Desarranjado
Aquele dom (in)grato...
— Dom ingrato, o seu… – Arcaent levantou os olhos, encarado-a, sentada na mesa, enquanto ele enfaixava sua perna, após cuidar da mão ferida. – Curandeiros não podem se curar.
Elyn sentia-se grata, seu dom evitara a tragédia que ela própria provocara. Mas sequer pensou em responder, acometida pela momentânea toleima.
— Você está bem?
— Minha cabeça… – respondeu, apenas. A dor forte começara logo após acordar, desconcentrando-se da conversa pela exaustão sobrenatural.
Ele compreendeu.
— Você testou suas forças, é desagradável… Evitaremos isso daqui para a frente.
Afastou-se subitamente, sério. Elyn estranhou, percebendo indistinguíveis sons distantes. Compreendeu, receosa, a falsa segurança. Ainda não havia acabado.
Acesse este conteúdo em outro dispositivo
Fale com o autor