— Passa o celular!

Ui, quer o meu número?

— Tá louca, tia? Isso é um assalto!

— Ah, esses jovens de hoje adoram uma brincadeira!

— Ahm? Isso aqui não é brincadeira, passa o celular ou eu explodo sua cabeça.

— É pegadinha, filho? Você, loirinho assim nunca seria um assaltante. Deve vir de família boa, tem cara de quem pode auferir o que quer!

Então, o ladrão desistiu e foi embora, bufando.

Mais tarde, um homem negro sentou-se ao seu lado, engravatado e pomposo, sorridente, cumprimentou:

— Bom dia, senhora.

Segurou a bolsa perto de si, com medo.

Afinal, vai que é um assaltante.