《 Capítulo quarenta e sete 》

— Você nunca vai perder seu lugar! - Ângelo falou rindo e o abraçou também. - Vamos aprender a se dividir! - a risada foi solta entre eles.

Victória pediu à empregada que trouxesse champanhe para eles e ficaram ali comemorando e dividindo aquela tarde juntos.

(...)

O GRANDE DIA...

Victória era a mulher mais feliz do mundo, quase não conseguiu dormi a noite e as sete da manhã já estava saindo de casa para o seu dia de noiva, Julia estava a seu lado assim como Hannah e Matheus que ela não largava por nada e nem ninguém. Ela sem duvida era a mulher mais feliz do mundo e ao meio dia quando parou para almoçar ao lado de sua mãezinha que já estava com seus cabelos pronto as duas sorriram em cumplicidade.

— Você viu a matéria que saiu no jornal? - começou aquele assunto.

Victória sorriu deixando o copo sobre a mesa.

— A que dizia: "será que a grande Victória Sandoval se casa hoje mesmo?"

— As pessoas não têm mesmo o que fazer! - sorriu.

— Mamãe, as pessoas vivem de mídia e sei que marquei a data do meu casamento com Osvaldo por duas e não aconteceu. Depois de um ano aqui estou pronta pra me casar novamente e os curiosos de plantão estão prontos para movimentar a mídia se esse casamento não acontecer!

— O que não vai acontecer porque desde o primeiro momento em que o vi dançando com você: Eu sabia que era o homem certo!

Ela sorriu lindamente para sua mãe e segurou em sua mão.

— De um desejo oculto para o resto de minha vida!

Victória tinha tanto orgulho de ter encontrado o homem certo para sua vida mesmo que tivessem começado aquela historia toda em cima de seu relacionamento fracassado com Osvaldo, mas não se arrependia já que tinha o homem mais maravilhoso e que seria seu para o resto de seus dias. Elas conversaram enquanto terminavam o almoço e voltaram para se arrumar e cuidar dos pequenos que pediram atenção por alguns minutos e elas deram sorrindo já que a cerimônia seria as três da tarde e elas tinham ainda bastante tempo. Heriberto não muito longe dali também tinha muitos sentimentos e a felicidade era tanta que ele ligava para a sogra a todo o momento para saber como o filho estava e ter certeza que ela não iria desistir: Como se isso fosse possível. Julia sorria e o acalmava e em uma das chamadas ouviu a voz de seu amor que o acalmou e ele se declarou mais uma vez o quanto a amava.

A Igreja já tinha muitos convidados e a imprensa em peso para aquele grande evento, Heriberto foi clicado de muitos ângulos quando chegou, agradeceu aos cumprimentos e adentrou a igreja para esperar o seu amor que não demorou a chegar, ela foi abençoada por sua mãe que desceu do carro junto as crianças e caminhou até seu amor que estava lindo a espera de sua menina, um singelo beijo foi trocado por eles e ela deixou a filha com ele que entraria com o cesto de flores. Tudo foi se acomodando e assim que todos estavam dentro da igreja a marcha nupcial se iniciou fazendo dois corações se alterarem gradativamente e as portas se abriram fazendo que os olhos se encontrassem assim como os sorrisos de amor.

Os olhos de Heriberto se encheram de lágrimas com um sorriso maravilhoso que quase não cabia em seu rosto tamanha a felicidade de ter ali caminhando a seu encontro a mulher que preencheria seus dias pela eternidade. Victória não tinha seus sentimentos diferentes dos dele e sorria com os olhos cheios de lágrimas e ao tocar a mão de seu amor e receber um beijo em sua testa ela se deixou transbordar e ele sorriu igual fazendo com que um limpasse as lágrimas do outro e se posicionaram de mãos dadas diante do padre que sorriu abençoando aquele casamento.

Cada palavra proferida pelo padre era sentida por eles que se olhavam sempre com um sorriso no rosto até que o fruto daquele amor chorou forte por querer o colo do pai e Heriberto o pegou nos braços deixando aquele momento ainda mais especial para eles que trocaram um singelo beijo quando por fim o padre os consagrou casados. Victória com toda certeza era a mulher mais feliz do mundo quando recebeu a chuva de arroz na saída da igreja e olhou para seu esposo o segurando pelos braços enquanto era amparada pela cintura e eles se olharam intensidade.

— Eu te amo tanto!

— Meu amor, obrigada por aceitar ser a minha esposa para o resto da vida! - queria sumir com ela dali e aproveitar aquele momento sozinhos.

— Eu é que agradeço por ter feito a diferença em minha vida e por ser esse homem maravilhoso sempre! - sorriu lindamente.

— Eu te amo!

Um beijo foi trocado entre eles que foram aplaudidos pelos convidados os fazendo sorrir se abraçando forte.

(...)

DOIS ANOS DEPOIS...

Victória saiu de dentro do banheiro e olhou para o filho adormecido sobre a cama e respirou fundo indo até ele e sentou na ponta da cama segurando sua pequena mãozinha, era o amor de sua vida e ela sentiu os olhos se encherem de lágrimas com as lembranças da noite em que ele nasceu. Heriberto entrou no quarto com um lindo sorriso no rosto e em suas mãos tinha duas sacolas e ao vê-la chorar deixou tudo ali mesmo na porta e foi a ela abaixando em sua frente e ela o olhou nos olhos.

— O que foi meu amor?

— Eu não quero que aconteça de novo... - soluçou mostrando a mão para ele.

Heriberto olhou para a mão dela em que segurava um teste de gravidez e ele pegou de imediato olhando para o resultado e seus olhos se encheram de lágrimas com um enorme sorriso crescendo em seu rosto, ele levantou e a puxou para ele abraçando seu corpo e ela chorou mais agarrada ao corpo de seu amor e ele a amparou entendendo o medo dela.

— Meu amor, uma gravidez é diferente da outra! - a soltou e limpou suas lágrimas. - Você é saudável e o que aconteceu na primeira gravidez não vai acontecer de novo!

— Mas eu estou com medo, você sabia que eu não queria mais filhos! - suspirou abaixando o olhar.

Ela sempre desejou ter três filhos, mas depois da gestação de Matheus e o parto prematuro ela tinha decidido que não teria mais filhos mesmo sem consultar ao marido, estava se cuidando e não entendia como tinha acontecido depois de tanto tempo. Heriberto respirou fundo porque já tinha percebido a resistência dela em engravidar novamente e quando iniciou o anticoncepcional entendeu perfeitamente que para terem mais um filho estava bem distante, mas ele estava feliz que tinha acontecido e mesmo ela estando ali nervosa e dizendo aquelas coisas não estava chateado porque um filho era sempre uma benção e não queria que Matheus crescesse como filho único assim como ele e ela tinha crescido, queria pelo menos mais um filho para que ele tivesse com quem dividir suas coisas e em pouco tempo teriam mais um bebê em casa.

— Você está me fazendo o homem mais feliz do mundo me dando mais um filho e independente de seus medos e inseguranças. - a fez olhar em seus olhos. - Eu estou aqui para você e para a nossa família!

Victória se agarrou nele e ele beijou seu ombro e olhou o filho se virar na cama agarrando sua pelúcia e sorriu sabendo que dentro de alguns meses teria mais um pra dividir a cama e ele a olhou nos olhos beijando seus lábios a tirando do chão e ela teve que rir com o jeito dele.

— Vamos comemorar muito! - falou rindo e ela se soltou dele arrumando a roupa.

— Amor, antes temos um grande evento! - se aproximou da janela vendo a cidade toda iluminada e no todo de um prédio o grande nome "Las Vegas". - Depois iremos comemorar como se deve.

Heriberto se aproximou dela e a abraçou por trás cheirando seu pescoço.

— Então vamos que preciso ver a minha mulher em ação! - sorriu acariciando a barriga dela. - Já solicitei uma babá para nosso menino e ela já esta subindo! - no que ele terminou de falar dois toques foi ouvido e ele se afastou dela indo para a porta e a abriu depois de pegar as sacolas.

Victória deu as instruções para quando ele despertasse e não se assustasse com sua presença e que ela voltaria o mais rápido possível, a mulher confirmou tudo com a cabeça e saiu dada de mão com seu amor que lhe entregou uma caixa de chocolates que tinha comprado para ela e ela sorriu o beijando muito. O caminho até uma boate foi curto e ao chegar eles entraram por trás e puderam ouvir a musica tocar, caminharam de mãos dadas e observaram o lugar vazio e com uma única pessoa sentada na platéia com os olhos fixos na dançarina sobre o palco e se percebia o quando estava gostando do que via.

Eles sentaram e foram servidos discretamente para que não fossem visto e apreciaram o show da dançarina que tinha uma linda coreografia encantando Victória que apenas bebericou de sua taça de champanhe e Heriberto degustou arduamente comemorando o filho que sua linda esposa esperava. Começou a imaginar se seria mais um menino alegre como o que já tinham em casa ou seria uma linda menina com o temperamento de Victória e com sua bondade, sorriu lindamente e em meio as suas imaginações de pai babão o show terminou e como ela já sabia o que tinha que fazer, Victória caminhou e subiu no palco sentando na cadeira que ali tinha e de frente para Osvaldo ela sorriu com seu cruzar de pernas.

Ele de imediato ficou de pé olhando para os lados mais percebeu que não tinha saída ali para ele e ele encarou Victória que tinha um lindo sorriso no rosto.

— Gostou do show?

Estela parou ao lado dela e sorriram em cumplicidade.

— Que jogo sujo é esse? Estela? - falou indignado.

Ela respirava ofegantemente pela dança mais disse:

— Xeque-mate! - piscou. - Eu vou me trocar Victória e como pediu está tudo pronto.

— Obrigada! - sorriu novamente para ela e olhou para Osvaldo. - Sente-se!

— Eu não vou me sentar porcaria nenhuma!

— Ooh querido, não quer conversar? - debochou.

— Maldita! Vagabunda! - gritou nervoso e foi o suficiente pra receber um soco no meio da cara que fez com que seu nariz sangrasse de imediato.

Heriberto não pensou apenas deferiu quando ouviu xingar sua esposa, não permitiria jamais que ele dissesse aquelas coisas, eles se olharam e Osvaldo sabia perfeitamente que se começasse uma briga de soco sairia muito machucado, pensando assim olhou para Victória.

— Veio atrás de seu dinheiro? - cuspiu sangue. - Sinto em te dizer que já não tem mais! - riu como se tivesse vitória sobre ela e por ter gastado tudo.

— Eu sei que não tem mais e te deixei achando que estava gozando dele todo esse tempo, mas na verdade estava fazendo um grande investimento pra mim no ultimo ano e te agradeço porque dobrou o que me roubou!

— Sua... - ele iria xingar novamente mais olhou pra Heriberto que estava perto pra mais um soco. - Agora que tem seu dinheiro o que quer?

— Só olhar usa cara pela ultima vez! - riu largamente dele. - Obrigada também por me dar mais ela lua de mel! - riu e dois oficiais da policia se aproximaram dele. - Adeus!

Osvaldo foi levado dali enquanto xingava todos os desaforos e Estela voltou e a olhou, Victória ficou de pé e entregou um cartão a ela.

— Eu sei que foi mais longo do que pensávamos mais ele pensou um pouco e eu demorei a conseguir encontrá-lo, mas você já sabe de tudo isso!

— Eu sei, também sei que teve a ajuda do meu... Afonso! - fez bico. - Mas no final deu tudo certo e ai na sua mão está o cartão de sua conta com o dinheiro e mais um bônus!

— Obrigada pela confiança! - as duas se abraçaram e Estela se despediu deixando somente os dois.

Victória olhou para seu amor assim que ficaram a sós e ele sorriu se aproximando do palco.

— E agora podemos ir? - estava orgulhoso dela e ela negou com a cabeça. - Victória, o que está pensando.

Ela abriu um sorriso lindo.

— Um desejo oculto! - piscou para ele mordendo os lábios.

As luzes do palco mudaram e uma musica se iniciou com ela se posicionando no meio do palco e ele sentou cruzando os braços sem perder nenhum movimento dela e agradecendo a Deus por ter li dado uma mulher tão maravilhosa. Victória se moveu sensualmente naquele palco fazendo os olhos de seu homem brilhar em puro desejo e o vestido que ela tinha no corpo foi arremessado em seu colo a deixando apenas numa lingerie preta tão perfeita quanto o que tinha debaixo dela e Heriberto não se aguentou ali sentado e pulou naquele palco a agarrando ela gargalhou.

— Meu amor, eu não terminei! - não se aguentava de rir.

— Esse lugar tem câmeras! - as mãos deslizavam sem controle pelo corpo dela.

— Meu amor, eu pensei em tudo e está tudo desligado com duas seguranças na porta da sala de controle para que ninguém entre e nos veja assim como nas portas de entrada e saída! - acariciou o corpo dele. - Você ainda se lembra da nossa primeira dança num palco?

Ele gargalhou e a beijou na boca.

— vai me fazer dançar novamente?

— Sim! - falou rindo e se afastou dando a mão para ele.

Heriberto segurou a mão dela e num ritmo totalmente desgovernado eles tentavam dança juntos e a risada tomou conta do lugar sabendo que depois de dois anos ele não iria se lembrar dos passos e ele a puxou novamente para seus braços a fazendo abraçá-lo com as pernas pela cintura e eles se olharam ofegantes.

— Um dia me perguntou qual era o meu desejo! - tocou seu rosto e deu-lhe um selinho. - Meu maior desejo oculto é você!

Heriberto deu um lindo sorriso e a beijou na boca segurando em seus cabelos e ela gemeu tentando arrancar sua camisa e ele a encostou na parede a ajudando a tirar sua camisa e suas peles se encontraram fazendo com que se tremessem por completo e como da primeira vez em que se amaram, ele a levou para o camarim depois de pedir a direção. Era um dia mais que especial para os dois amantes de um desejo oculto e insaciável, Heriberto a tomou como o homem que era e ela se entregou com um lindo sorriso no rosto se recordando a primeira vez que esteve em seus braços e o amou um pouco mais como sempre fazia a cada dia que abria seus olhos e o encontrava a seu lado assim como o filho e agora teriam mais um presente daquele amor.

FIM! FIM! FIM!