Ah, que fera voraz era Antenor. Correndo sobre os telhados das casas, não haveria quem ousasse fazer carantonha ou questiona-lo. Não, Antenor tornara-se figura importante naquele bairro. E fora encarregado de uma tarefa ainda mais importante: caçar os ratos.

Antenor não lembrava muito de suas vidas passadas, mas sabia que nelas havia Omar, o seu dono. E sabia que não estava ali para brincadeiras. Muito em breve, o serviço seria finalizado e eles iriam embora. Por isso, ignorou as tentativas de aproximação da tal Soninha, ou a implicância do gato siamês.

Antenor estava focado. Havia uma revolução para impedir.