– É verdade, eles existem mesmo. - Disse Jay, olhava para Hunter fixamente.

– Então, temos o dia para relaxar, o que você quer fazer?

– Eu quero dormir, ainda não me acostumei com esse maldito fuso-horario, como consegue ficar tão ativo?

– Sabe que eu não sei? Mas vai dormir, eu vou dar uma caminhada na praia. - Ele abriu o celular para olhar a hora, 13:00.

– Então até mais mano, e de novo não se mete em confusão por favor. - Jay uniu as palmas em gesto de suplica.

– Você sabia que a policia daqui é bem facil de corromper... - Disse saindo pela porta, em seguida foi até a Suziki e sem demora colocou a chave e deu a partida. Seu forte motor rugiu em seguida fez um cavalo de pau com a moto e saiu voando baixo pelas ruas.

Não demorou até que novamente chegasse a praia, ele estacionou a moto e olhou para o outro lado da rua, o hotel onde estava hospedado estava lá bem próximo.

– Vai ser uma boa caminhada.

Ele desceu até a areia da praia e em seguida caminhou até a água, molhou os pés, a água quentinha das praias do Rio o agradou.

Olhou para a areia mais longe da água e observou varias mulheres de todos os tipos, loiras, morenas, magrinhas e algumas outras que não deveriam trajar roupa de banho para o bem da população.

Bonitas e Perigosas, não se esqueça... – Pensou.

Então, tirou a camisa regata e começou a correr pela praia, já estava de short, já tinha feito os planos de vir a praia depois que terminasse a reunião. Enquanto corria, percebeu que atraia alguns olhares femininos na praia. Algumas o olhavam e mordiam os labios enquanto o olhavam fixamente para seu físico totalmente trabalhado, outras fazia sinal... Hunter não respondia, simplesmente passava fingindo não ter visto, outras vezes dava atenção com um tchauzinho mas nada de mais.

Já estava voltando quando do seu corpo já escrriam gotas de suor por entre os músculos definidos, com a camisa enrolada em um dos punhos ouviu novamente outros gritos de "GOSTOOSOO" gritando atrás dele, ele se virou e deu tchauzinho, quando se virou esbarrou com alguma coisa, livros voaram para a areia e ele junto.

– Au! - Falou alguém na frente dele, a voz era feminina.

– Caramba... - Ele abriu os olhos e alguns livros estavam espalhados pela areia, ele pegou alguns . E em seguida se levantou.

– Você deveria tomar mais cuidado, olhe para onde anda! - Ele olhou direito e viu uma garota, cabelos e curtos que iam um pouco abaixo dos ombros era de cor loiro escuro, pernas malhadas, usava óculos, mas um detalhe que Hunter jamais esqueceu foram os olhos, era uma mistura de cores muito bonitas, ele não conseguiu entender muito bem, era verde pela parte mais externa do iris e proximo da pupila tinha um anel de cor mais clara, parecia cor de mel em seguida a pupila negra. Eram os olhos mais bonitos que já tinha visto. Tinha uma expressão forte, e jeito intelectual. Usava um short jeans meio surrado e uma camisetinha regata que deixava aparecer um pouco da barriga.

– Ta me ouvindo? Eu disse pra olhar pra onde anda! - A garota ajeitou os óculos no rosto e e em seguida começou a pegar alguns livros do chão.

– Ah me desculpe, eu estava meio distraido. - Ele coçou atrás da cabeça e ficou segurando os livros da garota.

– Eu já vi com o que estava distraido... - Olhou por cima do ombro dele e viu as brasileiras que ainda olhavam.

– Me desculpa mesmo, deixe-me ajudar para compensar. - Ele pegou os livros dos braços da garota e os colocou debaixo do braço.

– Obrigada, vamos não fica muito longe daqui o meu carro.

Então começaram a caminhada de volta, Hunter carregava 5 livros, olhou para eles e viu que tinham pelomenos 300 paginas cada.

– Então... Qual seu nome? - Hunter não se sentia facilmente atraido, mas por algum motivo a garota o encantou. Mas convenhamos? Não tinha como não nota-la.

– Nathalia. E o seu?

– Hunter, muito prazer.

– Hunter... Do Inglês significa caçador, deve ser um homem perigoso.

– Você nem imagina... - Deu um leve sorriso tentando parecer irônico para parecer brincadeira. Ela o retribuiu.

– Não é do Brasil? - Ela passou a mão pelos cabelos loiros e eles escorreram pelos seus ombros novamente.

– Não, estou aqui a negocios mas me parece que vou ficar permanentemente. Mas me diz, sobre o que são esses livros mesmo?

– Sobre tudo, eu gosto muito de ler. Da pra perceber não é? - Ela fez uma cara sarcastica.

– Ah concerteza, eu também gosto de ler as vezes quando tenho tempo. - Ele deu um sorriso para a garota.

– Aqui sem dúvida é o melhor lugar para fazer isso, debaixo de uma boa sombra, esse vento, o cheiro salgado, sempre venho aqui para ler, é relaxante. - Enquanto ela falava diminuia o ritimo da caminhada, parecia que queria que aquilo durasse mais.

– Qualquer dia a gente podia, sei lá, lermos juntos dar uma volta. Não conheço muito bem o Rio ainda.

Eles começaram a subir o para o calçadão e chegaram em um carro branco, popular no Brasil um Novo Uno era o carro.

– Claro porque não. - Ela revirou algumas coisas no porta-luvas e retirou um papelzinho e deu a Hunter.

– Quando estiver livre, so me ligar. - Ela entrou no carro e deu a partida. Em seguida saiu, Hunter so pode dar um tchauzinho.

Quando se é Mercenário, atração não é permitida, apego não é permitido, mas alguns quebram as regras novamente.