Destroyers
Capítulo 73
Simon
Nova York
A ideia de uma cidade como NY destruída simplesmente assustadora. Times Square está ladeada de carros em chamas e prédios danificados. Lojas e cafés estão completamente revirados com pessoas feridas dentro.
Busco algum sinal dos Vingadores, mas exceto os gritos e buzinas de carros à distância, não existe sinal de batalha.
Pego meu celular e faço a chamada.
— Algum sinal deles? — pergunto, ouvindo a respiração ofegante do Homem-Aranha.
— Ainda não — Ele responde com um barulho intenso de carros ao fundo. — Espero... Acho que vi o Homem de Ferro. Está seguindo até a Times Square.
— Okay. Estou aqui esperando — digo desligando.
Um barulho de turbinas e em poucos segundos a armadura do Homem de Ferro reluz no céu e pousa a poucos metros de mim.
— Fico feliz em vê-lo vivo líder dos Smurfs — Tony Stark aparece e aperta minha mão. Seu rosto está carregado de ferimentos.
— Onde estão os outros? — pergunto buscando-os com os olhos.
— Na nossa Torre. Vamos — o Homem de Ferro estende o braço e hesito antes de me deixar ser levado pelos ares sem um pingo de segurança.
(...)
A Torre dos Vingadores parece um pronto socorro dos heróis. A Viúva Negra trata de um corte no ombro, enquanto a Feiticeira Escarlate cuida de um ferimento próximo à sobrancelha diante de um espelho. Mercúrio, Thor e o Capitão América são os únicos menos arrasados com toda a batalha.
O filho de Odin está distraído, observando o céu pela janela, distante de todos. Será que está pensando em Zack, seu filho?
— Simon! Que bom vê-lo — Steve Rogers aperta minha mão logo que atravesso a porta com Tony Stark sem sua armadura ao meu lado.
— Igualmente — digo respirando fundo. — Como anda a situação por aqui?
— Um caos. Uma bomba detonou aqui ao mesmo tempo em Washington, Califórnia e Texas — responde o Gavião Arqueiro, surgindo dos fundos da torre.
Franzo o cenho.
— São as pontas do país — digo, pensando no mapa dos Estados Unidos.
— Exato. Agora temos uma bomba nuclear programada para daqui quatro horas e meia. E não fazemos ideia de onde vai explodir — diz o Capitão evidentemente exausto.
Suspiro, seguindo até o painel de controle onde Tony Stark aperta inúmeros controles e conversa com Jarvis.
— O meu grupo está dividido pelo país junto dos outros heróis — falo, cruzando os braços.
— Estão todos bem? — Thor vira-se com preocupação evidente em seu olhar.
Hesito antes de falar.
— James e Aurora estão mortos. E Ashley está em algum tipo de coma... — baixo os olhos por um segundo, respirando fundo.
Um instante de silêncio impregna a nave. Por fim Steve Rogers aperta meu ombro.
— Sentimos muito. Meus pêsames — diz com sinceridade, e meneio a cabeça positivamente.
— Temos que tentar impedir que essa bomba detone. O sacrifício deles não pode ser em vão — falo com firmeza, afastando os pensamentos ruins. Tenho que me manter forte, ou vou enlouquecer.
— Certo — Tony Stark respira fundo. — Estamos com um probleminha também.
Franzo o cenho parando para perceber a ausência de uma figura importante do grupo.
— Onde está o Doutor Banner?
— Estamos tentando rastreá-lo. Morgana Le Fey levou-o para sabe-se lá onde — diz Natasha Romanoff com frieza.
Respiro fundo, segurando a ponte do nariz com a mão direita.
— Okay. Eu posso ir atrás dele com a ajuda da Sophia. Precisamos tentar dividir ao máximo nossos grupos agora e nos manter em contato sempre. Os vilões parecem prontos para nos impedirem de todas as maneiras que consigamos encontrar uma saída para tudo isso. — falo começando a andar de um lado para o outro na tentativa de descarregar minha frustração.
Cada vez mais que penso em como deter tudo isso, mais impossível parece.
— Lexi Riddle é a pessoa por trás disso — a voz de Clarissa Wayne reverbera pelo prédio. Ela adentra como um furacão com seu irmão, Charlie ao lado e Bruce e Selina atrás.
— UAU! Os Wayne reunidos! — Tony se antecipa para cumprimentá-los.
— Vocês não estavam em Gotham?
— Mudamos de ideia na metade do caminho — Charlie explica com um suspiro. — Minha querida irmã resolveu falar sobre a Lexi apenas no meio da viagem.
— Quem é Lexi Riddle afinal de contas?
— Uma garota treinada por uma bruxa que adquiriu poderes da Morte e agora está ressuscitando e matando quem bem entender — Clarissa está furiosa. — Eu ia dizer quando fosse mais propício, mas minha vida está interligada ao grupo.
Arregalo os olhos, perplexo.
— Qual seria o momento mais propício para você falar isso? — questiono bruscamente.
Clarissa desvia o olhar.
— Eu não quis atrapalhar as batalhas.
— Muito obrigado por deixar todos sem saberem disso — dou-lhe as costas, massageando a testa. Muitas informações de uma vez.
— Lexi está com Dylan — Clary diz com frieza. — Eu preciso encontrá-lo. Mas deve ter alguma maldita armadilha em Gotham. Ela não me diria claramente onde tenho que ir...
— Por isso achei estranha sua história do Dylan ter ido para a Torre da Liga da Justiça — bufei, incomodado por esse segredo.
— Vamos manter a calma — o Gavião Arqueiro interfere, nos encarando com firmeza. — Se é uma bruxa temos que chamar quem realmente entende disso.
— E o resto de nós? — questiona Pietro, cruzando os braços.
— Os Destruidores tem que ficar juntos agora — falo bruscamente. — Vou mandar o pessoal vir para cá. Seja como for da maneira mais rápida possível. Se Lexi é a vilã nós temos que lidar com ela.
O Capitão América meneia a cabeça positivamente. A Feiticeira Escarlate vira-se.
— Eu posso tentar ajudar — Ela se coloca de pé. — Sou uma bruxa, esqueceram?
— É fácil esquecer de você — Clarissa solta com um sorrisinho sarcástico.
Wanda revira os olhos para a Wayne.
— Eu vou acionar alguns amigos em Gotham — Bruce diz. — Selina, preciso que investigue os arredores da cidade com Charlie. Quero ter certeza que não existe uma armadilha. Não podemos perder tempo.
— Claro, maridinho — Selina ironiza, dando-nos as costas e seguindo com Charlie até a porta.
— Vou falar com o Homem-Aranha para tomar conta do leste da cidade. — falo, começando a digitar no celular rapidamente.
— Tony, acho melhor irmos para Washington cuidar da Casa Branca e transferir quem estiver lá para outros pontos — Rogers diz e Tony concorda. — Mercúrio e Feiticeira Escarlate cuidam do centro da cidade e das nossas idas e vindas. Gavião Arqueiro e Viúva Negra seguem para o Texas.
— Adoro uma batalha na areia — ironiza Natasha.
— Califórnia fica com Thor — determina o Rogers.
O deus meneia a cabeça positivamente.
— O Quarteto Fantástico pode ir para a Flórida. Podemos querer despachar bombas para lá e vai ser útil um grupo pronto para proteção desse lugar — sugiro, e Steve concorda.
— Certo. Os Destruidores cuidam da Lexi e encontram o Hulk.
— Vamos fazer milagres — Clarissa garante, ainda exibindo sua raiva.
— Eu vou criar um portal para facilitar a ida de vocês — a Feiticeira Escarlate diz realizando um floreio de mãos.
Clarissa se aproxima de mim enquanto os grupos separam-se para seus determinados destinos.
— Talvez eu lhe devesse um pedido de desculpas. Você é o líder — Ela olha para o horizonte através da janela da torre. — Mas eu não peço desculpas.
Meneio a cabeça positivamente.
— Não esperava que você fosse pedir isso.
Ela suspira.
— Isso está virando uma loucura.
Um sinal reverbera por toda a cidade, seguida da risada do Coringa. O que tivemos até agora foi apenas um prelúdio do que ainda está por vir.
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