De garoto a Vingador

Atos e consequências


Já passava das duas da manhã quando Tony entrou no apartamento. Largou a mala na sala assim como seu tênis, meias, a jaqueta e a camisa jogadas no chão e foi direto para a suíte. Parou na porta e a avistou dormindo profundamente. Ele sorriu e foi em direção ao banheiro se banhar. A vontade dele era de entrar nu debaixo daqueles lençóis, mas resolveu colocar a calça do pijama. Pepper sorriu ao sentir as pernas dele roçando nas dela e seu braço envolvendo seu corpo. Tony beijou seu pescoço.

—Humm... Fez boa viagem? Que horas são? –ela disse com voz sonolenta, passando a mão no cabelo dele.

—Fiz boa viagem, as horas eu não tenho ideia, deve ser umas 02:30h...eu só tenho certeza de uma coisa. –disse beijando o colo dela. –Que eu estou morrendo de saudade da Senhora. Muito... Muito mesmo... –Pepper virou-se para olhá-lo, Tony tinha um olhar vidrado no dela. Ela passou a mão no seu rosto, e o puxou para um beijo avassalador.

—Coincidência, eu também estou morrendo de saudade de você. –disse se aproximando mais do corpo dele e monta em Tony, beijando-o. Tony geme quando ela beija seu pescoço. Ela segue beijando seu queixo, morde o lábio inferior dele, beija o lóbulo da orelha, já sentindo a ereção dele próximo a ela. Pepper solta um sorriso maldoso para ele, e sussurra em seu ouvido.

—Já está animado assim, Senhor Stark? –beija o lóbulo da orelha de novo, passando as unhas pela lateral do corpo dele.

Tony vira o corpo e agora é ela que está sob ele, ela envolve as pernas nele. Passa as unhas nas suas costas o puxando para mais perto dela.

—Acho que não sou só eu que estou animado. –ele diz quando introduz sua mão no sexo dela e o sente molhado. Tony massageia o clitóris dela, Pepper segura firme nas costas dele cravando suas unhas, solta um gemido forte próximo ao pescoço dele o deixando mais excitado.

Pepper o puxa para um beijo enlouquecedor, Tony arfa já tirando a calcinha dela e a sua calça. Beija o ventre dela, os seios, encaixa-se entre as pernas dela sendo acolhido. Ambos gemem. Tony se movimenta devagar, como se quisesse senti-la mais e mais. Isso dava mais prazer a ela.

—Tony... –ela diz apertando suas pernas em volta dele e apertando suas costas. Ele geme contra a boca dela. Ele começa a movimentar-se mais ágil, mais forte, Pepper se agarra ao lençol da cama contraindo seu corpo. Diz o nome dele com desejo, Tony a beija. Sem parar o seu vai e vem frenético, faz com que Pepper chegue a um orgasmo intenso, logo ele também chega ao êxtase, espalma as mãos no colchão, próximo ao rosto dela e a beija apaixonadamente, intenso.

—Deus...você quer me matar? –ela diz e ele sorri para ela e a beija suavemente passando a mão no seu rosto.

—Só se for de prazer. –ele diz a puxando para seu peito. –Você consegue me deixar louco, como pode? –Pepper sorri deitada no peito dele e dá um beijo no mesmo.

Tony acaricia as costas dela com as pontas dos dedos.

—Que bom que você está de volta... –Pepper diz quase num sussurro. E Tony dá o seu sorriso maroto.

Logo ela está dormindo no seu lugar favorito, os braços dele.

(...)

Washington - DC

—Ned, você tem que me ajudar!

—Mas Peter, se o Senhor Stark colocou um rastreador deve ser importante.

—Não Ned, ele só colocou pra me controlar, mas como vou poder seguir o vilão e provar que estou certo se ele não deixar? –Peter estava em cima da cama gesticulando e muito bravo. –Ajuda vai? Eu tenho que perseguir os caras e com o rastreador não vai dar.

Ned suspira olha de novo para o computador dele e diz:

—Tá bem vai...vamos tentar. –Peter grita.

—Isso!

Os dois fuçam no traje até encontrarem o rastreador, Peter se encarrega de tirá-lo e colocar dentro da gaveta do criado-mudo no quarto, enquanto Ned conecta o traje no computador dele.

—Nossa, isso aqui é cheio de protocolos Pete.

Ambos olham para a tela e falam juntos:

—Protocolo bicicleta de rodinhas? –Os dois se encaram e caem na risada.

—Tá vendo Ned, ele acha que eu sou uma criança, um garoto.

—Você é um garoto Peter.

—Tenho que provar que não sou... –Peter pensa e fala. –Consegue habilitar todos os modos do traje Ned?

—Tem certeza Pete? Se o Senhor Stark fez isso será que não era pra sua segurança?

—Talvez, mas cansei de ser o garoto pra ele, vai faz logo.

—Ok, por sua conta e risco. –Ned digita umas coisas no computador e o traje imediatamente brilha e faz um barulho de algo checando. –Mal feito...feito, Senhor Parker. –se cumprimentam.

—Agora é só testar se deu certo.

Quando chega à noite, Ned diz a ele:

—Bom, esteja aqui de manhã para a competição ou você ficará encrencado.

—Pode deixar Ned! Vou ser rápido. Lembre-se, você é o meu ajudante atrás da cadeira! –os dois bateram as mãos num cumprimento.

Peter sai escondido para ninguém ver e olha seus colegas nadando na piscina do hotel, Liz está entre eles, ele suspira e segue a sua jornada de aventura. Quando ele coloca o capuz do traje uma voz ressoa.

—Boa Noite Peter! Parabéns por ter concluído o protocolo bicicleta de rodinhas. Em que posso ajudá-lo?

—O-oi, quem é?

—Sou a inteligência artificial do seu traje. O que você precisa?

—Oi, moça. Não sei, mostre o que eu tenho no uniforme.

—Você tem 576 combinações de lançamentos de teias. 500 possíveis fontes de localizações, 600 tipos de golpes que podem ser usados e estudados contra os seus inimigos, uma agenda para mais de 1000 contatos... –A AI falava sem parar.

—Cara, Senhor Stark exagerou um pouco. Er, tá bom, Moça, já chega. Moça, eu vi uns caras esses dias será que tem como eu saber quem são?

—Sim Peter. Tudo o que você vê fica gravado. Faz parte do protocolo Babá Eletrônica.

—Ótimo... –ele diz bufando. -Só espero que Senhor Stark não esteja vendo.

—Conectar com Senhor Stark?

—Nãoo, não moça...ah, chato ficar te chamando de moça. Posso te dar um nome?

—Se preferir Peter.—Peter pensou um pouco.

—Hum...Liz? Não, não que tal, Karen? Você gosta?

—Por mim tudo bem Peter. Reconhecimento de um dos homens pela ficha da polícia. Quer o endereço dele?

Manda ver Karen. –na tela aparece o mapa com a localização do rapaz e Peter sai em direção ao lugar.

Peter chega ao local e avista o rapaz, mexendo no porta malas do carro. Peter lança uma teia, fazendo com que a mão do rapaz fique presa e o cara se assusta.

—Ei cara, er... –Peter tenta mudar o tom da voz. -O que você fazia com aqueles bandidos ontem?

—Você nunca intimidou ninguém, né? Precisa melhorar isso.

—Tá...mas e os bandidos da Van?

—Não sei onde eles arrumaram aquelas armas, nem de onde são. –Peter abaixou a cabeça desolado. –Mas sei onde estão e estarão. –O rapaz diz a localização pra Peter.

—Obrigado cara. –Peter disse atirando uma teia e sumindo.

Chegando ao lugar, a mesma Van branca está estacionada num local esmo.

—Como eu queria escutar o que estão falando...

—Modo de escuta ativado. –Karen diz.

—Owww...legal Karen!

Ele escuta toda a conversa e de repente o veículo começa a andar. Peter joga sua teia e aterrissa na capota do veículo, sem um ruído. Passam dois caminhões escuros do lado da Van, que segue atrás. Ainda com a escuta ligada, ele ouve:

—Chefe tudo pronto! Estão no lugar certo.

De repente aquela ave gigante metálica aparece voando por cima do caminhão. Peter só observa. Ele instala umas coisas no topo do caminhão, sai daquela armadura e do nada o cara some.

—Mas...pra onde ele foi?

A Van agora está podando os caminhões e Peter aproveita para se jogar no topo de um deles.

—Legal!! É um tipo de portal! Da hora! –ele diz empolgado. Coloca a cabeça dentro daquele portal e vê o cara mexendo numas caixas, Peter logo identifica que são as armas dos alienígenas que invadiram Nova York. –Ei, você não pode ficar com isso aí. –Diz atirando uma teia e roubando o que ele tinha na mão.

O cara se assusta e olha para Peter. Não dá para Peter reconhecer o cara, pois está com um tipo de traje.

—Você de novo? Não se meta nos meus negócios, cara. –Peter pula pra dentro do caminhão e depois de alguns golpes o cara o acerta o jogando longe. Quando Peter se levanta para sair pelo portal, este já está fechado e ele bate com tudo a cabeça no teto do caminhão, desmaiando.

Peter acorda atordoado ainda.

—Karen, onde estamos? O que houve?

—Você bateu com sua cabeça. Estamos no lugar mais seguro da Costa Leste, Cofre do Controle de Danos.

—O quê? Não! Karen temos que sair daqui.

—Sinto muito Peter. Teremos que esperar até às 8h.

—Droga...vamos ver o que temos aqui na mochila que o cara derrubou. –ele começa a fuçar, tira umas coisas legais, outras não interessantes até um objeto roxo luminoso. –Legal! Que será isso? Igual ao que eu achei outro dia.

—É um núcleo Chitauri explosivo. —Karen responde precisa.

—O quê? –Peter joga o negócio longe. –Isso é uma bomba? Não, não, não... –Ele pega o celular e tenta ligar para Ned, não obtendo sucesso. -Tá bem, Karen, você terá que me ajudar a tentar abrir essa porta. -Seu desespero em saber que seu melhor amigo, está carregando um bomba na mochila.

(...)

Nova York

Pepper abre os olhos com a luz entrando pela vidraça, vira-se do lado e vê Tony de bruços, esparramado no outro canto da cama. Ela sorri, levanta e pega sua camiseta do pijama que estava no chão, vai em direção à cozinha, liga a cafeteira. Olha para chão da sala e vê a roupa, o sapato e a mala que ele havia deixado quando chegou.

—Bagunceiro... –ela diz catando a camisa e levando para a lavanderia do apartamento.

Volta para o quarto, se aproxima de Tony, seu corpo está sobre ele, e beija seu pescoço, lóbulo da orelha, canto da boca. Tony sorri.

—Adoro receber um Bom Dia assim. –Pepper sorri maliciosamente contra o pescoço dele. Aproxima da orelha dele e sussurra.

—Bom Dia meu bem! Eu juro que não sei de onde você tirou energia depois de nove horas e meia de diferença de fuso. –ela ri no pescoço dele. –Mas foi ótimo.

Num movimento Tony vira-se rápido e agora é ela que está sob ele. Ele olha fixamente nos olhos delas, a deixando sem graça e a fazendo corar. Pepper foi a única mulher que havia conquistado Tony Stark pelo seu jeito tímido e de uma hora pra outra se tornava a pessoa mais libidinosa que ele conhecia. E ele adorava deixá-la sem graça. Ele beija o pescoço indo pro colo de Pepper a fazendo tremer.

—A culpa é sua... –as carícias aumentam, mãos, bocas, línguas até que ela fala:

—Tony...a cafeteira... –ela se desvencilha dele e sai correndo pra cozinha.

—Isso é maldade, você sabe. –ele grita do quarto deitando de lado na cama.

Ela retorna ao quarto, ele a observa esperando que ela volte de onde pararam, mas ela vai para o banheiro e volta com a escova de dente na boca.

—Voshe shabe que eu tenho horário. –disse com dificuldade por causa do sabão da pasta de dente. Tony acha graça e levanta da cama e vai se aproximando dela que está encostada no batente do banheiro.

—Como a CEO das Indústrias STARK, você poderia se dar uma folga hoje e ficar a minha disposição, como era antes, quando você era minha assistente particular. –Tony para de frente a ela. Ela continua a escovar os dentes. Ele arranca a escova da mão dela, joga em qualquer lugar no quarto, segura na sua cintura e vai a empurrando em direção ao box do banheiro. –Acho que precisamos de um banho, pra você acordar, conseguir aguentar o dia de trabalho né? –ele diz sexy pra ela.

Quando Pepper se dá conta já está dentro do box, com as costas na parede e Tony pressionando seu corpo no dela. Ela não resiste ao charme do seu namorado e o beija profundamente.

—Por que você tem que ser terrivelmente charmoso e gostoso? –Tony dá seu sorriso sacana pra ela, beijando seu pescoço e com uma das mãos abrindo o chuveiro.

—Por que você tem que ser terrivelmente irresistível e linda? Ah...e por que eu tenho que te amar tanto? –Pepper sorri pra ele e se perderam dentro do box do banheiro.

Já na cozinha, ambos tomando café da manhã, Pepper não deixou de falar sobre Peter. Tony elogiava o garoto e ela falava que ele tinha que conversar com ele. Ficaram nessa discussão boba até ela se calar e ele observar. Então ela disse:

—Me deixa conversar com ele? –Pepper pediu docemente, Tony detestava esse jeito dela, ela sempre conseguia o queria dele. “Malditos olhos azuis” ele pensava.

—Pra quê? –Tony perguntou surpreso.

—Tony, é um garoto, tenho certeza que ele não contou pra tia dele, não deve ter falado pra ninguém, ponha-se no lugar dele, lembra o que você fez, quando se transformou no Homem de Ferro?

—Lembro...disse pra todo mundo. –Ela fez cara de “tá vendo”. –Mas eu acho que você não deve se meter. O garoto tá mandando bem Pepper.

—Tony! –ela disse como que se estivesse chamando a atenção dele.

—Nossa, ouvi minha mãe agora. –ele diz e a faz rir.

—Você é impressionante... –ainda rindo ela abre a porta da geladeira pra guardar as frutas que não comeu. Ela bebe um copo de água, o beija castamente e vai para o escritório. –Sabe onde estarei nas próximas horas Senhor Stark, até mais. Descanse.

—Tenho mesmo, uma ruiva me deixou muito cansado esta manhã e olha que estou no outro fuso ainda... –ela balançava a cabeça em negação, rindo.

Quando ela chegou à sua sala, sentou-se em sua mesa, ligava o seu computador e já pegando o controle da TV para ver os noticiários. Como Presidente da STARK ela tinha que estar a par do que acontecia no seu País e no Mundo. Colocou no canal que sempre via e começou a ler uns emails no computador. Já era quase 10h da manhã quando ela resolveu tomar um café e dar um tempo no trabalho. Aproximou-se da TV, onde havia um sofá e duas poltronas e começou a ver o noticiário. Antes não tivesse feito isso. Seus olhos se arregalaram com o que o repórter estava noticiando.

—Sim, Jennifer, estamos aqui no monumento de Washington, e o Homem-Aranha o está escalando. Parece que houve um problema no elevador, há pessoas presas, um grupo de uma escola. Agora a polícia está no helicóptero pedindo para que o Homem-Aranha desça dali.

Pepper ficou muda, sua voz não saía de jeito nenhum. Pegou o celular e mandou uma mensagem para Tony.

Pepper: Tony, ligue a TV, Canal 23. Rápido.

—Deus do Céu...esse menino vai cair de lá. –Pepper levantou-se nervosa.

Tony: Vou matá-lo.

Pepper olhou a mensagem e xingou Tony mentalmente e disse aos berros olhando para a mensagem dele, como se ele tivesse ali.

—EU TE DISSE PARA CONVERSAR COM ELE, SEU CABEÇA-DURA!

(...)

Washington –DC

—Ai...eu vou morrer...eu vou morrer....eu vou morrer! –Ele repetia olhando do topo do monumento.

—Provavelmente, Peter, você não reinstalou os paraquedas e uma queda de 169m você irá ter várias fraturas...—Karen começou a falar as possíveis coisas que ele iria ter.

—Ai Meu Deus...eu vou morrer. –ele abaixou a cabeça, respirou, teve uma ideia para poder quebrar o vidro blindado e fez.

Pulou por sobre o helicóptero, automaticamente abriam teias debaixo dos seus braços, como asas fazendo ir mais longe, ele soltou uma teia na aeronave e pegou impulso entrando com tudo pra dentro do monumento. Na hora certa! Ele conseguiu segurar o elevador com seus amigos dentro. Ned gritou:

—LEGAL HOMEM-ARANHA! –e começou a pular.

—Ei gordinho...acalma aí. –Peter disse pra ele e Ned fez um gesto com a mão pedindo desculpa.

Um a um foram sendo retirados restando apenas a Liz, quando a teia arrebentou e ela começou a cair dentro do elevador. Num reflexo muito rápido Peter soltou uma teia nela e no teto, salvando-a. Foi a puxando devagar e quando ela estava em segurança ele disse:

—Está tudo bem Liz? –a menina olhou assustada, como ele sabia o nome dela, e fez sim com a cabeça.

O Homem-Aranha sumia da vista deles tendo seu momento de glória, mas sofreria as consequências dos seus atos.

(...)

—Pra mim, chega... –ela disse irritada pegando seu celular e fazendo uma ligação.

—Bom Dia Chefe!

—Bom Dia Happy. –ele percebeu pelo tom de voz que algo estava errado. –Preciso de uma ajuda sua, mas Tony não pode saber. Promete?

—Vai te colocar em risco?

—Mais do que eu ser namorada dele? –Happy riu. -Não.

—Vem na minha sala, agora. –ela desligou o celular.

Sentou na sua cadeira e batia os dedos na mesa aguardando o Happy. Nesse meio tempo, Tony mandou uma mensagem para ela.

Tony: O garoto mandou bem demais! Não te disse?

Pepper só não arremessou o celular na parede, porque ia perder o aparelho, mas ela queria dar um murro na cara de Tony.

—Hunf...e ele ainda veio com aquela história de filho, eu não vou ter um filho com ele, se já estou assim por um garoto que não é nada meu, imagina o que ele não vai fazer com um filho meu... –dizia extremamente irritada para si.

Happy bateu na porta, ela fez sinal para ele entrar e falou séria:

—Quero falar com Peter Parker. Pra ontem. –Happy a olhou sério.

—Ele sai às 15h da escola Pepper.

—Que seja nesse horário, diga pra ele te encontrar há duas quadras da escola. E não conte pro Tony. –Happy fez sim com a cabeça saindo da sala.