente e continua admirar a boca rosa do garoto na sua frente.

_Não tem vergonha do que está fazendo?_ Quinn reclama afastando o rosto, desejando que ninguém visse aquilo._ Me solta! _ Ele riu e puxou Quinn mais para ele. _ Me solta.

_Senhor Karofsky. Não ouviu o cavalheiro? Solte-o! _ Disse a voz sexy e imponente de Lea. _ Karofsky solta rapidamente o braço de Quinn e se afasta.

_ Desculpe senhora ST James.

_ Não peça desculpas a mim._ Lea se aproximava deixando Quinn boquiaberta com o seu tom.._ Você estava tentando fazer o que senhor Karofsky? _ O silêncio deixava Lea irritada. _Me responda. _ O homem olhava para o chão. O medo estava claro em sua face._ Agora!

_ Pensei que o senhor Fabray gostasse... Ou...praticasse...é...

_ Fale logo, está me irritando. _ Lea tinha as mãos na cintura de um jeito incrivelmente autoritário. Quinn obsevava a cena achando estranho uma mulher tão pequena dar tanto medo naquele homenzarrão a sua frente.

_Sodomia.

_ Que?_ Lea faz sinal com quem não ouviu. E o homem treme.

_Sodomia.

_ Fale mais alto._ Lea debochava e Quinn sentia uma repulsão estranha.

_ Senhora, por favor. _ Ele olhou para Lea fazendo um apelo e ela soltou um sorriso se virando pela primeira vez , desde que chegara, para Quinn.

_ Pergunte para o senhor Fabray se ele utiliza essa pratica?

_ Que?_ Quinn se assustou e Lea voltou a olhar para Karofsky que levanta a cabeça olha para rua.

_Vamos Karofsky. Não me aborreça. _ Ela reclama se aproximando do homem e levantando seu rosto com o polegar._ Pergunte.

_ Senhor Fabray o senhor..._ O homem tentava não olhar para Lea que segurava seu rosto achando muita graça do medo que ela lhe causava._ O senhor pratica... _ Ele sentia vergonha e Lea confirma com a cabeça como quem manda ele continuar. _ Sodomia?

_Pergunte se lhe interessa praticar isso com você._ Lea larga o rosto do homem e aponta para Quinn que não conseguia se mexer com a cena que via.

_ Quer praticar comigo?_ Karofsky pergunta sentindo uma mistura de medo e raiva pela humilhação que aquela mulher o fazia passar.

_ Responda senhor Fabray._ Ela disse olhando para Quinn que a fitava com olhos incrédulos._ Vamos.

_Não! _ Quinn responde e Lea sorri voltando olhar para Karofsky.

_ Você ouviu?

_ Sim.

_ Então nunca mais se atreva a segurar o braço dele e pensar em obrigá-lo a fazer algo. Agora saia daqui._ O Homem sai sem conseguir olhar nos olhos de nenhuma delas. Lea gostava do poder que tinha em mãos, ela olha para Quinn que deixa os olhos verdes se encontrarem com os dela e em seguida se vira andando em direção oposta.

_O que você está fazendo?_ Lea se surpreende com atitude da loira.

_Não achei isso bonito. Você o humilhou. Por quê?Porque ele deixou?_ Quinn se vira novamente vendo Lea parada no mesmo lugar. _ Não preciso de mulheres me defendendo. Não faça isso novamente. _ Quinn se vira de novo e Lea levanta a sobrancelha não gostando nenhum pouco da atitude da loira.

_ Eu te protegi sabia? Ele podia machucá-la . Deveria me agradecer._ Lea gritava e Quinn se distanciava.

_ Me poupe! _ Lea reclama seguindo Quinn. _ Da próxima vez deixo você sofrer sodomia forçada por um vam..._ Lea para a frase percebendo que poderia falar demais._ Só queria ajudar, não sabia que isso ofenderia sua masculinidade. _ Quinn vira-se para Lea.

_ Qual o seu problema? Disse que nunca mais me veria e agora está aqui.

Quinn escuta um barulho e logo uma mulher aparece. As imagens de Lea são substituídas pela de uma outra mulher.

_ No que eu posso ajudar?

_Preciso ficar invisível nas terras de Jesse. Consegue?

Uma conversa rápida e estreita foi feita entre Quinn e a bruxa. Quinn sai do celeiro e sobe novamente na moto, ela queria chegar na fazenda antes da noite cair totalmente, ela seguia o crepúsculo torcendo para que Rachel estivesse bem e humana.

_Venha pode entrar. _ disse a voz suave do menino a frente de Lea.

_ Se eu fosse você não convidaria as pessoas dessa cidade a entrarem na sua casa. _ Disse Lea.

_ Por quê? Você vai me matar?_ Quinn debocha. _ Venha entre._ Lea passa pela porta._ Seu esposo gostou do quadro? _ Lea faz que sim com a cabeça e continua olhando a casa que era quase tão grande quanto a de Jesse.

_ Você mora sozinha?_ Lea pergunta ouvindo Quinn fechar a porta.

_ Sim. Mas eu quase não fico por aqui._ Quinn passa por ela._ Quer beber alguma coisa? _ Lea acompanha passando pelo corredor e entrando em uma sala com lareira e sofás. _ Pode sentar._ Quinn aponta para o sofá de frente para lareira.

_Gosto de ficar de pé. _ Lea disse encostando-se a parede e observando Quinn se de movimentar. Quinn estava sorridente por ver Lea novamente, ela realmente acreditou que depois daquele beijo nunca mais pudesse vê-la. _ Tire esse chapéu. Seus cabelos são lindos demais para ficarem escondidos._ Quinn derrama vinho em um copo e o oferece para Lea que pega o copo entre os dedos de um jeito charmoso e delicado._ Conte-me mais sobre você senhor Fabray._ Quinn derrama vinho em outro copo o bebendo em seguida.

_Não tenho nada a dizer senhora St James.

_ Por favor, não seja tão informal, já nos beijamos. _Lea escuta o coração de Quinn acelerar e a menina cora.

_Pensei que nunca mais fosse querer me ver.

_ Eu não quero. _ Lea leva o copo até a boca sentindo o gosto de vinho barato._ Mas querer e conseguir são duas coisas diferentes.

_ Está me dizendo que não consegue ficar longe de mim._ Quinn sente seus lábios se abrirem em um sorriso largo.

_Entenda como quiser._ Lea bebe todo liquido do copo se aproximando de onde Quinn estava. Era um balcão onde apoiava copos e bebidas.

_ Quer mais?_ Pergunta Quinn olhando o jeito leve que Lea se mexia.

_ Não! _ Lea chegou bem próximo a Quinn. _Com sua licença. _ Lea puxa o chapéu de Quinn que prendia a respiração por ter a mulher tão perto. _ Bem melhor._ Lea tira as mechas douradas da frente do rosto de Quinn._ Você é linda, era você quem deveria ser pintada._ Os olhares entre elas eram intensos. Ambas sentiam vontade de encostarem novamente os lábios, mas isso não acontece.

_Como ninguém desconfia do seu disfarce? Seu rosto é tão feminino e delicado. Eu nunca confundiria com o rosto rude de um homem. _ Lea passa o dedo em volta do rosto de Quinn que se arrepia com toque. Quinn segura a mão da vampira.

_Porque está fazendo isso senhora?

_Eu não sei._ Lea responde com a alma. Ela realmente não sabia o que fazia na casa daquela humana. Ela sabia que a única relação que ela tinha com humanos terminavam com eles mortos depois de satisfazerem seu desejo por sangue, o que ela não sentia enquanto estava perto daquela mulher._ Quer que eu vá embora?_ Lea pergunta tirando a mão do rosto angelical de Quinn.

_Você sabe que não. Gosto de você da sua presença imponente.

_ Então gosta de pessoas imponentes?_ Lea dá um passo para trás.

_ Não! Gosto da sua presença. _ Quinn dá um passo para frente._ Desculpe pelo beijo._ Quinn se aproxima segurando na cintura de Lea que sente seu corpo tão vivo que lhe surpreende._ Queria poder beijá-la novamente. Você deixaria?

_Porque faria isso?

_Não sei. _ Lea empurra Quinn.

_ Não podemos jogar esse jogo senhorita Quinn.

_ Então é um jogo? Quinn amarra os cabelos, eles realmente a deixavam incomodada.

_Sim, tudo comigo é um jogo senhorita. Preciso ir embora. _ Lea se vira e Quinn segura em seu braço.

_Por favor. Fique. Gosto de sua presença. _ Lea olha para o toque quente em seu braço e em seguida par a os olhos verdes que lhe olhavam com doçura. Ela podia ver a inocência no olhar de Quinn. Era parecia um ser tão puro que não deveria ser tocado por um mostro como ela.

_ Sinto muito preciso ir._ Lea se solta do braço de Quinn.

_ Porque veio então?

_ Não sei, fico vendo seus olhos desde a primeira vez que nos encontramos. _ Lea disse sem se virar para Quinn caminhando até a porta.

_ Sempre gostou de mulheres?_ Quinn pergunta antes que Lea chegue na porta .

_Talvez. _ Lea se vira. _ E você?

_ Talvez.

_ Já ficou com algum homem senhorita Quinn?

_ Não senhora. Não me agrada o cheiro deles._ Lea solta uma pequena gargalhada._ O meu te agrada?

_ Muito._ Quinn corresponde o sorriso._ Fique mais um pouco, posso te mostrar minhas outras obras._ Lea queria ir, mas a energia daquela mulher lhe atraia de um forma nunca imaginada por ela. _ Espero que isso não seja apenas uma desculpa para me levar para seu quarto.

_ Não me atreveria, afinal a senhora não é do tipo indefesa. _ Falou Quinn estendendo a mão para Lea.

_Você está se referindo a Karofisky?_ Lea não pega na mão de Quinn, mas para ao seu lado.

_Todos sempre lhe obedecem daquela maneira?_ Quinn recolhe a mão.

_ Sim!_ Lea olha para Quinn com os cabelos amarrados. _ Seus cabelos lhe incomodam tanto assim?

_ Não costumo usá-los. Venha! _ Quinn sobe as escadas e Lea a segue identificando o cheiro da casa com o perfume de Quinn. Elas entram em um dos vários quartos do corredor. O quarto não tinha cama somente um sofá e muitas pinturas feitas por Quinn. Lea segue para pelo corredor de obras olhando detalhadamente um por uma. Até que para em sua imagem com uma flor de gardênia verde.

_ Essa sou eu?_ Lea pergunta olhando pra Quinn que faz sim com a cabeça.

_ Não gostou?

_ Quem lhe autorizou a me desenhar?_ Lea fala olhando para a imagem dela a sua frente.

_Minha memória. Está brava?_ Quinn olhava para Lea com atenção e Lea solta um leve sorriso sem olhar para a menina.

_Porque gardênias verdes?

_Não sei! Acho que combina com você. _ Quinn se aproximou olhando a imagem pintada por ela.

_ Combinam com você. _ Lea disse olhando para os olhos verdes de Quinn.

_ Então eu combino com você. _ Quinn mexe a sobrancelha e toca de leve a mão de Lea que gosta do toque.

_Uma combinação muito perigosa não acha?

_Talvez._ Quinn puxa Lea para perto dela. Lea permite ser puxada. O cheiro de Quinn lhe agradava muito.

_ Você é tão cheirosa. _ Lea não entendia como um cheiro que não fosse sangue lhe chamava tanta atenção em um humano.

_ Você é linda. _ Quinn toca a cintura de Lea. _Queria pode pintá-la todos os dias de todas as maneiras.

_Quer me pintar agora?

_ Você deixaria?_ Quinn pergunta sentindo sua respiração mudar com aquele corpo tão próximo.

_Estou tão encantada senhorita Fabray que eu seria capaz de deixá-la fazer muitas coisas._ Quinn gostou do que ouviu e subiu a mão pela costa de Lea.

_Entre essas coisas estaria deixar ser beijada por mim?_ Lea sentia-se encanta com os olhos verdes de Quinn tão compenetrados nos dela.

_ Porque desejaria fazer isso? _ Lea pergunta sentindo suas armaduras serem arrancadas pela boca rosada da mulher a sua frente

_Porque não consigo pensar em mais nada desde que a vi no teatro.

_Quantas mulheres você já beijou senhor Fabray. _ Lea tentou manter o tom formal e sair dos braços de Quinn que tinha a mão em suas costas de um jeito carinhoso.

_Por quê?_ Quinn faz força para manter Lea em seus braços e Lea não insiste em sair colocando seu braço em volta do pescoço de Quinn. _ Quantas você já beijou?

_ Não responde uma pergunta com outra pergunta. Isso é mal educado. _ Lea solta novamente os cabelos de Quinn e passa os dedos nos fios dourados ajeitando o caimento deles até o ombro._ Me responda senhorita Quinn quantas mulheres já beijou?_ A mão de Lea escorregava pelo rosto de Quinn que gostava do toque e sorria.

_ Uma.

_ Que?

_Uma senhora, foi isso que disse._ Lea passa o dedo nos lábios de Quinn.

_ Contando com nosso beijo?

_ Sim. _ Quinn sente vontade de beijá-la e Lea retribuía dessa vontade.

_ Então aquele foi seu primeiro beijo?_ Lea gostava do que ouvia.

_ Sim. Isso lhe incomoda?

_ Nem um pouco._ Lea aproxima ainda mais os lábios de Quinn “ porque aqueles lábios lhe chamavam tanta atenção?”_ Gosto de ser a primeira. _ Seus lábios encostaram-se aos de Quinn que os acolheram com vigor. Lea empurra Quinn no sofá que fica assustada com a força da morena. _Você me fascina, me fascina muito. _ Lea debruça o corpo por cima do de Quinn, ela escuta o coração acelerado e a respiração ofegante da menina. Aquela sensação era incrível. _ Quero você. Senhorita Quinn ou senhor Fabray . _ O desejo de Lea era assustador. _ Qual de vocês me quer?_ Os olhos verdes de Quinn estavam um pouco assustados com os castanhos vibrantes do de Lea. A vampira puxava com força a camisa de Quinn fazendo força no vão entre os botões que se abriam mostrando a linda forma feminina de Quinn. Lea solta um sorriso descendo os lábios pelo pescoço de Quinn e sentindo a pulsação do sangue da menina. Quinn a empurra.

_ Me permita. _ Quinn joga Lea para a outra ponta do sofá e a beija entrelaçado seus dedos nos cabelos castanhos cacheados de Lea. _ Gosto mais dessa ideia.

Quinn desce da moto chegando próximo a fazendo. A noite já havia caído e ela precisava correr. Ela entra no meio da floresta escura e o corpo de Harmony ainda estava morto ali onde ela deixou. Quinn passa por ele correndo sabendo que seu tempo estava acabando.

_Pare! Não podemos ir tão longe._ Lea empurra Quinn de seu corpo.

_ Pensei que quisesse. _ Quinn se levanta com a blusa aberta mostrando seu abdome que acompanhava belos seios que estavam sendo admirados por Lea.

_ Quero! _ Lea saliva ao ver seios tão lindos mesmo que ainda tampados por talas que desejavam esconder seu formato e tamanho._ Mas não posso. _ Lea sai do quarto em seguida da casa o mais rápido que consegue sem denunciar sua natureza vampiresca.