De repente a porta se abre em um baque e a tira de seus devaneios. Vera mãe de Mônica olhava preocupada para filha, com aflição Mônica a abraça e aperta com força há deixando um pouco sem ar. A jovem vê seu irmão Pedro e seu pai Paulo se aproximando e os abraça também.

A cena terna é interrompida por Vera que começa a repreender Mônica, fazendo mil perguntas, numa histeria frenética. A garota se vê encurralada não sabe o que falar para a mãe não queria mentir, mas não podia falar que um monstro que ela achava ser um vampiro tinha mordido seu pescoço e prometido sequestrá-la em um ano.

Alguma coisa no pescoço de Mônica doía; uma dor chata que parecia a sensação de um hematoma roxo que se apertava a fez então se lembrar de levantar um pouco mais a gola do casaco que Damon colocara nela.

Sua mãe fez todos os tipos de perguntas imagináveis e a todas elas a garota respondeu tirando criatividade da poucas forças que restavam em seu corpo, porém quando chegou à pergunta sobre o casaco Mônica ficou sem resposta, ela forçava alguma ideia, mas não vinha nada na cabeça, resolveu por falar que era do irmão de Jaqueline, pois até agora sustentara a história que tinha ido à casa de Jaqueline ao invés de ir ao inglês.

Pareceu que a mãe acreditou, entretanto Vera prometeu para Mônica um castigo de duas semanas. Depois dos sermões da mãe, foi para o seu quarto dando um beijo de boa noite em seu pai e um abraço no irmão que a olhou assustado pela sua atitude.

Mônica adentrou seu quarto caminhando até o banheiro; tirou sua roupa, abriu o chuveiro, e deixou a água morna escorrer por sua cabeça, ensaboou cada parte de seu corpo lentamente chegando ao pescoço, o tocou e sentiu duas bolinhas altas que doíam com o toque, e começou a esfregá-las com força, mas parou porque sentiu dor e então as lágrimas vieram ao lembrar-se de Damon cravando os dentes pontudos em seu pescoço.

Enxaguou-se e saiu do Box enrolada em uma toalha. As lágrimas não paravam de cair, a menina se sentia usada, tensa, amedrontada. Vestiu seu pijama, penteou os cabelos, e se sentou na cama. Pensava em mil coisas, seus olhos ainda marejados pareciam conter areia, deitou a cabeça no travesseiro, tentou lutar com o sono, porém estava cansada e fraca demais, assim foi vencida e dormiu como um anjo à noite toda.