Mitsuko POV´S ON

O que tinha acontecido? Eu não sei. Eu só posso dizer que me sinto totalmente confusa, mais feliz. É isso mesmo, eu me sinto feliz. Não sei o porquê disso, não consigo compreender.
Ao entrar em meu quarto fui direto ao banheiro, onde retirei minhas roupas e tomei um banho frio. Enquanto a água descia pelo meu corpo levando vestígios do bolo que estava em minha pele, passei minha mão pelos meus cabelos e retirei todo bolo ali presente. Enquanto via os destroços caindo e sendo levados pela água só conseguia lembrar-me dele, do que acontecera com nós dois. Pergunto-me o que iriamos fazer se não tivéssemos sido interrompidos. Ele tem um rosto tão macio, tão... NO QUE ESTOU PENSANDO?! Eu devo estar ficando maluca, acho que não dormi o suficiente.
Ao sair do banho, coloquei minhas roupas, uma calça jeans e uma blusa branca social. Penteei meus cabelos e ao sair do quarto me joguei em cima da cama. Fiquei tentando imaginar o que ele está pensando...

Mitsuko POV´S OFF
L POV´S ON

Ao sair do meu banho, coloquei minhas roupas habituais e me sentei em uma poltrona. Não conseguia tirar o que aconteceu da minha cabeça, toda vez que tentava aqueles olhos violeta invadiam minha mente.
Tentei me distrair e fui para a sala de controle. Ao chegar lá comecei a passar pelas câmeras de segurança, até que meus dedos pararam na dela. Mitsuko estava deitada sobre a cama, seus cabelos molhados estavam espalhados pelo tecido bege da roupa de cama. Ela estava pensativa, confusa. Fiquei observando-a até que ela se levantou e calçou um tênis, como sabia que ela estava vindo para cá, desliguei o monitor. Ouvi passos e depois uma batida leve na porta.

- Ryuuzaki? ela disse entrando na sala

-O... Oi. ela mantinha seus braços cruzados

-Bom... eu queria... ela parou e respirou fundo. Eu queria me desculpar por ter... caído em cima de você.

-C... Certo. Eu também quero me desculpar por ter jogado bolo em... você. eu estava nervoso? Não é possível.

-Não foi lá uma atitude muito adulta. ela disse tentando mudar de assunto

-O que eu posso dizer? Já te disse que eu sou infantil e odeio perder. Ela conteve o riso até que eu disse Vamos fazer uma aposta?

-Que tipo de aposta? ela me fitava curiosa

-Quem pegar o Kira primeiro ganha um pedido. expliquei

-Interessante. Deixe-me ver, quer dizer que se eu ganhar posso lhe mandar fazer QUALQUER coisa? ela perguntou

-Sim, qualquer coisa. Tal como se eu vencer terei o mesmo poder. Acho que estou em vantagem, afinal eu vou vencer.

-Muito engraçado. ela se aproximou e estendeu a mão para mim Apostado.

-Bom dia Ryuuzaki, Mitsuko. Light entra com Misa pendurada em seu braço.

-Bom dia!!! Misa acenou para nós dois com sua mão livre.

-Bom dia. dissemos para eles. Aproximei-me de Light e recoloquei a algema. Não confio nele, isso já não é novidade.

L POV´S OFF
Mitsuko POV´S ON
-Acho que acabou nosso tempo juntos. Misa disse fazendo biquinho.

-Pelo menos assim vocês podem se concentrar no que realmente importa. disse indo em direção ao computador mais próximo. L fez o mesmo, o que consequentemente acabou fazendo Light trabalhar também.
Eram 06h30min quando o resto do grupo apareceu. Estávamos em silencio até que:

-Ryuuzaki, dê uma olhava nisso. Light se dirigiu a L. Ele por sua vez, arrastou sua cadeira para perto do monitor de Light. Todos desta lista morreram de ataques cardíacos no ultimo mês, e a grande maioria tem alguma ligação com a Yotsuba.

Levantei-me e fui na direção dos dois. Estava observando quando L disse:

-Isso é muito intrigante. Quero o nome de todos os envolvidos na Yotsuba. ele disse Matsuda...

-O que foi Ryuuzaki? disse Matsuda com certas esperanças de que iria ser escalado para fazer alguma tarefa importante.

-Eu queria que você trouxesse um café para mim. L disse olhando para os gráficos no computador. Quando vi que ele estava saindo para pegar o café muito irritado, disse:

-Aproveita e busca um para mim também. estava olhando para uns papeis em minhas mãos, até que olhei a expressão de raiva dele. Ele bufou e saiu em direção à copa.

-Acha que o Kira pode estar dentro da Yotsuba? mesmo o kira estando diante de nós? Era exatamente isso que eu queria ter dito, porem tenho certeza que isso iria desencadear uma dor de cabeça para mim por esse motivo resolvi não perguntar.

-Provavelmente. O ideal seria instalar câmeras em todo o perímetro. Irei cuidar disso.

-Certo. Matsuda estava voltando com duas xícaras de café na mão. Muito obrigada Matsuda. Fez seu trabalho com perfeição. falei para que ele desse conta de que eu, muito mais nova do que ele e com menos experiência sou muito mais útil. Pode parecer maldade, mais eu o ouvia sussurrar as vezes que não sabia o motivo de terem me escalado para este caso. Agora ele já sabe.
L pegou sua xícara e começou a colocar cubos de açúcar:

-Quer açúcar? ele me ofereceu com um dos cubos na mão.

-Por favor. estendi meu braço para que ele colocasse os cubos. Quando terminou tomei um gole e disse Obrigada.

Ele voltou sua atenção para seu café, havia uma pequena pilha de açúcar sobre sua xícara o que fazia o café não dar mais conta de absorvê-los . Já era de tarde quando L disse:

-Light, tenho que ir até o quarto da Misa.

-Por que Ryuuzaki? Qual é o problema?

-Tem algo que tenho que pergunta-la.

Os dois subiram e eu como estava querendo saber o que L planejava, coloquei o monitor principal para as câmeras do quarto da Misa.

-O que você está fazendo? Matsuda disse tentando tirar o mouse de minha mão.

-Estou coletando informações. Do mesmo jeito que ele faz conosco. disse e cliquei na câmera mais próxima a eles e retirei do modo silencioso.

-Misa Amane. L disse apoiando um de seus pés sobre o sofá. É verdade que você ama o Light?

-S...Sim! Eu o amo mais do que tudo! Misa rapidamente responde.

-Mas, parece que você também ama Kira. Estou certo disso?

-Eu sou somente grata a ele por ter vingado meus pais. Não é como o Light.

-Se tivesse que escolher entre Light e Kira, quem escolheria?

-O Light obvio! ela foi até Light e o envolveu pela cintura. Light é meu amor. Ele é quem eu quero ficar ao lado.

-Tudo o que me responde só fortalece a ideia de que você é o segundo Kira. É verdade que conheceu o Light em Aoyama?

-Ryuuzaki! Para quê tantas perguntas? Light disse um tom acima do normal.

-Tudo bem Light, eu respondo. Sim eu o conheci em Aoyama. Mas isso não me torna o segundo kira! Misa estava claramente com raiva. Ela levantara e estava com seus braços cruzados e batia os pés no chão.

-Não. Mais a junção dos favores sim. Amane, se não se importa irei me sentar e comer um bolo.

Eles se sentaram, ambos não tocaram mais no assunto Kira até que Light disse:

-Ryuuzaki, qual é o seu problema hoje?

-Eu estou um pouco depressivo. Deduzi que você era Kira, e agora tenho minha dedução dada como errada. É uma coisa realmente triste.

-Você está dizendo que queria que eu fosse Kira somente para sua dedução estar correta? Light disse já alterado

-Sim. Mais precisamente falando, queria provar que é Kira mais rápido.

-Está insinuando de que fui inocentado injustamente? ele já estava totalmente irritado

-É por esse caminho. Não consigo acreditar que estava sendo manipulado ou coisa parecida. Falando do que interessa agora, Misa eu sei que você ama o Light então quero que prove isso para mim. Se eu precisar contar com você para algo da investigação você iria?

-Ryuuzaki você me entende perfeitamente! E É claro que ajudarei! Se for para o bem do Light obvio. Acho que lhe juguei mal quando disse que era um pervertido. Podemos ser amigos agora, não podemos?

-É claro. Meu núcleo de amigos vem aumentando drasticamente. ele disse isso e Misa se aproximou dele e deu um beijo em sua bochecha. Ei... Não faz assim que eu gamo.

O quê??? Não faz assim que eu gamo??? Muito engraçado L, estou morrendo de rir! A como eu queria dar uns tapas naquela... Hey! Qual é o problema comigo? Este dia está cada vez mais estranho. Por mais que tente me conter não aguentei. Gritei para Matsuda:

-Ligue para este quarto agora! Eles não estão trabalhando! Estão descansando, isso é antiprofissional!

-Calma Mitsuko, eles só estão se divertindo. o joguei um olhar gelado e fui em direção à janela da sala, pensei em como Hannah deve estar se sentindo, sozinha naquele apartamento. Ela veio para ficar comigo e acabou sem mim. Por mais que tente negar L me disse há algum tempo atrás uma coisa que é totalmente verdade. Ele disse que eu deixo meus sentimentos me atrapalham. E é verdade, o que fiz há pouco tempo foi em prol dos meus sentimentos, não sei quais e nem porque mais foi. Eu ter deixado escapulir para Hannah que estava no caso Kira foi por causa dos meus sentimentos. Eu odeio quando ele está certo!
De repente, ouço um estrondo, me viro e deparo com a cena que achei que nunca iria ver em minha frente.
L e Light estavam brigando. Eu estava já achando que não deveríamos envolver nossos sentimentos não é? Vejo que até o melhor detetive do mundo tem seu lado sentimental.
Virei-me para Matsuda e disse:

-Está esperando o quê? Não vê que tem que fazer algo? Eu lhe avisei. ele ficou parado por um instante enquanto L dava um chute bem no rosto de Light, o fazendo cair longe e consequentemente pegar L junto. Matsuda! Eu tenho que fazer tudo né? Então está bem. Vou subir e retirar Ryuuzaki de dentro da sala, você me dá cobertura ligando para eles para prender a atenção dos dois. Entendido?

-Eu acho que sim...

-É o suficiente. disse e comecei a correr para o andar de Misa. Ao chegar, abri a porta e vi L em posição de ataque com um telefone em uma das mãos:

-Era somente o Matsuda, dizendo besteiras. L disse olhando para Light com o rosto expressando raiva.

-Ryuuzaki, o que está fazendo? Eu me intrometi na ¨conversa¨ dos dois, Misa estava escondida em baixo de uma mesa.

-Estou colocando as coisas a limpo. disse ele pronto para atacar novamente quando corri para seu lado e segurei sua mão.

-Você pode fazer isso mais tarde. Agora chega de conversa, vamos.

-Ir aonde? Ei! O que está fazendo... coloquei minha mão em seu bolso e puxei uma chave. Retirei a algema dele e coloquei-a presa a uma coluna de ferro. Light, você ficará aqui com Misa. Tenho assuntos a tratar com Ryuuzaki, depois o retirarei daí.

-Bom, pelo menos agora que estou livre posso resolver meus problemas diretamente. L disse se livrando de minha mão e caminhando na direção de light com os punhos cerrados.

-Ryuuzaki! Não é você que se diz a justiça? Não acho muito sensato bater em alguém que está preso. Venha. Tenho algo para lhe mostrar. Não quero perguntas. Somente venha. disse o puxando com minha mão completamente entrelaçada a dele.
Ele resistiu de inicio, mais acabou cedendo. Ele sabia que poderia passar a tarde inteira ali. Passei na copa antes e peguei umas coisas, coloquei em uma cesta e o guiei até o terraço. Já estava tendo o pôr-do-sol quando chegamos, soltei a mão dele e coloquei a cesta no chão.

-Chegamos. Eu vim aqui ontem à noite porque estava sem sono. Achei que gostaria daqui, é tão calmo. fechei os olhos quando uma corrente de vento passava balançando meus cabelos.

-Eu não tinha vindo aqui ainda. Normalmente fico lá em baixo. É um local muito bom. ele disse enquanto eu abria os olhos e via seus cabelos negros bagunçarem ainda mais com o vento.

-Como você pôde ver eu peguei umas coisas lá embaixo. Afinal nós não comemos nada o dia inteiro!

-Estou com fome agora que você mencionou. ele disse andando até a cesta.
Fui até lá e estiquei a toalha no chão, onde começamos a colocar os doces e bolos que avia achado na geladeira. Sentamo-nos quando eu disse:

-Ryuuzaki, desde que cheguei eu só estou comendo doces. Não tem outra coisa aqui não?

-Hum...acho que Watari tem uma dispensa com umas outras comidas. É que os de fácil acesso são essas. disse ele estendendo um pedaço de seu cheesecake de framboesa.

-Entendo. comi um pedaço de minha torta de limão. Quando olhei para ele, tinha um pouco de calda de framboesa em seu nariz. Está um pouco sujo ali. peguei um guardanapo de pano e me aproximei dele. Aqui. Fique quietinho. com cuidado retirei a calda e dobrei o guardanapo. Pronto! exclamei para ele.

- Por que você faz isso? ele me perguntou, lancei um olhar confuso.

- Isso o quê?

-Por que você ficou no caso mesmo quando teve oportunidade de sair, por que você abandonou tudo para vir para cá e por que fala comigo?

-Eu tenho um objetivo que tenho que cumprir, eu não sairia desse caso por nada se não cumprisse o que devo. Eu não abandonei tudo, apenas priorizei o caso. E sobre o porquê eu falo com você? Bom eu não sei explicar. Acho que é minha vez de fazer as perguntas. Ryuuzaki, o que fará quando morrer? Quem irá te substituir?

- Eu já tenho o escolhido. Não posso fornecer informações dele. ele disse e comeu mais um pedaço de seu cheesecake.

-Como esperado. Você sempre pensa nos detalhes. disse pensativa - Sempre...

-Algum problema? ele me perguntou arqueando uma de suas sobrancelhas.

-Nada. É só que eu queria fazer algo não planejado. É tudo muito certo, muito previsível. Ter a sensação de já saber o que irá ocorrer não é como a emoção da surpresa. É muito melhor quando não se vive com todos os movimentos calculados. Levantei-me e fui em direção ao pôr-do-sol, me apoiando no pequeno muro de concreto que delimitava o fim do perímetro. É só uma besteira. Um pensamento bobo.

-Você quer algo fora dos padrões, algo que não seja previsível certo? ele disse se levantando.

-É... É por aí. ele começou a andar em minha direção. Ryuuzaki? Ryuuzaki? O que vai fazer? Para onde...

Quando ia acabar de falar ele colocou as mãos suavemente em minha cintura e levou meu corpo contra o seu, ele tocou seus lábios levemente contra os meus. Meus olhos se fecharam e eu agarrei a blusa dele. Foi um beijo doce, e calmo. Com minha mão livre acariciei seus cabelos, ele era macio e proporcionava uma sensação boa ao toque, ele por sua vez, me envolvia cada vez mais em seus braços, nossas respirações estavam se misturando e pela primeira vez em minha vida, senti que estaria segura, como eu queria que este momento durasse para sempre. Nossos pulmões começaram a reclamar, e tivemos de nos afastar um do outro, apoiei minha cabeça em seu pescoço até recuperar todo meu fôlego. Nos afastamos um do outro depois de certo tempo, onde olhei para ele tentando achar alguma explicação.
Ele simplesmente deu o sorriso mais contagiante que já vi e disse:

-Isso foi imprevisível o bastante? ele disse sorrindo. Não briguei, não gritei, não falei nada. Só fiquei ali, comtemplando aquele sorriso com uma de minhas mãos ainda agarrada a sua blusa branca.