Pepper chegou à Torre Stark, arrancou seus sapatos, colocou sua bolsa sobre o sofá e foi direto para a suíte trocar sua roupa. Sabia que Tony estaria enfurnado na oficina, sempre fazia isso quando estava irritado ou triste e acabava fazendo mais armaduras. Ela já tinha parado de contar, talvez já tivesse mais de cem trajes. Enquanto ela colocava uma roupa mais confortável, pensou e um sorriso apareceu no seu rosto. Sabia como e aonde fazer com que Tony esquecesse um pouco do que havia acontecido.

Pepper saiu da suíte e foi em direção à oficina. Tony estava mexendo num dos seus carros, estava com o capô aberto e o motor todo pra fora.

—Como está o paciente Doutor? –ela disse entrando fazendo Tony rir.

—Foi difícil a cirurgia, mas ele vai sobreviver, vai ficar mais envenenado. –Pepper riu dele.

Desviou das peças que estavam no chão encostando-se à lateral do carro. Tony estava com as mãos sujas de graxa, usava um jeans e estava sem camisa e o rock estava em alto e bom som.

—Hum... Sem bebidas... –Tony olhou para ela erguendo a sobrancelha. –Bom sinal! Sinal que está se recuperando.

—Tá...não precisa falar nada, ok Senhora Sabichona. –ele suspirou. –Você estava certa.

—Sempre estou, mas você nunca me ouve. Eu sei que você tentou, infelizmente é da sua natureza ser tão... –Pepper procurou a palavra e Tony a olhou esperando a resposta. –Passional. –ele sorriu e abriu os braços como que dizendo “Fazer o que, sou assim.” -Essa cirurgia vai demorar quanto tempo ainda? –Tony olhou ao redor.

—Não sei, por quê? –Tony deferiu um olhar sacana para ela.

—Deixa de pensar besteira, Deus... Porque nós vamos viajar. –Tony sorriu para ela, largou a peça que estava na mão, ficando de frente para Pepper.

—Pra onde? –disse olhando nos olhos dela.

—Malibu. –Tony abriu um sorriso enorme. –Você precisa de sol e mar para desestressar. –deu um sorriso arteiro e continuou. –E eu.

—Combinação mais que perfeita. –ele olhava para ela e acabou falando. –Eu te odeio por me conhecer tão bem. –Pepper sorriu, Tony podia ter seus defeitos, mas tinha uma memória impressionante, principalmente se tratando de Pepper. Pepper não resistiu e o beijou apaixonadamente.

—Pep, estou com as mãos sujas... –disse morrendo de vontade de tocá-la. Ela deu um sorriso sexy pra ele enquanto o beijava.

—Eu sei...

—Ah dane-se. –Tony passou a mão pelas costas dela, aproximando mais seus corpos, Pepper ria. A beijou com volúpia, tinha necessidade dela, como o ar. Pepper disse rindo.

—Essa camiseta é sua e se ficar suja de graxa e não sair, não venha me culpar Senhor Stark.

—Eu compro outra, mas eu precisava disso agora, te sentir. Obrigado por você existir. –Pepper corou.

—Vamos.

—Mas... –ele mostrou as peças do motor no chão.

—Quando voltarmos você termina. Nosso voo sai daqui duas horas. –Pepper foi se afastando dele, Tony riu vendo a camiseta toda suja de graxa. Olhou para o seu carro e disse.

—Meu querido! –Tony olhou com carinho para seu carro. -Termino você quando eu voltar, porque a Senhora Ardida ali realmente me tem nas mãos. –disse indo atrás de Pepper, que ria da fala dele.

(...)

Depois da conversa com Pepper, Peter realmente fez o que ela lhe sugeriu. Aproveitou sua adolescência, seus amigos, suas coisas. Voltou a ser Peter Parker e não o Homem-Aranha. Ainda ajudava as pessoas como o amigo da vizinhança, mas evitava intervir em coisas mais sérias. Por um tempo ele se esqueceu do abutre gigante. Peter saía do banheiro e Liz estava arrumando um cartaz sobre o baile que teriam naquela semana na escola.

—Oi Peter. –ela disse carinhosamente. –Que chato você na detenção.

—É...pois é... –disse um tanto envergonhado. –Estão muito legais os arranjos para o baile. –Liz sorriu para ele, Peter pensou “Deus, porque as mulheres nos desmontam com esses sorrisos?”.

—Você achou? Nossa, eu me enfiei de cabeça nisso, nem tive tempo... –ela parou de falar meio sem graça.

—Não teve tempo de quê? –ele perguntou sem entender.

—De pensar no baile, em alguém pra ir comigo. –nessa hora Peter engoliu seco e com uma coragem que ele não soube de onde veio falou.

—Hum... Eu também não tenho par. -ela o observava. –Liz... Quer ir comigo ao baile? –ela sorriu e Peter pensou “De novo esse sorriso...ela quer me matar.”

—Eu adoraria Peter! –ela disse com os olhos brilhando para ele.

—Le-legal! Eu te pego às 20h, tudo bem? –ela ainda sorrindo fez sim com a cabeça. Peter fez um tchau tímido pra ela, se afastava quando ela disse.

—Peter Parker! –ele se virou para olhá-la. –Eu gosto de você. –Peter sorriu para ela, apenas fez sim com a cabeça e saiu. Uma alegria invadiu seu corpo e ele realmente não sabia o que fazer com tanta felicidade. Peter fez a primeira coisa que veio na cabeça, escreveu para aquela que poderia o ajudar.

(...)

Malibu

Fazia três dias que estavam na mansão em Malibu. Pepper estava debaixo do guarda-sol e Tony nadava. A ideia dela tinha sido perfeita, Tony estava bem mais leve, ele amava Malibu e ela também gostava, principalmente do mar. Ela lia um livro quando seu celular vibrou. Ao ver que a mensagem era de Peter derrubou seu livro na areia de nervoso.

—Ai Meu Deus... O que será que ele aprontou agora. Se tiver filhos é ficar assim eu não quero. –disse para ela pegando o celular e vendo a mensagem.

De Peter para Pepper: Oi Sra. Potts! Preciso de uma ajuda, meio urgente.

Pepper gelou, pensou mil coisas, pensou em Peter todo ensanguentado ou todo quebrado ou cheio de balas de revólver. Ela levantou-se e Tony de longe percebeu que algo não estava bem, foi saindo do mar e indo na direção dela.

De Pepper para Peter: Peter!! O que foi? Você está bem?

Ela pensou um pouco e falou para si.

—Eu vou ligar para ele. Não dá pra conversar por mensagem. –viu que Tony se aproximava e disse mentindo “da empresa”, Tony aquiesceu e sentou-se na cadeira ao lado da dela.

—Sra. Potts!

—Peter! Está tudo bem?—Peter percebeu que ela tinha ficado apreensiva.

—Está tudo bem sim. Fique tranquila. Estou seguindo os seus conselhos. –Pepper abriu um sorriso. –Mas eu preciso da sua ajuda sim para uma coisa.

Pepper percebeu que ele estava meio sem graça.

—O que é Peter? Do que precisa? Não estou em Nova York, volto amanhã.

—Tudo bem, podemos nos encontrar amanhã? Depois da escola?

—Claro...—Peter lhe indicou um lugar, Pepper achou meio estranho, era um salão de dança. –Estarei lá.

—Tudo bem lá na empresa? –Tony perguntou olhando para ela quando desligou o celular.

—Tudo sim... Mas você sabe, quando o chefe se ausenta muito... –Tony a puxou para o seu colo.

—Já entendi, acabaram nossas férias. –disse beijando o pescoço dela. Pepper fez uma cara de infelizmente.

—Voltamos amanhã! –Tony aquiesceu e a puxou para um beijo quente.

—Tony! Você está molhado. –ele deu um sorriso arteiro.

—E daí, você também vai ficar. –dizendo isso a pegou no colo e foi em direção da água, Pepper se debatia nos braços dele, mas ele não largava.

—Anthony Stark! Nãoo... –nem deu tempo dela terminar a frase, Tony já entrava na água com ela. –Eu te odeio. –disse ainda no colo de Tony.

—Você tem que ser mais convincente. –dizendo isso a beijou e se perderam em águas profundas.

A última noite em Malibu, jantaram no restaurante que Pepper adorava e estavam deitados na varanda da mansão, o céu estava extremamente claro, com muitas estrelas e a lua estava maravilhosa. Deitados na mesma espreguiçadeira, Tony acariciava as costas de Pepper e questionou:

—Pep?

—Hum...

—Você acha que o Peter ainda está com raiva de mim? –ela suspirou.

—Não creio Tony. Adolescentes são explosivos no momento. –ela o encarou com um sorriso irônico. –Conheço alguém que também é assim. –Tony a apertou com um sorriso maroto. –Eu só acho que você deveria conhecer mais sobre Peter, e colocar um pouco mais de confiança nele. Eu sei que o que você fez foi pela segurança dele. –fez-se silêncio de novo.

—Pep? –ela riu.

—O que Tony?

—Você acha que... Ah deixa pra lá. –ele disse sem graça.

—Fala Tony, o que é? –ela ergueu a cabeça para olhá-lo.

—Você acha que eu serei um bom pai, um dia? –ela olhou nos olhos dele e o beijou profundamente.

—Eu tenho a certeza que será um pai zeloso até demais e extremamente ciumento. –ele sorriu para ela encostando sua testa na dela.

—Pep? –disse beijando os lábios dela, pescoço.

—Hum...

—Vamos nos despedir dessa cama!? –ao dizer isso a pegou no colo e foram em direção à suíte do casal. No caminho, em meio a carícias e beijos ele falou. –Eu te amo, demais.

(...)

Nova York

Peter aguardava ansioso pela chegada de Pepper. O Salão estava vazio, o dono do lugar era amigo de Peter, e emprestou a chave para ele, naquele dia não tinha aula no salão. Quando Peter escutou o barulho do sapato no salão ele olhou aliviado.

—A Senhora veio!! –disse indo em direção a ela.

—Esse “Senhora” ainda vai me infartar. Claro que vim. O que você precisa? O que estamos fazendo aqui Peter?

—Eu... –ele passou a mão nos cabelos. –Não sei dançar. –Pepper olhou confusa. –Convidei a Liz para ser meu par no baile e ela aceitou. –Pepper deu um grito de alegria, Peter riu.

—Quando você fez isso Senhor Parker? Quanta coragem!! Conta! –Peter começou a contar pra ela o que havia acontecido, como ele a convidou.

—E foi isso, você me ajuda? –ele disse sem graça.

—Com maior prazer! –disse sentando num cadeira e tirando os saltos. –Tem música nesse lugar? –Peter fez sim, pegou o celular e colocou uma música lenta.

Com o jeito só dela, Pepper explicou para Peter como ele deveria ficar. No começo ouve pisões de pé, tropeços, Peter com vergonha de colocar a mão na cintura de Pepper.

—Peter, põe a mão na minha cintura. –ela ria da cara dele de nervoso. –Tony não vai te matar, ele vai até adorar saber que você vai sair com a sua garota.

—Você disse a ele? –perguntou com um sorriso no rosto.

—Disse sobre você estar apaixonado e ele ficou mais empolgado do que eu.

Enquanto conversavam, Peter nem percebeu que estava dançando com Pepper, que começou a rir.

—O que a Senhora está rindo? –Pepper sorriu.

—Estamos dançando Senhor Parker. –ele olhou e ficou feliz. –É assim que você tem que fazer para distrair seu nervosismo.

Pepper ensinou alguns passos de músicas rápidas, mas disse que cada um dança como quer. Não há restrições, porém Peter preferiu um passo que ela ensinou, que era fácil e não tão chamativo. Após quase duas horas dançando, Pepper colocava os sapatos de novo e Peter passou de novo a mão na cabeça. Pepper pensou “igual ao Tony”.

—O que foi Senhor Parker?

—Er...preciso de outro favor...não tenho um terno. E não sei dar nó em gravata. –Pepper riu. –Eu ia pedir para minha tia, mas ela ia ficar histérica e não conseguiria me ensinar.

—Venha! Vamos às compras! –Peter pegou sua mochila com um sorriso enorme no rosto.

Passaram a tarde toda experimentando roupas, sapatos, camisas. Pepper o levou nas mesmas lojas que Tony comprava suas roupas. Pepper o ensinou a dar o nó na gravata e o atendente da loja mostrou-lhe outros jeitos para fazer isso.

—Quando será esse baile?

—Na sexta. Eu acho que estou esquecendo alguma coisa.

—No mesmo dia da mudança que Tony irá fazer.

—Mudança?

—Ah umas armas e coisas que Tony está mudando de lugar, ele vendeu a Torre Stark. Como você vai explicar essas coisas para sua tia?

—Ah, ela sabe do baile, mas não que eu convidei a Liz. Vou contar hoje. Sei que ela vai querer me ensinar a dançar, aí eu finjo que não sei e tudo bem. –Pepper riu dele.

—Você comprou a Corsage? –Peter olhou com cara de que nunca tinha ouvido falar nisso. –Pelo visto não... –Pepper riu e explicou o que era para ele.

—Eu não sei comprar isso...a Senhora pode comprar pra mim? –Pepper fez sim com a cabeça.

Deixou Peter em frente ao prédio dele que com dificuldade desceu com várias sacolas.

—Obrigado pelos presentes, não precisava.

—Quero saber tudo sobre o baile, hein. –Peter sorriu e fez um tchau para ela.

—Happy, será que o Tony ainda sabe comprar Corsage? –Happy riu.

—Tratando-se de mulheres, o Senhor Stark sabe de tudo. –Pepper riu e deu um tapa no braço dele.

Pepper pegou o celular e fez uma chamada de vídeo para Tony.

—Oi Pep! –ele atendeu com um sorriso.

—Tony, preciso de um favor.

—O que você quiser.

—Você sabe comprar Corsage? –Tony olhou intrigado para ela.

—Pra que você quer isso? Vai a algum baile? –perguntou desconfiado e Pepper riu.

—Eu não, mas o seu pupilo vai. –Tony abriu um sorriso enorme e malicioso.

—Como é a garota? –Pepper virou os olhos para ele. –É sério Pep, tenho que saber se é loira, morena, ruiva... Amo as ruivas. –Pepper fazia não com a cabeça para ele.

—Vou te mandar uma foto dela, espera. –Pepper clicou na foto e enviou para Tony.

—Uau! Ela é linda! Morena... Pena que não é ruiva. Mas o garoto tem muito bom gosto.

—Anthony Stark!? Isso é pedofilia. –Tony riu.

—Virgínia Potts! Pare de pensar besteira. Não troco a minha mulher por nada, ouviu, Mulher! Muito bem, faça o seguinte, sabe aquela floricultura que eu sempre te compro um buquê? –Pepper fez sim com a cabeça. –Chame a atendente Marisa, diga que Anthony Stark precisa de um Corsage, mostre a foto da menina para ela. –Pepper fez cara de que estava enciumada. –Pepper, para de pensar besteira de novo. Ela é uma excelente atendente. Sabe que flor dar a uma mulher pela cor da pele, e... –vendo a cara de brava de Pepper, ele disse. –Já disse que você com ciúmes me deixa altamente excitado?

—TONY! Happy está ouvindo.

—E daí, Happy sabe disso, já falei pra ele. –Happy fazia sim com a cabeça, deixando Pepper com mais vergonha.

—Deus, eu vou desligar tá, obrigada pela ajuda. –ela deu um beijo na tela e desligou. –Happy, você sabe qual é a floricultura, vamos lá.

(...)

Na sexta à noite, Peter estava extremamente nervoso e sua tia também. Pararam na frente da casa de Liz.

—Aqui estamos. Pegou a Corsage?

—Tá aqui. –mostrou para a tia.

—Você tem muito bom gosto Peter, eu achei lindo. –Peter sorriu para a tia. Mal sabia ela, que quem tinha comprado era a namorada do Senhor Stark.

—Bom, vou lá. –Beijou sua tia e saiu do carro.

Tocou a campainha da casa e aguardou. Quando a porta se abriu, Peter teve um choque. Nunca pensou em encontrar aquele cara ali.

—Oi, você deve ser o Peter! –o homem disse dando a mão para Peter cumprimentá-lo. –Adrian Tommes.

—Pe-Peter Parker.

—Hum, aperto forte, gostei. Venha entre, vou chamar a Liz.

Peter estava mudo. Nisso aparece a mãe de Liz.

—Peter, oi, entre, já vou chamar a Liz. Não deixe o Adrian te assustar, ele é um brincalhão. –Peter dá um sorriso amarelo para a mulher.

—Então Peter, quer uma bebida pra relaxar, um uísque, uma cerveja?

—Eu não posso beber Senhor. –o homem sorri para ele.

—Resposta certa meu garoto. Gostei. –o homem continua a cortar uma fruta sobre o balcão da cozinha quando se vira e diz. –Uau! Você está linda, não está Peter?

—Pai! Você me deixa sem graça. –Peter olha para Liz e fala.

—Você está muito bonita.

—Resposta certa de novo Senhor Parker. –a mãe de Liz sorri para a filha, pega a câmera para tirar fotos. Peter não conseguia sorrir.

—Bom , vamos indo, que eu ainda tenho que voar.

—Ele sempre viaja Peter. –disse a mãe de Liz, dando um beijo na filha. –Divirtam-se, curtam o baile.

—O Senhor não precisa levar a gente ao baile.

—Não tem problema nenhum, é caminho. Vamos, Pedro!

—Pai... –Liz disse encabulada. –Isso é pra mim? –ela diz vendo a Corsage na mão de Peter que a entrega meio sem graça. –É linda Peter, obrigada. –Liz beija a bochecha dele e vão em direção ao carro.

Durante o percurso até o baile, Peter não está à vontade. Aquele homem, o pai da menina que Peter gostava, era o Abutre.

—Então Peter, o que vai fazer?

—O que Senhor? –Peter se assustou com a pergunta.

—O que vai fazer quando terminar o colégio? Faculdade?

—Er... Não sei ainda.

—Peter está fazendo estágio com o Senhor Stark.

O homem olhou assombrado e curioso.

—Sério? Stark? Legal! –o homem começa olhar Peter desconfiado.

—Como você se sentiu lá em Washington? –Peter o olhou assustado. –Deve ter sido tenebroso não?

—Peter não estava com a gente pai. Aliás, aonde você foi? Você sumiu naquele dia.

—E-Eu não subi, fiquei lá no chão... Foi horrível mesmo. –a desconfiança do homem agora se transformara em certeza.

—Pai...semáforo!

—Muito bem chegamos! –Liz chamou Peter e o pai dela falou. –Vai indo na frente meu amor, vou ter uma conversa com Peter, conversa de pai. –Liz virou os olhos para o pai.

—Não deixa ele te por medo, é um banana. Tchau pai, boa viagem!

—Tchau querida, eu te amo, divirta-se.

Quando Liz fechou a porta do carro, o homem virou-se para Peter, com uma arma em punho.

—Muito bem...quem mais sabe?

—Sabe o que Senhor?

—Bom...você guarda segredos. Eu também tenho segredos. Sabe Peter, nada é mais valioso do que a família. E eu prezo muito pela minha. Não pensaria duas vezes em matar qualquer um que atrapalhasse os meus planos e isso envolve o dinheiro que eu ganho para a minha família. Por tanto, hoje eu vou te deixar vivo, para você nunca mais se meter nos meus negócios, por que se você se meter de novo, dessa vez, não saíra vivo. Eu acabo com você, com sua família, com as pessoas que você ama. Estamos entendidos?

—Sim Senhor.

—Ótimo. Divirta-se. Cuide da minha filha com respeito! Vai... –dizendo isso Peter saiu do carro e ficou parado na porta do baile sem ação.