Depois do ultimo show

Capitulo III : O primeiro não encontro


Pov's Olivia.

– peehh! - meu senhor a campainha! Era ele!

Eu não acredito que disse aquilo na frente de todos! Eu só estava sendo gentil em convida-lo para jantar! Eu não.... eu não raciocinava direito com ele por perto!

Tomara que ele não tenha pensado que eu era oferecida e nem nada do tipo. A quem eu quero enganar? Eu estava louca para velo outra vez!

– peehhh!

– já estou indo!- Olhei me no espelho, cabelo bom, maquiagem básica e vestido florido preferido! Tudo estava em ordem. Abri a porta . E lá estava ele com um sorriso no rosto e o cabelo bagunçado de sempre e sua mochila no ombro direito. Usava uma camisa xadrez azul, e estava muito cheiroso o que fez minhas pernas estremecerem.

– oi! Entra ..

– olá! Obrigada.

Silêncio constrangedor. Até que ele pareceu se lembrar de algo : estava com uma sacola na mão.

– eu não sabia seu sabor favorito então comprei um de cada.

Abri o pacote: eram cupcakes decorados! Eram lindos! Corei ao ver o presente. Não sei o por quê, eram apenas doces para a sobremesa não?

– obrigada! Eu não tenho um preferido! Foi ótimo que tenha trazido eu não tive tempo de fazer sobremesa! Viu você gosta de bolo de carne? Eu nem perguntei Né? E se você não gostar? Bem, se você não gostar, nós pedimos uma pizza ou sei lá. Nossa que chato você vem jantar e eu peço uma p...

– Olivia, eu amo bolo de carne! Não se preocupe.- Ele me cortou. Céus! Eu havia destrambelhado a falar! Que vergonha!

– jura? Se você quiser nós pedimos pizza.

– a sua proposta é tentadora por que eu realmente amo pizza, mas hoje vou ficar com o bolo de carne da sua avó.

– então melhor pedirmos pizza. Quem cozinha aqui em casa sou eu, baby!

– não brinca? Agora mesmo que eu quero comer esse bolo de carne!

– ei! Eu sou uma cozinheira de mão cheia !

– pior para você! Se eu gostar vou voltar sempre!- Disse piscando. Meu mundo girou! Além de dizer aquilo tinha que piscar? Que raiva que me dá dessas coisas!

– vamos começar?

– claro, sua avó não está?

– ela está deitada, acordou meio indisposta hoje.

–ah intendo, bem ... Depois a comprimento, não quero acorda lá. Aonde vamos trabalhar?

– Pode ser no jardim mesmo? assim fico perto da cozinha para ver jantar.

Fomos para a porta dos fundos, já estava escurecendo e o crepúsculo estava fascinante, suspirei ao ver aquilo. As cores pareciam se misturar numa pintura perfeita. Sentamos numa mesinha que havia ali, ficamos um tempo sem dizer nada. Só olhando o sol descer entre os prédios.

– você tem algum ideia? Questionei.

– eu tenho algumas, não é nada sólido na verdade. Uns solos de teclado, e algumas batidas só.

– e a letra? Tem alguma ideia?

– pensei só no rap na verdade. Eu já tinha alguma coisa anotada. Deixa eu pegar .

Ele começou a mexer na bolsa tirando alguns papéis meio amassados. Me entregou e eu comecei a ler.

" é meu irmão,

No fim das coisas heróis caem

Olha nossa condição!

Acabados, destruídos, que viajem!

Fim da linha

não passamos de um grande vilão.

É sangue seco na roupa

É gente gritado revolução

Que revolução é essa que mata?

Que revolução é essa que fere?

Não passamos de um grande vilão. "

– e ai oque achou?

– meio mórbido a parte do sangue não é?

– se você não gostou não tem problema. A gente faz outra. Eu seu que a última parte nem rima mas achei que seria produtivo ir para esse lado.

– espera! Eu amei. O rap poder ser no meio de uma batida forte. Tipo ban , ban ban,paaaan, daí a guitarra entra , num tiuriun riun rum. " vilões da nossa própria história! Vilões da nossa própria história baby!"

Ele riu da minha performance, me fazendo rir também. Eu ficava ridícula imitando uma guitarra. Mas dava para entender.

– vou pegar minha guitarra já volto...

Duas horas depois...

" eu tenho sangue nas veias, e ódio nos olhos amor!

Eu quero mais do que um show

Eu quero vida! Eu quero diferença! Eu quero igualdade!

Eu quero mais ! Eu quero menos!

Vamos viver como vilões

Ou morrer como heróis"

"meu heróis não morrerão de overdose

Meus heróis estão nas ruas

Meus herói lutarao pelo pão de cada dia."

" só existem dois caminhos no fim"

" vamos viver como vilões ou morrer como heróis! "

Haviam saído várias idéias afinal, Wen era uma pessoa muito centrada e trazia isso para as músicas, eu amava quando ele começava com seus discursos políticos.

Algumas das suas colocações me faziam rir. Como:

" se todo presidente fosse verde e assexuado" não haveria desculpas, e nem puxação de saco. "Claro e nenhum deles ia precisar roubar, já que fariam fotossíntese!"

Acabamos rindo muito disso.

O jantar ficou pronto próximo as sete e meia.

Salada de ervilhas e ricota, purê de batatas e o tal bolo de carne.

– vovó, o jantar está pronto . disse entrando no quarto dela. Ela assitia a um filme antigo e ria.

– não querida, jantem vocês dois. Disse piscando . Aí meu Deus! Aquilo era um plano dela para nos deixar sozinhos?

– não vovó, a senhora precisa comer!

– traga um prato para mim aqui, sim?

– por favor vovó! Já vai ser constrangedor de mais, se a senhora for, imagina eu sozinha na mesa com ele?

Fiz aquela carinha que todo neto ama fazer. Depois de um tempo ela respondeu.

– tudo bem, eu já desço, vá arrumando a mesa sim?

– Claro! Obrigadaaaa! Beijei- lhe as bochechas.

Arrumei tudo, Wen ainda estava lá fora ainda concentrado em algo no computador. Da onde eu estava podia ver suas costas largas, suspirei novamente. (Ok, não tão largas assim).Corei com meus próprios pensamentos.

Aproximei me devagar, queria ver o que prendia tanto a atenção dele. Mas não calculei corretamente o espaço e parei muito próximo a ele. O que eu fazia agora? Ele já havia notado minha presença. E estava imóvel. O que eu faço? Céus! Oque eu faço?

Ok, pensa ... Uma piada?

Eu havia esquecido completamente por que estava ali! Lembrei! Jantar!

– Preparado para ser envenenado? Droga! Droga! Droga! Minha voz saiu ... Sensual! Não era isso! Era para ser uma piada! Agora foda se, já era!

Senti ele estremecer , mesmo sem toca lo. Seus olhos fecharam, e sua respiração parou por alguns segundos.

Tratei de sentar ao lado dele antes que algo saísse ainda mais errado.

– o que está fazendo?

– eu?- Perguntou assustado. -Nada só olhando nossas páginas no face. Você já viu o seu fanclube?

– já! Tem umas coisas absurdas aí, mas o seu é mais engraçado. " seu salsichão delícia! "

Não aguentei e gargalhei alto, aquele apelido era no mínimo broxante.

– você também leu aquilo? É vergonhoso.

– ser assediado é vergonhoso?

– é! Essas meninas só estão falando isso por que eu estou famosinho. Elas nem ligam para minha aparência.

– ou talvez por que você seja realmente bonito.

Pera! Eu disse isso alto? Aí merda, pelo sorriso dele falei! Bochechas ardendo em três, dois, um.

Depois de um tempo em silêncio, a barriga dele roncou, eu não consegui rir por que estava muito envergonhada, mas consegui dizer " hora do jantar"!

E corri para dentro.

Ele veio calmamente andando atrás de mim.

Foquei minhas forças em tirar a carne do forno sem me queimar. Quando finalmente consegui por-la na mesa Wen já estava sentado e vovó já se aproximava.

– Olivia querida, por que está tão vermelha?

Por que os velhos sempre fazem perguntas inapropriadas? Gostam de nos ver envergonhados? Ótimo agora estava mais vermelha ainda!

– eu vermelha? Que estranho! Deve ser o vapor quente do forno. Menti. Ervilhas?

Não tive coragem de olhar para nenhum deles. Os servi, depois a mim e concentrei em olhar meu prato.

– Olivia! -Chamou Wen rápido.

– pois não.

– isso está magnífico!- Disse lambendo os lábios. Até comendo esse cara fica sexy?

– o..bri ..gada!

– então Wen, como vai a escola? -Sério vovó? Não tinha uma pergunta menos clichê?

– vai bem na verdade, minhas notas vão bem, só as detenção que as vezes me atrapalha um pouco.

– você também ! Aquela bode velho não cansou de perseguir vocês?

– você pegou mais uma detenção Olie?

– sim, estava indo para a aula de filosofia e esqueci o caderno, corri para pegar e acabei derrubando chá em uma professora. Disse abaixando a cabeça.

Ele riu, "quando foi isso"?

– Hoje de manhã. A sorte é que a professora da detenção era a Jenny então acabei só tocando umas quatro músicas junto com Stella que como sempre estava la e ela nos liberou.

– eu tive sorte de ele não me pegar. Cheguei atrasado. Ainda bem que a bibliotecária é boazinha e deixou eu ficar lá fazendo trabalho.

– só com você ! Aquela mulher me odeia!

– ela era meio ranzinza comigo também, mas a uns dois anos eu convertei a gaita do filho dela e ela começou a me tratar bem depois disso.

– você toca gaita ?- Minha avó perguntou.

– toco desde os cinco anos, aprendi a tocar antes de escrever. Meu avô tocava para mim todos os dias , foi ele que me ensinou.

– meu avô também tocava, ele sentava na varanda e ficava horas ali, lembra vovó?

– claro que eu lembro querida! Era lindo! Qualquer dia desses você pode tocar para nos Wen? Eu sinto falta do som da velha gaita.

– claro! Será um prazer. Assim eu me recordo do meu avô também. Ele faleceu a dois anos.

Disse ele triste. Vovó também estava. Acho que não devia ter lembrado do meu avô. Ela sentia muita falta dele.

Acabamos de jantar , trocando alguns comentários apenas. Wen realmente havia gostado, havia repetido duas vezes o bolo de carne!

– hora do doce! - Disse feliz! Eu amava doces! Doces me animavam!

Todos riram da minha infantilidade. Nada me animava mais do que saber que havia doce na geladeira.

Corri para cozinha , levando a louça do jantar.

Peguei os pratinhos, garfinhos e a linda caixa de cupcakes!

– bem eu vou me retirar, agradeço pelos cupcakes Wen, mas infelizmente deixarei para próxima, minha diabetes está muito alta.

Vovó se retirou , nos deixando a sós. Espera! Nos deixando a sós?

– então qual você vai querer?

Ele negou com a cabeça e riu.

– eu trouxe para vocês Olie.

– não senhor, você vai comer um também! Tem vários aqui! Não vou comer tudo sozinha!

Quer me ver mais gorda do que já estou?- disse segurando um cupcake de amora.

– você não é gorda , senhorita! Mas está bem, eu como! Menos o de amora por que sou alérgico.

– está bem , pegue esse de castanha.

Ele pegou o seu e eu acabei pegando o de amora. Coloquei-o no pratinho e fiquei admirando o.

– Olie não vai comer? Ele estava todo sujo de glacê marrom.

– eu estou com dó, ele é tão lindo! Acabei usando biquinho e ele riu.

–mas se não o comer vai estragar. E apodrecer, oque seria uma pena.

– você está certo. Dei o primeiro bocado! Aquilo estava divino!

– uhum resmungava delirando.- isso é maravilhoso!

– eu sei. Disse feliz. É o melhor na minha opinião.

– você não disse agora que era alérgico a amora?

– culpado! Não sou. - Fez uma careta engraçada.

– e o que que tinha eu te dar ele?

– você não ia cole-lo!

Ele havia mentido para eu comer o doce no lugar dele? Que fofo. E ainda apor cima estava corado e sujo de glacê! Mas que droga assim fica difícil não se apaixonar. Era a cena mais fofa que eu já havia presenciado.

– muito gentil de sua parte. Mas não precisava.

– é só um doce, não foi nada de mais. Não se ache muito!

–Wen você está todos sujo de glacê! Disse rindo.

– merda! Eu sempre faço isso quando vou comer esses troços!- Disse se limpando. E eu RI mais ainda. Ele fez uma cara feia passou o dedo do glacê que restava no pratinho e sujou meu nariz.

– agora quem está parecendo uma palhacinha?

Ele gargalhava alto da minha careta. Eu sei que não era muito adulto mostrar a língua mas ele também não estava sendo .

– super engraçado.

– pior que é mesmo. Retrucou ainda rindo.

Fomos lavar a louça , ele insistia em ajudar.

– deixa que eu lavo. Você seca e guarda dizia ele.

– não precisa. Deixa que eu faço.

– não teime comigo senhorita! Disse sério.

– tudo bem senhor.

Assim começamos, um prato após o outro.

– cade nossa pequena Melanie, não há vi hoje.

Nossa ? Como assim? Tudo bem que ele havia me dado a gata ...

– aquela gata nasceu antes que a preguiça! Ou está dormindo no meu quarto ou enlouquecendo minha avó. Disse rindo.

–viu terminamos rápido! Concluiu ele me entregando o último copo.

– assim até que é divertido fazer serviço. -Meu ! Oque está dando em mim? Nos dois enrubesceremos, já perdi a conta de quantas vezes isso aconteceu está noite.

Guardei as últimas coisas que faltavam. Olhei no relógio. Oito e meia. Não queria que ele fosse embora. Tive uma ideia.

– vou buscar a Melanie para você ver.

Subi as escadas aos pulos. Como adivinhei ela estava dormindo em cima da minha cama.

Ela era muito sonolenta para um filhotinho. Nem reclamou de eu pegala no colo.

Wen estava sentado no sofá . Melanie se alegrou toda ao velo. Safada!

–ela deve ser crescido uns quatro centímetros desde a última vez que a vi. Você cresceu princesa? Ta grandona! -Disse ele fazendo uma voz engraçada e a pegando no colo. Ela se animou toda, mordia os dedos dele e escalava sua camisa.- Ei amiguinha! Está me machucando- tentava tirar ela do ombro- Ela é uma gata ou um macaco afinal.

– eu juro que não sei! Ela sobe na minha cama assim acredita? Escala qualquer coisa!

Danadinha!

A gata respondeu em um miado. Nos fazendo rir.

– eu preciso ir. Disse se levando. Eu e a Melanie protestamos juntas.

– não fica! Ainda está cedo.

– são oito e quarenta Olie! Temos aula amanhã. Eu vou embora a pé.

– eu sei que você não tem o primeiro tempo. Vamos assistir um filme!

Deus o que eu estava fazendo?

– ok gato, eu fico! Só vou avisar o meu pai está bom? Ele disse referindo a minha carinha de gato de botas! Ninguém resistia a ela! Por eu sei que sou fofa.

– EBA!!! Ouviu Mel? Ele vai ficar! Imitei uma criança. Já que eu havia pedido pra ele ficar não dava para fugir dava?

Ele saiu para falar ao telefone. Peguei os DVDs.

– o que você prefere assistir?

– não sendo terror está tudo bem. Ele respondeu sem graça.

– o que você também tem medo?

– não, na verdade eu até assisto de boa, mas não é uns dos meus favoritos.

– comédia então?

– qual você tem?

– como matar me chefe, sex tape, esposa de mentirinha, vizinhos e meu passado me condena. É Brasileiro esse último.

– ah eu já vi! É legal até, mas todos eles tem besteira sua avó vai achar que eu sou um pervertido!

– esposa de Mentirinha é bem rilex, não tanta besteira.

– ok, vamos de adan sandeler então.

Melanie se acomodou no colo dele enquanto eu colocava o filme. Sentei me ao seu lado e uma corrente elétrica percorreu me.

O filme começou engraçado e rimos bastante porém conforme as piadas diminuíam e o romance aumentava, comecei a me sentir ansiosa e minhas mão começaram a suar. Resolvi dar o primeiro passo , encostei minha cabeça em seu ombro. Senti que parou de respirar. Me assustei quando ia desencostar ele se aconchegou, me fazendo encostar eu sei peito. Faíscas saíam de minha pele, e uma vontade subta de vomitar me dominou. Eu estava eufórica, em paz, um pouco dos dois talvez. Eu sentia seus batimentos estavam descompassados como os meus, seu cheiro amadeirado me entorpecia. Eu não prestei muita atenção no filme, fiquei ali, aproveitando cada sentimento.

Uma de suas mãos estava fazendo carinho em Mel que ronronava feliz, a outra, depois de algum tempo, ele repousou no meu ombro desnudo, fazendo pequenos carinhos circulares.

A mão dele era macia, e o contato com a minha pele esquentou meu corpo todo apesar de ela estar gelada. Era um contraste confortável.

Não dissemos nenhuma palavra, nem mudando de posição. O filme chegou ao fim e ninguém queria se mexer. Os créditos começaram e não teve jeito. Sai de seus braços e sorri. Eu estava mais feliz do que nunca!

Ele sorriu de volta. E coçou olho, parecia estar com sono.

– com sono?

– um pouco.

– se você quiser pode dormir aqui, tem um quarto de visitas no fim do corredor. Eu estava sendo gentil ou não queria que ele fosse? Eu nunca agi dessa forma!

– proposta tentadora, mas meu pai ficou de me buscar aqui quando acabace o musical que ele ia levar a Sidney. Daqui a pouquinho eles chegam.

– ah! Intendo. Minha voz saiu um pouco mais desanimada do que eu gostaria.

– mas você pode ir dormir se estiver cansada. Eu espero na varanda.

– imagina! Não estou tão cansada assim, que não posso fazer companhia a um amigo.

Droga! Por que eu disse isso! Ele definitivamente não era só meu amigo!

Ele apenas de um sorriso sem graça! Olivia sua anta!

– o que você achou da ideia do show na Comic Con?

–eu amei! Quer dizer fazer qualquer show é legal, mas essa feira... É tipo um...

– sonho? Perguntei!

– exatamente! Um sonho! Eu gosto de quadrinhos sabe, mas os cosplays do star wars devem ser muito massa, eu vi uma foto do mestre IODA! Era igualzinho!

– eu também não vejo a hora de ver os cosplays do senhor dos anéis! Imagina se encontramos o ator que faz o Frodo lá? Ou o Orlando Blum, aquele elfo Divo! Brinquei.

– não sabia que a senhorita era nerd a esse ponto! Quem diria Olivia apaixonada por Tolking! E por caras de orelhas pontudas.

– não só Tolking! Amo Nárnia também! Percy Jackson! Esqueceu que sou fissurada em livros?

– tem como esquecer? Você anda com eles pra cima e pra baixo!

Rimos juntos. Uma buzina soou.

– meu pai.

– eu te acompanhou até a porta.

Mel reclamou um pouco de ter que sair do colo do Wen.

– Olie comida estava sensacional! Esplêndida! - pegou minha mão- obrigada! A cada toque uma reação diferente.

– exagerado você!

Gargalhamos.

– exagerado nada! Eu te avisei se sua comida fosse boa, estaria ferrada!

– pode aparecer quando quiser!

– se eu fosse você não repetiria isso! Eu volto todos os dias!

Rimos novamente.

– seu folgado!

– boa noite palhacinha. Disse ele apertando meu nariz. Lembrando o glacê da sobremesa.

– boa noite desastrado. Respondi fazendo uma reverência.

Ele entrou no caro. Alguém sentado na frente acenou deduzi ser Sidney e acenei de volta , entrando logo em seguida. Apóie me na porta. Céus, que noite!

Adormeci revivendo cada segundo daquela noite.