Death of a Monarchy

His Majesty, the King


Posso dizer que nasci privilegiada, sempre recebi muitos mimos, mas meus pais sempre me ensinaram a me manter humilde e querrer o bem próximo. Meu nome é Anne Boleyn. Não quero ser como minha irmã, entrou para a corte do rei há menos de um ano e já se deitou com todos os membros que fazem parte dela. Inclusive o próprio rei. Mas nada dura mais do que uma noite para ela. Não desejo o mesmo para mim.
Entrarei para a corte hoje, e por coincidência, haverá um baile com danças divertidas. Todas as mulheres devem usar branco e os homens preto. Todos devem estar similares, então o palácio mandou fazer os trajes. Recebi o meu hoje pela manha. Serviu perfeitamente.
Comecei a me arrumar para o baile. Vesti o belo vestido branco, prendi meus cabelos em um delicado coque. nao demorou muito para eu ficar pronta.(http://weheartit.com/entry/66169085)
vi minhas damas se preparando também, eu, já pronta, ajudei-as como de costume. Quando todas estavam devidamente arrumadas descemos as escadas e esperamos a carruagem parar na frente do castelo.
Estávamos em cinco, eu, e minhas quatro damas de companhia, ou melhor, minhas melhores amigas.
- vamos conhecer o rei, alteza, ouvi dizer que é um homem muito bonito, e ainda soube que é muito galanteador. - uma delas disse.
- nem toda a beleza do mundo limpará a reputação em relação com as amantes da corte que mantém. Pobre Catarina, creio que sabe das visitas alheias aos seus aposentos durante o dia. - respondi.
-Milady, se me permite dizer, posso estar errada, mas, se Vossa Majestade mantém tais amantes, deve ser porque Lady Catarina não consegue satisfazer as necessidades do rei, afinal, tanto tempo se passou e ainda não há um herdeiro. - a mesma dama disse.
- E quanto a Lady Mary, primogênita do rei. Ele não a colocará na sucessão? - perguntei.
-A corte diz que somente um filho homem será o heideiro ao trono, então lady Mary não é apta para tal. -
- que pena, ela é uma moça adorável, já a vi na corte. -
- Milady, já conheceu o rei? -
- não, ainda não. Fui a corte poucas vezes, disseram-me que ele não tem ido muito para a corte, então não sei como é sua aparência. - respondi. - espero que faça jus a tudo que é dito ao seu respeito. -
- ah madame, creio que está certa. -
- chegamos! - disse sorrindo. olhando pela janelinha da carruagem. - que belo palácio, não? - admirei a entrada. - quem me dera viver em um palácio desses. -
- creio que um dia irá. - uma delas disse.
o cocheiro deixou-nos na porta e então entramos. Podíamos ouvir a musica tocando e já sentia a ansiedade para começar a dançar.
deixei a companhia de minhas damas, e fui para o salão. Comecei a conversar com algumas pessoas, cumprimentei quase todos.
- me daria a honra da próxima dança? - Sir Charles Brandon pediu.
- é claro. -
A musica começou a tocar e dançamos alegremente.
- Com a vossa permissão. Devo dizer que há alguém muito importante na corte que está prestando muita atenção em vossa alteza. - ele disse ao meu ouvido.
- é mesmo? e o que devo fazer quanto a isso? - perguntei.
- dê a ele uma chance. Mas creio que talvez tenha algum preconceito com tal homem. -
- e por que teria? não devo conhecê-lo, então para julgar, preciso saber quem é. -
- logo saberá, e tenho certeza que o conheces. -
- veremos. -
- amigo, posso roubá-la para uma dança? - um jovem chegou, ele era alto, tinha olhos azuis e cabelos castanhos claros.
- a resposta cabe a mim. - disse.
- perdão milady, cederia a mim a honra de uma dança na sua companhia? Eu ficaria muito contente caso aceite. - ele beijou minha mão.
- então contente-se, pois aceito seu pedido. - disse.
- então dance comigo. - fomos novamente para a pista de dança. começamos a dançar uma coreografia mais calma.
- qual é seu nome? - perguntei.
- Henrique, e o seu?
- eu sou Anne Boleyn. -
- seu irmão frequenta a corte não? -
- frequenta sim, eu entrei a pouco tempo. -
- é mesmo, começarei a frequentar mais a corte nesse caso. -
- então serei o motivo da sua frequência? -
- com certeza. - sorriu. - Depois desta dança, acompanha-me até a biblioteca. -
- e por que? -
- apenas venha. -
- tudo bem. -
- te esperarei lá. -
- tudo bem. -
terminamos de dançar. Quando me dei conta ele não estava mais lá, então fui até a biblioteca. Encontrei-o sentado em uma poltrona.
me curvei e disse.
- O que desejas falar comigo. -
- meu casamento com Lady Catarina de Aragão não vai bem, não tenho herdeiros. -
- Majestade, não o reconheci, me perdoe por favor. - me ajoelhei. -
- eu lhe peço perdão por não conhecê-la antes, és tão bela. - ele deu a mão para levantar.
- obrigada, majestade. -
- meu pedido é um pouco inconveniente e lhe peço permissão para lhe referir. -
- És o rei, não deves pedir permissão a mim. Peça o que quiser, e o farei. -
- seja minha amante, lhe darei palácios, jóias, vestidos, tudo que quiser, tudo que estiver ao meu alcançe, eu a desejo, incondicionalmente. -
- Vossa Majestade, minha pureza darei aquele que me desposar. - me afastei um pouco. - não posso ser sua amante. -
- EU SOU O REI DA INGLATERRA!! Não pode me negar. - ele gritou e deu um soco na parede.
- mas irei, e se tiver que morrer por isso, assim farei. -
- qual é o problema comigo? - ele perguntou frustrado e sentou-se ao chão.
- meu senhor, devo entregar-me somente a quem quiser meu coração e não meu corpo.
- então o conquistarei. -
- devo ir, majestade. Tenho sua permissão? -
- tem. -
me curvei e saí da biblioteca. Voltei ao salão e aproveitei o resto da noite.