P.O.V. Sebastian.

Bem, bem, a escola com certeza não é um simples liceu, um internato. Onde os alunos vão para aprender o B A BA.

Já é tarde. Eu entrei na escola e vi vampiros, bruxas e até mesmo lobisomens.

—Interessante.

Então ouvi um barulho de... chuva. Olhei pela janela e nada de chuva. Então ouvi outro barulho, um barulho mais familiar.

—Elizabeth.

Estava cantando. Entrei no cômodo e haviam coisas grudadas nas paredes, uma cama o que indica que é um quarto. Havia uma almofada e eu ri com o que estava escrito.

"You say I'm a Witch, like its a bad thing."

Traduzindo: "Você me chama de bruxa, como se fosse algo ruim."

A cama tinha lençóis coloridos, almofadas, poltronas. Mas, o barulho de chuva ainda me intrigava.

Então segui o barulho.

—You never wanted to say this... you never wanted to stay...

E aquela era... uma visão gloriosa. Pés, então... panturrilhas, coxas torneadas e branquinhas e uma bela... bundinha. E para fechar com chave de ouro, ela estava molhada. Literalmente molhada. A água caia do céu. Ela estava dentro duma cabine e passava algo nas pontas dos cabelos.

Tentei me aproximar, mas ela girou a alavanca e a água parou de cair. Torceu levemente as pontas dos cabelos loiros. E quando virou e me viu... ela berrou. Pegou um pedaço de pano e se enrolou nele.

—O que aconteceu?!

Eu me escondi, então o outro vampiro não me viu.

—Uma barata.

—Onde está?

—Está tudo bem, M.G. Ela saiu pela janela.

—Ahm, tá.

—Você pode... voltar para o seu quarto agora.

—Oh, certo.

O rapaz saiu á contra gosto e ela falou:

—Pode sair.

—Bem, está é uma invenção maravilhosa.

—O que?

—A máquina de água.

—O chuveiro?

—Chuveiro.

—Você nunca viu um chuveiro?

—Temo que não.

Elizabeth se estressou.

—E pelo jeito a sua mãe nunca te ensinou a bater!

—Ela me ensinou a bater. Mas, nunca a obedeci.

—Pode sair por favor?

—Porque motivo?

—Eu tenho que me secar! E estou ficando com frio.

—Tenho uma ideia para lhe aquecer.

Não vi o que ela fez, só vi... a rajada de energia vindo e lançando-me porta a fora. A porta bateu.

P.O.V. Lizzie.

Essa foi por pouco. Tipo, muito pouco. Eu quero me atirar encima dele. Quero muito, muito, me atirar encima dele e fazer um sexo louco e selvagem com esse vampiro maravilhoso com os olhos azuis mais lindos que eu já vi. Mas, eu tenho que me controlar. Minha mãe me ensinou a ser uma dama.

Me sequei, sai do banheiro enrolada na toalha e coloquei o meu pijama com ele me olhando, mas ele não viu nada.

—Isso é trapaça.

—O que? Esperava que eu derretesse fácil assim? Eu sou uma dama.

Peguei o meu spray desfrizante, os meus produtos de cabelo, o secador, a escova e depois de espirrar o spray comecei a dividir o cabelo em sessões.

—O que é isso ai?

—Um secador de cabelo. Isso vai fazer barulho.

P.O.V. Sebastian.

Conforme ela passava aquele equipamento barulhento nos cabelos, as madeixas soltavam fumaça.

—Seu cabelo está soltando fumaça.

—Eu sei.

E o cabelo saia não apenas seco, mas liso. Parecia sedoso. O cabelo era volumoso e apesar de estar liso ainda era volumoso. Ela usava uma blusa preta com pequenas caveiras e as roupas eram de seda.

—O que?

—As roupas diminuíram. Tanto em quantidade quanto em comprimento.

—É.

—Porque secar os cabelos?

—Porque se eu durmo com eles molhados, eles apodrecem, e caem.

—Isso é terrível.

—Mm.

Ela cheirava a morango.

—Como pode você cheirar a morangos?

—Eu passo creme. Como não vai sair, tire os sapatos e deita ai.

—Não vai me expulsar?

—Estou vestida. E além do mais, estou cansada demais para te expulsar.