As pinceladas eram precisas, porém agressivas. Os tons de vermelho e preto dominavam a pintura, enquanto o garoto continuava a trabalhar. Louis tinha muita coisa dentro de si, uma mistura caótica de pensamentos, dúvidas, inseguranças e medos. Um caldeirão que fervilhava em seu âmago e parecia sempre a um passo de explodir. Não era algo que alguém perceberia olhando apenas para o seu exterior de garoto bonito e silencioso. Não era bom em se expressar com palavras, em usá-las para expressar emoções. Então, pegava todo e qualquer sentimento ominoso e o jogava em telas em branco, o transformando em arte.