Quando Omar casou-se com a humana de Antenor, mudou-se para o apartamento. O filho viera no encalço, trajado em malícia.

Antenor não sabia a ordem clara dos acontecimentos, mas certamente identificava cheiros que permeavam as memórias: álcool, cigarro, chiclete.

Era tarde, por volta das 4h20 da madrugada, e o garoto perseguia o gato. Os acontecimentos seguintes foram rápidos: o menino segurou Antenor pelo rabo, erguendo-o. A Mãe pulou sobre ele, descendo garras sobre o rosto sensaborias.

A Mãe tentou fugir, mas seu pânico apenas cessou quando mãos fortes deslizaram sobre seu pescoço frágil. Era Omar.

Antenor recordava-se do som.