Capitulo Quinze

Capitulo 15

—Paris? Não acredito – disse assim que vi onde havíamos chegado, foi uma viagem rápida, e como passei a viagem inteira distraída beijando Alec, olhando-o ou simplesmente deitada em seu peito, nem me lembrei de querer descobrir onde iriamos.

—Quer lugar mais romântico do que passear pela cidade luz? – Alec me falava com tamanho brilho nos olhos que me deixava encantada.

—Alec Volturi, um perfeito romântico... Amo isso- falei beijando seu pescoço, rosto até chegar à boca.

—Vocês dois podiam parar um pouco, já estou ficando enjoada com tanto mel. – falou Jane com uma cara teatral de revolta.

—Por favor Demetri, mostre a minha cunhada como é bom dar uns beijos apaixonados às vezes...

—Com certeza, vem aqui baixinha, vamos mostrar pra eles como se faz- disse ele sorrindo maliciosamente.

—Nem pense nisso... Está pensando que sou como as vampiras que você esta acostumado? – disse ela fingindo revolta. Eu e Alec não conseguimos segurar a gargalhada.

—Até o fim dessa viagem irei te mostrar que você é muito mais importante pra mim do que qualquer outra mulher da terra... – eu e Alec estávamos não aguentamos não rir mais ainda, é claro que ela estava doida por ele, só estava se fazendo de difícil pra deixar as coisas mais interessantes.

—Porque vocês não fazem igual a mim e a Ness, se entreguem logo ao amor e sejam felizes... – disse Alec dando uma piscadinha, ele realmente estava tentando dar uma forcinha ao amigo, só não acreditava se um dia isso iria rolar, ele apostava que não pra falar a verdade, do jeito que ele é ciumento, pensei rindo mentalmente.

—Eu já estou totalmente entregue cunhado- todos saímos do jatinho rindo da reação de Jane, que ficou fazendo um biquinho, como se realmente estivesse pensando no caso.

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Tudo era tão lindo, eu nem conseguia imaginar viagem melhor. Nós estávamos hospedados em um hotel de luxo em frente à torre Eiffel. Eu não podia imaginar algo mais lindo. Eu e Alec estamos em um quarto só nosso, oque me deixava muito feliz e ao mesmo tempo apreensiva. Eu o amo, e tudo que eu quero é estar com ele, mas sinceramente por mais que eu queira não consigo deixar nada de mais acontecer, só de pensar eu meio que me sinto culpada. Eu queria poder ser igual a meus pais. Me guardar essas coisas, claro que é antiquado e piegas mas fazer oque? Eu só quero me entregar ao Alec no momento em que eu tiver certeza de que nada na vida irá nos separar, e como eu diferente dele acredito em um Deus essas coisas, acho que nada mais justo eu me entregar a ele no tempo certo. Sei que ele esperará esse dia chegar por mais que demore alguns anos...

—Nessie? – me chamou Alec, vindo da sala para a imensa varanda onde eu estava sentada num maravilhoso sofá de canto que dava direto para a torre Eiffel.

—Sim amor? – respondi encantada com a beleza dele, cada dia ele fica mais lindo, mesmo sem eu saber se isso é possível.

—Jane está doida para ir às compras, você sabe como ela é né? Então como está nublado sem nem um raio de sol, eu fiquei de vim perguntar pra você oque você prefere fazer primeiro... Eu estive pensando em irmos a alguns lugares turísticos, mas você que decide se iremos antes ou depois das compras...

—Antes, com certeza! Conhecendo a Jane assim que ela pisar nas lojas só sai de lá quando não existir nada mais a venda. – eu disse rindo e ele me acompanhou se jogando no sofá e me pagando em um beijo de tirar o folego.

—Falando mal da cunhada pelas costas Renesmee Cullen, que decepção. - falou Jane com uma cara de quem se sente traída acompanhada por Demetri que vinha rindo atrás dela.

—Não exagera Jane, você sabe que sou realista. E Demetri se prepare essa loira ai vai te levar a falência. Ah e parabéns! – eu disse sorrindo maldosamente para os dois. Alec me olhou sem entender.

—Parabéns pelo que meu anjo?- ele perguntou meio confuso, Demetri meio que gelou atrás de Jane e eu sorri.

—Ah meu lindo, pensei que já soubesse sua irmã não aguentou e teve que se render aos encantos de Demetri. – Alec olhou para ele fuzilando-o de ciúmes.

—Renesmee, se eu não te amasse tanto te mataria aqui mesmo. – tenho certeza que se pudesse Jane estaria corada nesse momento.

—Alec, cunhadinho, você sempre soube que um dia ou outro isso iria acontecer. Eu sou ótimo! – disse ele rindo satisfeito e abraçando Jane por traz.

—Cala a boca Demetri – disseram os gêmeos juntos e caímos na gargalhada.

Nunca pensei que pudesse me divertir tanto com esses vampiros que tanto amo. Como o mundo dá voltas. Nós realmente parecemos dois casais de adolescentes curtindo uma viagem romântica a Paris. Em todos os lugares que passamos tiramos dezenas de fotos... Hoje foi o dia dos museus e igrejas seculares, tudo é lindo em Paris, ainda mais com Alec ao meu lado. Depois de umas mil fotos e várias risadas decidimos ir finalmente ás compras para a euforia de Jane, por mais que ela estivesse amando aproveitar cada oportunidade de beijar o Demetri, ela não conseguia parar de falar das novas coleções de inverno, dos casacos, bolsas, perfumes e tudo mais que ela planejava comprar aqui.

O shopping que fomos era enorme, Jane quase pirou e Alice iria enlouquecer aqui. Começamos a entrar em várias lojas, depois de uma hora Alec e Demetri já estavam com as mãos cheias de sacolas e a paciência se esgotando também... É claro que eu tinha um cartão de crédito bem gordo que meu pai me dera, mas Alec estava fazendo questão que eu usasse o dele, eu particularmente não queria, mas ele insistiu então, coitado dele.

—Mi vita... Acho que eu e Demetri precisamos levar essas coisas para o carro, daqui a pouco vão começar a desconfiar da possibilidade de aguentarmos tanto peso – disse ele rindo.

—Tudo bem amor- eu disse dando um beijo para me despedir dele – já estou com saudades.

—Eu também meu anjo, nos vemos no restaurante do ultimo andar, daqui a 2 horas pode ser? Eu e o Demetri vamos ficar por ai...

—Tudo bem Alec, só abre o olho com as Francesas. – eu disse seria e ele riu.

—Só tenho olhos para você mi vita!

—Acho bom mesmo, se não você corre o risco de ficar sem eles. – eu disse rindo.

—Faço minhas as palavras da Ness Demetri, você que se atreva, eu te conheço há 500 anos então...

—Só existe você em meu coração- disse ele enquanto dava um abraço e um beijo em Jane.

Os meninos foram embora e Jane aproveitou para ir direto a uma loja de lingerie. – eu a encarei feio e constrangida, não queria ficar naquele lugar.

—Ah qual é Ness... Você e o Alec nunca? – perguntou ela com os olhos arregalados.

—Claro que não Jane. – olhei pra ela quase roxa de tanta vergonha.

—Nossa como meu irmão é antigo...

—Por isso que o amo, ele me respeita e sabe o tempo certo para tudo.

—Tá legal Ness, mas eu não tenho esses problemas e muito menos Demetri, e pra ser sincera acho que um dia você e meu irmão vão fazer, então não custa nada ter umas peças guardadas, até porque não é todo dia que se pode comprar renda francesa na França não é?

—Tudo bem. Só espero que Alec não veja essas coisas- eu disse tentando controlar o rubor.

Pra ser sincera as coisas eram todas muito lindas, iam das românticas até as mais ousadas. As mais sensuais é a cara da Jane. Ela fez a festa com peças vermelhas, roxas, pretas, meia arrastão e várias coisas que eu nem sabia que existia. Eu preferi ficar com peças mais românticas, rosas, azuis, até peguei algumas pretas. Me apaixonei por um espartilho preto e vermelho, uma camisola de tule branco que era uma graça e uma vermelha longa e transparente que com certeza combinava com os olhos de Alec, era no mesmo tom, comprei outras coisas mais básicas também como baby dolls, etc. Saímos da loja cheias de sacolas, com Jane falando das diversas maneiras que ela pensava em usar aquelas roupas para seduzir Demetri ainda mais. Se vampiro pudesse enlouquecer ela com certeza o deixaria louco. Entramos direito em uma loja de bolsas de grife, eu não curto muito bolsas, mas minhas tias sim, acho que vou levar um presentinho para elas. Peguei uma vermelha, linda que é a cara da tia Rose. Fiquei olhando outras na loja e vi outra delicada uma era na cor creme e outra de um rosa bem leve, fiquei em dúvida entre as duas e no mesmo instante o meu celular tocou.

— Oi tia Alice- eu falei de imediato.

—Até que fim você pensou em mim sobrinha desnaturada- disse ela rindo da minha cara.

—Ah tia você sabe que eu te amo. Eu nunca ia me esquecer de você.

—Sei que não. Eu amei a rosa. Mas traz também a creme a Esme vai adorar.

—Tudo bem, eu levo sim. Espero que ela goste.

—Vai sim. Só me fala uma coisinha dona Renesmee: quando você esta esperando usar essa dezena de lingerie que acabou de comprar? – ela falou num tom irônico que me fez ficar roxa na hora.

—Tia, para de ficar falando essas coisas. – quando falei isso ouvi alguns ruídos no outro lado da linha, vixi, mau sinal...

—Renesmee Cullen, que papo é esse de lingerie? Você não tem idade para essas coisas! – disse meu pai com um tom de irritação, pude até imaginar em como esta a cara dele neste momento, se não fosse constrangedor eu estaria rindo muito.

—Ai pai, você não tem mais oque fazer com a mamãe não é? – eu disse tentando me esquivar dos ciúmes dele, e ouvi minha mãe rindo.

—Filha, não liga para o seu pai, ele é um velho e você sabe disso... Ele me fez sofrer até o casamento – disse ela rindo sem parar e ouvi os outros rindo também

—Te amo mãe!!! – eu disse quando ia desligar e ouvi meu pai gritar do outro lado da linha que mataria o Alec enquanto todos riam dele, ouvi Emmett falando pra ele se preparar para ter netinhos e a ligação terminou.

—Sua família é uma comédia Nessie. – falou Jane rindo enquanto pegávamos as sacolas com as bolsas.

—Eles são ótimos eu os amo muito. Ainda falta meia hora para encontrarmos nossos namorados e eu estou com fome, podíamos ir indo na frente e eles nos encontram lá, oque acha?

—Por mim tudo bem, já temos muitas sacolas, se andarmos com mais vão desconfiar.

O restaurante onde estávamos era bem elegante e tinha uma vista linda para o rio sena. As luzes da cidade davam um brilho todo especial em todos os lugares. Ao chegarmos fomos recepcionadas por um metre muito simpático, ele nos levou a uma mesa que tinha um belo sofá de canto aconchegante que ficava ao lado da janela panorâmica. Daria para sentar seis pessoas ali tranquilamente, porém ocupamos grande parte do lugar com nossas sacolas, deixamos apenas as cadeiras da frente, onde seria o lugar dos nossos namorados. Logo o garçom da nossa mesa se apresentou aparentemente desnorteado devido a nossa beleza.

—Madames, oque desejam pedir?

—Gostaria da sugestão do chefe por gentileza. – eu disse e Jane demostrou não querer nada no momento.

—Em minutos trago seu pedido- e saiu olhando para traz várias vezes. Eu e Jane não aguentamos e tivemos que rir, os humanos são tão engraçados na nossa presença. Meu prato chegou rapidamente, como eu realmente estava com fome, logo comecei a comer, estava delicioso.

—Com licença madames, trouxe-lhes bebidas enviadas de cortesia para vocês – disse ele deixando na mesa dois drinques vermelhos, com morangos em volta, pelo cheiro parecia sem champanhe misturado a alguma outra bebida. Assim que o garçom saiu, eu e Jane nos olhamos desconfiadas. Foi ai que surgiram dois rapazes na nossa frente. Eles eram loiros e tinha olhos claros, até que não eram feios, mas nunca chegariam aos pés do meu Alec. Eles sem pedir sentaram se em nossa mesa.

—Olá meninas, oque as duas beldades estão fazendo em Paris? – perguntou um dos homens.

—Compras, caso não tenham percebido. –disse Jane provocando o rapaz, ela realmente gosta de joguinhos.

—Com certeza percebemos. Bom deixe-me nos apresentar, eu sou Robert e esse é meu amigo Henry – disse ele sorrindo.

—Sou Jane e essa é minha amiga Renesmee. – eu a olhei desconfiada arqueando a sobrancelha, oque essa doida esta fazendo?

—E vocês rapazes oque fazem na cidade luz, aparentemente não são daqui?! – perguntou Jane dando espaço a eles.

—Somos do Canadá. Sinceramente viemos descobrir se é verdade que as verdadeiras paixões são encontradas em Paris, pelo visto deve ser verdade, porque pelo menos a beleza eu já encontrei aqui... – disse Robert encarando Jane, enquanto o amigo dele dava uma piscadela para mim, eu realmente não estava acreditando no que esta acontecendo.

—Nossa que piegas vocês não têm outras garotas para atrapalhar? – eu perguntei, tentando me livrar deles. Jane riu.

—Tão linda e tão mal humorada- disse Henry sorrindo para mim – Eu posso te ajudar a encontrar a felicidade minha linda, afinal de contas estamos em Paris.

— E eu posso te ajudar a encontrar a morte, se você não parar de dar em cima da minha namorada agora! – disse o Alec de traz de Henry, o rosto dele estava sombrio, se eu o conheço bem ele esta se segurando para não fazer alguma besteira.

—Vocês têm cinco segundos para sair dos nossos lugares e sumir daqui, ou eu não respondo por meus atos – disse Demetri com ódio nos olhos, ele estava morrendo de ciúmes.

Os rapazes ficaram brancos de medo – não consegui me conter e comecei a rir.

—Rapazes, acho que o tempo de vocês terminou. Obrigada pelas bebidas. – disse Jane sorrindo maliciosamente, essa menina é cruel.

De-desculpe, n-não sabia que vocês estavam acompanhadas – e saíram correndo de lá – no mesmo instante os meninos sentaram em nossa frente e eu e Jane começamos a rir sem parar da cara deles.

—Não estou vendo graça nenhuma Renesmee, você pede para eu ficar longe das francesas enquanto você faz a festa com aqueles ali? – ele estava morrendo de ciúmes.

—Você fica mais lindo com ciúmes meu amor. Para de ser bobo, você sabe que só existe você em minha vida. – ele relaxou um pouco com minhas palavras.

—Sabe Alec, eu posso rastrear aqueles caras, eles nem são rápidos, acho válido irmos fazer um lanchinho com aqueles idiotas – disse Demetri seriamente. – Alec parecia pensar no assunto e eu olhei seriamente para ele.

—Vocês não vão a lugar algum, ou querem dar chances para outros se aproximarem? – disse Jane com um sorrisinho angelical – e sem falar que se me deixar sozinha vai perder a surpresa que tenho pra você.

—Que surpresa? –disse ele animado.

—Bom, acho melhor pedir a conta né, já que estou bem alimentada e já ri o suficiente. –eu disse dando um sorrisinho para a Jane.

—O que você está aprontando irmãzinha? – perguntou Alec curioso.

Dessa vez eu respondi por ela – Amor vai por mim, você não precisa saber. – Demetri ficou com os olhos brilhando ao imaginar oque seria Alec fechou a cara eu e Jane rimos dele pra variar mais uma vez.

Menos de meia hora depois já estávamos no nosso quarto, fui para o closet e escondi aquelas coisas íntimas que tinha comprado, eu não queria que ele encontrasse, já era o bastante eu dormir ao lado dele todos os dias sem fazer nada, imagine ele vendo aquelas coisas, tentação demais até a para mim.

Tomei um banho de banheira bem relaxante enquanto Alec assistia tv. Coloquei um pijama de seda verde mar com umas rendinhas delicadas que comprei hoje, ele não era o tipo sexy, então acho que não teria problema em usar.

Assim que sai do banho Alec me olhou dos pés a cabeça. Eu corei. Bom, será que eu estava enganada quanto a minha ideia de sexy? Espero que não.

—Que foi? Nunca viu? – perguntei rindo da cara dele – quer um balde meu amor?

—Renesmee, um dia você vai me deixar doido. Oh se vai! - Assim que disse isso ele me puxou para cama, me pegando em um beijo quente e apaixonado. OMG, eu nunca estou pronta para as coisas que ele me faz sentir. Nossos beijos vinham ficando mais ousados, Alec passou a mão pela minha coxa me puxando para ele... Eu tinha que me conter se não as coisas não iam prestar, e eu ia incendiar o quarto com certeza.

—Huum, Alec amor... – ele me olhou nos olhos intensamente, com os olhos cheios de paixão.

—Oi mi vita- disse ele tentando se recompor, respirando para clarear as ideias.

—Não podemos sabe... Eu te amo, e quero muito você, mas não posso... – eu disse deixando as palavras morrer era tão difícil falar isso quando eu estava queimando por dentro, enquanto meu corpo pedia mais dele.

—Eu sei meu amor, tudo ao seu tempo. Eu nunca faria nada que você não quisesse, sem que você esteja pronta – ele falou com tanto amor e ternura que era difícil não me derreter.

—Você é muito mais do que um dia eu pensei em ter... Nunca nem sonhei de encontrar alguém como você. Eu te amo muito.

—Amo você eternamente, mi vita! – exclamou ele me beijando delicadamente.

E eu dormi nos braços do homem que eu amo, sentindo ele ali, como se fizesse parte de mim.