O Baile - Part 2

*Robert

Começamos a dançar a valsa com os olhos fixos uns nos outros. A cada passo que dávamos no salão era como se ninguém mais existisse só eu e ela, a minha Gisele. Agora percebo que ela é a mulher da minha vida, e estou perdidamente apaixonado por ela. Isso vai contra todos os meus princípios, eu não sou do tipo impulsivo. Por isso, esperei 5 anos para pensar em pedir a Nancy em casamento, sempre fui tão pé no chão...Mas a Gisele me fez esquecer isso, eu tenho certeza do meu amor por ela, e vou ser louco sim, quero casar com ela o quanto antes.

Meus pensamentos só estavam nela durante aquela dança, foi o momento mais bonito e doce que eu já vivi. Não falávamos nada, mas nenhuma palavra poderia expressar o que estávamos sentindo, nossos olhares diziam tudo. Eu estava apaixonado por ela, e pelo que parecia ela também estava.

Em um momento da música, estávamos tão pertos que eu poderia beija-la. Na verdade, quase a beijei. Mas fomos interrompidos pela Nancy e Edward. Pela reação na cara dos dois, eles sabiam o que aquela dança havia representado.

- Posso interromper? A Nancy disse

-Sim, é claro. Respondeu a minha amada

E assim os pares foram trocados, a minha Gisele seguiu rumo as escadas com o Edward, e eu fiquei com a Nancy.

*Gisele

Segui para a saída com o Edward, estava muito triste porque tinha percebido quem eu realmente amava, Robert. Mas ele estava lá, dançando com a Nancy, eles iriam se casar assim como eu e o Edward. As vezes queria não ter vindo para esta cidade estranha, queria ter continuado em Andalasia , me casado com o Edward e não estaria sentindo essa dor.

Nesse momento que a bruxa que me jogou no poço apareceu, ela pediu desculpas por ter me trazido para este lugar. E disse que tinha uma maneira de me fazer parar de sofrer, eu esqueceria tudo o que havia acontecido, e só teria belos sonhos e finais felizes. Mas para isso ocorrer, eu teria que morder uma maçã antes de o relógio der 12 horas ( meia noite). Eu faria tudo para me livrar desse pesadelo, não viveria feliz sabendo que o homem que eu amo, estaria casado com outra pessoa. Fiz o que a senhora mandou, mordi a maçã. E depois tudo escureceu.

*Robert

Eu estava dançando com a Nancy, quando sentir algo tocar meus sapatos, me abaixei e peguei uma maçã. O que uma maçã estava fazendo ali, a final na festa não tinha a fruta. Logo depois, ouvi a Edward chamando por socorro, alguma coisa havia acontecido com Gisele.

Quando cheguei até o local onde Gisele estava, descobrir que a bruxa que havia mandado ela para Nova York era na verdade madrasta de Edward, e que ela tinha envenenado a minha amada. A minha Gisele estava pálida, como se a sua vida estivesse saindo aos poucos do seu corpo.

- O que podemos fazer? Perguntei, tentando descobrir com salvar Gisele.

-Nada poderá salvá-la! Quando o relógio chegar a meia noite, ela morrerá. Disse a mulher com um sorriso na boca.

- A não ser por..... ( Naquele momento, me lembrei de algo que a minha amada havia falado no dia quem que nos conhecemos)

- A não ser pelo o que ? ( Edward perguntou)

-Pelo beijo de amor verdadeiro, a coisa mais poderosa do mundo.

- É claro. ( Falou Edward)

Ele se dirigiu para o sofá que Gisele estava deitada, sentou na ponta do pequeno sofá e deu um beijo nela. Mas por algum motivo, não funcionou, ela não acordava. Ele tentou mais duas vezes mais nada, o desespero estava estampado em sua face. De repente, ele se levantou e olhou em minha direção falando.

- A não ser que....

- O que? Perguntei

Ele me olhou e logo vi a resposta. Ele queria que eu tentasse.

- Não, não pode ser, eu a conheço a alguns dias...

-Você não percebe... ( falou ele)

- BEIJA-LA

Ouvi um grito dizendo que era pra eu beijar Gisele saindo da boca da Nancy. Olhei de novo para ela que respondeu.

-Tudo bem

Fui para o sofá onde Gisele estava deitava, acariciei seu rosto que parecia mais pálido e frio. E sussurrei para ela “ Por favor, não me deixa” e a beijei. Aquele instante em que nossos lábios se juntaram pareceu interminável. Logo o relógio tocou sua décima segunda badalada, sinalizando que o tempo havia acabado. Olhei para ela ainda nos meus braços e percebi que ela ainda estava desmaiada, fiquei esperando pelo momento em que ela acordasse. Eu não conseguiria imaginar a minha vida sem ela.

Depois de alguns segundos e agonia, ela começou a voltar a razão. Voltou a respirar e abriu os olhos, me olhando, sabendo o que tinha acontecido. Gisele fez um carinho em minha face e falou.

-Eu sabia que era você.