~ James P.O.V ON

DESESPERO ME DEFINE. 3 DIAS PRA ENTREGAR O TRABALHO E TUDO O QUE EU CONSIGO FAZER É COMPRAR FLORES. OK, eu estou exagerando. Também comprei chocolates. E tudo o que eu comprava ou morria ou era devorado pelos meninos.

Desde que eu gritei no salão que eu e Lily nos beijamos, tudo desmoronou, se é que ainda tinha algo para desmoronar contando todas as burradas que eu faço dia após dia. E, apesar do meu pedido de desculpas, Lily ainda não viera me encontrar pra resolvermos esse maldito trabalho. E Ranhoso não me ajudaria nem um pouco depois do Incidente Rubro (nossa, gostei desse nome para o beijo que Lily me deu).

Bem, o que me restava agora era trabalhar. E, com certeza, longe dos Marotos. Eu não suportaria ser interrompido de novo por perguntas que não vem ao caso nem agora e talvez nunca. Precisava ficar sozinho.

Foi isso o que eu fiz. Passei a viver na biblioteca. É claro que passar dois dias lá não é viver, mas eu não costumo ficar por lá. Apenas pego os livros e vou estudar perto do lago. Mas agora a situação era diferente. Tudo tinha que dar certo.

Por esse motivo, além de que eu realmente não queria contato com nenhum tipo de ser humano, eu não ia às refeições. Quando dava eu passava na cozinha e pegava o suficiente para me manter vivo. Quanto às aulas, eu era obrigado a ir. Porém, eu não dizia nada. Fazia o que quer que eu tivesse que fazer e ia embora.

Sirius e Lupin andavam atrás de mim e tentavam fazer contato. Eu simplesmente ignorava. Pedro ficava mais na dele pois tinha medo que eu o amedrontasse ou jogasse alguma azaração nele.

No primeiro dia foi mais difícil. Mas depois eles perceberam que eu não queria ninguém. Assim é melhor.

~ James P.O.V OFF

~ Lily P.O.V ON

Não, eu não queria falar com o James. Queria apenas que aquele maldito trabalho acabasse. E estava acabando. Só mais três dias.

O estranho era que eu não sabia se íamos terminar ou não. Minha parte estava quase pronta. A de Snape também, até onde eu sabia. Mas a de James eu não tinha a mínima ideia. E se ele não fizesse? O que aconteceria? Bem, não era do comportamento dele jogar nota fora...

Eu resolvera não falar com ele até que eu tivesse certeza do que dizer e de que aquilo não o feriria. Isso estava bom para mim, mas não para Marlene. Ela e Alice ficavam me perguntando quando eu ia falar, o que eu ia falar, onde eu ia falar, como eu ia falar. Por Merlin, eu já estava desgastada demais. Foi quando eu falei com elas e expliquei a situação toda:

“Olha, eu não vou falar com ele até ter certeza.”

“Mas não pode contar pra gente que vai dizer?” Marlene perguntou.

“Não” respondi.

“Por quê?”

“Eu ainda não sei que dizer.” Falei.

“Diga que quer sair com ele” sugeriu Alice. “Assim vocês podem ir tomar algo e conversar como amigos.”

“Não sei.”

“Beija ele!”Gritou Marlene.

“SHIU!” fiz, encostando o dedo indicador em meus lábios. “Não vou beijá-lo!”

“Mas devia...”

“Não!”

“Acho que a Lily sabe o que ela está fazendo, Marlene...” Disse Alice para salvar a minha pele.

“Eu discordo, mas se ela quer estragar o que ela tem com o James ainda mais, o problema é dela.”

“É!” Disse eu antes de processar o que ela tinha realmente dito “EI! Eu não vou estragar nada! Sabe por quê? Não existe nada!”

“Se você diz… Vamos, Alice.”

E as duas me deixaram sozinha, finalmente.

No dia seguinte, eu não falei com elas. Ou com alguém.

~ Lily P.O.V OFF

~ Sirius P.O.V ON

Eu precisava encontrar Marlene. Por isso, eu corria pelos corredores e gritava por ela. Ninguém entendia, era óbvio. Seria muito mais fácil se eu me transformasse em cachorro, mas suspeitariam de mim. Então eu corria do modo cansativo e desajeitado que os humanos correm por aí. Braços balançando e a torcida dentro de mim para que eu não tropeçasse e morresse num corredor.

Legal. Eu a achara.

Pego-a como se fosse um porco e a jogo por cima do ombro. Ela odiava isso com todas as forças, mas era importante. Muito importante.

Quando chegamos à uma sala vazia, coloco-a sentada numa mesa

“É... IMPOR... TAN... TE...” Eu ofegava

“Tomara que seja. Eu odeio quando você me carrega assim! É horrível!”

“Eu sei…”

“Fale.”

“Bem…” Começo. “Eu tive uma ideia brilhante. Tipo, realmente brilhante.”

“Diga.”

“Vou precisar de sua ajuda. É um plano muito delicado.”

“Fala logo, Sirius!” Marlene suplicou.

“Ok. Vamos fazer Lily se apaixonar por James!”

“Nossa, nós nunca pensamos nisso… Anos dessa novela e isso nunca passou pelas nossas cabeças…” O sarcasmo transbordava de Marlene McKinnon.

“Você não entendeu. Olha, a entrega do trabalho de poções é depois de amanhã, confere?”

“Sim.”

“Então! A poção do grupo da Lily é…?”

Amortentia!" Ela começava a entender o plano.

“Exatamente. Vamos roubar um frasco da poção deles e vamos usar em Lily para ela se apaixonar por James. Fácil.”

“Sim, mas será que não é arriscado...?”

“Talvez, mas eu não aguento mais o James naquela melancolia. E imagino que a Lily não esteja diferente...”

“Não, está muito triste.”

“Então! Temos tudo pra dar certo! A poção, as pessoas, o plano! É genial.” Eu disse, super entusiasmado.

“E como vamos fazer?” Ela perguntou.

“Você tem que pegar um frasco da poção. O resto você deixa comigo. E aja naturalmente com ela. Ninguém pode desconfiar…”

“Sucesso!”

“Nos vemos depois, Lene” eu disse, dando uma piscadela para ela.

“Depois” respondeu sorrindo, saindo da sala.

~ Sirius P.O.V OFF