A luz dentro da caixa era miríade, pequena e diminuta em meio a escuridão reconfortante. A fresta era um pouco maior dessa vez, e o feixe de luz era tão grosso que iluminava muito o espaço. Era como se o raio de Sol iluminasse uma tela em branco com um único cavalete presente, o corpo do homem.

Esse borrão de luz, era tão forte e potente, que pintava padrões robustos e entalhava manchas de cor nas paredes ásperas da caixa. De forma que quando o sol movia-se ao longo do dia, parecia-se um carrossel animado. Era uma visão belíssima, mas muito constante, o suficiente para irritar a esperança do homem preso e fazê-lo fechar os olhos. Lembrando-o que as luzes da cidade e da tecnologia poderia irritá-lo e serem opressivas como um dia já o foram.

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Nos momentos em que o canhão de luz alcançava o seu pico, um brilho avermelhado inundava as pupilas irritadiças do homem, banhando o rosto de Ethan em uma carícia calorosa. Era um lembrete gentil de que, apesar da claridão, havia medo lá fora.

Mas à medida que a lua surgia, a luz desaparecia lentamente, deixando o homem mais uma vez na escuridão. Ele podia sentir sua ausência como um alívio na alma, uma lembrança de anos de meditação.

No entanto, mesmo na escuridão, uma centelha de esperança continuava a arder dentro dele, alimentada pela lembrança da luz fugaz que o visitava todos os dias. Era essa pequena luz, fraca e vacilante como era, que o mantinha vivo e lhe dava forças para continuar lutando, mesmo nos momentos mais sombrios de sua prisão.

Distraidamente como um afago. – A acomodação dentro da caixa não era muito confortável para todos os viajantes. Você vai descobrir que o homem é um cara muito nobre e gentil, e a noite, ele estava seguro e aquecido ali. – E permaneceu ali algum tempo, olhando para uma pena – Cavalo, cão e falcão. Os observou muito bem durante muitos anos, depois de observar as ondas do mar. Bem, o que fazer com o homem dentro da caixa está fora do meu alcance. Sabia que ele não estava me observando. Observei-o por cima da extremidade da lataria de metal enquanto ele tirava a mão debaixo da cabeça e saía batendo na caixa.

Ele lembra-se da primeira noite, do balançar das ondas, da dor da escuridão. Do pavor da luz... E do amor pelo escuro. Parecia uma caçada interminável por uma saída. Cujo cheiro quente do sol o impelia a seguir com esperança, mesmo que agora em meio a urtigas e pedregulhos. Lembrou-se dos dias úmidos do final das ondas quando deixou a praia. Tinha a liberdade de observar o que desejasse, mas sempre dentro da caixa. As vezes havia um pé ou outro em serviço da paisagem, enfiando-se na areia, sobre a água, ou sovando a areia como pão, até mesmo abrindo um buraco nos grão marrons ondulantes. Na maior parte das vezes não havia ninguém, e ele se servia da vista no qual o haviam deixado. Homens iam e vinham, comendo, bebendo e olhando-o, com aquela curiosidade especulativa que ele acabou por aceitar como normal. Eram homens todos parecidos, vestindo grosseiras sungas ou bermudas de um tecido ou malha esportiva, de corpos robustos e de movimentos fáceis.

À medida que a luz voltava, ela poetizava pelas paredes como o desabrochar de uma vela. Criava padrões retangulares e sóbrios, como as réguas bem reguladas de um bom arquiteto em um convés negro. Era um espetáculo silencioso e misterioso, um jogo de luz e sombra que despertava a imaginação e alimentava a esperança do homem confinado.

A luz era uma faixa de brilho intenso, delimitadas por linhas retas e bem definidas. A luz retangular dessa vez irrompeu da lateral maior da caixa, lançando um brilho intenso sobre o material maciço. As bordas nítidas da luz limitam e condensam à área iluminada, enquanto o restante do campo de visão permanece na penumbra do mistério. Como se o corpo ja não se bronzeasse mais.

Mas neste momento uma luz retangular emana de uma porta entreaberta, lançando o brilho, agora que jaz tênue na parede externa de ladrilhos de metal gasto. O silêncio no corredor é intorrimpido pelo zunido da lâmpada e pelo barulho da porta entreaberta se abrindo. Criando uma sensação de suspense no ar.

Os raios da lâmpada filtra-se pelos ladrilhos, criando padrões intrincados de luz. Entre as sombras profundas e recônditos da caixa pequenas clareiras são iluminadas pelo brilho e o homem, Ethan, nada mais o nota. A luz já não é mais dourada, criando um contraste dramático com a memória anterior. Nesse jogo de luz e sombra a porta assume uma áurea mística. Onde segredos parecem fazê-lo questionar-se: Por que ele podia ir para qualquer lugar, mas não podia sair da caixa?

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A luz era uma constante nesses dias, dispensando-se até mesmo da presença do sol. O homem era alimentado e penteado, consistia normalmente, com os calcanhares colados junto ao corpo. Mas essas memórias são desfocadas, e os detalhes, tais como o lavar ou mudar de roupas, provavelmente se desvaneceram devido a luz.

Porém a luz corta uma névoa espessa, criando um espetáculo brilhoso nas frestas sinuosas. As sombras dançam ao ritmo do galgar dos dedos, transformando as unhas em prédios antigos - que logo foram cortadas - e suas silhuetas fantasmagóricas deixaram de existir. A luz difusa era forte e já não mais se revelava em dias de apenas mistério, sem mais curiosos para desvendar seus segredos sombrios.

O Sol nascente irrompe do horizonte e a porta desaparece, pintando a caixa e o céu de cor-de-rosa enquanto banha o rosto de Ethan. Em sua cara nefasta a luz penetra lentamente, criando um jogo de sombra e reflexo em seus olhos que agora eram azuis, revelando a beleza marinha em sua íris de jóias preciosas. Sob o brilho intenso de refletores, um palco, com a caixa ganha vida; iluminando Ethan em sua melhor perfomance: Corpo parado. Na escuridão da noite a lua cheia emerge por de trás da nuvem, lançando um brilho prateado ao corpo adormecido, transformando a caixa em um cenário de sonhos e encantamentos.

A caixa, em uma cidade movimentada, as luzes neon das ruas e letreiro piscam e reluzem, uma paisagem elétrica e contagiante que parece pulsar ao ritmo da vida. A Luz cegante inundou a paisagem, banhando o homem e o seu a redor em uma luminosidade ofuscante que custava para Ethan abrir os olhos. Os contornos das montanhas já não podiam mais ser reparados, suas silhuetas eram escuras, com um vórtex vermelho que parecia engolir a natureza circundante das colinas verdejantes. Mas agora escarlates. A medida que a luz cegante persistia muitos, como você leitor, poderiam sentir os olhos arderem e lacrimejarem, incapazes de suportar a intensidade avassaladora. A beleza era inegável, mas brutal.

O seu brilho era avermelhado, lustroso e comprido de tal forma que dava uma comichão pelas roupas e olhos, igual quando compartilha-se um cobertor velho a noite. Ethan, agora, tinha os olhos castanhos como o minério de carvão, o nariz da cor de ovos cozidos, o interior da boca e a língua sarapintados de rosa e negro. Quando não estava olhando a luz, lutava com os próprios olhos, dentro da caixa. Assim foi seu mundo, por sabe-se sei lá quanto tempo, estivera ali. Creio que não muito, pois não me lembro de o tempo mudar. Com exceção das rajadas de vento e de neve e gelo que parcialmente derretiam.

Um feixe de luz laser corta o ar com precisão, mas não corta a caixa. Criando padrões hipnóticos de brilho e sombras nas paredes agora brancas da caixa. A luz parecia quase palpável de tanto galgar a parede. Reflete-se nas paredes metálicas e ocorre a refração. Os reflexos são cintilantes e em movimento. Os vitrais cortados pelo laser transformou a luz do Sol em um mosaico de cores vivas que dançam pela caixa, agora de pedra, desgastada. Convidando a todos a apreciarem a beleza divina do momento.

A Luz da lua ilumina suavemente o mundo abaixo. As sombras das árvores dançam ao sabor do íon de fóton. E na escuridão sufocante da caixa, a luz trêmula e espectral irrompe de uma fonte sombria. Projetando sombras distorcidas que dançam nas paredes descascadas de branco. Cada batida e a luz se aproxima. Uma lâmpada oscilante pendurada em um fio solto, lançando brilho sob os pés empeirados. A luz parece ter vida própria como se buscasse mandar um sinal além da compreensão humana. Um arrepio de medo percorre à aqueles que observam a luz, uma sensação de que não se deve perturbar aquele local se for um visitante indesejado. A luz tão fraca e inconstante revela uma fração do horror, será que há algo horrível à espreita? A lenta e silênciosa luz trêmula faz com que a sensação de inquietação se intensifique, como se algo o observasse silenciosamente nas frestas da caixa. A luz parece não fornecer conforto. Os raios eram vacilantes e o silêncio era opressivo, como uma fraca e vacilante chama na escuridão.

A escuridão envolvia o homem preso na caixa como um manto sombrio, sufocando-o em seu abraço gelado e impiedoso. Era uma escuridão palpável, densa como a fumaça negra que se ergue dos incêndios mais sombrios, um véu que ocultava todos os vestígios de luz e esperança.