Temos que efluir pela margem do rio, como se fossemos o próprio, e depois fugir das azarações que jogam em nossa direção. Os passos ágeis e apressados soam como trovoadas e as respirações entrecortadas são facas que cortam o ar gelado da madrugada.

Não paro ou viro para olhar. Apenas ouço as gargalhadas e o farfalhar dos feitiços que desviam para o gramado lamacento no qual corremos sem pestanejar.

Parece não findar o caminho, assim como o rio que some pelo horizonte escuro e fúnebre. Os meus pulmões estão ardendo, assim como as narinas e o corpo inteiro.

Eu acordo.