Ela estava de volta. Havia voltado para sua casa e para o homem de sua vida. Depois de três meses inteiros longe de Booth, contando apenas com a ajuda de seu pai e com a companhia de sua filha Christine, era revigorante estar novamente em seu lar. Estava de volta ao seu aconchego e trazia em sua mala bastante saudade.

Encontrava-se no banheiro de sua residência retirando a tinta loura de seu cabelo, evidência de um passado que queria esquecer. Seu retorno somente foi possível graças a ajuda de seus amigos e companheiros de trabalho do Instituto Jeffersonian, os quais confiaram nela e não desistiram em provar sua inocência.

Deixou a água morna lavar seu corpo e levar todo o cansaço que sentia. Tudo o que queria o sorriso sincero e o abraço de Booth para aliviar aquela tensão que sabia que ainda existia entre eles. Ela não teve escolha, ele tinha de entender. Ou fugia, ou seria presa. Optou por fugir sem contar seus planos para ele, pois se assim o fizesse, o pai de sua filha poderia ser acusado de cumplicidade, e ela não queria isso.

Enxaguou o cabelo, retirando o restante do xampu. Tivera que usar uma tintura do mesmo tom que seu cabelo. E enquanto terminava o banho, pensava em seu relacionamento com Booth. Sentia que sua cumplicidade com o parceiro não era mais a mesma. Achava que ele não confiava mais nela e não o culpava por isso. Se fosse ela em seu lugar, também agiria da mesma forma.

Terminou o banho, vestiu um roupão e uma calça de moleton e começou a secar os cabelos com a toalha. Uma ideia surgiu em sua mente. Era hora de conversar com Booth. Precisava esclarecer o porquê de sua fuga, por que agira como agira.

Andou pela casa procurando-o e o encontrou na lavanderia. Ele colocava uma roupa na máquina de lavar. Não sabia se era possível, mas o achou ainda mais bonito, ainda mais másculo do que quando o deixou. Sentia falta dele, do corpo dele, da boca dele percorrendo o seu corpo e depositando beijos nos lugares mais inusitados. Havia matado um pouco da saudade quando ela mandara uma mensagem para que ele a encontrasse em um motelzinho de beira de estrada, poucos dias antes de seu regresso. Ela riu quando lembrou que ele quase lhe batera pensando que se tratasse de um bandido. Por sorte ela dominava as artes marciais, e em pleno embate, Booth se colocou em cima dela, pronto para desferir um golpe. Não resistiram e se beijaram. A saudade era imensa. Semelhante a que sentia naquele momento. Ela então se anunciou:

― Oi

― Oi, como vai?

Estranhos. Eles pareciam dois estranhos que moravam na mesma casa. Ela retirou a toalha de seus cabelos. Booth ficou admirado:

― Ei olha só! Bones voltou!

Por muito tempo odiou, porém agora ela amava aquele apelido que ele lhe dera. Arriscou fazer a pergunta que tanto a incomodava e a qual tinha medo da resposta:

― Você ainda está com raiva de mim?

― Não – ele simplesmente negou.

Ela suspirou. Ele ainda estava com raiva. Ela o conhecia muito bem para reconhecer seu tom de voz e ele lhe dizia que Booth ainda estava com raiva dela. Tentou explicar sua situação:

― Eu fiz o que achei que era certo para Christine.

― Eu sei. Você fez a coisa certa.

― Se eu lhe dissesse que estava partindo você teria sido cúmplice. Você tinha de ficar para pegar Pelant.

― Não precisa explicar – ele disse calma e delicadamente. Sabia, embora não conseguisse entender, pelo que sua Bones havia passado durante aqueles meses – Você fez a coisa certa e eu entendo.

― Eu sinto muito – Bones acrescentou com sinceridade.

― Porque você está triste por ter feito a coisa certa?

― Lamento pelo que você sentiu quando eu fiz a coisa certa.

Booth soltou a roupa que ele segurava, sentira muita falta de sua mulher e era hora de provar que o que havia acontecido ficara para trás.

― Sabe de uma coisa?

Cobriu o pouco espaço que os separava. Segurou seus ombros e a beijou. Como sentira falta a falta dela, do corpo dela, do cheiro dela! Durante aquele período de ausência, achou que fosse morrer de saudade. O beijo começou terno e logo se transformou em vendaval de emoções. Ele a empurrou ao encontro da máquina de lavar.

― Acho que gosto mais de você loura – comentou entre beijos.

Brennan agarrou-se a ele, segurando a camiseta que ele vestia. Precisava dele. Urgente. E enquanto o despia da camiseta não parava de beijá-lo.

― Suba aqui! – Booth ordenou e a colocou sobre a tampa da máquina de lavar. E voltaram a se beijar.

Como em um feitiço lançado por uma bruxa má, o maldito telefone de Booth tocou. Ele instintivamente levou a mão para atendê-lo.

― Espere! – ele pediu levando o aparelho à orelha.

Brennan queixou-se:

― Não Booth! Não atenda! Esqueça esse telefone. Preciso de você! Dê-me esse telefone aqui – ela exigiu tomando o aparelho da mão de Booth.

― Bones, me devolva aqui e se for importante?

― Nada é mais importante do que isso – ela desligou e lançou o aparelho para longe em cima das roupas sujas – Depois você liga. Agora quero você. Onde paramos mesmo?

E voltaram a se beijar.

― É bom estar contigo de novo, roçando o teu corpo e beijando você, Booth.

― Também senti sua falta Bones. Pra mim você é a estrela mais linda – ele olhos em seus incríveis olhos azuis – Seus olhos me prendem e fascinam.

― Foi duro ficar sem você todo esse tempo, parecia que faltava um pedaço de mim, me alegro por ter regressado. Parece que vou mergulhar em uma felicidade sem fim.

― Eu prometo Bones.

Booth tirou o roupão que Bones vestia sem quebrar o contato visual. Beijou-lhe a boca ferozmente. Depois abandonou-a para traçar uma trilha de beijos que iam do pescoço até os seios. Com uma de suas mãos brincou com o seio já nu, fazendo com que o mamilo enrijecesse. Bones ofegou de prazer. Apenas observá-la tremendo de desejo o fez ficar rígido e temer perder o controle. Queria que tudo fosse perfeito.

Levou a boca para o seio, saboreando-o. Primeiro um, depois o outro. O sabor daquela carne quente e perfumada o atingiu como um soco violento. E a reação dela, o maravilhoso arquear de seu corpo contra o dele, o demorado gemido que saiu de sua garganta, o tremor indefeso, o empurraram na direção de um patamar de prazer com o qual havia sonhado todas as noites naqueles três meses solitários.

Um gemido ficou preso na garganta. Bones afundou as unhas na pele dos ombros de Booth, insistindo para que ele continuasse. Ela se agarrou a ele em busca de equilíbrio, moveu-se sinuosa e convidativamente por sobre a máquina de lavar, arqueando mais uma vez o seu corpo quando ele lhe arrancou a calça.

― Acho que você não precisa disso! – ele comentou enquanto alisava as pernas dela com aqueles dedos inacreditavelmente hábeis.

Não acreditou quando viu que ela estava sem nada por baixo. Seu sangue ferveu de tanto desejo, porém tinha de se controlar. Deu-lhe um sorriso provocador, abaixou-se e separou-lhe as pernas, observando a região que era o centro de seu desejo. Aproximou sua boca e experimentou com a língua a região aveludada entre as pernas dela. Brennan suspirou de prazer. Levou sua mão ao cabelo de Booth e o entrelaçou entre os dedos, fazendo-o aproximar-se ainda mais do centro de sua feminilidade. Ele contornou o clitóris com a língua e de vez em quando dava uma leve mordida.

― Booth, não aguento mais... Faça amor comigo!

― Já estou fazendo querida – ele murmurou.

Com os olhos turvos de desejo, Brennan recobrou um pouco de sua consciência apenas para tomar a iniciativa de que os dois poderiam ser os protagonistas naquele jogo. Saltou da máquina e permaneceu em pé, diante de Booth. Deixou que suas unhas deslizassem pelo tórax largo, descendo em direção da cintura. Abaixou-se para completar a tarefa mais facilmente. Com as duas mãos puxou a calça de Booth junto com a cueca.

― Você não precisa disso – ela argumentou.

E contemplou o objeto de seu prazer rijo, pulsante, em sinal de que logo se desfaria em gozo. Envolveu-o carinhosamente com a mão fazendo-lhe movimentos de vai e vem. Depois o levou direto a boca, provando-o, experimentando-o, dando-lhe um intenso prazer.

Booth já não aguentava mais, pegou-a pela mão fazendo-a levantar para então deitá-la junto consigo no chão. Ele ficou deitado no chão enquanto Bones permaneceu em cima dele. Sentiu quando seu membro entrou na caverna quente e macia. Bones comandava as investidas. Ela jogou a cabeça para trás, depois jogou o corpo para frente e o beijou. Ele agarrou o seu corpo e fez um giro de cento e oitenta graus. Agora era ele quem ditava as regras. Seu corpo assumiu o controle, acompanhando o ritmo rápido e furioso dos quadris dela. Booth viu fascinado Bones chegar ao auge do prazer. Os tremores que a agitavam, por dentro e por fora, quebraram a última resistência; Booth deixou-se levar pela onda de gozo e também entregou-se ao clímax fulgurante que fez com que ele gritasse o nome dela com voz rouca. Vagamente ouviu-a dizer seu nome com paixão e se deixou levar por um prazer indescritível.

Permaneceram deitados, ofegantes.

― Eu te amo Bones, nunca se esqueça disso – ele declarou enquanto acariciava com as pontas dos dedos o braço de sua mulher.

― Eu também te amo Booth – ela respondeu a declaração – Eu também te amo.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.