Descendants 2

Evil Dosen’t Celebrate Christmas


Para de paranoia, aproveite seu primeiro natal longe da sua mãe, se divirta e pegue o Max, porque como você disse, podemos desaparecer hoje.

— Harry Hook

...

— Eu tenho que ir mesmo? — Mal reclamou. Evie revirou os olhos e apenas estendeu o vestido para a amiga. — Evie, isso é rosa!

— Não me olhe desse jeito, você não disse nada sobre cor — Evie colocou as mãos na cintura. — Se não vai vesti-lo, então não desça. Porque eu sei que você iria colocar uma calça.

— Mas é Natal! Natal não precisamos colocar vestidos chiques, comprar o presente mais caro que existe e sustentar um sorriso falso que todo mundo sabe que é — a loira disse. — Esse era o único feriado que podíamos ir para o galpão e ficar lá olhando os pequenos flocos de neve cair sem ter que se preocupar com nada. É esse o significado do Natal para mim.

— Eu entendo seu ponto, mas não estamos em casa — Evie tocou o ombro da amiga. — Não podemos seguir nossas tradições.

— Meu namorado vai entender muito bem nossa situação. Ele mesmo disse que era para nos sentirmos em casa.

— Mal, é um baile beneficente natalino, não podemos largar tudo e ir, principalmente você.

— Não estou falando ir à Ilha, estou falando de não usar um vestido e fingir que eu estou feliz recebendo presentes caros. — Mal jogou-se na cama chateada.

— Ninguém vai dar presentes a ninguém — a amiga tentou.

— Evie, não é a nossa tradição, e sim a deles. Eu não me encaixo nisso — Mal resmungou encarando a amiga. — Você pode ir, se quiser, mas este Natal, não vou vestir um vestido rosa e sustentar um sorriso falso.

...

— Princesa Rose, a senhorita tem uma visita — uma das empregadas apareceu no quarto da garota e avisou. A morena assentiu e terminou de passar a maquiagem, indo atender sua vista.

— Quem é?

— Um rapaz, acho que é da sua sala, senhorita. — A empregada disse acompanhando Rose até a sala.

A garota alisou o vestido enquanto entrava na sala, mas parou quando viu Gil de costas conversando com seu pai. Rose começou a andar para trás, mas seu pai já havia a visto. José se aproximou da filha com um sorriso.

— Por que não me disse que ele era seu acompanhante? Ele é ótimo!

— Porque nem eu sabia que ele iria ser meu acompanhante... — Rose murmurou para si mesma. Gil ficou parado, meio tenso, na frente da garota e de seu pai.

José ficou conversando um pouco com os três, mas depois sumiu pela casa quando uma empregada chegou avisando que Rapunzel iria demorar mais um pouco. Rose levou Gil até um dos sofás em frente a árvore de Natal cheia de presentes. Os dois se sentaram, com uma boa distância.

— Você está linda — o garoto sorriu, fazendo Rose abrir um sorriso também. Ela percebeu que Gil estava com uma caixinha, apenas quando ele a ergueu e entregou para ela.

— Falei que não precisava... — a garota resmungou continuando a sorrir e pegou o embrulho.

— É feio recusar presente — Gil disse. Rose abriu o pequeno embrulho e tirou de lá de dentro um colar em formato de um sol cheio de brilhozinhos. A morena sorriu e abraçou o meio loiro. — Acho que você gostou.

— É lindo Gil! — Rose comentou colocando-o no mesmo instante. — Como estou?

— Perfeita... — ele sussurrou fazendo Rose corar. A garota se levantou do sofá e pegou um embrulho de tamanho médio da árvore, entregando para Gil. — Parece que você também não aceitou eu não querer um presente.

— Abre logo, é feio recusar — Rose sorriu.

Gil abriu o presente e viu sua camisa de Torneio, só que tinha um detalhe: ela estava toda autografada pelos jogadores que Gil gostava.

— Você não gostou? Sabia que era melhor te dar outra coisa, mas eu não sabia o que e essa foi a minha melhor ideia e... — Gil riu do desespero de Rose, mas deu um beijo na testa da garota.

— Pare com isso, eu gostei. E muito — ela sorriu.

...

Isabelle observava o castelo encher aos poucos. Percebia que a noite seria um desastre cheia de sorrisos falsos e presentes dados por obrigação. Kaya havia sumido da festa, Uma deixada no quarto porque precisava entender mais sobre o Baralho Mágico e o Cetro – apesar de Izzy não deixa-la ficar com seu cetro para analisa-lo –, Gil iria vir com Rose. Harry era o único que estava ao lado de Isabelle.

— O que foi? — Harry perguntou entregando um ponche para a amiga.

— Nada. Só que a noite perfeita para nós derrubarmos você sabe o que, não vai rolar. — A ruiva bufou pegando o ponche e tomando todo de uma vez.

— Relaxe, Kaya tem uma carta na manga — Harry sorriu fazendo Izzy revirar os olhos.

— Nós precisamos estar juntos, porque se der certo, vamos todos juntos e finalmente desaparecemos — a ruiva sussurrou.

— Para de paranoia, aproveite seu primeiro natal longe da sua mãe, se divirta e pegue o Max, porque como você disse, podemos desaparecer hoje — Harry sorriu entregando mais um ponche para a amiga.

Isabelle tomou, mais uma vez, o ponche todo e saiu em busca de Max. Poderia se arrepender depois? Sim. Ela estava ligando? Naquele momento, não.

Rodou o salão e pode observar que seus garotos estavam com as garotas complicadas que não assumiam o namoro. E eles estavam felizes. Não podia deixar seus amigos terem o coração partido, ou o coração das garotas se partirem, era horrível aquela sensação. Talvez só desejasse aquilo a uma única pessoa: Ally Kingsleigh.

Seus pensamentos foroam deixados de lado quando viu a silhueta de Max entrar em seu campo de visão. Isabelle apressou seus pés para o encontro com ele.

— Estava te procurando — os dois disseram juntos e ambos riram.

— Bem, me acompanha então? — Max disse erguendo o braço. Isabelle sorriu e aceitou.

— A coisa mais interessante que me apareceu hoje!

Os dois caminharam pelo salão até pararem em uma sacada. A vista era linda, porém, estava frio. Max se prontificou em tirar o paletó e dá-lo para a garota. Ficaram conversando até que os fogos de artifício iluminaram o céu.

— Feliz Natal — ele disse abraçando Izzy. A garota não reclamou, havia se entregue para o menino naquela noite. Queria aproveitar o primeiro e único Natal longe de casa.

— Feliz Natal — ela murmurou virando seu rosto para perto do Max. Eles iriam se beijar, ambos sabiam disso e fez com que aparecesse borboletas no estomago de Isabelle. Fazia um bom tempo que as borboletas não surgiam.

Os lábios estavam quase se encontrando quando algo fora do castelo chamou a atenção de Isabelle, que virou o rosto fazendo com que Max desse um beijo na sua bochecha.

A ruiva apertou os olhos e viu que o vulto nos jardins do castelo, era Mal. Então ali estava a namorada do rei. A loira corria para fora do castelo, e Izzy tinha a impressão que aquilo iria acabar mal.

— Mil desculpas, é complicado, mas eu preciso ir. — Isabelle disse correndo para dentro do castelo — Juro que te recompenso depois, Max! Dou minha palavra.

O garoto apenas riu consigo mesmo passando as mãos pelos fios embaraçados de seu cabelo.

— Você é mais louca que eu, Isabelle Carmim de Copas — ele sussurrou com um sorriso bobo em seus lábios.

...

Se não fosse pelos saltos, Isabelle teria conseguido chegar mais rápido em Mal. Mas os sapatos atrasaram-na um pouco.

— O que você está fazendo? — A ruiva perguntou recuperando o folego. — Deveria estar lá dentro do lado do seu namorado.

— Estou fazendo minha tradição de natal. — Mal resmungou e continuou andando.

— Que implica em? — Isabelle viu que a garota possuía chaves de um carro em uma de suas mãos e a na outra, o livro de feitiços. — Vai voltar para a Ilha?

— Não, vou é até minha mãe.

— Pode tirar a garota da Ilha, mas nunca a Ilha da garota — Isabelle disse revirando os olhos e continuou a segui-la.

— Ah, estou te liberando do nosso trato, pode voltar para a festa, eu consigo isso — Mal comentou entrando no carro e Izzy foi atrás.

— Mas eu não. Vou com você. — Izzy se ajeitou no banco do passageiro e colocou o sinto de segurança. — Você indo sozinha é uma missão suicida.

Mal não respondeu, apenas colocou o sinto e deu a partida no carro.

...

O castelo estava iluminado e havia várias pessoas dançando como se tudo estivesse às mil maravilhas. Só que Ben não estava confortável, queria que a festa acabasse para ficar no quarto cuidando de Mal, estava preocupado com a namorada.

Ariana, como uma das melhores amigas do rei, foi até ele tentar anima-lo.

— É nobre de sua parte, Ari, mas obrigado, estou bem.

— Mas sua cabeça está em outro lugar, estou certa? E acho que é onde a Mal está.

O rei balançou a cabeça se apoiando na parede. A ruiva foi para o lado de seu rei, apoiando a cabeça em seu ombro.

— Tente aproveitar, a festa é boa, seus amigos estão aqui, não existe ameaças fora do reino e tudo está bem. — A garota disse abrindo um pequeno sorriso. — Mas se seu coração está mandado você ir lá para cima para ficar com a Mal, vai logo, porque não quero te arrastar lá para cima. Até que o Harry iria me ajudar nisso, mas você me entendeu.

— Falando nele, como vai seu namoro?

— Não mude o assunto, Benjamin! — Ariana riu dando uma leve cotovelada no amigo.

— Certo, eu vou lá para cima, mas quero te pedir uma coisa. — Ariana assentiu esperando que ele terminasse de falar. — Conte logo para sua irmã, Harry não merece ficar sendo um segredo para sua família.

— Eu já estou planejando isso.

Os dois se separaram. Ariana puxou Harry para perto dos pais e Ben subiu para o quarto de Mal. O rei foi paciente em esperar a namorada abrir a porta, mas quando não obteve resposta, forçou a porta para abri-la.

Assim que entrou no quarto, percebeu que não havia ninguém lá. Mandou alguns guardas para procura-la.

Estava descendo para perguntar a Evie o que diabos tinha acontecido de verdade com a namorada quando uma luz verde misturada com roxo inundou o céu de Auradon. Aquilo não era bom.