Olhei ao meu redor e não encontrei algo que me ajudasse, então segurei a Emma e sai caminhando. No meio do nada, encontrei uma casinha estranha, era branca, tinha um formato estranho e várias luzes piscando. Quando me aproximei, tinha pessoas comendo (não sei exatamente o que era). Vi que, quando se retiravam, davam umas folhas verdes... Estranho.. Parece ser o ouro deles.. Mas, como vou me alimentar sem isso? Será que estou enganada? Notei o vestuário de algumas pessoas, Minha nossa... Que roupas são essas? Parece uma roupa íntima na qual que eu não ousaria usar em público. De repente, alguém abriu a porta e me olhou pela janela. Acho que deveia falar algo...


–Bom dia senhor. - falei nervosa


Já vi olhares assim... De pessoas sem bondade nem humildade, olhos tão negros que refletiam seu interior,sem ter aquele brilho no coração que ilumina e aquece, sua aparência era fria e repleta de rancor e egoísmo.


–O que está fazendo aqui? Minha lanchonete não é lugar para mendigos! - Disse ele irritado.


Como ele ousa? Usar uma palavra tão inapropriada para necessitados? Mas antes que eu pudesse falar qualquer coisa ele bateu a porta com força.


Comecei a andar por um caminho de terra que dividia a floresta sem ao menos ter ideia para onde eu estava indo. Enquanto tentava fazer a Emma dormir, fiquei pensando como as pessoas daquele lugar eram horríveis. Tão amargas... e temi pelo o que viria nesse tempo que passaria naquele mundo estranho.Estava perdida em meus pensamentos, quando uma luz forte veio ao meu rosto, tentei fugir mas, a "coisa brilhante" bateu em mim com tanta força que eu apaguei.


Quando voltei a mim, estava deitada no que parecia ser uma cama, num lugar claro, e com várias camas iguais a minha, porém eu estava sozinha. Foi aí que eu me toquei... como assim eu estava só? Onde estava a minha filha? Foi aí que eu tentei me levantar mas tinha algo prendendo meu braço, então comecei a gritar:


–Emma!, Emma!


Até que uma mulher de aparência gentil e vestes brancas apareceu e tentou me acalmar. Então eu perguntei:


–Onde está minha filha? O que aconteceu com ela? Ela está bem?


–Sim moça. Sua filha está bem. Ela está sendo cuidada em outro quarto, especial para bebês.


–Onde eu estou? O que aconteceu? -Perguntei.


–Você está em um hospital em Nova York. Na noite anterior você foi atingida por um carro,mas não aconteceu nada de grave com você ou sua filha. -Respondeu a gentil mulher.


–Posso ver minha filha? - pedi.


– Vou ver se consigo trazê-la, mas continue aí, Você passou por muita coisa,tente descansar.


Balancei a cabeça positivamente e me deitei. Quando a mulher saiu comecei a pensar em um jeito de sair dali, Como assim descansar? Eu precisava sai dali com a minha filha, não poderia confiar naquelas pessoas. Tentei levantar mas meu corpo estava muito dolorido, eu estava muito machucada, tanto que nem conseguia me mecher direito. Então achei melhor esperar a moça trazer minha filha, assim eu poderia sair daquele lugar já com ela. Foi então que adormeci.


Sonhei com o momento que estava entrando no armário e James me entregava o colar, mas algum barulho me fez despertar rapidamente. A enfermeira havia chegado com a Emma. fiquei tão feliz por sentir minha filha em meus braços novamente.


– Sua filha se recuperou rapidamente, pelo fato de ser menos atingida pelo carro, mas você deve ficar internada por alguns dias, pois o impacto que você sofreu foi muito forte. Disse a mulher.


Balancei a cabeça positivamente e fiquei olhando para Emma esperando ela sair. quando ela bateu a porta, fiz esforço para levantar, mesmo com o corpo dolorido, coloquei minha filha deitada na cama e tentei tirar aquela coisa do meu braço, foi aí que meu braço começou a sangrar e eu me desesperei. então peguei um pedaço de algodão que ficava na mesinha ao lado da cama e pressionei para estancar o sangue. Quando consegui ficar de pé, e comecei a sentir muita dor, pensei que talvez a enfermeira tivesse razão. Mas eu precisava sair dali, não podia confiar em ningué,, então segurei a Emma em meus braços e olhei pela janelinha que ficava no lado da minha cama. Por sorte não era muito alta, e eu consegui pular com Emma sem nenhum esforço. E segui caminho para longe dali.