Death of a Monarchy

Choices somehow are to be made.


– Não, mas... -
– Volte comigo Anne! - ele disse alto.
– Anne não vai a lugar nenhum. - Henrique Disse.
– Tu aprovastes meu casamento! - Vlad disse apontando o dedo indicador a Henrique.
– Posso anulá-lo. - Henrique respondeu calmamente.
– Quer causar uma guerra? -
– Ninguém vai fazer guerra! - eu disse.
– Não respondeu nenhuma de minhas cartas, Anne. - Vlad disse.
– Não recebi nenhuma. -
– Mandei-lhe centenas, e nenhuma resposta. Meu país está em paz. Já podes voltar, está segura. -
– Eu não posso Vlad. -
– Por quê? -
– Preciso falar-lhe a sós. - disse e todos retiraram-se, somente eu e Vlad ficamos lá.
– Agora diga-me. -
– Eu estou grávida. - comecei a chorar.
– Mas o que foi Anne, ele será o príncipe da Valáquia. -
– Eu não sei. - disse aos prantos.
– Como não sabe? -
– Não sei se a criança é sua. -
– Dormistes com outro? -
– Eu não me lembro. Acredito que tinha algo no vinho. -
– Como ousas humilhar-me assim? -
– Vlad, eu errei! Eu sei disso! E peço seu perdão. Nunca foi de minha intenção humilhar-te. -
Ele começou a retirar a aliança e a segurou entre os dedos.
– Não Vlad! - chorei desesperadamente.
– Anne, olhe em meus olhos, e diga que não ama Henrique. -
ainda chorando, olhava em seus olhos.
– Diga! - ele segurou forte meus ombros. - Diga Anne!
– Não posso. -
– É isso o que quer Anne!? - ele gritou.
– Vlad, por favor. - caí em prantos.
– Não posso conviver com tamanha desonra. -
– Vlad. -
– Quer saber de algo? Fique aqui! Case-se com ele. Nunca mais me procure. -
– Mas e se essa criança for sua? -
– Pois escolha o pai que a queira criar! Tu escolhestes um marido que não sabe lidar com traições. -
– Mas.. - tentei dizer algo, me explicar, mas não havia como.
– Seja feliz, Anne. - ele se virou e caminhou depressa. Corri em sua direção e segurei seu braço.
Vlad virou-se e segurou fortemente meus dois pulsos em uma de suas mãos.
– E se procurar-me novamente, te arrependerás. - lançou-me contra a parede e foi embora.
Levantei-me e tentei me recompor. Precisava de ar fresco, fui até o jardim. Sentía-me de alguma maneira calma naquele lugar.
Comecei a caminhar pelos roseirais e a observar tudo ao meu redor, sentir o ar fresco e gélido, a brisa que balançava as folhas das macieiras.
Sentei-me em um dos balanços que ficava perto de um dos labirintos. Ouvi que alguém se aproximava, olhei e vi que era Henrique.
– Como está? - ele perguntou sentando-se ao meu lado.
– Está tudo bem. -
– Mesmo? -
– sim. - repeti diversas vezes em minha mente para convencer-me.
– Não parece, minha cara. -
– eu preciso de um tempo. Talvez eu deva voltar para Hever Castle, ou casar-me com um comerciante, para não chamar a atenção. -
– Anne, não diga essas bobagens. - ele depositou suas mãos sobre as minhas. - Eu não a deixarei só. -
– Será melhor para todos, tente entender Henrique. - eu disse segurando suas mãos. -
– Não Anne. -
– Eu preciso de um tempo. - eu me retirei e fiquei vagando por aqueles jardins até a madrugada.
O sol ainda tardava a aparecer, deitei-me sob a sombra de uma árvore. As palpebras começaram então a pesar, repousei por alguns minutos.