Destilla

Capítulo 1 - A Ellenium que nunca voltará


Argon era um local frio, uma terra onde duas maiores raças de Anões Cinzentos e Draconatos dominavam, eles não se misturavam pois o que sustentava a convivência dessas raças era um armistício selado pelo Imperador dos Draconatas e o Ex – General dos Anões.

Até onde me lembro Ellenium (terra dos draconatos) tinha uma áurea pacifica e nobre, belas paisagens nevadas e pequenas áreas com vegetação esverdeadas. Lembro-me de estar admirada na sala com pequenos truques de luz que minha mãe fazia, e logo em seguida escutamos batidas fortes na porta, meu pai foi abrir bufando algumas palavras, e como num piscar de olhos senti os braços da minha mãe me carregar enquanto um grito rouco saia de minha garganta e tudo que eu pude ver foi meu pai cedendo ao chão e um sorriso maléfico vindo de um ser cinzento. Enquanto minha mãe corria pelas ruas eu podia ver bolas de fogo caindo do céu enquanto as ruas estavam lavadas de sangue, minha raça mostrava sua outra face, de seres nobres à animais sanguinários, a cidade estava um caos casas queimadas, estalagens quebradas. Fechei os olhos e só pude escutar os gritos de desespero e frases de ódio vindo de ambas as partes, foi então que o som foi se distanciando até que ficou mínimo, eu estava com minha mãe em uma caverna não tão longe da cidade e com lagrima nos olhos ela repetia sem parar que ficaria tudo bem, alguns minutos se passaram até escutarmos passos, minha mãe colocou o dedo por cima de sua boca fazendo um sinal de silencio, então tampei minha boca com as duas mãos.

Minha mãe em uma ação de preparo se virou - se para entrada da caverna, quando apareceram 3 Anões Cinzentos, e em um movimento de reação eu vi os olhos da minha mãe arregalarem e então uma muralha de fogo surgiu carbonizando instantaneamente os três seres que ali estavam. Comparado aos truques de luz e pequenos objetos que ela sempre me mostrava aquilo parecia a coisa mais incrível que eu já tinha visto, me senti segura de novo, senti que ela era invencível, quando então ouvi uma voz alta vindo do outro lado da muralha.

— Parece que temos um usuário de magia por aqui rapazes, foi assim que sua raça matou crianças inocentes?

— Eu não sei do que estão falando – minha mãe respondeu no mesmo tom – Nós jamais quebraríamos o armistício.

— Então fale isso para as almas das crianças que morreram pelas mãos de um draconato imundo igual a você! Sua raça pagará!

Foi quando um anão com armadura completa reluzente passou pela muralha e disse: - Hoje sua raça será punida por todo o pecado que cometeu, na história...

E então com um avanço rápido ele sacou sua espada e tentou corta-la na barriga, mas uma barreira incolor até então, reluziu em uma cor azul, repelindo o ataque do anão, então minha mãe estende o dedo para o anão e um raio frio o acerta. Eu olho para muralha e dois anões com armaduras inferiores haviam ultrapassado então eu disse: - Mamãe !! Eles passaram !! – Uma falha que me culpo até os dias de hoje – Então temos uma mãe protegendo sua cria aqui? – Diz o anão sacudindo a cabeça para recobrar sua consciência do raio que acabara de tomar.

— Não ouse encostar suas mãos sujas nela... – os olhos da minha mãe refletiam puro ódio nunca havia visto ela desse jeito.

— Você vai sentir a dor que os familiares daquelas crianças sentiram!! – Falavam os outros dois enquanto corriam em minha direção, então eu fechei os olhos e me encolhi abraçando as minhas pernas, escutei o aço batendo em algo maciço, o escudo que protegia minha mãe agora me protegia.

Então olhei para minha mãe que com um sorriso me disse suas últimas palavras “Os Deuses te protegerão...” e as duas espadas empalaram minha mãe do estomago até o topo do tórax e então eu li os lábios do anão que com os olhos fixos para minha mãe sussurrava “O preço de matar a minha raça foi caro, mas ver a sua definhar compensa”.

E então espadas estavam apontadas para mim, quando um dos anões foi desferir um golpe, o anão de armadura reluzente segurou o punho do outro.

— General... – Olhou inconformado o anão

— Acalme-se soldado, ela será mais útil viva. – Disse o atual General dos Anões Cinzentos

O Soldado então balança a cabeça positivamente e recebo um golpe com o lado cego da espada e apago.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.