Regressei a casa, eu com o Peeta, ah e o meu outro filho que ainda não conheceu o mundo para além do meu útero.

—Então? Vamos pensando em nomes? - questionou o Peeta, que está aparentemente muito animado.

—Diz-me lá o que tens em mente! - cedi desta vez, já que da última nem lhe dei vazas para isso.

—Se fosse rapaz eu adorava chamar-lhe Thomas, e se fosse rapariga eu adorava chamar-lhe Isabella! - ele realmente tinha alguma coisa com esses nomes, lembro-me de que ele queria chamar a Riley de Isabella.

—Gostas mesmo do nome Isabella, não é? - perguntei com um sorriso.

—Sim, eu adorava que a Riley se tivesse chamado Isabella, eu adoro esse nome! - ri com isso.

—Então está bem, caso for rapariga ela vai chamar-se Isabella. Quanto ao rapaz ainda temos que ver, eu adoro Thomas mas eu gostava de lhe chamar William - confessei.

—É um bom nome, mas ainda temos alguns meses para decidir, mas caso tivermos outra menina está decidido, o nome dela vai ser Isabella! - ele estava mesmo animado com a novidade. De repente a campainha toca, mais uma vez, mas quem vai abrir é o Peeta.

—Então maninha? Soube que desmaiaste no hospital, que é que tens? - era o Finnick com a Annie, a Clove e o Cato.

—Sentem-se, acreditem que é melhor! - alertou o Peeta e o semblante deles alterou-se para um preocupação, ainda assim sentaram-se.

—Calma, não fiquem com essa cara, é uma boa notícia! Está mais um membro desta nossa família a caminho, sem contar com os filhos da Annie e da Johanna - anunciei e eles abriram muito os olhos.

—Não é possível? Então e o teste que fizeste hoje de manhã? Não deu negativo? - questionou o Finnick.

—Sua cabecinha de vento, há probabilidades dos testes de farmácia errarem! Mas já agora, de quanto tempo é que estás? - indagou a Clove.

—Estou de 12 semanas - revelei e todos ficaram com uma cara estranha. - E a ver pelas vossas caras devem perguntar-se como é que eu não notei, o que se passa é que devido à outra gravidez não ter sido muito calma, desde que os gémeos nasceram a minha menstruação é muito irregular, tão depressa aparece como fica meses sem aparecer.

—Ah, então eu vou titio outra vez? - estava a demorar para o meu irmão absorver a informação.

—Sim Finn, vai ser titio de três criancinhas, o teu filho ou filha vai ter com quem brincar! - assegurei.

—Que ótimo! Já estou a imaginar as nossas cópias a correrem pelo colégio e a azucrinarem a cabeça aos stores como nós fazíamos! - tive que rir com esta fantasia, que também ficou na minha mente.

—Qual é que achas que vai ser o sexo do bebé? - perguntou a Annie.

—Sinceramente não sei, eu nunca estive grávida de apenas um, então não sei como é que vai ser, mas eu só quero que tenha muita saúde! - honestamente, eu adorava ter mais um menino.

—Eu adorava que fosse menina! - lembrei-me de quando era da Riley e do Josh e eu dizia que era menino e ele dizia que era menina, foi na volta e foram os dois.

—Eu nem digo nada, da última vez eu dizia que ia ser menino e tu dizias que ia ser menina, e foi na volta e foram os dois! - riram-se todos da minha afirmação.

—E tu Clove, quando é que encomendas outro? - interrogou o Finn.

—Um dia destes, mas que seja um pouco distante, acho que ainda tenho de deixar o Cody crescer mais um bocadinho, eu adorava ter uma menina, mas quero que o Cody cresça uns aninhos e a seguir quem sabe! - contou.

—Por falar em Cody, lembrei-me que temos de ir buscar aqueles seres minúsculos à creche! - recordei.

—É verdade, quando é que vais contar-lhes que vão ter um maninho ou uma maninha nova? - realmente, tenho medo que não reajam muito bem, mas agora já está feito, não há como voltar atrás.

—Não sei, tenho medo que reajam mal! - confessei.

—Duvido, o Josh quer um irmão porque segundo ele, a Riley é uma chata, e a Riley é um doce, de certeza que vai aceitar bem! - tranquilizou-me o Peeta, e a verdade é essa, o Josh está constantemente a queixar-se da Riley e a pedir um irmão.

—Então vamos lá buscar as criancinhas! - determinei, mas o Peeta segurou-me.

—Não, tu vais ficar em casa, lembra-te do que o Dr. Aurelius nos disse, repouso absoluto! - cruzei os braços como uma criança rabugenta.

—Mas eu quero ir! Não quero ficar aqui presa durante mais seis meses! - reclamei, mas ele limitou-se a dar-me um beijo na testa e a sair com o Cato e a Clove. O telemóvel toca e eu atendo.

—Katniss querida, queria relembrar-te que em breve tens o desfile da Victoria's Secret! - esqueci-me completamente.

—Cinna, obrigada por me relembrares, mas já agora quando é o desfile? - pergunto receosa por não poder fazê-lo.

—Dentro de duas semanas - não sei o que fazer, e se a barriga já se notar.

—Há uma coisa que tu precisas de saber Cinna, e não é bom! - engulo em seco e olho para o Finn, que mostra lamentação no rosto.

—O quê? - e a resposta a esta pergunta vai estragar-me o emprego.

—Eu estou grávida - e rebentei a bomba.

—Como assim? Estás de quanto tempo? - nada má reação.

—12 semanas - respondi receosa.

—14 semanas quando fizermos o desfile, não me parece muito problemático, nós podemos fazer uma coisa, precisamos de modelos para a campanha das pré-mamãs que resolvemos fazer este ano, podia mexer uns pauzinhos só para jogar pelo seguro, caso eles não aceitem, posso argumentar que não estás com um grande barriga, mas mesmo assim, acho que não vai haver problema se desfilares nas pré-mamãs - ele deve gostar mesmo de mim.

—Obrigada Cinna, não imaginas o que eu te agradeço, muito obrigada! - sorri.

—De nada, nunca te esqueças rapariga em chamas, eu continuo a apostar em ti - e com isto ele desliga o telemóvel.

—Gente, ele aceitou, ele disse que posso desfilar nas pré-mamãs, mas que se eles não aceitarem ele vai argumentar que a barriga não se nota muito. Eu vou desfilar na mesma! - abracei-os, estava tão feliz que não contive as lágrimas.

—Então, KitKat, não chores. Eu sei que com isto das hormonas não é fácil, mas não é preciso chorar! - tentou acalmar-me num tom de riso.

—Eu não estou a chorar por causa das hormonas! - é contraditório, já que a seguir começo a chorar cada vez mais, o que o faz rir, e a Annie também ri. Quando me acalmei eles foram embora, e comecei a pensar no que será da minha vida. Este apartamento não é suficiente para sete pessoas, preciso de uma casa maior, bem maior que esta!

—Olá mamã! O papá disse que nós tínhamos que conversar, que é que se passa? - entraram cumprimentando-me e sentando-se no sofá.

—Olá meninos! Bem, é verdade, o papá e eu temos que vos contar uma coisa muito, muito importante - eles olhavam para nós atentamente.

—Meninos, a mamã está grávida! - eles ficaram com uma cara estranha, olharam um para o outro, levantaram-se e abraçaram-me, pondo as mãozinhas na barriga.

—Então a mamã tem um bebé dentro da barriga? - perguntou a Riley.

—Sim, vão ter outro irmãozinho ou irmãzinha - confirmou o Peeta.

—Que bom, vamos ter mais um para brincar connosco! - animaram-se o que nos fez sorrir. - Podemos ir para o quarto brincar?

—Claro, eu vou chamar-vos assim que o jantar estiver pronto! - autorizei e eles foram a correr lá para dentro.

—Sabes? Estive a pensar na vida depois do terceiro filho e cheguei a uma conclusão, o apartamento não é suficiente - expus a situação.

—Tens razão, precisamos de mais um quarto. Precisamos de procurar outra casa! - que novidade, até aí já tínhamos chegado!

—Posso falar com o meu pai sobre o assunto, há uns tempos a Kate tinha falado de eu ficar com a antiga casa dela, é uma boa casa, tem espaço mais que suficiente, mas acho que o correto é ser o Finn a ficar com a casa, além de que prefiro ter uma só para nós, comprada por nós, não digo que não aceitemos alguma ajuda, mas não quero ficar com aquilo que não é meu, nem por direito, quero recomeçar do zero, percebes? - concluí.

—Claro, concordo plenamente! Agora que falas nisso lembrei-me que podíamos dar o apartamento à minha irmã, já que ela vai ter um filho, era ótimo ela ter o apartamento dela e viver sozinha - sugeriu e realmente era uma muito boa ideia.

—Concordo plenamente, mas fala primeiro com o Gale e com ela, ou melhor, deixa-nos assinar um contrato e ir ver algumas casas - concordei.

—Ok, sendo assim vamos vendo algumas casas na internet. Sabes quando é que o teu pai e a Kate voltam da viagem? - por acaso eles nem me têm ligado, tenho de falar com eles.

—Sim, pelo que o Finn comentou comigo no outro dia, eles voltam este fim-de-semana, vou ver se os vou buscar ao aeroporto - planeei.

—Ótimo, aproveitamos e damos a novidade, não achas? - não me parecia muito bem por isso torci o nariz.

—Estava a pensar em contar-lhes no jantar que de certeza eles vão organizar com a família, ou seja, eles, os netos, os filhos e os companheiros dos filhos.

—Tens razão, talvez seja melhor assim, comemoramos com eles e tudo mais, aproveitamos e contamos à Greasy Sae, sei que lhe tens um grande apreço - é, eu também quero conversar com a Greasy Sae.

—É verdade, ela criou-me desde que sou pequenina, tudo o que sou hoje devo-lhe muito a ela, considero-a a avó que nunca tive! - lembro-me de quando estava doente, ela estava lá.

—Peeta, Katniss, o que querem que prepare para o jantar? - entra a Hazelle.

—Faça qualquer coisa que não deia muito trabalho, uma salada e um bife de frango - pediu o Peeta.

—Sim, com licença - ela ia retirar-se.

—Espere Hazelle, sente-se - pedi e ela obedeceu-me.

—Que se passa? - perguntou.

—Nós temos algo para lhe contar - ela ficou tensa, mas tratei logo de descansá-la. - É uma coisa boa, o que se passa é que eu estou grávida.

—Muitos parabéns! Está de quanto tempo? - perguntou surpreendida.

—12 semanas - anunciei e ela ficou feliz.

—Não deixe a Katniss fazer muitos esforços, e obrigue-a a comer o necessário, só coisas saudáveis, já sabe que ela é teimosa! Além do mais é uma gravidez de risco! - alertou-a.

—Claro! Mas agora vou fazer o jantar, quando estiver pronto sirvo-o? - questiona.

—Sim, obrigada Hazelle - agradeço e ela sai. De repente recebo uma chamada do Skype da D. Primrose Everdeen e aceito-a.

—Olá D. Primrose Everdeen! Seja bem aparecida! - estavam ela e o Ryan daquele lado.

—Digo o mesmo de ti Sr. Ryan Mellark, nem um telefonema, nada! - reclamou o Peeta.

—Nós estivemos na praia até agora, por isso é que não ligamos mais cedo, além do mais o Finnick ligou-nos e disse que vocês tinham uma grande novidade para nos dar! - maldição, vais pagá-las Finnick Odair!

—Sim, temos uma grande notícia! - concordou o Peeta. - Pena é só contarmos quando voltarem!

—Não nos vão fazer isso! - ri com aquilo, foi boa a do Peeta.

—Quem disse que não vamos? Só agora é nos ligaram, a culpa foi inteiramente vossa! - aquilo era mesmo divertido, já sei qual vai ser o meu novo passatempo!

—Vá lá, eu juro que me porto muito bem, mas conta-me! - implorou.

—Nop, mas agora tenho de ir jantar, xauzinho e boas férias! - desliguei-lhe.

—Não lhe vais contar? - perguntou o Peeta e em seguida escrevi-lhe uma mensagem "Estou grávida." e logo a seguir ela passou-se, literalmente. - Boa forma!

—Ela que se conforme – rimos ambos e resolvemos ver um filme. Fomos jantar e os miúdos estão mesmo contentes com a ideia de algum dia virem a ter um irmão ou uma irmã.

Para variar, resolvi ir deitar-me cedo, já que iria ver a Johanna a casa do Gale logo de manhãzinha!

Acordei às 09:00, é impressionante como antes eu era capaz de dormir até às 14:00, mas desde que fui mãe que não consigo dormir muito. Tentei voltar a dormir, mas de nada serviu, portanto, fui arranjar-me para tomar um bom pequeno almoço, preparar os gémeos para a escola e ir com o Peeta levá-los. No entanto, assim que chego à sala vejo que o meu plano foi metade por água abaixo, já que os miúdos estão prontos e a tomar o pequeno-almoço, assim como o Peeta.

—Bom-dia mamã! – desejam-me os pequenos, vou perto deles e dou-lhes um beijinho, sento-me ao lado do Peeta e dou-lhe um selinho.

—Bom-dia meus amores! – aquela era uma imagem que em breve desapareceria, visto que, mudaríamos de casa e teríamos mais um membro cá fora a estragar o meu sorriso e a transformar o meu humor já negro, num tom ainda mais escuro, o que me faz sorrir mais agora com a imagem que idealizo na minha mente. Assim que todos terminamos de comer, eu e o Peeta vamos levá-los à creche, e ele deixa-me em casa do Gale, indo em seguida para o escritório.

Toco à campainha e logo em seguida a porta é aberta revelando uma Madge com um vestido florido e um coque bem feito.

—Olá Madge! – cumprimento-a com dois beijos na cara, tal como ela faz comigo.

—Olá Katniss! – dá-me passagem para entrar e assim faço. – Calculo que tenhas vindo ver a Johanna, ela está a tomar o pequeno-almoço.

—O Gale está em casa? – pergunto.

—Sim, está no escritório, queres que vá chamá-lo? – considero se lhe conto a verdade ou não, mas já que da última vez foi o Peeta que contou tudo, desta vez sou eu que o vou fazer.

—Sim, gostava de falar com os três! – pedi e ela assentiu, fui para a cozinha e encontro a Johanna a comer meia contrariada.

—Ora vejam só quem é, a minha cunhadinha! – nem assim deixava aquele humor negro.

—Olá para ti também! Já agora, não comas com essa cara de enterro, é para o teu bem! – ela levanta a sobrancelha.

—Para o meu bem? Eu não ganho nada, quem ganha é esta coisa! – apontou para a barriga. – Além do mais, não fales de mim porque tu ainda eras pior, fazias uma fita! – aparecem então o Gale e a Madge.

—Olá Katniss! – era agora.

—Olá Gale! – saudei-o.

—A Madge disse que querias falar connosco, que se passa? – qual será a reação deles? Devo pedir-lhes para se sentarem… é melhor!

—Sentem-se é melhor – eles fazem o que digo e eu começo. – Bem, acho que souberam que ontem desmaiei no hospital, fizeram-me uns exames e os resultados revelam que… bem, eu estou à espera do terceiro filho.

—Eu não acredito! A sério cunhadinha? Vou ter mais um sobrinho! Até me levantava, mas o “papá” não me deixa! – resmungou e cruzou os braços como uma criancinha.

—Parabéns! – abraçaram-me os primos/cunhados. – De quanto tempo estás?

—12 semanas – eles ficaram confusos. – Eu nunca notei porque devido à última gravidez a menstruação ficou muito irregular, por isso, eu nunca sei se vem ou não, achei que os três meses que não tive fossem normais, mas aparentemente tinha mais qualquer coisinha aqui dentro!

—Estou muito feliz por vocês, mas tenho que voltar ao trabalho – anunciou o Gale e eu despedi-me dele.

—Bem, posso ir para o quarto? – pediu à Madge.

—Claro, mas levanta-te com cuidado e sobe as escadas com cuidado igualmente! – alertou.

—Sim – resmungou e levantou-se com cuidado, subimos ambas as escadas e fomos para o quarto dela.

—Então, como vai essa gravidez? – sorri-lhe que bufou e abraçou uma almofada.

—Mal, péssima, quem me dera que não estivesse a ir! – ri-me dela que mais tarde fez um sorriso maléfico. – E a tua?

—A minha vai ótima, tem sido um paraíso, só soube ontem, mas os meus dias têm sido um descanso! Para veres, eles vão me deixar desfilar e fazer campanhas publicitárias na mesma! – revelei e ela revirou os olhos e encostou-se no montão de almofadas que tinha na cama e atirou-me uma. – Não te preocupes, vai melhorando, eu sei que não é fácil, não te lembras?

—Lembro-me perfeitamente, tu fazias birras, atiravas almofadas por todo o lado e houve uma altura em que bateste no meu irmão, o que sem dúvida, não seria mau de ver agora! – gargalhei com ela acompanhando-me.

—Tu podias fazer isso com o pai do teu filho, ainda não o conheci, quem é? – perguntei e ela desfez o sorriso brilhante da cara.

—Eu não sei quem é – e naquele momento cai-me tudo, como assim, ela não sabe com quem dormiu?

—Como é que o Gale e o Peeta reagiram a isso? – nem quero imaginar.

—Não reagiram, nem sonham! A versão oficial é que era um miúdo que conheci na noite e que voltou para a cidade natal sem querer saber do filho! – fiquei em choque, faz mais sentido eles nem sonharem, ainda lhes dava uma coisinha má. – Não vais contar ao Peeta, pois não?

—Claro que não, aquele ser ia logo contar ao Gale e ainda tinha algum ataque – assegurei e dei-lhe o mindinho. – Pela Riley, pelo Josh e pelo novo ser a caminho, eu juro!

—Por falar nisso, achas que vais ter um novo irmão? – pergunta e eu ponho-me a pensar, será que a D. Kate e Sr. Andrew Everdeen iam ter outro filho?

—Não sei, mas caso isso acontecer ia ser engraçado, os miúdos iam ter um tio ou uma tia da idade deles! – animei-me, pode ser que um dia.

—Esse sim, ia ser a mistura da Katniss Everdeen com o Finnick Odair! – o telemóvel toca, e quem era? Finnick Odair!

—Finnick! – cumprimento e nós rimo-nos as duas.

—KitKat! Porquê tanto riso ao dizer ao meu nome? – perguntou interessado.

—Porque eu e a Johanna estávamos a dizer que se o pai e a Kate tivessem outro filho ele seria a nossa combinação perfeita – expliquei.

—NÃO! Eles que não me cheguem com uma criança agora, já me chega a quantidade de sobrinhos todos que tenho, os que estão para vir, e o meu sobrinho! Já me chega estar rodeado de um montão de putos a correrem-me para os braços e a dizerem “TIO FINN!!!”, além do mais, já vou ter que aturar mais dois a fazerem isso e um “PAPÁ!!!”, já me bastam esses não quero um a dizer “MANO FINN”! – ele ia fazendo as imitações das crianças o que me fazia rir ainda mais.

—Não te queixes, já sou tia de quase toda a gente, ouço dois a gritarem “MAMÃ!!” e vou aturar mais um, e aguento, não é um a dizer “MANA KAT!!” que me vai matar – divertimo-nos com isso.

—KATNISS! A ANNIE! – começo a ficar nervosa ao ouvir o Finn a gritar. – ELA ESTÁ A VOMITAR MUITO!

—A sério Finnick? Isso é normalíssimo! – abano a cabeça.

—Eu sei, estava a gozar, não se te lembras, mas acompanhei a tua gravidez de perto, até no meio da aula vomitaste! – e lembrei-me, naquele dia de tarde fiz o teste, quando vi o resultado quase morri.

—Engraçadinho! – vejo que tenho outra chamada. – Olha, tenho de ir, tenho o Peeta em espera.

—Está bem, vais-me trocar pelo Peeta? Vou-te trocar pela Annie! – e desliga-me e eu atendo o Peeta.

—Olá amor! – cumprimenta ele e a Johanna rebola na cama a rir-se descontroladamente, dá-lhe destas coisas de vez em quando.

—Olá amor! – e ela ri ainda mais.

—Ia perguntar-te se ainda estavas em casa do meu irmão, mas já ouvi a minha irmã a rir que nem uma maluca, portanto, calculo que sim! – concluiu.

—É verdade, e tu onde estás, Mellark? – porque não trazer o secundário de novo?

—Estou por aí, precisava que viesses a casa do teu pai, ele mandou-me um email a dizer que precisava que fosses lá por causa de uns papéis para deixares na empresa, o Finnick está a tomar conta da Annie e, portanto, não pode ir – ah, então o Sr. Andrew Everdeen está vivo!

—Tudo bem, podes vir buscar-me, apita quando estiveres aí em baixo que eu saio! – combino e desligo.

—Hora de ir cunhadinha? – abracei-a com muita força.

—Tu não imaginas as saudades que eu tinha da minha cunhadinha e que ela me chamasse cunhadinha! – ela tentou soltar-se passado um bocado.

—Está bem, já percebi, já chega, podes largar-me! KitKat, larga-me, vá lá! – de tanto se rebater lá me fez largá-la e logo a seguir ouvimos uma buzina.

—Pois, parece que o Peeta está por aí, tenho de ir, adeus! – despeço-me dela com dois beijos, despeço-me do Gale e vou ter com o Peeta, que está dentro do carro.

—Olá amorzinho da minha vida! Como é que estás, ou melhor, como é que estão? – perguntou depois de me beijar.

—Estamos bem, ele está a perguntar pelo papá! – sorri ao dizer aquilo.

—O papá está ótimo! – responde imitando-me e começa a conduzir.

— Que papéis é que são? - questionei.

—Não sei, o teu pai não entro em pormenores, disse para nós lhe ligarmos assim que entrarmos em casa – foi curto e direto e não gostei disso, aqui há gato! Fico calada o resto do caminho, pego na chave, abro a porta e está tudo calmo. Ouço então um barulho vindo da cozinha, vou ver o que é e nem quero acreditar no que vejo.

Continua…