P.O.V. Klaus.

Bem, aquela figura loira carregando todas aquelas malas.

—E então, to esperando uma explicação. E onde é que tá o Rick?!

Perguntou Caroline cruzando os braços.

—O Doutor Saltzman foi exonerado do cargo.

—Tudo bem. E quem é que é o responsável?

—Eu.

—Dorian? Agora que tu é o responsável, pode ir tratando de explicar o que é que tá acontecendo.

—Eu não te devo satisfação nenhuma Caroline.

—Não deve não? Tá vendo esse S estampado na sua camiseta?

Perguntou Caroline metendo a mão no peito do "Diretor"

—É S de Salvatore. É o legado do meu falecido marido. Eu fundei essa escola, minhas filhas estudam aqui. Então, Dorian... tu me deve satisfação. Sim! Agora desembucha.

Ele começou a falar e Caroline só escutando.

P.O.V. Caroline.

Comecei a escutar e... misericórdia. To só escutando. E só to ouvindo asneira.

—É isso.

—É? E vamos compreender um negócio aqui. Primeiro, os vampiros da outra raça não pode se alimentar de sangue humano sem matar. Segundo, os da nossa raça tem emoções ampliadas e o que acontece Dorian, quando esses menino perder o controle e matar alguém?

O bibliotecário ficou sem resposta.

—Vou dizer o que acontece, eles vão se afogar na culpa. Ai fica aquela choradeira, capaz que eles desliguem a humanidade.

—E quem vai ser o novo Diretor?

—Eu vou. Diretora interina. E eu quero a sua carta de demissão na minha mesa Dorian. Pra ontem.

—O que?

—Não me ouviu? Está demitido.

—Você não pode chegar aqui assim depois de um ano fora e...

—Fica quieto! Eu fiquei um ano fora sim, mas foi por causa de resolver problema de família! Você como melhor amigo do Rick, sabe melhor do que qualquer um o que eu tava fazendo na Europa. Eu não tava lá a passeio não.

O silêncio do lugar era sepulcral.

—Tá esperando o que? Vai fazer a carta de demissão. Porque depois do que tu aprontou... você não coloca mais o pé nessa escola.

Ele saiu soltando fogo pelas ventas. Olhei em volta e imagine a minha cara quando eu vejo dois Originais, supostamente mortos vivinhos da silva.

—Olá love.

—Eu tenho que me sentar.

Me sentei na mesa do escritório que era do Alaric e até bebi umas doses de uísque.

—Jesus tende piedade de mim.

—Gostei de ver. Colocou o rato no lugar dele.

Klaus.

—Olha, se nem comece. Que do jeito que eu to... nem você sendo o Híbrido Original, isso não vai me impedir de agarrar o seu pescoço. O Dorian, conseguiu me tirar de mim! Agora, é aguentar firme e limpar a bagunça. E... como é que você tá vivo?

—Minha filha.

—Sua filha? Tu tem uma filha?

—Eu tenho. Hope Mikaelson.

—Ora, se veio matricular ela? Vai ser bem vinda.

Hora que ele começou a contar... eu tratei logo de encher outro copo.

—Uma de minhas alunas, mata o namorado e se atira dentro dum poço de perdição, esquecimento e escuridão e ninguém... faz nada pra impedir? Puta que pariu.

Disse tomando o uísque num gole só.

—Eu vou pra Europa por um ano e quando eu volto... a minha Escola está de perna pro ar. O Alaric foi destituído de seu cargo, Dorian assumiu, meus alunos vampiros estão por ai se alimentando de pessoas inocentes, uma das minhas alunas foi apagada da existência, uma mãe de um aluno orquestrou um ataque contra as minhas crianças, e eu tenho dois Originais trazidos de volta da morte. O que implica que as bruxas do Instituto Salvatore estão praticando magia negra. Ganhei o meu dia.

Comecei a revirar as papelada, as anotações que eram mantidas sobre os alunos. E não achei nada da filha do Klaus. Então resolvi, que era hora de atualizar as fichas.

Reuni todos os alunos, professores e pessoas que trabalham na escola, subi no palanque e era hora de falar.

—Caros alunos, professores, coordenadores, funcionários e pais preocupados. Eu construí esta escola para manter os jovens sobrenaturais seguros, para que eles tivessem um ambiente seguro, estável, onde pudessem aprender a lidar com suas emoções, os conflitos, os instintos e se aceitar. Sei o que os alunos devem estar pensando de mim agora. Nossa, como ela é mala.

Os alunos riram.

—E... tem razão. Sou mesmo. Sou mala. Mas, eu só sou mala porque eu me importo com vocês. Todos vocês. Lobisomens, vampiros, bruxas e os de outras espécies também. Pra mim, é como se vocês fossem todos meus filhos. Todo o propósito de eu e o Alaric criarmos esta escola foi para criar um espaço seguro onde vocês jovens sobrenaturais, inclusive as minhas filhas pudessem aprender a serem melhores. Eu fui transformada em vampira... contra minha vontade. Quando eu acordei, não sabia o que estava acontecendo comigo, passei pela minha transformação praticamente sozinha. E eu matei um humano no meu primeiro dia. Era um rapaz, tinha uma vida inteira pela frente e eu não teria passado do meu primeiro dia se não fosse por Stefan Salvatore. Eu tinha um amigo que era lobisomem, estava com ele quando ele se transformou pela primeira vez. Estava com ele quando ele descobriu que tinha ativado a sua maldição, quando se transformou novamente num híbrido e posso dizer que nenhuma destas experiências foi positiva. E eu não quero isso pra vocês. Uma vez que vocês tiraram uma vida, uma vez que se cruza esta linha... não tem mais volta. E quanto ás bruxas? Eu já conheci bruxas que se voltaram para as trevas. Cheias de ódio, de rancor, de mágoa, movidas por estas emoções elas fizeram coisas terríveis. E eu não quero isso pra vocês. Porque esse caminho de vingança, ódio e sangue só trás mais dor.

P.O.V. Alec.

Isso foi preocupação genuína. Nunca ninguém demonstrou tanta preocupação comigo ou Jane, fora nós mesmos.