Dejà Vu

So, how was she like?



Novamente ele olhou a perfeita garota a sua frente, ela agora estava andando como se esperasse que Angel a acompanhasse.


– Me desculpe o que acha de caminhar para clarear as idéias?


– Quem sabe amanhã. Hoje o dia foi longo, tanto para mim quanto para você. E bem não gostaria de fazer mais uma viagem ao passado novamente, são inúmeras emoções. – Disse calmamente, deixando Buffy desapontada.


– Só me conte como conheceu ela? Ou qualquer coisa?! - Angel engoliu em seco e olhou-a com carinho.


– Qualquer coisa? – Disse repetindo a frase dela para que se tornasse coerente em sua mente. Ele fechou os olhos e respirou fundo, suspirando.


– Eu a amava. Eu ainda a amo, mais isso não lhe dá muito coisa. – sorri sem humor algum. – Eu sinto falta da risada dela, e a forma como ela costumava cantar junto com o rádio, sua voz, seus olhos, e o cheiro dela. Chega a ser engraçado não é mesmo?


– Não. – Disse Buffy olhando o nada pela janela, em um canto do vidro podia ver seu semblante e o dele, a escuridão e a neblina ajudavam. – Eu acho que é uma ótima maneira de você lembrar ela. – Continuou Buffy agora olhando em seus olhos. – Você disse que nos conhece, digo você já me conhecia e uma das minhas amigas é a garota que você amava – digo AMA. Isso deve ser horrível. Eu não consigo imaginar perder alguém que você ama da forma que você á amava... – Angel achou que ela havia terminado o pequeno discurso quando ela continuou tagarelando – Imagina só! O meu Deus poderia ser qualquer uma delas! A Will ou a Faith, Cordy, Fred ou até a Tara!


Angel riu era como conversar com a “sua” Buffy. Ela sempre tagarelava desse jeito quando estava nervosa.


– Na verdade não é nenhuma delas. – Confirmou Angel, balançando a cabeça, ainda rindo.


Buffy jogou as mãos para o ar andando de um lado para o outro e continuando com a tagarelice:


– Então.. então a Dawn! O meu Deus é a Dawnie não, é? Coitado do Spy... ou talvez a Gwen, Nina, Fred, Anya elas são bem bonitas. – Angel simplesmente mantinha um sorriso em seu rosto, segurando a verdadeira risada que estava prestes a sair, se fosse “sua” garota já a teria beijado e á calado a um bom tempo. – Ou então a mamãe! Oh Deus Angel, era a mamãe!


Angel em uma forma sutil e menos prazerosa de calá-la disse:


– É você. – Sua voz um mero sussurro, se não fosse uma caçadora com certeza não o teria ouvido.


– Eu? – Disse Buffy soando extremamente surpresa. – E você simplesmente passou o dia inteiro me ajudando por causa da mamãe. Oh, Jesus, Angel.. Eu sinto muito. Se eu não estivesse tão absorta em meu próprio mundo eu teria.. não devia ter percebido.


– Não importa. Eu iria ajudar você e abraçá-la mesmo que soubesse, e logicamente – ressaltou Angel revirando os olhos – seria socado por Spike com prazer. Eu sei que você não é “ela”, então é um pouco mais fácil viver ao seu redor.


“A quem eu estou enganando? Sinceramente?” Pensou Angel consigo mesmo.


– Dói olhar para mim? – Perguntou Buffy um tanto preocupada e solidária.


“Novamente a quem diabos eu estava enganado? Se doía olhar para ela? Humpf. Era como ser estacado um milhão de vezes.” Pensou novamente Angel.


– Não. Só faz com que eu queria volta no tempo. – Disse começando a caminhar, deixando para trás, rapidamente Buffy se juntou a ele tocando seu braço, ele olhou para ela enquanto a mesma dizia:



– Acho que consigo entender... – Dizia Buffy quando ouviram um grito estridente, rapidamente ambos correram na direção, abriram a porta do quarto de Dawn para encontrar ela abraçada fortemente a Spike enquanto chorava.


– Tá tudo bem pequena, é sério eu não vou a lugar algum. – Eles não ouviram a resposta de Dawn, pois Spike continuava a proferir palavras de conforto. Spike rapidamente virou lançando um olhar a Buffy e Angel, eles entenderam e fecharam voltando novamente ao corredor, Buffy suspirou e Angel voltou a encará-la.


– É simplesmente lindo.


– O que? Perdoe-me o que é simplesmente lindo?


– Seus olhos, eles são tão cheios de alma, emotivos. Dizem muito sobre você. Nunca lhe falaram isso?


Ele deu um sorriso e fez um sinal para que ela o seguisse. É claro que ele tinha ouvido isso antes, ela mesma lhe tinha dito.


– Onde esta me levando?


– Eu quero lhe mostrar uma coisa.


Eles saíram do Hotel Hyperion para as ruas, estava escuro e raramente teria alguma alma viva andando por aí, ainda assim Buffy se sentia segura com ele, confiava nele.


De repente Buffy parou, Angel não conseguia entender o porque, arqueou uma de suas sobrancelhas e observou-a por alguns segundos antes de dizer:


– Buffy?


– Eu conheço esse lugar.


– Bem, considerando que você mora aqui, é claro que você conhece querida.


– Não, não dessa forma. Eu.. eu tive um sonho antes de conhecer você.


– Buffy olhava para qualquer lugar menos ele. – Você me beijava apaixonadamente, bem ali. – Disse Buffy apontando para o deck em frente a praia. – Angel notou-a enrubescer.


– Espera um segundo. Um sonho?


– É.. isso. Hmm… um sonho bem erótico e bem realista. – Ela disse suspirando e corando, parecendo ficar cada vez mais embaraçada. – Então mudando de assunto.


– Não. – Disse Angel. – Como exatamente você pode sonhar a respeito de algo que ela nunca soube?


– Como assim você nunca contou a ela? Você manteve aquilo para si mesmo? – Disse aproximando-se de Angel quase o atacando com suas palavras. – Como pode? Viver escondendo algo como...? – Ela jogou suas mãos ao ar em sinal de protesto e raiva, além disso, sentia-se aflita por algo que ela mesma não podia controlar.


– Não sei por que está tão zangada. Não foi com você. Você não é ela. – Angel disse com os dentes cerrados olhando profundamente dentro de seus olhos depois virou-se caminhando.


– O que o faz ter tanta certeza? – Falou Buffy tentativamente.


Ele virou-se agilmente e novamente voltou a encará-la, então sem dizer nada joga suas mãos ao ar em forma de protesto e solta um suspiro longo, encontrava-se agora sentado no meio fio abraçando seus joelhos contra seu corpo enquanto lágrimas rolavam de seu rosto. Depois sentiu uma gota cair sobre sua testa e se misturar com suas lágrimas, ergueu seu rosto e deixou que a chuva molhasse seus cabelos e beijasse sua face. Mantinha seus olhos fechados, quando sente uma mão delicada acariciar seu rosto e depois tocar sua mão. Ela estava se encharcando enquanto olhava para ele. Então disse:


– Exatamente como a primeira vez que estiveram juntos. Chovia desta forma. Angel. Eu sou ela, e não sou. Eu tenho uma nova vida e uma antiga, e eu queria, Deus como eu queria ser ela; - Disse Buffy agora sentando ao seu lado.


– Buffy? – Ele notou que ela parecia chorar também.


– Ninguém nunca vai me amar da mesma forma que você a amou. Foi um dos melhores sonhos que já tive. Você estava fazendo amor com ela e não sexo. Eu não sabia a diferença até então. Você a amou assim como um humano e como um vampiro, claro que Angelus a machucou mais isso não a fez amá-lo menos. A forma como você a olhava, a beijava, a amava... – falava sua voz quase um sussurro.


Angel tocou seu rosto, segurando-o enquanto a olhava e disse:


– Como você pode sequer dizer que ninguém irá amá-la desse jeito? Seu namorado nunca fez isso com você? Ele nunca fez amor com você devidamente?


– Meu namorado? – Disse rindo sem humor algum em sua voz, lágrimas rolaram por seu rosto misturando-se as gotas de chuva que ainda banhava a ambos fazendo com que ela se arrepiasse e tremesse um pouco.


– É claro. – Disse Angel tentando entendê-la.


– Ele não era meu namorado e não foi nenhum um pouco gentil. Não foi uma noite perfeita, foi um pesadelo. – Ela fazia pausas enquanto falava e apesar de sua voz sair forte ele podia sentir o medo emanando dela.


Ele estava prestes a dizer alguma coisa quando a voz dela saiu novamente baixinha, quase um sussurro.


– Você á amava. Eu o odiava e o desprezava. Você a queria, a deseja. Eu nunca o quis. Você implora pelo retorno dela. Eu desejava a morte dele e a minha própria.


Angel não podia respirar por um momento. Ele olhou para ela. Ele podia ver seu ódio, raiva, tristeza, medo, nojo, tudo misturado em um. Ele chegou a tentar alcançar-lhe o braço, mas foi inútil, ele a ouviu dizer entre os soluços e a chuva em voz alta:


– Por favor, não me toque.


Ele respeitava isso, mas ele sabia que tinha de tirá-la da chuva e do frio, não importava para ele se ela era uma caçadora, acima de tudo ainda era uma humana, gostasse ela ou não. E ele ia tirá-la dali.


– Veja – disse em um tom calmo, sem tocá-la – nós precisamos dar o fora dessa chuva pelo menos.


Buffy continuava abraçada ao seu próprio corpo, sem dar uma resposta.


– Buffy! – Gritou Angel, segurando seu braço e fazendo com que ela o encarasse.


– Por favor, Buffy! Precisa deixar que eu a tire da chuva.


– Porque você se importa? Eu já disse que não sou ela! – Ela gritava para ele, a chuva caindo cada vez mais forte abafando a voz dela. Ela estava completamente encharcada, assim como ele.


Como pode ser tão teimosa? Pensou Angel.


– Porque, simplesmente porque eu sou seu sentinela agora. E goste você ou não eu sempre irei me importar! SEMPRE!


Dizia firmemente enquanto a segurava seus ombros com suas largas mãos olhando-a fixamente. Ele tinha que convencer aquela loirinha teimosa a ir com ele. Viu em seus olhos que finalmente ela se rendia, com um suspiro ela disse:


– Não quero ir para casa agora.


– Você não tem que ir. Nós podemos ir para um hotel, trocar essas roupas molhadas e dormir um pouco. E quem sabe você possa me contar quem diabos machucou você, porque se depender de mim ele vai ser esmagado, trucidado, espancado.. talvez até morto.


Angel ouviu uma risadinha baixa sem muito humor ecoar dela. Agora mantinha sua mão nas costas de Buffy liderando o caminho.


– Não se preocupe Spike já fez isso.


– Então, Spike estava com você. – Disse tentando parecer casual.


– Não. Eu estava sozinha nessa festa horrível e sai da casa por um momento precisava de um pouco de ar, quando dois caras apareceram do nada e me pegaram. Eu paralisei. Quão patético, não é mesmo? Eu sou uma maldita caça vampiros e estava apavorada por causa de dois caras, os quais facilmente poderia ter matado se quisesse.


– Você não era uma caçadora no momento. Era só você – Angel agora havia parado e olhava para ela passando suas mãos sobre os braços dela tentando aquecê-la – essa garota maravilhosa e cheia de vida que eu conheço.


Buffy balançou a cabeça negativamente, respirou e voltando a falar e a caminhar.

­


– Eu comecei a gritar quando percebi o que estava acontecendo, mas minha voz desapareceu. Eu só podia sentir desespero e medo. Ele repetia como era bom foder uma loirinha bonita. Que foi um prazer para ele. Ele me jogou no chão com minhas roupas rasgadas eu fiquei coberta de lama e sangue, tremendo de frio na noite. Spike me encontrou minutos depois. Ele estava chateado e também aterrorizado.


Ele podia ler sua linguagem corporal. Seus braços abraçando firmemente seu corpo, o movimento lento de olhos se esforçando para não chorar.


Ele chegou perto dela lentamente e como antes pousou uma mão em seu ombro, para que ela o olhasse, ela o fez e fixou seu olhar ao dele. Não havia nenhum desgosto no que ela havia dito, não havia decepção. Ela parecia surpresa.


– O que? – Disse Angel.


– Eu não enojo você?


– Perdoe-me? Porque sentiria? Não foi sua culpa. Além disso, ele foi um idiotaem não ver o erro que ele estava cometendo. Ele ao viu a sua beleza. Ele não viu você.


Ele disse tocando sua face com o polegar de sua mão, acariciando suavemente seus lábios. Ele parou o processo ao notar onde estavam.


– Há algo errado? – Disse Buffy tocando sua mão.


– Não. ­ - Falou Angel segurando sua mão e virando-a para que ela visse onde se encontravam. – Eu conheço este lugar. Está reformado, mas deve ser usual. Provavelmente deve ter uma secadora. Assim secamos essas nossas roupas molhadas. Vamos entrar?


– Ok. – Ela disse chegando mais perto dele, agora que a chuva havia cessado o vento estava lhe causando arrepios, e de certa forma ele estava mais quente que ela, o que a fazia se sentir segura.


– Você esta bem?


– Sim , claro. – Falou se afastando um pouco. Angel a puxou e colocou um braço ao redor de sua cintura. Ela o olhou, arqueando uma sobrancelha.


– Se você quer estar perto, tudo bem por mim. Depois, caso não o faça poderá congelar. - Ele colocou um braço protetor em torno de sua cintura e levou-a para dentro. Era um hotel pequeno e ele sabia disso, mas tinha exatamente o que eles precisavam. Abriu a porta e entrou. Foram recebidos por um atendente ruivo que em seu melhor tom disse:


– Boa noite, Senhor. Posso ajudá-lo e a senhora?


– Olá. Um quarto, por favor.


O atendente do hotel olhou para o casal ensopado e decidiu dar-lhes o último quarto. Era cheio de histórias de amor e um romântico como ele adoraria ver outra história acontecer á sua frente.


– Há uma secadora no quarto e alguns roupões. Sempre útil nestes dias frios e úmidos.


– Obrigado. – Disseram ambos.



Subiram as escadas e caminharam pelo longo corredor, até que encontraram o quarto. Angel abriu a porta com Buffy atrás dele. Como puderam ver o quarto era pequeno, mas suficiente para duas pessoas. Havia apenas uma cama muito bem feita, os lençóis eram vermelho escuro, os travesseiros brancos assim como o edredom. Buffy foi direto para o banheiro. Angel solicitou as suas roupas, rapidamente ela abriu uma fresta da porta e entregou a ele trancando a porta do banheiro em seguida. Angel prosseguiu em tirar suas próprias roupas e colocou na secadora, enquanto ela se banhava.


Não demorou muito para estarem secas, portanto vestiu sua roupa intima e deixou as suas roupas e as de Buffy sobre a cama dobradas; ele então vestiu o roupão pegou os lençóis e se enrolou neles sentando na cadeira, estava cansado e esperava que ela saísse do banho mas logo adormeceu.


Buffy saiu do banheiro e o olhou por um segundo, viu suas roupas sobre a cama e se vestiu, estava quente no quarto, provavelmente Angel havia ligado o aquecedor.


Ela não quis acordá-lo, ele parecia tranqüilo enquanto dormia. Ela tocou levemente o seu braço e acariciou seu rosto, seu cabelo e traçou seus lábios com o polegar de seus dedos. Ele se moveu um pouco e abriu seus grandes e penetrantes olhos cor de chocolate.


– Eu não queria acordar você.


– Você estava me tocando.


– Sinto muito. – Falou desconcertada afastando-se dele.


– Por quê?


– Você parece tão pacifico quando dorme. E eu não.. eu simplesmente não sei. Minha mente diz uma coisa e meu coração diz outra. Eu estou tendo racionalizar isso.


– Racionalizar o que?


– Você.


– Eu? – Disse Angel surpreso.


– É VOCÊ! – Falou gesticulando com as mãos. – Eu não sei o que pensar, como agir, o que sentir.. É como se eu fosse ela e não fosse. Eu tenho as memórias dela e as minhas – novamente sua voz saía em um sussurro melancólico. – Mas eu nunca...


Ele se levantou e aproximou-se dela por trás tomando-a em seus braços, abraçando com carinho, respirando sua essência corporal. Ela estava completamente vestida, ao contrário dele, a única peça que vestia era sua cueca boxe preta. Sentia ela relaxada em seu abraço, mesmo que o coração dela dissesse o contrário, batia aceleradamente, ao compasso do seu.


– Ainda quer racionalizar isso?


A respiração dela estava descompassada, ele podia sentir o corpo dela tremer de expectação, o desejo, a luxúria. Virou-a para que pudesse ver seu rosto, seus olhos, o que era aquilo em seus olhos, um semblante que ele somente havia visto em sua Buffy, ela estava ali?A sua garota?


– Só, me beije. – Sussurrou.


– Beijá-la? – Perguntou ele inconscientemente trazendo-a para mais perto de si, tanto que seus rostos estavam a centímetros um do outro, ouvia-a arfar.


– Você não pode não é mesmo? – Eu posso parecer e até tentar agir como ela.. mas.. – Falou olhando em seus olhos.


Sua fala foi cortada pelo leve toque dos lábios dos seus lábios aos dela. Ele sentiu o corpo ela tremer com o leve contato. Havia certo receio e anseio em beijá-la, sentia como se todas as células de seu corpo estivesse gritando pelo contato, seu corpo parecia borbulhar, o leve toque aos seus lábios não era suficiente, precisava senti-la. Precisava clamá-la como sua alma gêmea, seu amor – sua. Buffy permitiu a sua entrada, sua língua tocava a dela com maestria, saboreando sua boca, devorando-a. Ela beijou-o com o mesmo fervor, suas mãos emaranhando-se em seus cabelos, enquanto Angel liberava sua boca para beijar sua nuca, ela murmura seu nome. Angel volta a beijá-la com desejo, carinho e amor, segurando-a possessivamente pela cintura, murmurando seu nome entre seus lábios, massageando sua nuca e seus cabelos. Os beijos eram apaixonados, era como se voltasse para casa, como se estivesse beijando a sua garota, a sua Buffy. Depois de alguns minutos, controlando-se para que não ultrapassasse a linha imaginaria desenhada por si mesmo, deu um selinho em seus lábios e descansou sua testa junto à dela, sua respiração acalmando. Foi quando ela em um sussurro perguntou:


Será que poderia me amar da mesma forma que um dia há amou?



– Eu? – Disse Angel Surpreso.


– É VOCÊ! – Falou gesticulando com as mãos. – Eu não sei o quê pensar, como agir, o quê sentir.. É como se eu fosse ela e não fosse. Eu tenho as memórias dela e as minhas – novamente sua voz saía em um sussurro melancólico. – Mas eu nunca...


Ele se levantou e aproximou-se dela por trás tomando-a em seus braços, abraçando com carinho, respirando sua essência corporal. Ela estava completamente vestida, ao contrário dele, a única peça que vestia era sua cueca boxe preta. Sentia ela relaxada em seu abraço, mesmo que o coração dela dissesse o contrário, batia aceleradamente, ao compasso do seu.


– Ainda quer racionalizar isso?


A respiração dela estava descompassada, ele podia sentir o corpo dela tremer de expectação, o desejo, a luxúria. Virou-a para que pudesse ver seu rosto, seus olhos, o que era aquilo em seus olhos, um semblante que ele somente havia visto em sua Buffy, ela estava ali? A sua garota?


– Só, me beije. – Sussurrou.


– Beijá-la? – Perguntou ele inconscientemente trazendo-a para mais perto de si, tanto que seus rostos estavam a centímetros um do outro, ouvia-a arfar.


– Você não pode não é mesmo? – Eu posso parecer e até tentar agir como ela.. mas.. – Falou olhando em seus olhos.


Sua fala foi cortada pelo leve toque dos lábios dos seus lábios aos dela. Ele sentiu o corpo ela tremer com o leve contato. Havia certo receio e anseio em beijá-la, sentia como se todas as células de seu corpo estivesse gritando pelo contato, seu corpo parecia borbulhar, o leve toque aos seus lábios não era suficiente, precisava senti-la. Precisava clamá-la como sua alma gêmea, seu amor – sua. Buffy permitiu a sua entrada, sua língua tocava a dela com maestria, saboreando sua boca, devorando-a. Ela beijou-o com o mesmo fervor, suas mãos emaranhando-se em seus cabelos, enquanto Angel liberava sua boca para beijar sua nuca, ela murmura seu nome. Angel volta a beijá-la com desejo, carinho e amor, segurando-a possessivamente pela cintura, murmurando seu nome entre seus lábios, massageando sua nuca e seus cabelos. Os beijos eram apaixonados, era como se voltasse para casa, como se estivesse beijando a sua garota, a sua Buffy. Depois de alguns minutos, controlando-se para que não ultrapassasse a linha imaginaria desenhada por si mesmo, deu um selinho em seus lábios e descansou sua testa junto à dela, sua respiração acalmando. Foi quando ela em um sussurro perguntou:


Será que poderia me amar da mesma forma que um dia há amou?


Angel simplesmente congelou. Amá-la da mesma forma que um dia amará Buffy? Mas ela não era Buffy em todas as formas? Cada pedacinho dela era exatamente igual a sua memória. Ou sua mente estava lhe pregando truques novamente?