Mulheres por cima.

– Zayn’s POV -

Meus olhos estavam fechados. Não escutava nada. Uma luz começou a incomodar meus olhos. Minhas pálpebras começaram a se abrir e a piscar rapidamente. Abri meus olhos. A luz já passa as janelas e eu estou deitado com um lençol branco com cima do meu corpo nu, o qual estou compartilhando com Paola, que está da mesma forma que eu, sem roupa. Ela estava com um sono um pouco leve. Tirei seu cabelo do rosto e o puxei para o lado. Passei meu indicador pelos seus lábios e depois fui até suas costas e beijei a mesma.

– Vou tomar um banho, está bem? - Eu pergunto sussurrando em seu ouvido. Não sei se ela escutou, mas eu avisei-a de qualquer maneira. - Tudo bem? - Perguntei de novo, só que agora um pouco longe dela. Sua cabeça se moveu em concordância.

Eu puxei o lençol e me levantei em direção do banheiro. Encontrei o sutiã dela no chão, e suas roupas. Peguei-as delicadamente e coloquei em cima de uma cadeira no canto do quarto. Peguei minha toalha e entrei no chuveiro. Cadê o shampoo? Droga! Ele estava em cima da pia do banheiro. Eu abri o Box devagar e olhei para a pia. Logo atrás de tal havia um espelho e nele havia uma coisa escrita com batom.

“ Antes de entrar no banho, ME ACORDE! J xx – P”

ÓTIMO! Ela vai me matar. Eu corri em direção a pia, peguei o shampoo e antes mesmo de entrar no Box eu já o estava jogado em minha mão. Joguei no meu cabelo e comecei a lavá-lo. Tomei o meu banho rapidamente, nunca acabei tão rápido. Peguei a toalha, me enxuguei e a coloquei em meu quadril. Peguei a toalha de mão e passei em meus cabelos. Quando acabei, a coloquei em meu pescoço e sai do quarto. Espero que ela...

– Bom dia. – Paola estava em minha frente. Ela estava enrolada no lençol e segurava a barra com uma das mãos. O lençol era comprido demais para ela. Ela estava sorrindo ao mesmo tempo que fazia uma cara de brava para mim. – Se eu fosse te esperar para acordar...

– Me desculpa! – Eu disse rindo. – Eu realmente esqueci, eu li no banheiro agora e... – Eu não consegui terminar de falar. Ela veio até mim e juntou seus lábios nos meus.

– Não precisa se explicar. – Ela pegou a barra do lençol e começou a andar pelo quarto. Ela foi até a cadeira onde eu tinha colocado suas roupas. – Eu vou me vestir e vou para o meu quero porque...

– NÃO! – Eu disse enquanto corri em direção a ela. – Fica aqui... – Ela estava em minha frente.

Eu passei meus braços em sua cintura e encontrei minhas mãos em frente e a seu corpo. A puxei para perto de mim. A sensação de ter o corpo dela junto era tão boa. Eu não queria soltá-la. Direcionei meu rosto até seu pescoço e beijei o mesmo, descendo devagar e beijando seu ombro. Tirei seu cabelo do caminho delicadamente e voltei a me concentrar em seu pescoço. Sua mão direita passou por cima da minha delicadamente enquanto a esquerda buscava meus cabelos. Ao encontrar, enterrou-se em tais. Ela se libertou de meus braços e se virou para mim. Seus olhos encontraram os meus. Ambos estavam em busca da mesma coisa. Suas mãos percorreram meu abdome, de baixo para cima. Ao chegar no ombro, a mão direita se direcionou a minha nuca. Eu puxei seu corpo para mim e então nossos lábios se encontraram. Nosso beijo foi começando a ficar mais acelerado. Ela já havia largado o lençol no chão e suas pernas já estavam em volta de minha cintura. Eu andei com ela até a cama e lá a coloquei delicadamente. Ela me puxou para ela. Nossos olhares se encontraram novamente e ela sorriu maliciosamente.

– ZAYN?! – Eu olhei para Paola e sua boca estava fechada. – ZAYN?! PELO AMOR DE DEUS, ME RESPONDE! – Ela ainda estava com a boca fechada... Mas o que está acontecendo? – ZAYN! POR FAVOR...

Minha visão estava embaçada. Comecei a piscar meus olhos desesperadamente. A imagem começou a focar um pouco. O que... Eu estava molhado. Abri meus olhos de uma vez e dei de cara com a imagem de Paola. Seu cabelo estava molhado e pingava em minha barriga. Aé, detalhe, estava sentada em cima de mim, cada uma de suas pernas estavam ao lado de meu corpo e um pouco curvada em minha direção. Uma de suas mãos batia em meu rosto seguidamente.

– O qu... que você está fazendo? – Eu perguntei enquanto tossia entre uma palavra e outra.

– Ai, graças a Deus você acordou. Meu Deus. – Ela ficou reta e colocou a mão em sua testa mostrando alivio. – Você quase me matou do coração... DE NOVO!

– O que aconteceu? – Eu olhei para minha roupa. – Porque eu to... AH É! – Eu me lembrei, eu tinha caído dentro da piscina e tinha começado a me afogar. Literalmente. E estava escuro. Espera... Ainda está escuro. – Eu quase me afoguei.

– Pois é, se eu não tivesse tido aulas de sobrevivência na água... Você já estaria morto. Seria um peixe morto. – Seu cabelo continuava pingando. Ela também estava encharcada e ... Em cima de mim.

– Eu posso me acostumar com a sua imagem assim... – Eu a olhei maliciosamente. Espera um pouco.. Paola.. Em cima de mim... MEU DEUS, EU TINHA SONHADO QUE EU E A PAOLA... A PAOLA E EU... NÓS... Ai caralho.

– Há Há. Eu fiz isso pra te salvar. – Ela revirou os olhos. – E a cena de você cuspindo água inconsciente faria qualquer uma perder todo o desejo por você. – Ela deu um risada. Droga, as cenas de nós dois em meu subconsciente começaram a passar em minha mente.

– E como você fez isso? – Eu perguntei.

– Eu pulei na água. Você já estava inconsciente. Eu mergulhei e comecei a te puxar para a borda. Eu coloquei metade do seu corpo para fora e depois eu sai e puxei o resto. – Ela respondeu dando de ombros.

– E como fez para me acordar? – Eu a encarei. Teriam duas formas. Ou ela tinha feito aquele negócio respiratório ou... Respiração BOCA A BOCA.

– Eu fiz massagem respiratória. – Ela respondeu.

– Só isso... Boca a boca.... não aconteceu? – Eu perguntei levantando uma de minhas sobrancelhas.

– NÃO ZAYN, NÃO ACONTECEU! – Ela me encarou. – Tá escuro, eu to encharcada, eu tive que salvar sua vida, dá pra você pelo menos me agradecer?!

– Obrigada... Mesmo. – Sem que eu percebesse, uma de minhas mãos estava em cima de uma de suas penas. A escuridão não estava ao meu favor pois não consegui ver a reação dela.

– Eu acho melhor eu...

– O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI?! – Ela olhou para frente com os olhos arregalados. Eu movi minha cabeça para trás e olhei. Nós estávamos diante de um dos seguranças da faculdade. Ele segurava uma lanterna que estava direcionada EXATAMENTE para mim e para Paola.

– Não é o que parece! – Eu disse alto e ela pulou de cima de mim. – Eu cai na piscina e...

– Os dois... Diretoria... AGORA! – Ele berrou e apontou para fora da sala.

Eu me levantei rapidamente e Paola fez o mesmo. Cada um de nós correu para buscar nossas mochilas e saímos correndo acompanhados pelo segurança. Eu segui o caminho do corredor calado. O quanto mais nós andávamos, mais frio ficava. Eu comecei a tremer. Abri minha mochila e peguei uma blusa que ali tinha e a vesti. Quando já estávamos na porta olhei Paola. Ela estava tremendo. Seus lábios estavam roxos. Eu percebi que ela não tinha blusa extra. Tirei meu casaco e fui em direção a ela.

– Toma. – Eu entrei o casaco a ela.

– Não... Pode ficar, quando nós entrarmos... – Ela começou a arranjar uma desculpa.

– Calados! – O segurando disse irritado. – Não quero escutar conversa dos pombinhos até chegar na diretoria. Porque vocês tem uma porcaria de quarto se fazem as coisas... NO CHÃO!

– Não escuta ele. – Eu sussurrei. – Lá dentro tem ar condicionado, vai ser pior.

– Você não pode ficar sem também né. – Ela também sussurrou.

– Então vamos dividir. – Eu estiquei um de meus braços, que estava segurando uma das partes do casaco, para que ela se juntasse a mim. Ela olhou varias vezes até aceitar. Ela se juntou a mim e meu braço passou por seu ombro fazendo com que o casaco ficasse em cima dela também.

Nós chegamos no prédio. Passamos pelo corredor e por sorte, não havia nenhum aluno. Fomos juntos até a sala do diretor. Lá encontramos a secretária, que mandou nós dois sentarmos nas cadeiras de espera. Eu e Paola sentamos. O sono já estava batendo. Paola deitou a cabeça em meu ombro devagar enquanto seu indicador contornava a tatuagem em formato de um 6 em meu braço. Ela estava fitando todas as minhas tatuagens e contornava com o dedo cada uma delas.

– Eu gosto de suas tatuagens. – Ela comentou. – Contornar elas me acalma, sei lá.

– Eu também gosto delas. – Eu respondi sorrindo. – Você tem alguma?

– Tenho, duas. – Ela me olhou e puxou seu cabelo para cima. Em sua nuca havia uma frase, só que ela soltou o cabelo antes que eu pudesse ler. – E tenho uma no pé.

– Gostei... Se eu tivesse conseguido ler. – Eu respondi e ela riu.

– Em outra oportunidade eu te mostro. – Ela deitou a cabeça novamente em meu ombro e começou a fechar os olhos. Dois segundos depois, ela já estava dormindo.

Ela dormiu enquanto terminava de contornar o 6 de meu braço. Enquanto nós esperávamos minha cabeça percorria todo o sonho. Eu tinha gostado. Isso me preocupava.

– Mas o que é isso? – Eu olhei para trás e lá estavam todos os nossos amigos. Harry, Malu, Louis, Liam, Niall e Tayná.

Ah explicação vai demorar... Muito.