Por um monumento eu parei para refletir as palavras ditas por Sr Rathel, nem os livros, nem séries, nem filmes, nada se quer falava sobre a mae de Guilbert, agora saber que seu nome era Sofia, foi uma grande surpresa.

—Como aconteceu isto? -Foi o que saiu de minha boca.

—Sua história de amor foi bem diferente, mas me lembro perfeitamente de ver uma mulher mulata entrar em nossas terras e surpreender a todos.

—Mulata!?

—Sim, ninguém acreditou ao certo, mas víamos nitidamente seu amor por ela, ainda acho que a mais afetada foi Marilla.

—Por que acha isto? -Pergunto já imaginando o por que.

—Marilla teve um caso quando mais nova com John, eles formavam um lindo casal. - Ela suspira. -Quando ela viu Sofia a desprezou de uma maneira, que ela não admite, mas se culpa até hoje.

—imagino, Marilla É uma mulher tão boa. -Então imagino como ela seria do século XXI, uma mulher tão independente que não dependeria de homem.

—Sim, minha amiga se perdeu no tempo de encontrar o amor quando seus pais morreram. - Ela olha para o nada como se tivesse se lembrando de algo. -Mas enfim, voltando a história principal, ao decorrer do tempo ela começou a ser mais aceita e não vou negar, suas conversas eram motivantes, mas então uma doença a atingiu de uma maneira muito rápida, ninguém entendeu.

—Guilbert tinha quantos anos?

—10 anos.

—Nossa, ele já era velho.

—Sim, foi realmente triste a cena do marido e do filho, chorando debruçados sobre o caixão.

—Então depois disto eles viajaram.

—Sim e estão de volta, John está doente assim como Sofia, não imagino como está sendo para Guilbert.

—Eu consigo imaginar. -Digo e ela me olha.-Minha história foi bem parecida, mas o pai dele ainda o ama.

—Me desculpa querida, havia me esquecido disto.

—Nao foi nada, eu já me acostumei. -Digo soltando um risada por ver sua feição desajeitada.

Então falamos sobre coisas aleatórias até ouvirmos uma carroça se aproximar e logo alguém bater na porta:

—Deve ser Marilla. -Me levanto e vou até a porta sendo acompanhada por Rathel.

Ela abre e então Marilla a olha com uma expressão esquisita com Matteu a seu lado.

—Está tudo bem Marilla? -Rathel pergunta também estranhando a feição de sua amiga.

—Anne. -Ela diz e logo Rathel suspira.

—Eu já sei de toda história por favor entrem.

—Eu... -Fala Matteu. -Ficarei esperando aqui fora.

—Também irei ficar aqui, então vocês conversam mais a vontade.

—Ótimo.

Então as duas entram e eu subo na carroça ficando ao lado de Matteu, tento me recordar o que estava acontecendo, então o rato no bolso vem como um baque em minha memoria, era triste pensar que uma criança como Anne, já tenha presenciado tudo isto.

Marilla logo aparece com uma expressão nada boa, sobe e então fica quieta, foi assim a viagem toda.

Ao chegar ela pede para eu ir a meu quarto em quanto ela conversava com seu irmão, concordo e subo me deitando em minha cama.

Anne passará por absurdos hoje é pretendo estar aqui para a ajudar.

Agora devia ser por volta das 10 hrs da manhã, ainda tinha coisas para se acontecer, Guilbert de certo modo logo faria a burrice de chama la de cenoura e aí tudo iria desmoronar.

Então do nada escuto a porta se fechando, vou até minha janela e vejo Marília caminhando por entre a grama em direção da saída de green gables.

Desço as escadas e vejo Matteu sentado tomando café:

—Marilla saiu?

—Sim, foi resolver um problema.

—Algo grave para preocupar voces?-Ele me olha e entao suspira, se levanta e vai até a porta.

—Sim, mas não precisa se preocupar. -Então saí.

Fico com raiva de não poder ver a expressão de idiota de Mr. Andrews quando Marilla a responde a altura.

Mas deves disto, me convenço de apenas sentar na sala e continuar a ler o livro, já que é a única coisa que tenho a fazer agora.

*********

Não demorou muito até Marilla chegar e querer começar o almoço, foi aí que escutei uma voz gritando pela menina ruiva no lado de fora.

Me levanto bem a tempo de ver a garota entrar e abraçar com tudo Marilla, que apenas a consola.

Ela chorava tanto, seus olhos estavam vermelhos e ve-la neste estado me deixou com uma raiva tão grande.

Quando ela se soltou e olhou para o lado me vendo, eu abro os braços e ela logo me abraça também.

—Tenha calma, tudo vai ficar melhor.

—Eu odeio a escola, nunca mais irei voltar para aquele lugar!

—Certo mas agora tenha calma. -Digo passando minha mão em seu cabelo.

Depois disto ela subiu e se deitou no seu quarto, no fim não quis comer.

Depois do almoço, me despedi dela e logo fui trabalhar.

O dia foi como todos os outros, mas de alguma maneira hoje o movimento estava sendo maior, então trabalhei mais ou seja, mais cansada.

Quando cheguei em Green Gables, Anne ainda estava um pouco cabisbaixa, mas de certo modo consegui a animar, contando a história de uma competição por um príncipe.

Depois que deitei na cama não me lembrei mais de nada, apenas queria descalsar.

Acordo com barulhos de pratos no andar de baixo, levanto feliz já que hoje era sexta feira, ou seja, último dia de trabalho, depois final de semana.

Vou até a cozinha desejando bom dia a todos e logo me sento a mesa, Anne ainda estava avoada, não falava tanto.

Depois do café a convenço de andarmos pelo campo, quando chegamos ficamos brincando de pular, dançar, de fantasiar contos de princesas e aí por diante.

Ao chegarmos em casa, ajudamos Marilla na limpeza e depois no almoço, no momento da refeiçao, Marilla falou que iria passar para resolver minha entrada na escola. Por fim já era hora de ir trabalhar.

Quando Jerry chegou, subi na carroça e segui viagem.