Destroyers
Capítulo 84
Stella
Um grupo de soldados conversando entre si cruza meu caminho. Por reflexo meneio uma das mãos, e as armas nos coldres de seus uniformes se deterioram até se tornarem lanças e invadirem seus corpos.
Eles caem após estremecerem de dor, enquanto seu sangue espirra por todos os lados. Passo pelos corpos e continuo a passadas rápidas pelo corredor.
Os andares dos laboratórios de Física, Química e Biologia estão desertos. Detecto um painel de controle fora o que a biblioteca possui. O tempo corre rapidamente pelo que vejo ao passar por um relógio preso à parede no meio do corredor. Falta meia-hora para tudo detonar. A ideia de não conseguirmos me dá arrepios.
Deslizo pelo piso ao alcançar o laboratório de Informática no quarto andar. A porta está trancada e pelo vidro vejo um imenso telão cercado de computadores. Destravo a porta com meus poderes e escancaro a porta.
Antes que eu possa reagir algo me acerta nas costas e caio no chão com um ganido de medo. Viro-me rapidamente, a dor nas costas obrigando-me a me movimentar mais devagar.
Jack sorri largamente, ostentando uma com revestimento e balas de madeira.
— Fiquei sabendo que metal não serve contra você — Ele diz com um sorriso malicioso destravando a espingarda novamente e mirando contra mim.
A dor me deixa atordoada e me faz estremecer.
— Onde está a Clarissa? Estou pensando em mandar lembranças e ela — Ele comenda bem-humorado.
Permaneço em silêncio recusando-me a falar, concentrando-me na dor na base da coluna. Ouço o tiro e grito ao sentir a bala de madeira adentrar minha coxa direita.
— Responda!
— Eu não sei onde Clary está — falo com raiva. — E mesmo que soubesse não diria a você!
Novamente o barulho da espingarda sendo destravada e tenho a certeza de mais um tiro quando vejo de relance o cano da arma mirando em meu peito.
Antecipadamente fecho os olhos, enfraquecida. A necessidade do metal e as balas de madeira presas ao meu corpo conseguem o efeito desejado contra mim.
Contudo um barulho e o ganido de Jack ecoam. Consigo focar em sua figura a tempo de ver Charlie rasgar o corpo de Jack com uma katana mediana. A fúria do Wayne percorre seus olhos negros por debaixo da máscara, arrancando sangue e tripas que pulam para fora conforme a lâmina traça seu caminho do umbigo até o pescoço.
Jack está horrorizado e chego a sentir medo e chego a sentir medo quando o corpo dele cai no chão, embebido em sangue e fluído de seu interior. Charlie ofega, suas mãos enluvadas cobertas de sangue assim como sua espada.
Ele se agacha ao meu lado, seus olhos focando nos meus impregnados de preocupação.
— Pensei... Que estivesse em... Gotham — sussurro sentindo as mãos de Charlie chegar a minha coxa direita. Faço uma careta quando ele puxa a bala de madeira dali.
— Eu estava a caminho, mas descobri o que tinha acontecido com vocês assim que James mandou um recado nas mentes de todos nós — Charlie me ergue e uma de suas mãos alcança minhas costas. Com o jeito certo ele puxa a bala de madeira, e um alívio perpassa meus membros. — Você precisa de metal.
Sua lâmina perfura a base das minhas costas.
Absorvo o metal e sinto meus ferimentos se fecharem. Sou carregada por uma onda de energia que faz com que eu me sinta melhor.
— Obrigada — agradeço colocando-me de pé.
O painel de controle às minhas costas chama minha atenção. Charlie caminha ao meu lado.
— Este deve controlar algumas das bombas — Ele diz encarando-me.
Aperto alguns botões rapidamente, no entanto o sistema está bloqueado. Mordo os lábios.
— Podemos tentar destruir — Charlie fala determinado, mas o contenho.
— Talvez seja isso que destrói as bombas — falo com preocupação.
— Você não consegue sentir as bombas?
— Elas têm um revestimento de algum material que não é o metal — digo suspirando.
Charlie anda de um lado a outro, sua mão mexendo em seus próprios cabelos.
— Precisamos desbloquear o painel. Temos pouco tempo — o nervosismo na voz do Wayne é perceptível.
Uma ideia invade minha mente, absurda, mas que pode dar certo.
— Vou precisar de cobertura — falo respirando fundo. — E do máximo de metal que conseguirmos.
Charlie franze o cenho.
— O que pretende fazer?
Suspiro fitando-o demoradamente. As semelhanças com Clary são um tanto óbvias na maneira de olhar.
— Controlar a Torre da Liga da Justiça e destruir as bombas usando o painel deles.
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