Devoid

The giant and the golden eggs chicken


Literalmente uma sala do tesouro, era isso que aquele lugar era, cada canto daquela sala estava coberto com todos os tipos de metais e pedras preciosas, desde cobre e cobalto até Serafins e Diamantes. Ele estava maravilhado, afinal, quem não estaria?

– Ok, pelo o que eu lembro, provavelmente aqui vai ter... – Ele olhou melhor, procurando algo. – Ali! – Ele correu até um canto da sala, onde havia um enorme objeto de ouro maciço. – Ok, agora, pegar qualquer uma dessas coisas só vai me por em confusão, além do que, nada disso vale nesse mundo, e eu não vou nem sequer conseguir levar isso pra casa. – Ele olhou mais em volta, e encontrou o que procurava desde o início. – Achei você, penosa!

Uma enorme galinha encontrava-e na porta, escondida, como se espiasse o garoto, com um olhar tímido. Ao ver que Soren havia a visto, ela correu para longe dali o mais rápido que pôde, o que o fez ir atrás dela. Correu por algum tempo por um enorme corredor até chegar em um quarto. O mesmo era absolutamente adorável, um verdadeiro quarto de bonecas, com bules de chá, um guarda-roupa cheio dos mais lindos vestidos e acessórios, além da penteadeira. Ele ajeitou os óculos, analisando para onde a galinha poderia ter ido.

Até que sentiu a presença e alguém.

Aos poucos, ele foi virando-se para trás, e engoliu seco ao ver um enorme olho a observá-lo pela pequena janela. Foi andando para trás aos poucos, como se a criatura que o observava fosse o pegar a qualquer segundo, ele sentiu suas costas baterem contra o guarda roupa. Até que o enorme olhou desapareceu.

Assim como o teto do quarto.

O mesmo foi arrancado, o garoto encolheu-se, mas ainda olhava para cima, e deparou-se com um par de olhos negros. A criatura o pegou com as enormes mãos e levantou-o no ar, analisando-o. Era ridiculamente gigantesco, não tinha cabelos e era terrivelmente feio, com a boca um pouco torta para a esquerda e dentes pontudos e sobrepostos como os de um tubarão, seu corpo estava nu, mas ele não possuía nada para ser mostrado, não possuía partes genitais nem nada do tipo.

O garoto não lutou para livrar-se dali, pois o choque foi tão grande que ele apenas manteve-se imóvel. O gigante o analisou minuciosamente. Até que o pôs no chão, ao lado de uma mesa com várias peças de chá e pegou algo de dentro do quarto onde ele estava anteriormente. Ao recuperar-se mais, viu que o lugar onde estava antes de ser pego era uma enorme casa de bonecas (uma casa de bonecas tamanho gigante). A criatura direcionou suas mãos, que carregavam algo, até Soren e pôs este algo em sua cabeça, mostrando-o um pequeno espelho de mão logo em seguida para que ele pudesse ver seu reflexo.

Um laço.

Ouviu-se uma risada escandalosa ao longe, ao olhar para a direção de onde o som vinha, ele deparou-se com uma Jessie chorando de rir jogada no chão e uma Liz na mesma situação, porém ela estava apoiada no cabo do abajur gigante. – Meu deus, meu deus, se eu pudesse fazer xixi eu com certeza eu já teria feito. – A boneca não conseguia, de maneira alguma, parar de rir. Tendo de ser acalmada pela ruiva, que também não estava em uma situação muito favorável. – Eu to passando mal, socorro, eu to passando mal, Liz, Liz... – ela voltou a rir. Uma gargalhada gostosa e extremamente alta e chamativa

Após alguns segundos e algumas crises de riso, ambas desceram de onde estavam, que por sinal era nada mais nada menos do que uma mesinha de centro gigante e foram até Soren. – Soren, eu sou cheia de laços e coisas fofas, mas eu juro que se a gente colocasse alguns babados em você, ia ficar dez vezes mais lindo do que qualquer boneca que eu conheço. – Ela riu novamente, mas de maneira mais controlada. – Fazia tanto tempo que não ria assim.

– Ok, agradeceria muito se alguém me explicasse o que está acontecendo. – o garoto tentou tirar o adereço da cabeça, mas foi repreendido pelo gigante, e acabou deixando-o ali mesmo.

Jessie limpou a garganta. – Vamos lá: Groot, esta criatura adorável da qual você teve o prazer de conhecer mais cedo, – ela apontou para o gigante. – tem Jannet, a galinha extremamente tímida que você também teve o prazer de conhecer mais cedo, ela põe ovos como toda a galinha, mas-

– São ovos de ouro que escondem preciosidades dentro deles. – o garoto a interrompeu.

A boneca pareceu perplexa. – Sim... Bem, e há alguém que quer roubá-los a todo custo.

– Hansel. – A ruiva completou.

– Exato, ele e seu amável lobo, – a garota revirou os olhos, com um tom claro de sarcasmo em sua voz. – gostam de dar uma de heróis e dizem “querer distribuir esse tesouro para os pobres”, mas eu nunca o vi mover um dedo sequer para ajudar o povo daqui, ele quer essa riqueza para si, disso eu tenho a mais absoluta certeza.

– Ok, então o barulho que ouvimos mais cedo era ele, certo?

– Exato, e ele não para de tentar roubar Jannet, e isso irrita demais. – Ela desviou o olhar.

– Isso é porque ele gosta dela. – Liz aproximou-se, sussurrando no ouvido do garoto. – Hansel e Jessie têm uma historinha juntos, e por isso Oz também não gosta dele, porque ele também gosta dela.

O garoto pareceu levemente surpreso, mas não tanto. Jessie tinha uma aparência linda e uma personalidade mais ainda, não era de se admirar que todos gostassem dela.

– Ok, vamos, só espero não encontrar com ele lá embaixo. – Jessie levantou-e, limpando a saia do vestido de qualquer sujeira que tivesse nele.

– Mas e groot? Ele fica bem aqui em cima sozinho? – o garoto perguntou, também levantando-se e limpando a calça.

– Claro, ele tem ficado assim por mais de... – ela parou novamente, como se não pudesse dizer mais do que aquilo. – Por muito tempo. Ele fica bem. Hansel nunca faria mau a uma mosca, ele apenas quer o tesouro, mesmo groot sendo totalmente indefeso e fofo, consegue se defender quando é preciso. – ela sorriu para o gigante.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.