Dia de Piscina 2 - CIP

Capítulo Único - Dia de Piscina (parte 2)


Ninguém percebeu a ausência das meninas, pois todos estavam ocupados demais se divertindo dentro da água, exceto Kokimoto que assim como Carmen preferiu ficar em uma espreguiçadeira debaixo das sombras dos guarda-sóis.

Valéria foi aproveitou que estava na cozinha para tomar um copo d’água tentando se recuperar de toda a adrenalina dos beijos, só então voltou para a área da festa, mas antes de voltar para a piscina, se aproximou da amiga (ou sabe-se lá o que fossem agora) e a questionou.

— Não vai mergulhar? Tá calor pra caramba.

— E você me deixou com mais calor ainda. — Carmen sussurrou a resposta para que só ela ouvisse. — Mas não vou. Eu queimo muito fácil e fico descapelando, é bem desagradável.

— Se mudar de ideia, tá bem divertido lá dentro.

— Ok, vou pensar nisso.

Valéria sorriu e voltou para a piscina. Esse movimento tão detalhadamente observado por Carmen sequer foi notado por Kokimoto bem ao lado, pois o adolescente estava ocupado demais prestando atenção em outra pessoa na agua: Paulo Guerra.

Porém não o observando como um melhor amigo de infância o faria, olhava percebendo coisas que nem deveria. Os músculos flexionando e relaxando enquanto jogava vôlei, o cabelo espalhando agua quando ele balançava a cabeça, as gotículas brilhando no peitoral e às vezes no abdômen definido ao recuar até a parte mais rasa. E aquele sorriso... Realmente não deveria mesmo estar reparando.

Mas o pior era que seu corpo estava dando um sinal muito claro de que estava pensando bobagem, um sinal bem evidente sua bermuda folgada.

Maria Joaquina, que saíra da piscina um instante para passar outra camada de protetor solar, notou que o japonês parecia perturbado. — Ei, Koki, tá tudo bem?

— Tá sim. — respondeu tentando disfarçar o surto. — Mas... Eu acho que vou embora.

— Ué, por quê?

— Meu dente tá doendo. — verbalizou a primeira desculpa que veio na cabeça, pondo a mão na bochecha para reforçar a mentira. — Quando isso acontece, fico de mau-humor, não to muito a fim de festa.

— Ai, sei como é. Fico no mesmo jeito quando estou com cólica. — respondeu em um tom de solidariedade.

— Sabe que agora to me sentindo uma mulherzinha, né?

Maria Joaquina riu e negou com a cabeça. — Para de falar bobagem, Koki. Você não é mulherzinha. Uma mulher aguentaria até o fim. Tem certeza que não quer ficar? Mais tarde vai ter pizza.

— Na moral, não to no clima, prefiro ir pra casa.

— Tá bom, então vem comigo, eu abro o portão pra você.

Kokimoto sabia que assim que levantasse, a “barraca” ficaria bem perceptível na parte da frente de sua bermuda. Por sorte, todos tinham sido instruídos a levar as próprias toalhas e ele só precisou puxar a sua das costas da espreguiçadeira antes de levantar e segura-la de forma a cobrir discretamente sua ereção enquanto pegava a mochila no amontoado perto da porta de vidro da casa dos Medsen.

Os trocados que tinha quase não foram o bastante para chegar em casa de táxi e agora estava sem um centavo sequer, mas era melhor que ter que ligar para seus pais e explicar sua situação. Isso seria um mico épico que ele com certeza não queria pagar.

Precisava tomar um banho para tirar o cloro do corpo dos mergulhos que dera mais cedo e aproveitaria para tentar relaxar.

O problema era que toda sua pele estava sensível e assim que a agua morninha entrou em contato, arrepios intensos se fizeram presentes e o membro entre suas pernas cresceu ainda mais. Koki tentou ignorar, porém ao colocar um pouco de sabonete líquido nas mãos e começar a espalhar pelo abdômen o efeito só ficou pior, e a imagem de Paulo voltou em sua cabeça fora de seu controle, com aquele sorriso alegre e o corpo reluzindo com o sol e a agua da piscina.

Não dava pra evitar, ele não aguentava mais, tinha que fazer.

Muito hesitante, levou uma mão mais para baixo em seu tronco até envolver o falo rijo causando tremores prazerosos. A respiração ficou escassa e as pálpebras se fecharam. Dessa vez, a imagem de Paulo que surgiu era uma pouco menos inocente. Ele estava ajoelhado aos seus pés com um sorrisinho sacana e os olhos brilhantes de luxúria.

Um gemido baixo e discreto subiu por sua garganta quando a palma quente moveu-se lenta e suavemente para cima e para baixo.

Era tão estranho, mas Kokimoto continuava imaginando Paulo ali, como se fosse a mão dele a lhe tocar. Passou o polegar na cabeça de seu membro pensando em como seria a sensação se fosse língua dele. Intensificou os movimentos de vai e vem até que o chão do boxe estivesse sujo de branco.

Respirando com dificuldade, recostou as costas à parede de azulejos e tentou acalmar-se, porém quanto mais os segundos passavam, mais consciência tomava do que tinha feito, o que lhe deixou completamente desestabilizado e confuso.

— Caralho, caralho, caralho, caralho, caralho! Eu acabei de tocar uma pro meu melhor amigo. — disse em voz alta, o que tornou ainda mais real. — Eu Toquei Uma Pro Meu Amigo.

Ok, talvez não fosse a primeira vez que se masturbava pensando em um cara, não era nem mesmo a segunda. No começo se permitia pensar que era normal reparar no desempenho dos homens ao assistir pornô, depois passou a reparar sem querer querendo no corpo dos meninos da escola quando jogavam bola time sem camisa vs time com camisa. Mas chegar àquele ponto era demais para a cabeça cheia de fios ruivos de Kokimoto assimilar.

— Ok, Koki. Isso nunca aconteceu. Apaga, esquece, isso não aconteceu. — Murmurou enquanto chutava o sêmen para o ralo. — Termina o banho, vai dormir e limpa essa merda da mente.

E assim o fez. Porém os garotos se veriam uma hora ou outra. Será que Kokimoto iria realmente conseguir apagar aquele dia de sua existência?

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.