-Niall’s POV-

Mas que carro apertado! Eu não consigo respirar, sério! Ok, exagero. A culpa não é do carro, a culpa é que oito pessoas não cabem em um Mini-Cooper. Nem preciso falar que eu estava no colo de Harry, Liam no colo do Louis e Tayná no colo de Malu. Chutes para cá, tapas para lá, brigas e brigas. Falar que eu queria abrir a porta e me jogar do carro está fora de cogitação? Porque eu estava quase fazendo isso.

Nossa ideia era ir lá, dar um trote qualquer e ir embora. Mas não, nós as encontramos. Não que ELAS sejam o problema, porque na realidade, quem está brigando somos nós cinco. Com o passar do tempo, estávamos nos aproximando cada vez mais na faculdade e fomos descobrindo o que elas tinham planejado. Bem, Paola que eu cheguei a conclusão hoje que tem parafusos a menos, teve a ideia de “alugar” três porcos, colocar blusas com números 1, 2 e 4 neles e soltá-los no campo de futebol. Segundo ela, eles vão ficar procurando o terceiro porco. Ok, certeza que ela viu isso em alguma série de TV, mas eu apoiei, daria para dar boas risadas. E elas tinham spray e tinta para pichar os lugares. Bom... Parece que essas meninas saíram melhor do que o esperado.

-O que você está fazendo? – Escutei Zayn dizer olhando para Paola, que virava em uma rua. – Esse não é o caminho, você tinha que virar NA OUTRA RUA!

- Dá pra você calar a sua merda de boca? – Ela o encarou irritada. – Quem está dirigindo sou eu, quem veio de penetra aqui foi VOCÊ, e quem decide o que fazer com este carro, SOU EU! – Ok, está é a hora que eu arrasto ele porque ela deu uma bela de uma patada monstra.

- ORRRRRRRRRRRRRRRRRRRA! – Eu comecei.

- Cala a boca Niall! – Zayn gritou do banco da frente. – Se a gente se perder, vai ser culpa SUA! – Ele apontou para ela. Pronto, foi só ele fazer isso, colocar o dedo na cara dela, que ela parou o carro com uma freia brusca e deu um tapa no dedo dele.

- Sabe o que eu vou fazer com esse seu dedo? Eu vou enfiar ele no seu cu! – Ela começou a se levantar do banco e avançou nele. Literalmente. Ela pulou sobre ele e abriu a porta. Nossa, que susto. – SAI.

- Não. – Ele disse sem se mexer.

- EU DISSE PRA VOCÊ SAI-. – Ela não conseguiu terminar, porque EU interrompi, já estava cansado desses dois.

- CHEGA! PAZ! POR FAVOR! – Eu berrei. – Harry, para de ficar falando sacanagem no ouvido da Malu. Zayn, deixa a Paola dirigir. – Eu apontei para todos. – E vamos acabar logo com isso.

E assim foi feito. Acho que a primeira vez na minha vida que as pessoas me escutaram sem retrucar. Não pude evitar de dar um sorriso fraco. Oh yeah, o pessoal me escutou sem contestar! Sinta meu poder, seus perdedores. O resto do caminho foi um silêncio total, a não ser pela música que estava tocando na radio, que por acaso era Smile da Avril. Eu fiquei olhando a rua que nós estávamos andando. Olhei para o lado do carro e vejo Tayná olhando para mim. Estranho. Ela fez umas caretas enquanto tentava falar alguma coisa sem que sua voz passasse pela sua garganta. Ok, vamos lá. Interprete em ação. Hm... Hm.... DESISTO!

-O que? – Eu disse.

- Seu idiota. – Ela disse e deu um sorriso. Eu normalmente ficaria irritado, mas eu não liguei, não sei porque, mas eu sorri de volta.

- Obrigada, vindo de você, é elogio. – Eu disse irônico.

- De nada, foi um prazer. – Ela virou o rosto para a janela me ignorando.

Eu fiquei encarando sua nuca por mais alguns segundos e depois olhei para a janela. Lá estava o reflexo dela. Ela estava sorrindo para a rua, não me perguntei o motivo. Ela estava sorrindo e depois ela começou a rir sem parar. Mas o que é isso?

-Lá estão nossos porcos! – Malu disse rindo. Tá explicado o que tinha lá fora.

Nós, homens, saímos do carro e “guinchamos” o local onde os porcos estavam no carro. Ela nunca iria deixar aquilo entrar no carro. Bom, trabalho feito e nosso caminho continua até a rua da faculdade dos otários. Ela estava escura e quieta. Nosso carro passou por ela sem fazer muito barulho, somente o farol dava vida para aquele asfalto. Viramos a esquina da rua e o carro parou. Paola foi a primeira a sair e ir para o porta malas. Lá, ela tirou as mochilas que tinham os sprays e as tintas. Não demorou muito para que nós começarmos a sair do carro. Alguns xingamentos foram feitos por causa de alguns chutes e pernas entrelaçadas.

-Ok, agora que estamos todos aqui... – Paola começou a falar. – Vamos ter que nos dividir em três grupos, que serão: Quem irá levar os porcos. Quem irá pichar a lanchonete e Quem irá jogar a tinta na fonte deles. – Ela nos encarou. – Voluntários?

- Tinta na fonte. – Eu e Tayná falamos ao mesmo tempo. Opa, coincidência demais. Ela me olhou e revirou os olhos. Cadê aquele sorriso de antes? Sumiu?

- Ótimo! – Paola disse. – Temos os porcos e a pichação...

- Porcos! – Liam e Harry falaram animados. Parece que eles queriam fazer isso mesmo.

- Precisamos de mais alguém... – Paola começou a dizer mas logo foi interrompida por Malu.

- Eu vou. – Ela disse meio sem opção. – Eu sou péssima em desenho, e pelo menos posso mandar os meninos fazerem as coisas.

- Ótimo. Eu, Zayn e Louis vamos pichar. Agora... Cada um vai para o seu lugar, aqui está o mapa. – Ela entregou o mapa para cada grupo. – São meia noite e meia. Nos encontramos aqui 1h. Rápido.

Cada um foi para um lado. O pessoal dos porcos saíram correndo pelo campus. Juro, juro mesmo, que vi Malu passando o pé em Harry e Liam. Eles ROLARAM na grama, era uma descida. Ela ficou rindo e depois saiu correndo. Essa é uma imagem que eu não posso esquecer. O grupo da pichação pulou um muro e correu em direção a escola. E lá ficou, eu e Tayná. Sozinhos. Ótimo. Ela me olhou e começou a andar na minha frente com a mochila nas costas. Tive que dar uma corridinha para alcança-la.

-Ei, calma! – Eu disse quando cheguei ao seu lado. – Quer que eu carregue a mochila? – Perguntei.

- Não, Obrigada. Passo. – Ela me deu um sorriso forçado e continuou andando.

- Está bem né. – Eu disse. Já podia ver a tal fonte se aproximando. Não era tão longe. O problema era que... Bem, era exatamente NO MEIO DOS DORMITÓRIOS! – Ah, a gente se fu.

- Eu sei. – Ela disse abrindo o mapa. – Aqui tem um corredor que dá bem na base da fonte. Ele é por baixo da terra e tem uma abertura aqui... – Ela apontou no mapa. – Se nós passarmos por aqui... – Ela mostrou um corredor estreito e longo. – Conseguimos chegar lá sem que ninguem nos veja.

- Ótimo, vamos fazer isso! – Entramos em um caminho que deu em uma porta. Atrás de lá havia o corredor.

- Bora entrar então... – Tayná abriu a porta e lá estava o corredor. Só tinha um pequeno, enorme, extremo problema... Estava totalmente escuro, eu não enxergava nem a minha mão quando eu a afastava de meu corpo.

- Você trouxe as lanternas... né? – Ela perguntou me encarando. Merda. Não.

- Er... – Eu peguei a mochila dela e comecei a mexer e a regira-la. Tinta... Tinta... Tinta... E olha! Mas tinta! Que coisa... Merda, o que eu vou fazer agora? – Não. – Eu olhei para baixo. Não queria receber o olhar de raiva dela.

- Eu não acredito Niall! – Ela deu um pequeno berro. – Você tem problemas né? Como assim você não pegou a lanterna? Como que nós vamos passar por esse corredor agora? Em? – Ela batia o pé e colocava a mão na cintura. Hilário.

- Não é só minha culpa, é sua também! – Eu disse. – Você também esqueceu, ok? – Nós nos entreolhamos. Já estávamos nos conformando. – O que nós vamos fazer?

- Entrar né... Fazer o que. – Ela simplesmente falou e foi em direção ao corredor. Depois de dois segundos eu já não a via. – Vem logo. – Sua voz rouca foi a única coisa que e guiou para segui-la.

Eu desci dois degraus e fui em direção a sua voz. Cada vez que explorava mais o corredor, mas medo de encontrar insetos me tocando crescia em mim. Parecia que eu nunca iria conseguir alcança-la. Com o passar dos segundos tudo ficava mais escuro e eu já não via mais nada. Comecei a tapear as paredes que formavam um corredor extremamente estreito... E quando eu digo estreito é REALMENTE estreito, eu não conseguia abrir meus braços totalmente na horizontal, pois batiam na parede. Passei meus pés devagar pelo chão... Eu sinto que eu iria cair de ca-

-EI! – Escutei a voz de Tayná soar bem perto de mim. Eu tinha acabado de dar um tapa nela e de chuta-la.

- Desculpa! – Eu disse preocupado. – Eu estava meio perdido, e tava escuro... e... – Perdi o foco quando senti sua respiração tocar meus lábios. Ela estava muito perto de mim. Droga. – E eu nem tenho ideia de onde você está. – Eu estava paralisado. Não queria fazer movimentos que me fizessem toca-la.

- Eu também não sei. – Ela disse. – Só sei que você está perto porque sua voz está bem alta. – Eu pude escuta-la rir um pouco. – Deixe-me ver... – Sem que desse para eu fazer alguma coisa, ela esticou sua mão em uma distancia pequena e tocou meu abdome. – Ah... Você está aqui. – Ela parecia sem graça.

- É... – Eu não pude deixar de olha-la com um sorriso torto no rosto. Lê-se tentar olha-la, mas o que vale é a intenção. Minhas mãos já estavam em meu bolso, como sempre. Eu estava parado olhando um pouco para baixo, onde provavelmente ela estava. Sua respiração percorreu mais uma vez meus lábios e me fez morde-los. Sem que eu percebesse minha mão saiu do meu bolso e foi indo em direção a ela devagar. Eu ia tocar seu braço.

- Ótimo, agora vamos. – Ela se virou e senti o vento que seus cabelos fizeram batendo em meu corpo. Escutei seus passos. – Nós temos pouco tempo, e eu quero acabar isso logo.

- Só me espera! – Eu disse e corri um pouco até senti-la me segurando pelo braço. – Obrigada.

Nós começamos a andar pelo corredor escuro sem abrir a boca. Nenhuma troca de palavra. AS únicas coisas que nós escutávamos eram nossas respirações, que naquele silêncio se tornou um barulho irritante. Minha cabeça estava a mil por hora depois do que aconteceu. Juro, não entendi nada. Como é que EU quase me senti atraído por ela? Eu a olhei daquele jeito que nós olhamos as mulheres com que nós queremos alguma coisa. Sabe quando ela está envergonhada com o clima que está rolando, abaixa a cabeça, fica vermelha... Ai eu chego e fico encarando ela com um sorriso torto e levanto sua cabeça para que ela olhe para mim... Foi quase isso que aconteceu. EU ESTAVA PRESTES A TER UM CLIMA DE LOVE COM A TAYNÁ! Ela me chama de oxigenado, eu conheci ela ontem e depois de um dia perto dela eu já estava estranho. Calma Niall, isso foi coisa momentânea. Você está carente... É ISSO, eu estou carente. Vou passar no quarto da Ashley hoje e TUDO estará resolvido. Sem problemas.

Foco, Foco. Eu continuei andando ao lado dela. Estava apertado demais. Nossos braços se tocavam e de vez em quando nós empurrávamos um ao outro. Isso durou por um tempo. Parecia que aquele maldito corredor não acabava. AAAAAAAAH.

-AAAAAAAAAAAAAAAH! – Eu dei um berro e pulei em seguida. Alguma coisa tinha tocado em mim. Era um bicho. Certeza. – ALGUMA COISA TOCOU EM MIM...

- O que? – Ela perguntou com a voz calma. – Foi isso? – E eu senti de novo. Credo.

- CREDO! Tira de mim! Tira porra! – Eu dei uma um pulo. Odeio insetos.

- Foi eu Niall. – Ela disse séria. – Eu fiz isso para descobrir onde você estava, se estava vivo... Eu não sei. Não conversamos, ué. – Pude sentir sua cara de desprezo para mim. – Você é... Problemático, sério.

- Eu achei que fosse um inseto. Mal. – Eu comecei a rir. – Ai... Vamos conversar pra isso não acontecer de novo.

- Tá, sobre o que? – Eu tenho certeza que ela nem me olhou.

- Da onde você conhece o Edward? – Quando minhas palavras terminaram de passar pelos meus lábios, sua respiração parou, assim como seu corpo. – Ei... você está bem? – Então eu coloquei minha mão em seu ombro.

- Estou. – Ela retirou minha mão e voltou a andar. – Ele era da minha escola, três anos mais velho, jogador de futebol. Só isso. – Ela passou por mim sem me olhar.

- Não é só isso... – Eu estava certo. Aquela conversa que nós escutamos mostrava que ele não era um simples “cara da escola”, ele era alguma coisa a mais, eles tinham alguma história. – Pelo que eu escutei...

- Você não devia ter escutado nada. Isso tudo é passado, e vai continuar no passado. – Eu sentia nossos braços se tocando novamente. – O corredor já deve estar acabando... – Eu escutei um barulho alto, de alguma coisa macia batendo em alguma coisa dura... Tayná e porta. – AI DROGA, MERDA, PORTA IDIOTA, EU QUERO... AAAAAAAAAAH. – Ela bateu o pé no chão com raiva.

- Você está bem? – Eu disse entre algumas risadas, impossível ficar sério. – Eu abro, calma. – Eu abri a porta facilmente, e um pouco de luz entrou no corredor. – Vamos! – Eu disse atravessando a porta e indo até o campus onde se encontrava a fonte.

Tayná demorou um pouco para ir, ela ainda estava xingando a porta, como se fosse fazer algum efeito. Quando finalmente chegou até onde eu estava, que por acaso era exatamente na frente da fonte, ela sentou na borda jogando todo seu corpo, exausta. Eu a olhei e revirei os olhos... Tão fraca. Joguei a mochila no chão e a abri. Comecei a tirar as tintas... Eram todas da cor marrom, sinto que elas queriam que a água parecesse merda. Enfim, eu comecei a abrir as tintas com facilidade enquanto Tayná tentava abrir uma e não conseguia.

Quando terminei de abrir as minhas tintas, comecei a ajudar Tayná. Ela não tinha força o suficiente para abrir. Levei dois minutos para abrir todas as tintas até deixa-la com uma única na mão. Ela estava sentada, fazendo uma força infinita na tampa que não queria soltar. Eu parei um pouco para analisar a imagem, ela estava com tanta raiva da tampa que eu não consegui segurar a risada. Eu comecei a gargalhar e ela me jogou um olhar de ódio e matador. Se ela tivesse uma faca, certeza que estaria voando em minha direção.

-Você está rindo do que? – Ela me encarou e levantou. – Para!

- É muito engraçado, você tentando abrir a tinta... – Minhas palavras eram todas interrompidas pelas minhas risadas. – Você tava fazendo tanta força...

- Cala a boca.

- Não... – Eu continuei rindo.

- Então dá pra você abrir isso aqui pra mim? – Ela disse me entregando a tinta com um sorriso no rosto... Estranho demais.

- Claro. – Eu peguei a tinta e a analisei a fim de descobrir o que ela fez com tal. Com certeza ela fez alguma coisa. Depois de virar e revirar a tinta, percebi que não tinha nada e abri com facilidade. – Tome. – Eu entrei o pote para ela.

- Obrigada... – Ela deu um sorriso e pegou a tinta. Ela olhou para o liquido marrom, depois olhou pra mim. Isso foi a ultima coisa que eu vi antes de alguma coisa marrom voar na minha cara e roupa. – Parabéns, agora você é a tinta. – Seu sorriso sínico foi formado e estampado em seu rosto.

- Você não fez isso... – Eu olhei para minha roupa enquanto tirava a tinta de meu rosto. – Você NÃO fez isso! SÉRIO, Tayná, mas que porra que você tem na cabeça?! – Eu comecei a gritar e quando vi, já estava perto dela jogando um pote em sua cabeça.

- Você TÁ DE BRINCAEIRA COM A MINHA CARA NÉ?! – Ela veio para cima de mim em um pulo certa de que ia me acertar. Eu a peguei pela cintura com só um dos meus braços e a puxei para perto de mim no ar, a prendendo em meu corpo fazendo com que ela não conseguisse se mexer. – ME SOLTA!

- Não até você parar! – Ela começou a se debater em mim e eu a prensei mais ao meu corpo. – Dá pra você parar de ser tão assim?! Você e suas amigas, são todas assim! Qual o seu problema.

- Cala a boca Niall, cala a sua boca! – Ela começou a me dar uns tapas no ombro. – Me solta logo. – Ela parou um pouco e ficou mais tranquila.

Quando isso aconteceu, comecei a soltar seu corpo devagar. Ela colocou os pés no chão, porém eu não tirei meu braço de sua cintura, pelo contrário, eu continuei ali, raciocinando o que estava acontecendo. Olhei para seus olhos que me encararam. Eram praticamente verdes, um verde escuro, mas um verde. Seu rosto tinha manchas marrons mas continuava agradável. Espera um pouco... eu estava... estava... APRECIANDO A TAYNÁ? NIALL! NÃO CARA, NÃO, VOCÊ NAMORA. Namora. A menina mais desejada e gata da escola. Ashley, a líder de torcida!

-Vamos começar... – Ela simplesmente se distanciou de mim como se nada tivesse acontecido. Pera... Nada aconteceu. Nada. Nada. Niall, NA-DA!

- Tá. – Eu disse e a segui.

Começamos a jogar a tinta bem no local onde a fonte pega a água, e lá estava. Uma fonte marrom, uma grande fonte de merda... se era isso que elas queriam, BOOM, foi o que conseguiram... Não tenho ideia de quantos potes de tinta nós colocamos naquela água, devem ser uns 25 potes. Ou mais. Enfim tanto faz. O que vale é que nós conseguimos colocar tudo sem que eu traísse a... NÃO!

Merda. Ela estava recolhendo os potes, e quando eu falo recolhendo os potes, eu digo, ela estava agachando com aquele shorts e pegando a porcaria do pote. Merda. Não vou olhar, vou só ajudar. Pegamos todos os potes e jogamos em um lugar qualquer. Já eram 12:50 e tínhamos que estar no local de encontro as 1h. Então nós voltamos pelo mesmo corredor sem trocar uma palavra.

Quando chegamos no lugar, não havia ninguém, eles deviam estar com algum problema, então resolvemos ir para o campo de futebol. Foi só chegar lá e vimos Malu correndo de um porco. Liam estava tentando ajudá-la mas Harry só apontava e ria. Aquela imagem estava tão hilária que eu podia ficar lá durante um bom tempo. Tudo estava certo até que um barulho de alarme começou a tocar fazendo com que nós pulássemos de susto.

-Mas o que foi isso? – Liam berrou.

- Um alarme! – Niall respondeu. – Acho que alguém ativou o... – Ele não conseguiu terminar.

Foi interrompido pela imagem de Paola, Zayn e Louis correndo de dentro do prédio em uma velocidade inesperada. Eles não olhavam pra trás, só gritavam alguma coisa que nós não conseguíamos entender. Zayn estava empurrando e brigando com Louis que só ria. Paola estava correndo com cara de desespero. E eu senti que estávamos ferrados.

-Mas o que aconteceu? – Harry já estava do nosso lado.

- Não sei. – Tayná respondeu e logo depois Paola chegou correndo e passou por nós sem parar.

- Corre porra! – Ela berrou e passou em disparada. Nós não sabíamos o que tinha acontecido mas começamos a correr.

- Você é muito idiota! – Zayn gritou para Louis.

- Como que eu... – Ele parou para rir. – Eu não sabia que lá tinha sensor de movimentos! – Ele continuava a rir. – Eu só me joguei um pouco... No chão.

- Eu vou te castrar Louis, na boa! – Paola já tinha pulado a cerca e estava procurando nos bolsos a chave do carro. Logo encontrou e apertou o botão que destravou as portas. – TODOS PRA DENTRO!

Nós todos pulados e nos esprememos no carro. Pelo menos tínhamos conseguido sair de lá no horário. Ela acelerou o carro e foi em disparada em sentido da rua, nós que estávamos no banco de trás quase morremos em todas as curvas. Aquela mulher no volante é para surtar. Quando chegamos na faculdade, ela parou rapidamente e todos saímos.

Ela deram um tchau rápido e correram para o prédio delas. O problema era que... eu também ia para aquele lado. Ia para o quarto de Ashley, assim como Zayn ia para o de Andy, que por acaso era o mesmo, e Harry ia para o de Tiffani. Andy disse a Zayn que queria comemorar, e isso já incluía a mim e Harry, era fato. Nos despedimos de Louis e Liam que foram para o dormitório masculino discutindo o motivo que não tinham namoradas e o como estavam irritados com isso. Já nós três, fomos seguindo as meninas devagar.

-O que vocês estão fazendo? – Tayná virou para nós. – Seguindo a gente?

- Vamos dormir no quarto das meninas hoje. – Zayn respondeu com um sorriso.

- Ai que ótimo... – Malu revirou os olhos e entrou no hall. – Vou escutar vacas mugindo hoje, que noite maravilhosa!

- Ha-Há, hilária. – Harry passou por ela a empurrando. – Vai dormir sozinha enquanto eu vou estar acompanhado...

- Prefiro dormir sozinha do que acordar um uma vadia do lado, ou sei lá, algum homem como... você. – Ela sorriu e continuou andando. Adoro isso.

- Ai, tanto faz. Que bom que amanhã nós só temos que acordar as 10h da manhã... Estou sentindo até a fofura da minha cama... – Paola começou a falar fechando um pouco os olhos. – Deixem eles e vamos dormir.

- Paola, nós ainda temos que subir as escadas com esses idiotas. – Malu abriu a porta e começou a subir as escadas.

- Dá pra parar de reclamar? – Eu perguntei.

- Não. – Tayná respondeu.

Nós subimos alguns andares e elas pararam no delas abrindo a porta e passando pela mesma sem dizer nada. Elas passaram e eu não resisti em segurar a porta.

-Boa noite pra vocês também. – Eu disse.

- Tanto faz. – Paola disse sem nem olhar para nós.

- Ah, Tayná, vê se lava direitinho tá? – Minha provocação era perfeita! Ela ia ficar uma fera...

- Claro, se você fizer o mesmo... – Ok, retrucou, mas... Bem, foi uma troca de patada péssima, eu ganhei! Eu ganhei! Niall Horan é sempre o vencedor... – Só uma pergunta... Essa cor realça meus olhos? – Ela piscou algumas vezes e deu um sorriso vencedor.

Ok, ela ganhou. Porcaria. Ela percebeu que eu fiquei olhando para a cor dos olhos dela e ela jogou isso na minha cara. Merda. Porque ela tinha que fazer isso? Desnecessário. Ela me jogou mais um olhar e entrou no quarto. Pude ver Malu e Paola rindo e entrando junto. Fechei a porta e olhei para os meninos. Eles estavam segurando a risada. Ótimo, era disso que eu estava precisando.

A única coisa que vai me salvar agora... é a Ashley, ela não pensa muito em patadas, e ela vai... me divertir hoje. Nós vamos nos divertir.