Dirty Diana
Manipulado
Logo ele foi envolvido por dois braços, e ouviu um riso, seguido de uma forte batida ao longe. Ouviu uma voz rude discutindo e acusando, e então sentiu que foi tirado de perto do corpo quente que estava abaixo dele, e tudo a seguir foi uma completa confusão. Havia gente perguntando coisas, o sacudindo e o levando de um lado para o outro. Tudo isso durou um tempo indeterminado, até que jogaram água no rosto de Michael.
— Para... –balbuciou ele
— Michael! Você não está apenas cansado... O que aquela louca fez com você? –perguntou uma voz feminina
— Sono... Estou... Com sono.
As vozes aumentavam cada vez mais, e ele não conseguia reconhecer nenhuma. Michael começou a tremer.
— Frio...
— Vamos levá-lo para um lugar seguro e reservado, e chamaremos um médico só por segurança. Certo, Mike?
— Sim...
Michael acordou confuso. Estava em seu quarto e se lembrou assustado da noite anterior. Assim que saiu de seu quarto, encontrou sua assistente e braço direito, Lily. Ela sorriu e ao mesmo tempo analisou Michael, parecendo preocupada.
— Oh, Lily! Você poderia... –Michael não terminou a frase
— Estou aqui para te explicar tudo. –ela fez uma pausa esperando Michael sentar- Você se lembra do que da noite passada?
— Do show. –ele hesitou- E havia... Uma fã no camarim. Onde ela está?
— Bem, ela está na cadeia. É o lugar no qual ela deveria estar e...
— O QUE? –interrompeu Michael, levantando-se rapidamente.
—Mantenha Calma, Mike! Você foi drogado noite passada, havia medicamentos na garrafa de água que ela segurava. E além do mais, aquela garota é uma tarada.
Michael ficou chocado com a notícia. Ele não queria acreditar naquilo. A própria Tatiana havia bebido daquela água. E o tom de superioridade que Lily usou para chamar a bela moça de tarada apenas o deixou menos convencido. Aquele desdém era típico dela quando estava com ciúmes. Ele logo descobriu que quando os seguranças entraram no quarto, Diana estava despindo sua blusa e deitando por cima de Michael. Mas ele ainda queria falar com a garota das belas pernas, por que aqueles olhos misteriosos havia acendido algo dentro dele.
Dentro de alguns minutos, seguranças, assistentes, motoristas e até mesmo médicos estavam correndo pela casa para organizar a expedição de Michael até a delegacia com toda a segurança possível. O telefone tocou, e Lily atendeu de cara feia.
— Não adianta, eu já tentei. –ela falou ao telefone- Ele não vai querer atender.
Michael riu da tentativa frustrada de seu empresário o impedir de sair da “segurança e bem-estar de sua residência”, como ele dizia. Não seria tão difícil se eles sempre fizessem uma verdadeira operação militar na casa dele e atraíssem fãs e paparazzi.
Depois de uma eternidade, Michael entrou num dos carros que iriam o acompanhar. Assim que o portão da mansão se abriu, os muitos seguranças que estavam esperando do lado de fora quase foram lançados para cima do carro, pois havia uma pequena multidão ali. O motorista acelerou, mas estava claro que atropelaria alguém. Michael viu alguns flashes, e o som dos gritos enlouquecidos de fãs enchiam o ar. Michael reclamou, irritado.
— Não vai dar. Chega mais gente a casa segundo! O tempo que vocês perderam com cerimônias, francamente!
— Desculpe, mas temos que proteger o Rei. –falou o motorista
Lily, que estava de moto, conseguiu sair e atraiu muitas pessoas com seu ato, desimpedindo um pouco a passagem. Quando o carro já estava parcialmente do lado de fora do portão, uma garota se jogou na janela do carro e trincou o vidro. Assim que a garota caiu desacordada no chão, o motorista recuou e rapidamente fecharam os portões.
Michael saiu do carro correndo.
— Por favor, um médico! –gritava
— Sim, Michael?
— Vá lá fora com alguns seguranças e atenda a garota que se jogou no carro. E se alguém mais se machucou, atenda!
O médico saiu correndo para fazer o que Michael pediu. Ele suspirou e entrou em casa, irritado por não ter conseguido ir visitar Tatiana. Foi até seu quarto e encontrou sua camiseta do dia anterior jogada em cima da cama. Sentiu um perfume doce em sua camiseta, e seus pensamentos voltaram à garota. E foi pensando nela que adormeceu.
Michael acordou mais tarde descansado. Sentou-se na cama e viu Lily o olhando com uma carta nas mãos. Ela tinha uma aparência cansada e muito contrariada.
— Pegue essa carta antes que eu me arrependa. Foi aquela garota que escreveu e implorou para que eu entregasse, então... –ela deu ombros.
— Tatiana? Você a visitou? –perguntou Michael ansioso quando pegou a carta- Como ela está?
— Visitei, logicamente. Ela está bem, e em casa. Chamei uns advogados e consegui que ela fosse liberada até você prestar um depoimento para a polícia. Eu não confio nela, mas se você insiste em querer dar uma chance para uma louca como ela, eu confio em você.
— Você é incrível, Lily! – Michael a abraçou sorridente- O que seria de mim sem você?
— Seria Michael Jackson, oras. Francamente! –ela saiu do quarto enquanto resmungava
Michael abriu a carta e começou a ler.
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