POV. MATHIAS

Depois que tudo se acalmou, bom, não totalmente, mas ok... resolvi vim aqui, em uma sorveteria que tem aqui perto do hotel, chego, sento em uma mesa vazia, pego o cardápio, e fico procurando o que vou querer até que a garçonete chega

Garçonete – olá já escolheu senhor? – me pergunta a garçonete

Eu – é, ah... acho que vou querer um milk-shake de chocolate – digo e ela anota em um bloco de notas

Garçonete – só um momento que eu já vou trazer o seu pedido senhor – diz ela saindo

Ela sai, e fico pensando em tudo que está acontecendo, e meu pensamento voa por um instante, até que chega uma pessoa, e senta na cadeira a minha frente.

XX – oi – diz a pessoa me olhando, me fazendo a olhar também

Eu – Oi – digo confuso olhando pra pessoa, que era uma mulher, muito bonita por sinal

XX – não tá lembrando de mim Mat? – pergunta a mulher ainda me olhando, ela sabe meu nome?

Eu – deveria – mando na lata

XX – assim você até me magoa – diz ela fazendo uma cara de ofendida

Eu – desculpe-me mas e que realmente eu não me lembro – digo, e quando ela ia responder a garçonete chega com o meu pedido

Garçonete – com licença aqui o seu pedido – diz ela me entregando o milk-shake – e a senhora vai querer algo – diz ela se referindo a mulher

XX – hum deixa eu ver – diz a mulher pegando o cardápio e olhando um pouco – já sei – diz a mulher – vou querer uma bola de sorvete de coco e outra de leite condensado – disse a mulher

Garçonete – claro, só um momento que eu já trago – diz a garçonete se retirando novamente

XX – bom onde estávamos – pergunta a mulher me olhando

Eu – na parte que eu não me lembrava de você – digo a olhando, tinha a leve impressão que eu a conhecia realmente, aquele semblante não me era estranho, mas não sei de onde

XX – a claro, bom quem sabe se quando eu disser meu nome você não se lembre né – disse ela

Eu – vamos tentar né – digo esboçando um sorriso no lábios

XX – bo... – ela ia dizer mas novamente somos interrompidos pela garçonete

Garçonete – com licença novamente , aqui esta seu pedido disse entregando o sorvete em uma taça para a mulher

XX – obrigada - diz a mesma

Garçonete – de nada, qualquer coisa e só chamar – diz a garçonete se retirando

XX – bom como eu dizia meu nome e tam, tam, tam, tam rsrs – diz ela fazendo gracinha – sou eu seu bobo, Débora - quando ela diz o nome quase me engasgo com o milk-shake, o que essa vadia quer comigo agora

Eu – eu não acredito que você ainda tem coragem de olhar na minha cara depois de tudo – eu digo com raiva e ela apenas abaixou o olhar

Débora – bom, eu imaginei que sua reação fosse essa, ou pior – diz ela, e colocou um pouco do sorvete na boca e depois pôs a taça na mesa – bom, foi por isso que quando te avistei sentado aqui, eu vim, por que eu queria te pedir desculpas – diz ela dando uma pausa – eu era uma invejosa, que não aguentava ver a felicidade dos outros, e por isso fiz o que fiz, mas eu mudei – diz ela me olhando aparentemente sincera, mas eu não acreditava, não depois de tudo que ela já tinha me feito

Mathias – a é que pena que eu não acredite – digo frio a encarando

Débora – e tem algo que eu possa fazer que possa mudar sua opinião? – me pergunta ela, mas será possível que ela tenha mudado mesmo, vamos ver agora

Eu – esclareça tudo então – digo e ela me olhou com um olhar que eu não consegui definir

Debora – esclarecer tudo o que? Aquilo? – me perguntou ela

Eu – isso – digo

Debora – não tudo menos isso – disse ela desviando o olhar do meu

Eu – sabia que você não tinha mudado, e sabe de uma coisa, nunca mais fala comigo, e se eu tiver passando na rua e você também, desvia, passa pro outro lado, e finge que nem me viu, tá? – digo me levantando, pegando a carteira do meu bolso, pegando o dinheiro do milk-shake, e pondo em cima da mesa – aqui o dinheiro do milk-shake, e passar muito mal, disse e sai

Debora – Matias – me chamou ela, mas fingi que nem ouvi, e sai de lá

POV. MOSCA

Estava no meu quarto só, escutando música até que decido sair, afinal ficar aqui só e chato, levanto, tomo um banho, coloco uma roupa, e saio do quarto em direção ao elevador, mas pera ai, pra onde eu vou? hum deixa eu ver, será que tem algum cinema aqui por perto? Bom eu desço, e pergunto pro porteiro do hotel , e continuo indo em direção ao elevador, e chamo, e entro, quando a porta ia se fechar, escuto...

XX – segura pra mim – diz uma voz que eu conheço, e seguro a porta – obrigada – diz Mili entrando mexendo na bolsa, e nem olhando pra mim, e a porta do elevador se fecha – 1º andar por favor – diz ela ainda mexendo na bolsa, sem olhar pra mim, aperto o que ela disse, afinal e pra lá que eu vou também, vô dar um susto nela haha

Eu – oi Milli – digo, ela levanta a cabeça rapidamente me olhando

Mili – Mosca? – diz ela me olhando com uma cara não muito boa

Eu – eu mesmo – digo isso e ela corre ate os botões do elevador

Mili – eu quero sair, abre, abre – diz ela apertando os botões do elevador, até que de repente as luzes começam a piscar, e do nada desliga de uma vez, e o elevador para.

Eu – tá vendo o que você fez – digo me referindo a ela ter apertado os botões tudo

Mili – não fui eu que fiz isso seu idiota, isso deve ter sido uma queda de energia argh que raiva, agora vou ter que ficar presa aqui com você – disse ela revirando os olhos

Eu – ata, e por que você acha que eu vou gostar né? – digo também revirando o olhos, bom e claro que eu ia gostar, afinal quem sabe agora a gente não bota tudo em pratos limpos

Mili – aff – die ela deslizando na parede do elevador e se sentando no chão, e ficamos um tempão assim ate que ela – por que em? – perguntou me ela num tom suave, o que me assustou um pouco

Eu – por que o que? endoidou foi? – digo um pouco rude, mas me arrependi no mesmo momento

Mili – nada não, só estava pensando alto idiota, e precisa falar assim – diz ela fria agora

Eu – desculpe-me e que achei que você queria discutir – digo normal agora, e o silencio voltou a reinar até que

Mili – por que você não acreditou em mim em? você disse que me amava – diz ela me encarando sem expressão, e tenho que dizer que aquilo me surpreendeu, o jeito como ela falou, e ela falando sobre isso, mas e agora o que eu respondo

Eu – se ponha no meu lugar – digo tentando me defender

Mili – não se ponha você no meu lugar, como você acha que eu fiquei em? – pergunta ela, e eu não repondo – em? – insistiu ela

Eu – mal – digo abaixando a cabeça

Mili – é você acertou – diz ela com um olhar triste

Mosca – sabe, desculpa, mas como eu disse se ponha no meu lugar, duas veze Mili – digo tentando me defender mesmo sabendo que ela estava certa, e quando disse isso, ela se levantou e ia dizer algo, mais quando ela ia falar o elevador voltou a funcionar de uma vez, e ela se desequilibrou, e caiu no meu colo, e ai começou a guerra de olhares... até que ela balança a cabeça, e se levanta e diz

Mili – como eu estava dizendo, foi a sua mãe, e você teve certeza disso no dia que ela te contou né? sabe, eu achava que você mim amava – deu uma parada – mas não, pois quem ama confia, e você não confiou, e não adianta me pedir desculpa, por que não vai apagar o que aconteceu, assim como se você jogar um copo no chão, e pedir desculpa ele não vai se reconstituir – diz ela, e quando ela termina, a porta se abre e ela sai, e eu fico lá sentado ainda, e pensando, sabe tudo eu ela disse estava certo, eu sou um idiota mesmo, penso, e bato na minha testa, a porta do elevador ia fechar, mas eu me levanto, e saio antes