O relógio marcava 16h15.

A rata olhou mais uma vez o relógio de ponteiros para confirmar. Era realmente 16h15. Quando se é uma presa, é importante saber se virar, escondendo a tibieza.

Afinal, a buzina estridente anunciava o óbvio: uma reunião de gatos. Para um rato, só podia significar mau presságio. Mas não hoje. O plano foi bastante simples, na verdade: simular um falso alarme que tiraria os bichanos das residências.

E assim, a rata esperou até que o gato de pelagem escura e olhos amarelos vívidos, Antenor, pulasse através da janela.

A rata, por fim, começou a trabalhar.