Enquanto terminava de me arrumar me lembrei de Leon que vivia me chamando de branca de neve, porque por mais que eu ficasse sol eu nunca conseguia ficar bronzeada, e com aquele vestido eu realmente parecia à princesa branca de neve dos contos infantis, decidi só passar um batom e uma sobra, pois minhas bochechas já estavam um pouco coradas e eu passei o batom pra tirar um pouco do vermelho dos meus lábios que são muito vermelhos naturalmente.

Fomos de carruagem mesmo sendo na casa dos vizinhos, minha mãe insistiu muito, quando chegamos logo o senhor e senhora Lasters vieram nos receber.

—Malior meu amigo, Miranda, e essa deve ser a pequena Karoline, como cresceu pequena e ficou tão bonita quanto sua mãe.

—Obrigado senhor Victor, como vai senhora Floral?

—Estou bem querida, oh o Leon finalmente apareceu!-exclamou ela.

Então desde que eu fui morar no campo eu o vi e nossa ele ficou muito lindo ele com aqueles cabelos ondulados medianos negros, tinha um maxilar rígido que denunciava os anos que ele passou no mar, agora tinha músculos bem definidos ele era alto, nossa ele realmente estava tão lindo quanto a Lilian tinha me dito, ele me olhou com aqueles olhos verdes esmeraldas, que continuavam gentis, eu corei quando nossos olhares se cruzaram, estremeci de nervosismo, tanto tempo sem vê-lo e agora ele era um homem, um leão do mar, então ele sorriu, seu sorriso perfeito e gentil que me tirou o folego e me fez querer abraça-lo, porém eu estava receosa e com medo que ele não quisesse falar comigo, e eu estava com medo do que ele estava me fazendo sentir, o que é isso?

Em meio aos meus devaneios meus pais estavam indo cumprimentar mais pessoas, e eu como nunca fui muito sociável decidi que deveria sumir da festa, gosto de evitar as conversas fúteis das outras meninas, me lembrei de um terraço magico que tinha aqui e era um pouco escondido, decidi ir para lá.

Entanto eu ia para o terraço secreto da casa dos Lasters eu fiquei pensando naquele sorriso, das conversas que tínhamos quando crianças, me lembrei quando ele disse que eu seria pra sempre sua unica e melhor amiga e que um dia eu ia ser a sua Senhora Lasters, ele não deve nem mais se lembrar disso.

Cheguei até o terraço e ele era exatamente como eu lembrava, era mágico, como um lugar de conto de fadas tinha flores bem cuidadas por todos os lados, algumas até brilhavam, tinha um perfume que não se compara a nada, esse lugar é realmente indescritível, dava para ver as estrelas e as deixava ainda mais belas, o que me lembrava das histórias que minha avó me contava sobre fadas, duendes e unicórnios, lembrei-me das criaturas mágica, minha avó me disse que ela chegou a conhecê-las, infelizmente um pouco antes da minha mãe nascer houve um problema e as criaturas mágicas foram casadas e hoje em dia foram todas mortas, embora tenha rumores que eles ainda existem escondidos, fiquei imersa em pensamentos, fui despertada por uma voz estranhamente familiar, que fez meu coração disparar e meu estomago dar piruetas.

—Sonhando acordada branca de neve, vejo que esse habito não mudou nesse tempo todo.

—Leãozinho medroso, vejo que o seu habito de chegar em silencio não mudou né- eu disse querendo correr para abraça-lo, mas fiquei com medo dele não ser mais o mesmo, ele estava diferente.

—Estava sonhando com o que?

—Eu não estava sonhando, por que você acha isso?

—Porque seus olhos brilham quando você pensa nos seres mágicos, deixe-me adivinhar, era com os seres mágicos?

—Tá você venceu era com isso sim e como você tem tanta certeza?

—te conheço desde que éramos crianças e você sempre sonhou com isso, principalmente depois que a sua avó te contou que ela teve um unicórnio, a proposito agradeça a sua mãe por ela ter te convencido a vir à festa, estava com saudade de conversar pessoalmente com minha melhor amiga.

—Por que você simplesmente não foi até a minha casa, você sabe que não gosto de festas?

—Meus pais me proibiram de sair hoje, eles querem que eu escolha uma noiva antes de minha próxima viagem.

—Quando você chegou?

—tem aproximadamente um mês e viajo de novo dentro de uma semana a um mês, ainda não decidi.

Nesse momento o relógio bateu, havia completado 1 hora que eu estava na festa e eu queria ir embora.

—Leon agora acho que vou para casa, realmente não gosto de estar numa festa.

—Está bem eu a levo, a cidade tem estado perigosa.

—É graças ao capitão mais famoso de Verdana, sabe e foi por causa disso também que os meus pais me mandaram para morar no campo.

—Ok princesa raivosa, quer ir para casa eu te levo!

—Vamos falar com os meus pais e ir para casa.

Falamos com os meus pais e fomos, fiquei um pouco sem jeito por ele me levar, pois ele me deixava sem ar, mas eu adoro a companhia dele, saímos da festa e fomos para o jardim, onde tinha uma passagem secreta entre nossas casas, tínhamos construído quando éramos crianças para podermos brincar sem cruzar pela rua, era a maneira mais fácil de ir para a minha casa.

—Como vão as expedições? você não me disse.

—Estão bem e eu trouxe um presente para você-ele pegou um saquinho bonitinho e abriu-é uma pulseira feita de metal das fadas e moldada por duendes, assim que entrei naquela ilha pensei em você, pois tem muitos seres mágicos vivendo lá, você ia adorar-terminou ele e pôs a pulseira em meu pulso que brilhou um pouco, a pulseira era magnifica.

—Nossa é linda- eu pulei nele o abraçando e quase que nossos lábios se tocaram, eu correi.

—Eu sabia que você ia gostar-disse ele com um riso.

—Bom eu vou entrar, estou cansada da viagem, você se lembra como é longe a casa do campo né.

—Lembro sim, então vamos conversar mais amanhã?

—Está bem, onde?

—Que tal no forte da arvore onde brincávamos quando éramos criança?

—Está bem,então até amanhã Leãozinho medroso.

—Até amanhã Branca de neve.

Entrei em casa e pedia a Lorense que preparasse meu banho para eu ir dormir, e repensei na minha conversa com meu pequeno leãozinho, que não era mais tão pequeno, percebi que não havíamos marcado um horário pra nos encontramos.

Subi para o meu quarto e vi uma coruja em minha janela:

Te vejo as 9:30horas

mandei uma confirmação e fui tomar banho, depois do banho deitei em minha cama e fiquei pensando no leãozinho, que para meu alivio continuava o mesmo, meu melhor amigo, que estava muito lindo.

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Leon

Depois que deixei a minha branca de neve em casa eu fiquei pensando em toda a nossa vida e amizade e percebi que eu não preciso de outra pessoa na minha vida só ela e é ela que eu quero como esposa, esperei o baile que meus pais tinham organizado para eu conhecer uma esposa para dizer a noticia a eles, nossa eu estava mais nervoso agora do que quando eu fiz minha primeira expedição.

—Mãe e pai, cheguei a uma decisão de quem eu quero como minha esposa!

—E quem é?-Perguntou minha mãe empolgada.

—Vou pedir Karoline Fairydas em casamento depois que eu voltar da próxima expedição, nela eu vou procurar o presente perfeito para ela!

—Poxa eu pensei que nunca ia pedi-la em casamento!-Exclamou meu pai sorrindo.

—Como assim pai?

—Deixa que essa eu respondo-Disse minha mão com uma expressão brincalhona-Toda vez que você a vê ou fala dela seus olhos brilham e você fica sonhador, você já a ama a muito tempo só não tinha reparado ainda!

—Ah entendi, vou enviar uma coruja para o Senhor e Senhora Fairydas.-eu disse ainda um pouco assustado por isso ser obvio a todos e eu só ter percebido hoje.

fui ao corujal e escrevi uma rápida carta e a enviei.

Senhor e Senhora Fairydas,

venho por meio desta solicitar-lhes uma reunião amanhã as 7 horas da manhã, conto com vossa presença.

com urgência,

Leon Laters

Não esperei muito tempo para receber uma carta de confirmação, li rapidamente e fui banhar-me e dormi pensando em como faria esse pedido aos pais da minha bela branca de neve.