(Des)florescer

Ato XVII - Bater as botas


Mesmo cobrindo os olhos ainda viu de relance o peitoral desnudo do anjo. Murmurou uma invectiva.

― Tente me tocar em qualquer lugar. Qualquer lugar mesmo. ― Ele abriu os braços. ― Vai ver que sou diferente.

― Estou vendo que além de ser insistente, é um pervertido.

― Assim você fere meus sentimentos ― Aproximou-se de Kanya com um sorriso astuto. Agarrou sua mão e levou-a ao próprio peito. ― Consegue sentir, certo?

Kanya imediatamente desferiu um tapa na cara do anjo.

O surpreendente não foi o ato lascivo do ser divino, mas sim o fato de conseguir tocá-lo.

Não era como os outros fantasmas.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.