Tentando entender, como sempre.

β Annabeth Chase – Tentando entender, como sempre.

Tudo bem, depois que Percy me salvou e disse que me amava varias vezes – o que foi muito legal e fofo da parte dele – nós montamos a estratégia e fomos colocá-la em pratica. Tudo deu certo e a bandeira estava nas mãos de Suze.

Eu tinha um motivo para pedir a ela para que pegasse a bandeira. Ela parecia tão... Ai, tão... Olimpiana. Queria ver o símbolo dos mediadores surgir na bandeira, foi então que o elmo das trevas apareceu e Quíron mandou todos os campistas que não faziam parte da profecia, se preparar para ir descansar.

– Como assim? Hm... O elmo das trevas apareceu ai porque somos, tipo, “enviados do mundo inferior”. Não é isso? Ele não pode ser meu pai. Eu tenho pai! Ou tinha porque ele morreu faz 10 anos! – Suze estava chocada e ao conseguia parar de falar até que Jesse chegou e disse:

– Calma Suze, calma. Eles vão ter uma boa explicação pra nós entendermos o que está acontecendo. Vocês têm, não têm?

– Quíron, por favor, nos explique o que está acontecendo. Você sabe quem é ela e não adianta disfarçar. Você viveu nesse acampamento desde, ah sei lá, sempre. Nos dê uma explicação! – Nico disse nervoso.

– Percy, Annabeth, Thalia, Nico, Luke, Rachel, Grover, Suze, Paul e Jesse, vamos para a Casa Grande que são muitas informações para absorver. Vocês deverão começar a missão depois de amanha sem mais perda de tempo.

Andamos até lá, entramos e Quíron se acomodou na cadeira de rodas mágica.

– Bem, vocês, mediadores, sempre se perguntaram “por que eu?”, não é mesmo? “Por que eu vejo fantasmas enquanto meus amigos não sentem nada além de calafrios?” Eu tenho a resposta.

Ele fez uma pausa e eu tentava assimilar alguma historia antiga com essa situação. Mas nada vinha a minha cabeça. E isso, pra mim, era frustrante. Ele então continuou a historia.

– Bem, as duas Grandes Guerras Mundiais foram causadas, na verdade, por uma rixa entre filhos de Hades e filhos de Zeus e Poseidon. Depois de muito tempo de perdas e conflitos horríveis, os três grandes fizeram um pacto de nunca mais terem filhos com mortais. Isso foi cumprido por certo tempo, então...

– Thalia, Percy e Nico nasceram. – Paul continuou o raciocínio. Quíron assentiu.

– Tá, até essa parte eu já entendi, mas... O que exatamente eu tenho a ver com Hades? – Suze perguntou.

– Você, provavelmente, eu ainda não me lembro muito bem, era uma filha de Hades na vida passada. Quando morreu, em uma dessas guerras, foi para a terra de seu “pai”. Você iria para os Campos Elíseos, mas ele te deu a chance de viver de novo e você aceitou e nasceu aqui como Suzannah Simon, filha de uma jornalista com um advogado.

– Ah, agora tudo faz sentido. Como todas as pessoas que voltam do Mundo Inferior, você pode ver fantasmas. Jesse também faz isso porque já tinha morrido uma vez e Paul, hm... Ele deveria ser uma boa pessoa na outra vida. – eu disse.

– É, você pode estar certa. Mas não tenho tanta certeza sobre a ultima frase, sobre Paul ser bom. – ele lançou um olhar mortal para Suze e disse:

– Hey! Olha como fala Simon! Eu sou a bondade em pessoa.

–Aham, sei. Vou fingir que acredito nisso.

Rimos para aliviar a tensão. E Suze disse:

– Hey! Olha só, então eu sou uma, hm... Mediadora semideusa? – nós pensamos e assentimos. Era muita informação para digerir então Quíron e Grover foram buscar uns bolinhos com cobertura de glacê.

Todos se espalharam em pequenos grupos: Jesse e Suze se olhando apreensivamente, Rachel e Luke, hm... Tenso, estavam de mãos dadas e tentavam disfarçar o nervosismo conversando. Thalia e Paul estavam sentados no sofá conversando [nota mental: falar com Thalia e Rachel para perguntar da situação delas com os meninos].

Percy estava do meu lado, olhando para o teto. Eu esbocei um sorriso fraco e então ele perguntou, jogando uma cantada

– Você vem sempre aqui? – eu ri e o abracei.

– Hm, pode-se dizer que sim.

Ele segurou minha cintura e disse:

– Ótimo, quer dizer que vamos nos encontrar bastante por aqui.

– Claro que sim, seria uma boa idéia. – Nós nos beijamos e os meninos apareceram. Grover já atacava os bolinhos e Nico tinha um olhar distante, como sempre. Terminamos de comer e fomos para nossos chalés.

Percy me acompanhou até a porta de meu chalé e disse:

– Então, ganhei mais uma prima.

– Eu estou preocupada. Essa missão me parece complexa demais. Você já parou pra pensar? Terra desconhecida, surpresas no meio do caminho... Eu estou com a impressão que essa missão terá muitas interferências dos deuses. – respirei fundo e disse: – Percy, eu tive um sonho com o Conselho Olimpiano em uma sessão falando sobre a nossa viagem a Califórnia.

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– O que eles estavam falando? – ele me perguntou confuso.

Eu respirei e contei toda a história enquanto o flashback do sonho aparecia em minha cabeça:

“– Vocês não entendem! Nunca entenderam! Isso é totalmente injusto comigo. Não vêem? É uma missão amorosa: Amores nascerão das mais profundas raízes! Eu tenho que ajudá-los!” – Afrodite gritou enquanto todos a olhavam com reprovação.

“– Não! Eu não vou deixar você fazer isso! Uma caçadora estará lá. Se você interferir nessa missão Afrodite, eu vou tornar a viagem desses meninos no Tártaro! Você me entendeu sua patricinha!” – Artemis gritou com Afrodite.

“– Eu preciso falar com Suzannah. Tenho que mostrar toda a vida que um dia ela teve. Ela merece saber a verdade!” – Hades gritava. “– Nossos filhos já estão a tempo demais longe de nós. E o que isso nos trouxe? A Última Grande Profecia. Nós, que queremos ajudá-los com a missão, devemos ganhar esse voto de confiança. Eles estão saindo do acampamento para nos ajudar!”

“– Por que você mesmo não trancou o Tártaro, hein, Hades?” – Hera falou friamente. Era obvio que se os deuses resolvessem atrapalhar a nossa missão, Hera seria a primeira da lista: Fazer A Vida Dos Semi-Deuses Um Inferno.

“– Todos que fecharem o Tártaro podem fazer isso só uma vez, porque você deve provar toda a sua força de vontade. Mesmo assim, o Poço Sem Fundo sempre dá um jeito de se abrir. Nunca é o suficiente. Eu tentei fechá-lo pela segunda vez e não consegui.” – Ele suspirou e disse: “–Como o poder de um mediador não é tão potente quando o de um deus cada um dos que participam da missão devem juntar forças, e ainda assim, pode não ser suficiente. Eu ainda não sei, mas ajudarei se a permissão for concedida.” – ele terminou a frase com um olhar para Zeus.

“– Tudo bem, vocês vão poder interferir na missão.” – Zeus disse. Todos o que pretendiam ajudar, como Afrodite, Hades e Apolo [porque ele é amigo da Rachel] ficaram radiantes. “– De todas as maneiras. Para ajudar, ou não. E é só. A sessão está concluída e mais nenhuma palavra será mudada em relação à viagem.”

Zeus saiu da Sala Dos Tronos e todos os deuses ficaram em silencio e foram se dispersando.

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– É, com toda a certeza eles vão nos ferrar. – Percy suspirou. – Talvez nossos pais nos ajudem. O conselho não está equilibrado dessa vez.

– Agora, só esperando pra ver.

– As harpias já estão chegando. Boa noite sabidinha.

– Boa noite cabeça-de-alga.

Nós demos um beijo rápido e eu entrei no meu chalé para me preparar para dormir.

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