Destinos traçados
Capítulo 15
POV. MATHIAS
Depois que tudo se acalmou, bom, não totalmente, mas ok... resolvi vim aqui, em uma sorveteria que tem aqui perto do hotel, chego, sento em uma mesa vazia, pego o cardápio, e fico procurando o que vou querer até que a garçonete chega
Garçonete – olá já escolheu senhor? – me pergunta a garçonete
Eu – é, ah... acho que vou querer um milk-shake de chocolate – digo e ela anota em um bloco de notas
Garçonete – só um momento que eu já vou trazer o seu pedido senhor – diz ela saindo
Ela sai, e fico pensando em tudo que está acontecendo, e meu pensamento voa por um instante, até que chega uma pessoa, e senta na cadeira a minha frente.
XX – oi – diz a pessoa me olhando, me fazendo a olhar também
Eu – Oi – digo confuso olhando pra pessoa, que era uma mulher, muito bonita por sinal
XX – não tá lembrando de mim Mat? – pergunta a mulher ainda me olhando, ela sabe meu nome?
Eu – deveria – mando na lata
XX – assim você até me magoa – diz ela fazendo uma cara de ofendida
Eu – desculpe-me mas e que realmente eu não me lembro – digo, e quando ela ia responder a garçonete chega com o meu pedido
Garçonete – com licença aqui o seu pedido – diz ela me entregando o milk-shake – e a senhora vai querer algo – diz ela se referindo a mulher
XX – hum deixa eu ver – diz a mulher pegando o cardápio e olhando um pouco – já sei – diz a mulher – vou querer uma bola de sorvete de coco e outra de leite condensado – disse a mulher
Garçonete – claro, só um momento que eu já trago – diz a garçonete se retirando novamente
XX – bom onde estávamos – pergunta a mulher me olhando
Eu – na parte que eu não me lembrava de você – digo a olhando, tinha a leve impressão que eu a conhecia realmente, aquele semblante não me era estranho, mas não sei de onde
XX – a claro, bom quem sabe se quando eu disser meu nome você não se lembre né – disse ela
Eu – vamos tentar né – digo esboçando um sorriso no lábios
XX – bo... – ela ia dizer mas novamente somos interrompidos pela garçonete
Garçonete – com licença novamente , aqui esta seu pedido disse entregando o sorvete em uma taça para a mulher
XX – obrigada - diz a mesma
Garçonete – de nada, qualquer coisa e só chamar – diz a garçonete se retirando
XX – bom como eu dizia meu nome e tam, tam, tam, tam rsrs – diz ela fazendo gracinha – sou eu seu bobo, Débora - quando ela diz o nome quase me engasgo com o milk-shake, o que essa vadia quer comigo agora
Eu – eu não acredito que você ainda tem coragem de olhar na minha cara depois de tudo – eu digo com raiva e ela apenas abaixou o olhar
Débora – bom, eu imaginei que sua reação fosse essa, ou pior – diz ela, e colocou um pouco do sorvete na boca e depois pôs a taça na mesa – bom, foi por isso que quando te avistei sentado aqui, eu vim, por que eu queria te pedir desculpas – diz ela dando uma pausa – eu era uma invejosa, que não aguentava ver a felicidade dos outros, e por isso fiz o que fiz, mas eu mudei – diz ela me olhando aparentemente sincera, mas eu não acreditava, não depois de tudo que ela já tinha me feito
Mathias – a é que pena que eu não acredite – digo frio a encarando
Débora – e tem algo que eu possa fazer que possa mudar sua opinião? – me pergunta ela, mas será possível que ela tenha mudado mesmo, vamos ver agora
Eu – esclareça tudo então – digo e ela me olhou com um olhar que eu não consegui definir
Debora – esclarecer tudo o que? Aquilo? – me perguntou ela
Eu – isso – digo
Debora – não tudo menos isso – disse ela desviando o olhar do meu
Eu – sabia que você não tinha mudado, e sabe de uma coisa, nunca mais fala comigo, e se eu tiver passando na rua e você também, desvia, passa pro outro lado, e finge que nem me viu, tá? – digo me levantando, pegando a carteira do meu bolso, pegando o dinheiro do milk-shake, e pondo em cima da mesa – aqui o dinheiro do milk-shake, e passar muito mal, disse e sai
Debora – Matias – me chamou ela, mas fingi que nem ouvi, e sai de lá
POV. MOSCA
Estava no meu quarto só, escutando música até que decido sair, afinal ficar aqui só e chato, levanto, tomo um banho, coloco uma roupa, e saio do quarto em direção ao elevador, mas pera ai, pra onde eu vou? hum deixa eu ver, será que tem algum cinema aqui por perto? Bom eu desço, e pergunto pro porteiro do hotel , e continuo indo em direção ao elevador, e chamo, e entro, quando a porta ia se fechar, escuto...
XX – segura pra mim – diz uma voz que eu conheço, e seguro a porta – obrigada – diz Mili entrando mexendo na bolsa, e nem olhando pra mim, e a porta do elevador se fecha – 1º andar por favor – diz ela ainda mexendo na bolsa, sem olhar pra mim, aperto o que ela disse, afinal e pra lá que eu vou também, vô dar um susto nela haha
Eu – oi Milli – digo, ela levanta a cabeça rapidamente me olhando
Mili – Mosca? – diz ela me olhando com uma cara não muito boa
Eu – eu mesmo – digo isso e ela corre ate os botões do elevador
Mili – eu quero sair, abre, abre – diz ela apertando os botões do elevador, até que de repente as luzes começam a piscar, e do nada desliga de uma vez, e o elevador para.
Eu – tá vendo o que você fez – digo me referindo a ela ter apertado os botões tudo
Mili – não fui eu que fiz isso seu idiota, isso deve ter sido uma queda de energia argh que raiva, agora vou ter que ficar presa aqui com você – disse ela revirando os olhos
Eu – ata, e por que você acha que eu vou gostar né? – digo também revirando o olhos, bom e claro que eu ia gostar, afinal quem sabe agora a gente não bota tudo em pratos limpos
Mili – aff – die ela deslizando na parede do elevador e se sentando no chão, e ficamos um tempão assim ate que ela – por que em? – perguntou me ela num tom suave, o que me assustou um pouco
Eu – por que o que? endoidou foi? – digo um pouco rude, mas me arrependi no mesmo momento
Mili – nada não, só estava pensando alto idiota, e precisa falar assim – diz ela fria agora
Eu – desculpe-me e que achei que você queria discutir – digo normal agora, e o silencio voltou a reinar até que
Mili – por que você não acreditou em mim em? você disse que me amava – diz ela me encarando sem expressão, e tenho que dizer que aquilo me surpreendeu, o jeito como ela falou, e ela falando sobre isso, mas e agora o que eu respondo
Eu – se ponha no meu lugar – digo tentando me defender
Mili – não se ponha você no meu lugar, como você acha que eu fiquei em? – pergunta ela, e eu não repondo – em? – insistiu ela
Eu – mal – digo abaixando a cabeça
Mili – é você acertou – diz ela com um olhar triste
Mosca – sabe, desculpa, mas como eu disse se ponha no meu lugar, duas veze Mili – digo tentando me defender mesmo sabendo que ela estava certa, e quando disse isso, ela se levantou e ia dizer algo, mais quando ela ia falar o elevador voltou a funcionar de uma vez, e ela se desequilibrou, e caiu no meu colo, e ai começou a guerra de olhares... até que ela balança a cabeça, e se levanta e diz
Mili – como eu estava dizendo, foi a sua mãe, e você teve certeza disso no dia que ela te contou né? sabe, eu achava que você mim amava – deu uma parada – mas não, pois quem ama confia, e você não confiou, e não adianta me pedir desculpa, por que não vai apagar o que aconteceu, assim como se você jogar um copo no chão, e pedir desculpa ele não vai se reconstituir – diz ela, e quando ela termina, a porta se abre e ela sai, e eu fico lá sentado ainda, e pensando, sabe tudo eu ela disse estava certo, eu sou um idiota mesmo, penso, e bato na minha testa, a porta do elevador ia fechar, mas eu me levanto, e saio antes
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