Acordei tarde, deixei-me dormir, confesso que soube muito bem! Tinha umas cinco chamadas perdidas da Prim, por isso resolvi ligar-lhe de volta. Mal ia marcar o número tocam-me à campainha.

—Eu vou lá! - gritei e abri a porta deparando-me com uma Prim sorridente que me abraçou.

—Katniss! Andavas desaparecida, nem me foste visitar! - exclamou fazendo-se de chateada.

—Desculpa Patinha, mas não quis cruzar-me com a mãe ontem - admiti e ela sorriu de canto.

—Quem é? - perguntou o Peeta vindo à sala. - Olha o quem temos aqui! Olá Prim, entra e senta-te!

—Olá Peeta, obrigada! És muito mais hospitaleiro que a Kat! Tens que aprender com ele! - o Peeta e Prim dão-se muito bem, tornaram-se muito próximos, são como irmãos!

—Tu já sabes como é que é a KitKat! - humorizou e eu forcei um sorriso.

—Obrigada por falaram tão bem de mim quando estou por perto! - falei com o sorriso irónico e eles riram.

—Bom, eu vinha cá visitar-te desparecida! Segundo o que me disseste já sabes da mãe e do Haymitch - anunciou.

—Será possível? Diretor de turma, vice-diretor, professor de debate, professor de Filosofia, professor de Cidadania e mais recentemente padrasto! - humorizei com a ironia num grau altíssimo.

—Esperemos que quando voltemos para o colégio com o Cato, e provavelmente a Clove, ele não seja nosso professor! - pediu o Peeta.

—Cala-te, ainda dás azar! Ele e a tua irmã têm umas metáforas muito esquisitas! Aliás foi por causa do estúpido do trabalho que ele nos mandou fazer, que mais valia nem termos feito porque tudo ia dar ao mesmo, que isto aconteceu! - apontei para a minha barriga.

—Da maneira como falam dele, até tenho medo de ir para o Secundário! - confessou a Prim.

—Não te preocupes, nós fazemos com que ele tenha um esgotamento nervoso e deixe de estar apto para dar aulas! Ou então denunciamo-lo por beber tanto! - assegurou o Peeta.

—Mudando de assunto... como vão os meus sobrinhos? - indagou a Prim.

—Ora, lá vão! Dão pontapés de vez em quando, gostam muito de comer e continuam a deixar-me ainda mais gorda, portanto estão ótimos! - anunciei e ela colocou-me a mão na barriga.

—Não fales assim, são teus filhos, se fosse comigo nunca faria esse tipo de comentários - Primrose Everdeen a ser Primrose Everdeen.

—Não dirias isso se tivesse 16 anos! - rebati e ela olhou para mim como só ela sabe olhar.

—Não importa o que eu faria, porque se fossemos por aí, nunca teria deixado acontecer, pelo menos penso eu! - ela tinha razão, ela era muito mais controlada e prudente que eu.

—Não duvido disso, sempre foste mais controlada, mais consequente, mais "certinha", mais prudente, mais responsável, mais consciente que eu. Com toda a certeza do mundo, nunca deixarias isto acontecer! - afirmei segura.

—Bem, almoças connosco Prim? - convidou o Peeta.

—Não, já marquei de almoçar com um amigo - recusou ela e eu olhei para ela com cara de "Conta tudo já".

—E quem é esse amigo? - perguntei interessada com um tom malicioso.

—Podes parar de imaginar coisas, nós somos só amigos, anda comigo no colégio! - agora ainda aguçou mais a minha curiosidade.

—Como se chama? - questionei.

—Ryan Mellark - que bomba, o primo do Peeta.

—Vais sair com o meu primo? - não era a única a lançar-lhe olhares e sorrisos maliciosos.

—Por falar, ele deve estar à minha espera! Tenho de ir! - ele não estava à espera dela, ela estava era a escapar-se.

—Pois, dá desculpas de fuga! Quem não te conheça que te compre, Primrose! - meti-me com ela.

—E cuidadinho! Tal como disse ao Finnick quando ele saiu com a Johanna, vejam lá o que vão fazer, não quero um terceiro membro na família! - avisou-a.

—Pois disseste, mas o certo é que a família aumentou e foste tu que a fizeste aumentar! - engole em seco Rapaz do Cesto!

A Prim saiu e o almoço foi servido, vimos um filme enquanto a Hazelle, a nossa empregada nos preparava uns doces para o lanche.

Fui vestir-me, umas calças e uma t-shirt, algo bem simples, mas já para pré-mamã. Mal cheguei à sala a campainha tocou, o Peeta abriu a porta e podemos ver a imagem de uma rapariga com uma barriga um pouco mais pequena que a minha com o Cato.

—Então pá! - cumprimentaram-se ele com aqueles cumprimentos de bater mãos e dar palmadinhas nas costas que os rapazes têm. -Entrem, entrem! - convidou-os dando-lhes passagem para a porta. - Olá Clove! Já não nos víamos à algum tempo! - cumprimentou-a com um beijo no rosto.

—É, eu tenho visitado a tua irmã de vez em quando, mas como já não moras lá em casa, nunca mais nos cruzamos. Têm uma linda casa! - elogiou.

—Obrigada - agradecemos em conjunto. -Olá Cato! - cumprimentei-o com um beijo no rosto ficando depois frente a frente com a Clove.

—Olá, tu deves ser a Katniss - "supôs" constrangida, tanto como eu.

—Sim. Olá Clove - cumprimentei-a também com dois beijos na face. -Sentem-se!

—Não fiques constrangida, estamos todos no mesmo barco! - tentou pô-la à vontade quando nos sentamos todos.

—Tens razão, mas eu e a Katniss estamos no mesmo bote, vocês estão noutro! - sorriu.

—É o que lhe tenho vindo a dizer! Ele vai ser pai, mas sou eu que vou ficar uma baleia duplamente gorda, cheia de estrias, passar por um parto! - concordei com ela sorrindo.

—Mas somos nós que vamos ter de andar de caçadeira a afastar os pretendentes! - engana-se este meu Peeta.

—Aí é que te enganas! Esse é o trabalho pelo qual vais ter de passar sem mim, eu vou ser pai de um rapaz, não de uma rapariga! - riu o Cato.

—Mas vais ajudar na mesma, prestas-me solidariedade! Além do mais, assim seríamos três, eu, tu e o meu filho! - afirmou.

—Tudo bem, vai na volta e convenço o meu também, sem garanhões de volta da tua menina! - "comemoraram".

—Nem pensem que eu vos deixo fazer isso! Tu passas a dormir no sofá e sem nenhum "crédito", se é que me entendes! - ameacei e ele fez sentido.

—Muito bem, já viste o que era os nossos filhos, iguaizinhos a nós... - aquelas duas cabeças com cérebros minúsculos já estavam a imaginar demais!

—Nem penses que eu deixo que o meu filho seja um garanhão como o pai! O tratamento é o mesmo! - alertei de novo gentilmente (só que não).

—É, tira o cavalinho da chuva Cato, nunca vou deixar que faças isso ao meu filho! - eu e a Clove íamos dar-nos bem.

—Sabes amigo, logo se vê! - disseram em uníssono.

—Podemos pelo menos ensiná-los a jogar basketball? - questionou o Peeta.

—Sim, isso já pode ser! - permiti.

Eles ficaram a conversar sobre o football e o basketball enquanto eu e a Clove tentamos meter conversa sobre tudo o que está a acontecer.

—E como está a ser? - perguntei.

—Bem, dentro do possível - afirmou sem grandes detalhes. - E como está a ser para ti?

—Terrível. Eu vou ter gémeos, logo não é propriamente fácil, se um não é, quanto mais dois! - respondi também sem grandes pormenores.

—Não queria nada estar na tua pele! - acredito, nem eu queria estar na minha pele. - De quanto tempo?

—6 meses - contei. - E tu?

—6 meses - pois, o Cato realmente tinha-me dito ontem, tinha-me esquecido. -É bom ter alguém a passar pelo mesmo que eu.

—Digo o mesmo, ninguém consegue realmente compreender-nos. Temos 16 anos, somos demasiado novas - confirmei.

—E tu estás casada, vives sozinha, deve ser horrível! - ela tinha razão, era horrível. Não é que o Peeta não me tratasse bem, porque ele tratava e era presente, não ia para os copos todas as noites, ficava em casa comigo, aquele não era o ponto, a questão é que nós não temos um casamento convencional, consentido e desejado por ambos, fomos forçados a casar, por muito bom esposo que ele seja, isso não apaga nada!

—Eu pensei que seria pior. O Peeta é um bom marido, carinhoso, simpático, atencioso, cuida de nós e está sempre presente. Morar sozinha é ótimo, porque não tenho de levar com os meus pais em cima! O casamento não foi desejado, nós fomos forçados a casar, mas mesmo assim ele tem-se mostrado o marido que todas desejam ter - falei sorrindo fracamente para ela que sorria mais animada.

—É bom saber, espero não vir a desiludir-te - sorriu abraçando-me por trás e beijando-me e eu correspondi. Foi um beijo simples, quase um selinho. - Gosto de ti, e já te disse que não quero saber se estás gorda ou magra, com estrias ou sem estrias, com umas olheiras até ao queixo ou não, isso nunca vai fazer com que deixe de gostar de ti.

—Também espero bem que sim, que não me desiludas e que não me deixes se eu ficar gorda! Também gosto de ti - declarei e demos outro beijo.

—Clove, queres continuar a segurar vela? É que eu não! - disse o Cato.

—Não precisas de ficar de vela - afirmou ela e ele beijou-a. - Eu estava a dizer que podias ir embora, mas isto também serve - afirmou rindo, fazendo-nos rir também.

—O lanche está servido, é só virem para a mesa! - anunciou a Hazelle.

—Obrigada Hazelle - agradeci. - Vamor comer, é que eu estou com uma fome cega, era capaz de comer as pizzas familiares de todos os sabores da pizzaria! - exclamei fazendo todos rir.

—Estás a exagerar! - disse o Cato, eu e o Peeta entreolhamo-nos e rimos em seguida, juntamente com a Clove. - Qual é a graça?

—Tu não estás a ver o que é que uma grávida come! - contou a Clove.

—Correção: Tu não estás a ver o que uma Katniss come sem estar grávida, e muito menos uma Katniss que come por ela e por mais dois! - "corrigiu" o Peeta. - Porque é que achas que o frigorífico esvazia tão rápido? E porque é que achas que nós nunca vamos comer a um restaurante?

—Deixem-se disso que eu e a Katniss ainda ficamos com mais fome ainda! - uma Clove mais descontraída e animada estava ali e o Cato parecia estar feliz com isso e não tão "para baixo" como ontem, provavelmente naquela altura tinha acabado de sair e vinha falar com alguém.

Comemos imenso, os rapazes ficaram impressionados com a quantidade de comida que comemos, só em seis meses eu engordei 8 kg!

Mais tarde eles foram para casa e ficamos apenas eu e o Peeta a trocar carícias no sofá, até que lhe fiz a derradeira pergunta.

—Tu amas-me? - ele foi apanhado de surpresa, dava para ver na cara dele.

—Tu sabes que é difícil, como tu própria disseste nós fomos obrigados a casar, não havia aquele amor. Pelo menos acho que tu não sentias isso - ele estava a enrolar.

—Gostava de dizer que te amava, mas não amava. Não sou capaz de te dizes essas palavras - admiti.

—Eu estou a tentar a aprender a amar-te - confessou.

—Estás a conseguir? - agora é o momento da verdadeira revelação.

—Não sei, tu és a pessoa que teve e tem mais importância nesta vida - aquilo foi lindo.

—Foi uma das coisas mais lindas que me disseste - disse eu sorrindo e beijamo-nos, um beijo terno e carinhoso, eu gostava dele e ele de mim, mas não era aquele amor, pelo menos não por agora.

Acabamos por ir dormir felizes, dormimos de conchinha, sentia-me segura nos braços dele.

2 meses depois...

Passaram-se dois meses depois do dia em que conheci a Clove, e tive aquele momento especial com o Peeta. O meu casamento ia bem, a Clove e eu estávamos muito próximos e a "crescer" juntas. O Cato e ela passavam muito tempo connosco, quer no grupo de amigos, onde os aceitaram, quer fora dele, jantares que fazíamos aqui em casa.

Estava com o Peeta em casa muito sossegadinha, quando me levantei para ir buscar o telemóvel para ligar ao Finn senti um líquido escorrer-me pelas pernas abaixo e logo a seguir umas dores insuportáveis.

—Ah! - gemi alto. - PEETA! - gritei e ele veio a correr, estava de oito meses, todo o cuidado era pouco.

—Katniss! Ó meu deus! Rebentaram-te as águas! - exclamou. - Vamos para o hospital, agora!

Ele pegou-me ao colo e levou-me o mais rápido que conseguiu par ao hospital, chegando lá dentro dirigiu-se imediatamente para a receção comigo ao colo que me queixava das dores.

—Rebentaram as águas à minha mulher! Ela entrou em trabalho de parto, está de oito meses e são gémeos. Está a ser seguida pelo Dr. Aurelius - deu a informação completa.

—Muito bem, vou chamar os meus colegas e informá-los - disse indo chamar a equipa que chegou em pouco tempo, levando-me dali e vestindo-me uma roupa dando ao Peeta uma bata para assistir ao parto.

—Ligas-te à família? - perguntei no meio de baixos gritos.

—Já, liguei à família e aos amigos, já estão a chegar, não te preocupes! - tranquilizou-me, mas eu estava com tantas dores que nem dava conta de nada.

Levaram-me para a sala de parto e mal chegaram lá deram-me a epidural, fazendo com que eu não tivesse dores. Explicaram-me que tinha de fazer muita força quando vinham as contrações e assim eu fiz, enquanto apertava a mão do Peeta.

—O bebé não está numa boa posição, temos de fazer cesariana! - afirmou o Dr. Aurelius e toda a gente me arrastou para a sala de cirurgia passando pela receção onde estavam a nossa família e amigos.

—Que se passa? - perguntaram preocupados enquanto eu chorava desesperada, o Finn chegou-se logo à frente e deu-me a mão, que teve de largar logo porque me levaram deixando o Peeta para trás, todo preocupado.

Chegando à sala de cirurgia abriram-me a barriga e de repente comecei a sentir os olhos a pesar, tudo estava a ficar embaçado, a última coisa que ouvi foi "Estamos a perder a mãe" e vi não muito claramente uma multidão à minha volta, apaguei em seguida.

Acordei um tempo depois sobressaltada e tiraram-me uma coisa da boca, aparentemente para eu respirar.

—A mãe já está connosco! - alegrou-se o médico.

—Onde é que estão os meus filhos? - perguntei preocupada.

—Os seus filhos estão bem, estão na incubadora devido a estarem com dificuldade em ativar o sistema respiratório, mas vai ficar tudo bem, não tem com que se preocupar! - revelou sorridente e eu fiquei ainda mais agitada.

—Onde é que está o meu irmão? Eu quero falar com o meu irmão! - disse sabendo que ele seria o único a conseguir acalmar-me numa hora destas.

—Calma, o seu irmão está lá fora à sua espera, já vai poder falar com ele, deixe-me só fazer uma sutura bonita e já está! - anunciou aparentemente tranquilo e com um sorriso na cara.

—Eu quero falar com o meu irmão! Eu preciso de falar com o meu irmão! - ignorei e tentei levantar-me, mas um enfermeiro voltou a deitar-me a cabeça.

—Já vai falar com o seu irmão, Katniss! Agora deixe-me fechar-lhe a incisão! - alterou-se o médico.

Depois de tudo feito, deram-me um banho e vestiram-me uma camisa de dormir e um robe, levando-me em seguida para um quarto cheio de bonequinho, ala pré-natal. Nesse momento entraram o Peeta, o Finnick, a Prim, os meus pais, os meus sogros, a Johanna, a Annie, a Clove e o Cato.

—Como é que estás, filha? - perguntou a minha mãe.

—Cansada, não sinto as pernas, mas dizem que é o efeito da epidural - respondi ainda com algumas dores.

—Então cunhadinha, já acabou o descanso e as noites bem dormidas também! - humorizou a Johanna e recebeu um olhar reprovador por parte dos meus pais e dos meus sogros. - Que é, disse alguma mentira?

—Não, a Johanna tem razão. Já agora, onde é que estão os meus filhos? - perguntei.

—O certo é que as coisas vão mudar, ainda bem que nos vão ter a nós por perto! - afirmou animada a minha sogra, o que é que ela queria dizes com "nós"?

—Se não se importarem eu adorava que me deixassem ficar a sós com a KitKat, já vos chamo - pediu o Peeta.

—Claro, eu e o Cato temos de ir para casa, mas vamos vendo notícias, quando voltarem para casa nós vamos visitar-vos - afirmou a Clove.

—Eu também tenho de ir para casa, os meus pais mandaram-me uma mensagem há bocadinho, eu só não fui logo porque quis ver-te e saber se estava tudo bem - afirmou a Annie.

—Eu levo-te! - ofereceu-se o Finn.

—Não, fica com a tua irmã, eu posso ir sozinha! - recusou ela.

—Sim, nós levamo-la - tranquilizou-o o Cato.

—Eu tenho coisas marcadas com o Ryan, desculpa não ficar mais tempo, Kat, mas não era bom desmarcar agora. Eu aproveito e dou-lhe a novidade! - desculpou-se a Prim.

—Sendo assim eu fico com o Finnick, não o vou deixar no meio de velhos! - exclamou a Johanna e todos seguramos o riso, exceto os "velhos" que a olharam com um ar reprovador e de "Nós não somos velhos".

—Tudo bem, obrigada por virem malta, de verdade! - agradeci com um sorriso, compreendo todos, nomeadamente duvido que a Clove e o Cato queiram cá estar muito tempo, afinal não é qualquer um lugar que não vão demorar muito a pisar também.

—Xau Kat, xau Peeta! - despediram-se todos em conjunto e todos os outros saíram e ficaram a esperar lá fora.

—Que é que querias falar comigo? - questionei curiosa e intrigada ao mesmo tempo.

—Temos andado a adiar isto durante meses, mas chegou à altura de falarmos dos nomes - anunciou e eu tinha-me esquecido completamente. - Que tens em mente?

—Não pensei muito nisso, mas para a rapariga pensei em Willow e em Riley - contei.

—Gosto de Riley - concordou sorrindo.

—Então acho que a rapariga está decidida! - anunciou ele rindo fracamente e eu também. - E para rapaz?

—Deixo ao teu critério! - achava justo ele sugerir o nome que gostasse.

—Sei lá... Josh, gosto muito de Josh! - afirmou e eu sorri de forma aprovadora.

—Eu adoro esse nome e também tinha pensado nesse nome para ele! - exclamei feliz.

Nesse momento bateram à porta e em seguida entraram duas enfermeiras com dois bebés.

—Olhem só o que temos aqui - falou o Peeta baixinho e docemente pegando no rapaz seguindo as indicações de uma das enfermeiras e eu peguei na rapariga com seguindo as mesmas indicações.

—Olá Riley e Josh! Eu sou o vosso papá e esta rapariga lutadora aqui é a vossa mamã. Ela passou por muito para vos ter, e tanto eu como ela amamos muito os dois. Vamos fazer de tudo para vos proteger e vos ajudar, vamos cuidar de vocês, mas prometam-nos também cuidar um do outro, não como eu e a vossa tia Johanna fazemos, mas como a vossa mãe faz com a tia Prim e com o tio Finn - falou docilmente o Peeta, ele tem mesmo jeito para crianças, comoveu-me. Ele tem jeito e consegue tomar conta deles muito bem, já eu sou um desastre, tenho dificuldades em cuidar deles, mas pouco fiz.

Após o lindo discurso do Peeta, todos os restantes entraram e as avós babadas trataram logo de pegar em ambos.

—Ai que bebés lindos! Eles saem mesmo ao pai! - disse a minha sogra.

—Ai não, eles são a cara da mãe! - contrariou a minha mãe.

—Eu cá acho que eles são uma mistura dos dois, não são nada parecidos e são gémeos. Ela tem o cabelo da Katniss e os olhos do Peeta e ele tem os olhos da Katniss e o cabelo do Peeta! - opinou o Finn, uma opinião 100% verdadeira e imparcial fazendo a discussão de "Com quem é que eles se parecem" dar-se por encerrada.

—E como é que os pirralhos se chamam? - indagou a Johanna, bem podem lançar-lhe olhares desaprovadores, ou repreendê-la, mas ela nunca vai mudar!

—Ela é a Riley e ele o Josh! - revelou o Peeta sorridente.

—Lindos nomes! - opinou o Finnick juntamente com a Johanna.

A seguir à sessão de colos ter terminado, todos foram para casa, inclusive o Peeta, que ia voltar amanhã bem cedo.

A minha vida mudou e agora sim, é a doer! Até agora tudo foi um mar de rosas, mas com o nascimento dos bebés, as coisas vão ser diferentes.

Continua...