Antenor estava deitado na sua cama.

Uma brisa gélida entrava pela janela e Omar estava sentado em uma cadeira de balanço ao seu lado, tragando um cigarro enquanto olhava as estrelas. Não havia sinal de galarim nos gestos.

— Tem muita sujeita lá fora, hein garoto?

Antenor questionou se ele havia falado com ele, pois o dono permanecia com olhar fixo do lado de fora. O felino miou, mas não sabia bem o que queria.

Omar baforou uma cortina de fumaça no rosto do gato e encarou-o. Naquela noite, Antenor não conseguiu adormecer.

Ele não sabia, mas o relógio marcava 4h20.