Quando o almoço ficou pronto, Anne foi colocar a mesa em quanto eu fiquei parada apenas observando, até que do nada Marilla aparece em meu lado:

—Merlya, você se incomodaria de levar este prato para Jerry?

—Claro que nao senhora Cuntbert.-Falo e ela sorri, logo retribuo e pego o prato.

Quando saiu da casa vou em direção ao celeiro e logo vejo o pequeno trabalhando, ele nem percebe a minha presença:

—Ham, ham.-Faço com a garganta e logo ele me olha.-Comida.-Digo levantando o prato.

—Ah sim, obrigada .-Fala pegando de minha mão.

—Por nada, agora preciso ir, estou com muita fome.-Falo com a mão na barriga e ele ri de meu ato.-Não ria, se eu não comer irei desmaiar.-Falo com a mão na testa agora e saindo de la.

—Exagerada.-Escuto ele dizer antes de sair completamente do Celeiro.

Quando entrei na cozinha, vi todos sentados, me sentei junto a eles em quanto Marilla servia e Anne falava sobre algo, comecei a perceber que legumes nesta época era super valorizados, não que eu não goste de legumes, mas com certeza beterraba nunca vai passar pela minha boca e instantes depois não ser jogada longe, pelo menos hoje ela não se encontra na mesa.Depois de um tempo Marilla fala;

—Mattew, quando terminar de comer ja pode arrumar a carroça para irem a cidade.-Fala e ele concorda com a cabeça.

—Você ira conhecer toda Avonlea nesta viajem, será emocionante, pena que não irei com você, claro, se Marilla não mudar sua opinião até la.

—Não Anne, teremos serviços a fazer e sinto que receberemos um visita.

—Que visita Marilla?-Pergunta a ruiva, admito que também estava curiosa.-Alguém conhecido que mereça a nossa total atenção?

—Se por acaso, eu estiver certa, você verá.-Fala terminando o assunto, então tomo iniciativa para começar outro.

—Existe algum lugar que possam me indicar?

—A uma loja que vende tecidos que pode te agradar, de qual quer modo tente achar outras alternativas.

—Além disto, você pode trabalhar como aprendiz de costureira e fazer vestidos com mangas bufantes para bailes .-Fala Anne conseguindo de fato me animar mais.

—Irei ver o que acho, só espero achar algo.-Falo e Anne começa a me motivar, o que me faz sorrir.

Quando acabamos de comer as ajudei tirando os pratos em quanto Mattew ia arrumando a carroça, quando vejo estar tudo pronto, me despeço e vou até a parte de fora, Anne me deseja boa sorte e assim Mattew aparece e me ajuda a subir.

Nos primeiros instantes fico apenas em silêncio pensando no que falar o como agir quando chegar no centro, então eu vejo, um lago lindo refletindo o sol na água:

—Nossa este lugar é incrível.-Digo não me controlando.-Como o sol bate na água e ela reflete a luz, é hipnotizante .

—Este é o lago dos Beers.-Fala e eu me surpreendo, ele realmente falou comigo!?Trato logo de responder.

—Ah sim, o lago das águas cintilantes em que Anne se referia, não a julgo, ela esta certa quanto ao nome.-Falo e vejo um sapo pular bem perto de mim, me dando um susto me fazendo agarrar no homem ao meu lado, logo percebo o que fiz e me solto, ele estava me olhando como se fosse louca.-Desculpe, eu tenho medo de sapos e aquele quase veio em meu colo.

Ele concorda com a cabeça e olha para frente.Ao decorrer do caminho eu tentava de algum modo puxar assunto, mas Mattew sempre concordava com a cabeça ou dava respostas pequenas que quase sempre encerravam o assunto, eu sabia que ele tinha vergonha e tudo mais, mas eu queria tentar pelo menos.

Quando chegamos ao centro, Mattew me mostrou diferentes lojas apenas pelo olhar, até que o escuto dizer:

—Terei que resolver alguns assuntos então...

—Pode deixar senhor Cuntbert, verei as lojas depois voltarei até este mesmo ponto, pode ser?-Ele concorda com a cabeça, desço com cuidado para não cair, alizo com as mãos meu vestido e quando me vejo pronta, me viro o vendo guardado a carroça e falo.-Até mais.-Sorrio e ando pela rua observando tudo, até que acho uma loja de tecido, entro nela e procuro alguém no balcão, até que uma mulher aparece sorrindo.

—No que posso ajudar?

—Eu gostaria de saber se a senhora teria uma vaga de ajudante para me disponibilizar.

—Ah sim, lamento senhorita mas não poderei ajudar, contratei Meredith ontem e não terei como pagar ambas.-Fala e eu sorrio.

—Tudo bem, sabe me informar onde poderia achar algo?

—não querida, desculpe, mas pergunte sei que achará algo.

—Certo, obrigada.-Digo em quanto saia da loja, suspirei e fui para a proxima.

Depois de ter passado pela quinta loja e ser rejeitada em todas me sinto triste mas continuo, quando paro de frente a próxima me alegro por conhece-la, era a mesma loja que Mattew comprou o vestido de Anne.

Ao entrar escuto o sininho tocar e logo uma mulher de aparentemente 50 anos aparece em meu campo de visão:

—No que posso ajudar senhorita?

—Ola, eu estou a procura de um emprego, se puder me ajudar eu ficaria muito grata, pois é urgente.

—Deixe-me ver.-Fala espreitando os olhos e me olhando.-Merlya estou certa?

—Sim.-Digo meio confusa.

—Rathel me falou de você, na verdade creio que agora quase todos sabem de sua chegada.-Fala e sinto minhas bochechas ficarem vermelhas.

—An, não sabia que eu estava tão popular.

—Cidade pequena, mas fique tranquila, ela me falou muito bem da senhorita.-Fala e eu solto o ar que nem ao menos sabia que segurava.-E ao saber de tudo que lhe ocorreu, ficaria feliz em lhe ajudar.

—Então poderei trabalhar aqui?-Falo sorrindo muito.

—Sim.-Diz e sem pensar a abraço.-Nossa.-Diz e eu me separo.

—Desculpe, estou muito feliz.

—Que bom querida, agora que tal estabelecermos tudo?-Logo concordo.-Siga-me, vamos ao meu escritório.

Ao entrarmos na sala, me sento a sua frente, ela se ajeita em seu lugar e logo se vira para mim novamente:

—Bem, de principio, quando ouvi falar de tudo que passou eu senti na missão de ajuda-la, pois minha melhor amiga, depois que os pais morreram foi pega nas mesmas condições que você e alguém a ajudou assim como estou a ajuda-la.-Diz e eu a escuto com a maior atenção.-Mas agora o importante.-Fala pegando um papel.-Em relação a quantidade de horas para se trabalhar, ja que tera a escola de manhã...

—Senhora, eu não estou com o pensamento de ir a escola.

—Como assim?Uma dama de sua idade deve frequentar a escola.

—Mas...

—Sem mas, so contratarei a senhorita apenas se dedicar um tempo aos estudos também .-Suspiro e vendo que ela não estava brincando continuo.

—Tudo bem.

—Certo, voltando, poderá vir as 13:30 da tarde, tempo o suficiente para almoçar e vir, ficando até as 18 horas, o horário que se fecha normalmente.

—Esta em total agrado senhora.

—Ótimo, agora o pagamento.-Fala e ja me animo.-Eu pensei em 7 dólares semanais.-Fala e meu sorriso desmancha.

—Como?-SETE DOLARES!?